Veja sete motivos que explicam a liderança do Botafogo no Brasileirão

Clube carioca é o único time com 100% de aproveitamento após 4 rodadas



O Botafogo é o líder do Brasileirão após quatro rodadas. A equipe comandada por Luís Castro é a única com 100% de aproveitamento após vencer São Paulo, Bahia, Flamengo e Atlético-MG, neste domingo. Muito do desempenho passa pela continuidade no trabalho do treinador português, que começa a adaptar novas características de jogo na equipe.





Botafogo 2 X 0 Atlético-MG - Melhores Momentos - 4ª rodada do Campeonato Brasileiro


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Abaixo, o ge mostra sete motivos que explicam a liderança do Botafogo no Brasileirão:


Confiança em Luís Castro

Nem sempre os mares foram de calmaria. Luís Castro chegou a balançar no cargo após a eliminação no Campeonato Carioca no começo de março. Após uma reunião, foi feita uma reavaliação e dado um voto de confiança no trabalho do português.


Ainda que a Taça Rio ainda tenha sido um pouco dolorosa na parte técnica, a decisão de manter o treinador mesmo diante de um momento ruim começa a se justificar. O Botafogo atravessa o melhor momento na temporada, joga melhor, apresenta bom futebol e quebra marcas: voltou a ser líder do Brasileirão após dez anos e tem o melhor começo de competição em mais de 40 anos.


- Eu acredito no trabalho diário, principalmente nos momentos de dificuldade. Nós nunca mudamos o discurso, continuamos trabalhando da mesma forma, obviamente tentando mudar o discurso. Mantivemos a estrutura, mudando algumas abordagens do nosso treinamento, mas isso é natural - destacou Vítor Severino, auxiliar de Luís Castro.

Luís Castro, Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo



Lucas Perri

Um dos destaques do Campeonato Brasileiro até aqui, o camisa 12 é um dos responsáveis pelo Botafogo ainda não saber o que é uma derrota na competição. Perri assumiu o lugar deixado por Gatito Fernández - fora de combate desde novembro do ano passado por conta de uma lesão no ombro - com segurança.

Veja as defesas de Lucas Perri em Flamengo 2 x 3 Botafogo (https://globoplay.globo.com/v/11579837/)


Foram, por exemplo, 11 defesas contra o Flamengo, sendo um dos melhores jogadores em campo. O camisa 12 contribuiu com quatro intervenções contra Bahia e São Paulo (cada) e uma diante do Atlético-MG, totalizando 20 defesas em 4 partidas - média de 5 por duelo disputado.


Tiquinho Soares

O homem-gol da equipe. Tiquinho é o artilheiro do Brasileirão com três gols em quatro partidas - também tem duas assistências. Mais do que números, é importante para a construção de jogo do Alvinegro pela capacidade aérea e jogo físico.


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O camisa 9 teve participações decisivas contra São Paulo, Bahia e Flamengo. Poupado em boa parte do jogo contra o Bahia viu Matheus Nascimento, reserva imediato da posição, aparecer com destaque.

Tiquinho Soares, Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo



Elenco

A decisão de rodar o elenco contra o Atlético-MG parecia arriscada, mas acabou, no fundo, mostrando a força do plantel do Botafogo. Mesmo sem cinco jogadores importantes, a equipe de Luís Castro foi superior ao adversário e venceu com autoridade por 2 a 0 no Estádio Nilton Santos. O duelo teve boas atuações individuais de Marlon Freitas, Gabriel Pires e Matheus Nascimento, atletas que não vinham sendo muito utilizados.


- Não há equipe reserva. Há um fato de que existem jogadores que jogam mais que outros, alguns têm sido mais utilizados que outros, mas temos um regime de meritocracia. Se há um jogador que tem rendimento, consegue ter performance, dentro dessas escolhas, uns jogam mais que outros. Não gostamos dessa denominação de time reserva, isso só tem na cabeça das pessoas. É óbvio que diante de uma vitória pode parecer arrogante da minha parte, mas já falamos em derrotas também. A realidade é essa. Usamos a equipe que poderíamos ter a melhor performance. Não jogou time reserva, jogou o Botafogo.

Botafogo x Atlético-MG — Foto: Vítor Silva/Botafogo



Intensidade

Reativo ou propositivo? Seja lá qual for o estilo de jogo do Botafogo, a verdade é que está dando resultado. Com ou sem bola, uma verdade é que a equipe é marcada pela intensidade. O preparo físico, problema marcante do clube anos atrás, atualmente é alvo de elogios. O time corre e se entrega dentro de campo.


A opção por castigar os adversários por meio dos contra-ataques tem sido uma forma do Botafogo em se portar em campo. Apesar disso, a equipe deu bons sinais com bola no pé e criando chances com triangulações e toques curtos contra o Atlético-MG. A "Botafogo Way" talvez seja saber se adaptar ao cenário que o jogo ofereça.


Dupla de zaga

Adryelson e Victor Cuesta são mais dois elementos destacáveis de forma individual no time. A dupla de zagueiros desde o meio do ano passado mostra mais entrosamento do que nunca: o primeiro é firme no alto e o segundo aparece como organizador das jogadas desde o campo de defesa.


