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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Por que o Botafogo domina o Brasileirão e 'derrapa' na Sul-Americana? Elenco explica



Experiente Gatito Fernández pede atenção na parte psicológica após virada sobre o Guaraní-PAR



O Botafogo está embalado no Campeonato Brasileiro, acumula pontos na ponta da tabela e tem atuações de "luxo".. Quando a virada de chave acontece para a Sul-Americana, o cenário é um pouco diferente. O time, agora comandado por Bruno Lage, apresenta insegurança em partes dos jogos e faz acender o alerta no elenco que quer brigar, também, pela "Copa". Mais da metade dos empates em 2023 são nesta competição: foram cinco, das nove vezes que a equipe teve igualdade no placar.




Gatito Fernández em Botafogo x Guaraní — Foto: Vítor Silva / Botafogo


O goleiro experiente Gatito Fernández, que está a poucos jogos de completar 200 partidas pelo Botafogo, falou sobre o contraste de atuação nos dois campeonatos. O paraguaio atuou nos dois últimos jogos - Patronato e Guaraní - e precisou fazer intervenções importantes para que o time não perdesse. Para ele, a atenção deve estar no emocional do elenco, que sobra no Brasilerião.


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Jogadores do Botafogo conversam antes do jogo contra o Guaraní — Foto: Vítor Silva / Botafogo


- A gente tem mesmo que ficar atento na parte psicológica que traz nos jogos. Estamos jogando em alto nível e conquistando grandes vitórias (no Brasileiro) e isso pede uma atenção muito grande. Acredito que a gente pode relaxar inconscientemente nesse tipo de jogo e é uma coisa que a gente precisa estar atento e focado, porque enfrentamos adversários muito qualificados. Assim como a gente, eles jogam outros campeonatos e gente não conhece os jogadores, então temos que prestar mais atenção nessa pequena situação para não correr tanto risco - analisou o camisa 1.


O Botafogo soma 62,9% de aproveitamento na Sul-Americana, com nove jogos, cinco empates e quatro vitórias. Enquanto no Brasileiro, são 17 jogos, 14 vitórias, um empate e duas derrotas, somando 84% de aproveitamento.




O foco no controle emocional também está no planejamento de Bruno Lage. Foi assim que o time conseguiu buscar o empate contra o Santos, quando perdia por 2 a 0, na vitória sobre o Coritiba e duelo diante do Guaraní, quando conseguiram a virada. O técnico português pede aos jogadores que se mantenham equilibrados e focados no jogo e no resultado que buscam.


- Foi uma exibição para olhar para os pontos positivos da primeira virada da equipe, que teve controle emocional para continuar jogando. Soube ter a atitude de ir crescendo. É um trabalho fantástico com esses homens. Esse é o compromisso do Botafogo, ir jogo a jogo com este empenho e esta dedicação. Tivemos a capacidade de virar o jogo com os que iniciaram e com os que vieram do banco. Pelo número de oportunidades que criamos poderíamos ter concretizado, mas o futebol é isso. Criamos oportunidades para marcar, marcamos dois e na próxima semana vamos para o Paraguai decidir a eliminatória - disse o técnico em coletiva após a virada de 2 a 1.



Júnior Santos, Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo


O atacante Júnior Santos, que vem intercalando a posição com Matías Segovia e Gustavo Sauer, citou a forma com que os jogadores encaram os momentos de dificuldade. O jogador admitiu perder a confiança após lesão no joelho, mas encontrou o "equilíbrio" na conversa com os companheiros.


- A gente conversa no clube, é uma temporada longa e nenhum jogador vai conseguir manter o nível, mas quem está vivendo um mau momento a gente busca e tenta ajudar. Isso que o grupo tem feito, individualmente. Alguns jogadores falam comigo, o Sauer, o Victor Sá também, que voltou agora e está muito bem, e o Luis Henrique estava bem.


Agora, o Botafogo se volta para o duelo com o Cruzeiro, pela 18ª rodada do Brasileirão. Depois, a chave vira de novo para a Sul-Americana. Caso repita a maioria dos resultados na competição, com empate, o time estará classificado, mas precisar estar preparado para o possível "caldeirão" que vai se formar no Defensores del Chaco, em Assunção.


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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Vitória por 2 a 1 e vantagem na ida em jogo das oitavas da Sul-Americana são importantes, mas clube teve futebol para fazer placar maior



O Botafogo venceu o Guaraní-PAR pro 2 a 1 na noite desta quarta-feira e saiu em vantagem por uma vaga nas quartas de final da Copa Sul-Americana - a vaga será decidida no Defensores Del Chaco na semana que vem. Mesmo com o resultado positivo, ficou a sensação de que a equipe comandada por Bruno Lage poderia ter conquistado algo ainda melhor e, quem sabe, até encaminhado a classificação.







"Botafogo vence com mais sufoco que o esperado", analisa Pedro Dep | Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/botafogo-vence-com-mais-sufoco-que-o-esperado-analisa-pedro-dep-voz-da-torcida-11833623.ghtml)


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O Guaraní abriu o placar bem cedo. Ainda aos três minutos, os paraguaios acharam uma jogada de velocidade e Romeo Benítez marcou.



A desvantagem não fez o Botafogo tirar o pé do acelerador, mas a equipe ficou mais ansiosa. O time chegava ao terço final até com certa facilidade, passando pelo sistema defensivo do Guaraní por meio de lançamentos longos e passes em profundidade, mas o acabamento - seja no último toque ou na finalização - era bem ruim.


Seja por uma forma de desespero, o Alvinegro já começou a apelar para cruzamentos e chuveirinhos na área já na reta final do primeiro tempo, fugindo da característica de toque de bola e explorar espaços. O resultado? Um time que pouco agrediu e que, quando chegava dentro da área, finalizava com pouca qualidade.


Tudo mudou no segundo tempo com as substituições feitas por Bruno Lage. Tiquinho Soares e Matías Segovia deram uma cara nova ao ataque do Botafogo. O camisa 9 foi importante por fazer a bola continuar no chão em momentos que foram de ansiedade na etapa inicial, enquanto o paraguaio foi chave para quebrar a linha baixa do Guaraní.


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Júnior Santos e Tiquinho Soares, Botafogo — Foto: André Durão/ge



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As chances começaram a aparecer por atacado: Eduardo de bicicleta, cabeçada de Tiquinho, Marlon Freitas acertando a trave, cruzamentos de Segovinha... Mas foi em um improvável chute de Hugo, que acertou uma finalização de rara felicidade de fora da área, que o time buscou o empate.


Os últimos minutos foram com o Botafogo ainda mais em cima do gol adversário. Júnior Santos, na primeira vez em que saiu da esquerda para a direita, confundiu a defesa, recebeu com liberdade e sofreu pênalti. Tiquinho converteu e garantiu a virada.


O 2 a 1 precisa ser comemorado, é claro. Afinal de contas, foi a primeira virada do ano e o time conseguiu vantagem em jogo eliminatório. Mas, por tudo que foi criado, a sensação deixada é a de que a equipe de Bruno Lage poderia ter feito mais um ou dois gols, no mínimo. Dos males, o menor.


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro