Páginas

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Paraná Clube x Botafogo opõe estreante Allan Aal e veterano Paulo Autuori na Copa do Brasil


Autuori tem 63 anos e possui um título da competição, enquanto Alan Aal tem 41 anos e faz a sua primeira participação como técnico na Copa do Brasil. Eles brigam pela vaga na quarta fase


Os técnicos Allan Aal e Paulo Autuori vão fazer um duelo de gerações na partida entre Paraná Clube e Botafogo, na quarta-feira, valendo vaga na quarta fase da Copa do Brasil.


Aos 63 anos, o experiente treinador do Alvinegro já tem um título da competição, conquistado em 2000, com o Cruzeiro. Já o comandante paranista, de 41 anos, está fazendo a sua primeira participação como técnico na Copa do Brasil.



Paraná e Botafogo se enfrentam na quarta-feira, às 19h, na Vila Capanema, pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. O ge acompanha tudo em Tempo Real.



Paraná de Allan Aal e Botafogo de Paulo Autuori se enfrentam às 19h desta quarta — Foto: Arte do ge


Paulo Autuori começou no futebol na década de 70, antes mesmo de Allan Aal nascer. Após atuar como preparador físico por vários anos, ele assumiu em 1987 o comando do Nacional, de Portugal. Ali teve inicio uma carreira vitoriosa à beira do gramado, com duas Libertadores (1997 pelo Cruzeiro e 2005 pelo São Paulo), um Mundial de Clubes (pelo São Paulo, em 2005), um Campeonato Brasileiro (pelo Botafogo, em 1995), além da Copa do Brasil citada acima, com o Cruzeiro, em 2000. Ele levantou troféus até na Bulgária e no Peru.


Já Allan Aal ainda está no começo da carreira. Ex-jogador, ele atuava como zagueiro e passou inclusive pelo Botafogo, em 2003. O caminho como treinador teve início em 2011, com o Rio Branco-PR. Depois trabalhou pelo sub-20 do Coritiba, pelo Foz do Iguaçu, pela Portuguesa, pelo Nacional-SP e pelo Cascavel CR. Em 2019 foi contratado como auxiliar técnico do Paraná, sendo efetivado no início da atual temporada.


Desempenho na temporada

Os dois assumiram os clubes neste ano. Allan Aal foi oficializado como novo técnico do Paraná no dia 7 de janeiro. Ele fazia parte da comissão permanente do Tricolor e foi escolhido pela diretoria para a vaga deixada por Matheus Costa, que não acertou uma renovação após o fim da Série B de 2019.


Allan Aal tem 21 partidas, com oito vitórias, seis empates e sete derrotas com o Paraná. Com o treinador, o time parou nas quartas de final do Paranaense e atualmente lidera a Série B do Brasileiro.


Já Paulo Autuori foi anunciado pelo Botafogo no dia 12 de fevereiro. Ele substituiu Alberto Valetim, demitido após os resultados negativos no começo do ano. Esta é a a quarta passagem do treinador pelo Botafogo. Campeão brasileiro em 1995, Autuori também dirigiu o time em 1998 e em 2001.


Nesta passagem atual são 12 jogos oficiais, com quatro vitórias, sete empates e apenas uma derrota. Ele parou com o Alvinegro na semifinal da Taça Rio e está agora na 11ª posição do Campeonato Brasileiro.


No reencontro dos dois treinadores, Paraná e Botafogo jogam nesta quarta-feira, às 19h, na Vila Capanema, decidindo uma vaga na quarta fase da Copa do Brasil. O ge acompanha tudo em Tempo Real.


Após perder por 1 a 0 para o Botafogo, na primeira partida, o time paranista vai buscar uma virada inédita para avançar para a quarta fase. Para isso, precisa vencer por dois gols de diferença. Vitória de um gol leva o jogo para a decisão nos pênaltis. O time carioca tem a vantagem do empate.



Fonte: GE/Por Rodrigo Saviani — Curitiba

Mapa da mina? Saiba como o Paraná, adversário do Botafogo, leva gols


LANCE! mostra um relatório com detalhes de todos os gols que o Tricolor concedeu desde a retomada das competições; Alvinegro tem vantagem no confronto da Copa do Brasil



Paraná em ação pela Série B (Foto: Divulgação/Paraná)


O começo invicto do Botafogo no Campeonato Brasileiro será colocado à prova. O clube de General Severiano muda a chave e foca as atenções para enfrentar o Paraná no jogo da volta da terceira fase da Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, na Vila Capanema.

A equipe comandada por Paulo Autuori chega com vantagem para a partida: no primeiro duelo, vitória por 1 a 0. Desde então, as competições foram paralisadas e muita coisa mudou. Assim como o Botafogo no Brasileirão, o Paraná também convive com um bom começo na Série B: é o líder invicto da competição.

Contudo, o Tricolor da Vila, como qualquer outra equipe, possui deficiências. O LANCE! preparou um relatório de todos os gols que o Paraná levou desde o retorno das competições. 


VISÃO GERAL

​O Paraná disputou sete partidas no período. Duas pelas quartas de final do Campeonato Paranaense - eliminado pelo Coritiba de Eduardo Barroca com duas derrotas - e cinco na Série B, com três vitórias e dois empates. Ao todo, a equipe de Allan Aal levou sete gols, o que dá a média de uma bola na própria rede por duelo.

A equipe ficou dois jogos sem levar gols desde a volta do futebol. Ambos foram disputados justamente na Vila Capanema, palco da partida de quarta-feira. Em casa, o Paraná foi vazado duas vezes - uma no Estadual e a outra na Série B.

Dos sete gols, um foi a partir de jogada de bola parada. Em relação ao nascimento das jogadas, três foram pelo setor direito, dois pelo esquerdo e um pelo esquerdo. Quanto à execução das finalizações que morreram na rede, uma foi dada do lado esquerdo do campo e cinco da parte central do gramado.



COMO O PARANÁ LEVA GOLS

​A criação das jogadas fatais para o Tricolor da Vila geralmente acontece pelos lados do campo. O flanco direito do ataque é o mais acionado neste sentido. De lá, três gols nasceram - seja por meio de assistências ou um toque decisivo que gerou a finalização fatal. O lado oposto tem duas jogadas assim. Ou seja, dos seis gols de bola rolando que o Paraná levou, cinco nasceram pelos lados.

A execução é a parte que destrincha a primeira deficiência da defesa do Paraná. O L! conta esta parte como o setor do campo que o jogador esteve posicionado quando chutou a bola que parou no gol. Dos seis tentos de bola rolando - excluindo a jogada de bola parada -, cinco tiveram execução na parte central do gramado. O outro saiu pela esquerda.

Não há gols saindo pelo lado direito do campo desde a retomada das competições. A ironia é que o Botafogo venceu o Paraná por 1 a 0 no jogo de ida da Copa do Brasil com um gol de Luiz Fernando, negociado com o Grêmio, em uma jogada individual justamente por aquele setor.

O Paraná levou quatro gols de fora da área desde a retomada, o que representa 57% do total. Desses, três foram marcados por falhas do goleiro Alisson, marcado por ter dificuldades em se posicionar em finalizações de média e longa distância. 


PARECER GERAL

Apesar de não ter tomado nenhum gol de cabeça desde que as partidas oficiais voltaram, o Paraná concede, ao menos, uma jogada de perigo pelo alto gerada em situação de bola parada por duelo. A defesa do Tricolor tem dificuldade no posicionamento da bola aérea defensiva.

O outro ponto negativo, como já citado, é Alisson. O goleiro paranista é sólido no trabalho dentro da área e na saída do gol, mas tem tempo de reação ruim nas finalizações médias/longas.



Fonte: LANCE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Pedro Raul alcança melhor média entre artilheiros do Botafogo desde os tempos de Loco Abreu


Atacante faz seis gols em jogos oficiais em 2020 e analisa lance contra o Flamengo: "Meu gol mais bonito". Números são os maiores desde 2011, quando o camisa 13 marcou 26 vezes


Seis gols em 12 jogos oficiais. Ainda é o início, mas os números de Pedro Raul empolgam o Botafogo, que há tempos não via um atacante com essa eficiência. Mais precisamente, há 10 anos, quando Loco Abreu era a grande referência do ataque alvinegro.