O Botafogo tem quatro gols sofridos em quatro jogos, mas a sensação é de que a conta poderia estar pior não fossem os desempenhos da dupla.

Novo gramado do estádio Nilton Santos, do Botafogo — Foto: Vítor Silva/BFR



Estádio Nilton Santos

Se jogar em casa foi um "problema" para o Botafogo, segundo pior visitante do Brasileirão 2022, no ano passado, a coisa parece ter ficado para trás. O time no Estádio Nilton Santos e conseguiu importantes vitórias na presença da torcida.


O gramado do estádio foi mudado para grama sintética recentemente. O time de Luís Castro tem quatro vitórias e um empate no local desde que o novo "tapete" foi colocado.


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Fonte: GE/Por Sergio Santana — Rio de Janeiro

Análise: Botafogo mostra força do elenco em vitória dominante sobre o Galo

Mesmo sem cinco dos titulares mais constantes, Glorioso manteve 100% no campeonato com atuação convincente



O Botafogo venceu o Atlético-MG por 2 a 0, gols de Victor Sá e Matheus Nascimento, neste domingo (07), no estádio Nilton Santos, e segue como líder isolado do Campeonato Brasileiro com 100% de aproveitamento após as quatro primeiras rodadas.

10 reações do golaço de letra de Victor Sá (https://ge.globo.com/video/10-reacoes-do-golaco-de-letra-de-victor-sa-11597909.ghtml)


Mais do que o resultado, o que o Alvinegro exibiu no gramado do Niltão foi um futebol que o credencia ao topo da tabela que conquistou nessas primeiras rodadas. Contra um time considerado um dos favoritos ao título, a equipe de Luís Castro entrou sem seus quatro principais destaques (Tiquinho, Eduardo, Tchê Tchê e Marçal) do ano e, ainda assim, venceu e convenceu.



Tanto ofensiva quanto defensivamente, o Glorioso foi absolutamente dominante contra o Galo, principalmente no segundo tempo. Os mineiros terminaram a partida com apenas três finalizações no gol, apesar de uma posse de bola de 61%, isso tudo contra um meio-campo botafoguense totalmente modificado.


- Hoje, foi uma vitória de um elenco fantástico, que passou por momentos difíceis, resultados não vieram, já fomos criticados, ninguém gosta de ser criticado, mas ser profissional do futebol é saber viver com isso. Foi uma vitória brilhante de um elenco brilhante - afirmou Vitor Severino, auxiliar técnico que deu entrevista no lugar de Luís Castro, que estava suspenso.





Botafogo 2 X 0 Atlético-MG - Melhores Momentos - 4ª rodada do Campeonato Brasileiro



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As muitas mudanças feitas pelo treinador na equipe tiveram um impacto claro no começo da partida. O time teve dificuldades em controlar as investidas do Atlético, que teve ao menos duas ótimas oportunidades, não aproveitadas.


Aos poucos, o time começou a se encontrar, controlar o meio-campo mesmo sem ter muito a bola e atacar em velocidade, especialmente pelo lado direito em noite muito inspirada de Júnior Santos. Dos pés e pelo setor do camisa 37 surgiram as melhores oportunidades, mas foi sem participação direta dele que saiu o gol.


Um bonito trabalho de bola que culminou em passe de Lucas Fernandes para Di Plácido passando em velocidade. O lateral tocou rasteiro e Victor Sá colocou no fundo da rede de letra, um gol que apenas coroou a superioridade do Botafogo no primeiro período.

jogadores do botafogo comemoram gol de victor sá contra o atlético-mg — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Se no primeiro tempo já houve superioridade, o segundo foi de controle absoluto, sem nenhuma mudança feita no intervalo. A equipe de Luís Castro montou a armadilha, fechou espaços no campo de defesa e atacou rapidamente em velocidade após recuperar a bola.


A execução foi perfeita. Foram 12 finalizações totais, sete delas na direção do gol, apenas na segunda etapa. Se o 2º gol, de Matheus Nascimento, deu mais justiça ao placar no começo do segundo tempo, a verdade é que poderia ter sido um resultado bem mais elástico ao fim do jogo não fosse a ótima atuação de Everson.


A grande lição da atuação do Botafogo contra o Atlético-MG é que o tempo deu solidez ao trabalho de Luís Castro. Não só os 11 jogadores mais utilizados - adotando o termo usado pela própria comissão técnica - mas todo o elenco sabe o que fazer e executa com qualidade.


A queda técnica não é tão grande na maior parte dos setores do time quando um titular sai para entrar um reserva. É óbvio que qualquer time sente a saída de um jogador do calibre de Tiquinho Soares, mas, contra um time da elite do campeonato, o Glorioso mostrou que pode sim ser competitivo mesmo quando precisar rodar algumas peças.


Se vai ser o suficiente para brigar pelo título Brasileiro enquanto disputa outras duas competições simultaneamente, ainda é cedo para dizer. As circunstâncias também condicionam o que vai ser a temporada, mas uma coisa é fato: o torcedor alvinegro tem direito de sonhar com um título em 2023.

"Por essa muitos não esperavam", diz Pedro | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/por-essa-muitos-nao-esperavam-diz-pedro-a-voz-da-torcida-11597978.ghtml)


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Fonte: GE/Por Giba Perez — Rio de Janeiro