Pedro Raul, gol, Flamengo x Botafogo — Foto: André Durão/ge


A média de 0,5 gol por jogo coloca o camisa 9 à frente dos outros artilheiros do período. Vale lembrar que a temporada apenas começa o momento de maior exigência, com o Brasileirão e as fases finais da Copa do Brasil. Mas o atacante já está na cola dos goleadores das últimas duas temporadas, por exemplo. Alex Santana, em 2019, e Brenner e Kieza, em 2018, precisaram de mais de 40 partidas para marcar 10 gols.



- Verdade, são números que me agradam. Se contarmos o amistoso são sete gols. Na verdade, eu não busco ultrapassar ninguém e sim fazer meu melhor pelo Botafogo. Se isso acontecer, será de forma natural. Tenho objetivos aqui no Botafogo, mas com o grupo e não de forma individual - disse Pedro ao ge.


Artilheiros do Botafogo desde 2010


O último gol do atacante foi no clássico do último domingo, contra o Flamengo, que terminou em 1 a 1. Pedro entrou no segundo tempo e marcou de voleio, nos minutos finais, de um ângulo que parecia improvável. O empate do rival aconteceu logo depois, mas ficou o sentimento de boa atuação.


- Na verdade era a minha única opção. Se eu coloco a bola para o meio da área a chance de fazermos o gol era mínima, porque tinha muitos jogadores deles, então eu tentei arriscar e fui feliz. Realmente é muito difícil aquela jogada, porque tem que pegar em cheio, "na veia", como dizem. Se não for dessa forma, você isola a bola. Mas fiquei feliz pelo gol, bom que dá mais confiança para os próximos jogos - comentou o camisa 9.




Reveja o lance


Bate-bola com Pedro Raul

O gol contra o Flamengo foi o mais bonito da carreira?


- Foi um gol bonito porque gerou improviso da jogada. Ninguém treina um voleio, são situações de jogo que acontecem e a gente tem que estar pronto para finalizar. Mas ao meu ver foi o meu gol mais bonito sim, ainda mais em um clássico, no Maracanã. Acho que isso contribui também.



Gol de voleio foi o sexto na temporada — Foto: André Durão/ge


Como tem sido a briga por posição com Matheus Babi, que também começou bem?

- Matheus é um menino do bem, vem treinando muito bem e vem merecendo as oportunidades que vem tendo. Não existe Pedro contra Matheus, os dois estão aqui para ajudar o Botafogo e podemos ajudar a equipe atuando junto, como já foi visto isso, principalmente pelo alto.


Esperava-se que jogasse um ou outro, mas vocês atuaram juntos nas últimas rodadas. O que Autuori pediu?


Contra o Atlético-MG ele pediu pra fixar bem os zagueiros, mas como eles jogavam com muito jogo interior pelo Allan, eu ficava bastante preocupado em cortar a linha de passe dos zagueiros para o primeiro homem de meio campo. Um dos motivos da gente ter ficado bastante recuado. Mas foi uma estratégia do jogo, que deu certo pela eficiência da marcação e do empenho do time. Contra o Flamengo ele pediu para o Babi abrir mais pela direita, pra que eu pudesse jogar centralizado.



No início do ano, você colocou uma meta mínima de 10 gols, mas já está quase alcançando. Dá para aumentar?

- Não falei que tenho meta de 10 gols. Apenas disse que gostaria de fazer o quanto antes. Apenas isso. Estou me aproximando do número, mas isso vem em segundo plano. Se o Botafogo estiver bem na competição e eu conseguir ajudar de outras formas, está valendo também. Não sirvo apenas para gols (risos). Posso contribuir dando espaço para outros jogadores e ajudando com passes.



O último gol do atacante foi no clássico do último domingo, contra o Flamengo, que terminou em 1 a 1. Pedro entrou no segundo tempo e marcou de voleio, nos minutos finais, de um ângulo que parecia improvável. O empate do rival aconteceu logo depois, mas ficou o sentimento de boa atuação.


- Na verdade era a minha única opção. Se eu coloco a bola para o meio da área a chance de fazermos o gol era mínima, porque tinha muitos jogadores deles, então eu tentei arriscar e fui feliz. Realmente é muito difícil aquela jogada, porque tem que pegar em cheio, "na veia", como dizem. Se não for dessa forma, você isola a bola. Mas fiquei feliz pelo gol, bom que dá mais confiança para os próximos jogos - comentou o camisa 9.



Fonte: GE/Por Davi Barros e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro