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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Com medo de perder atletas, Mancini diz: “Nunca vi em 30 anos de futebol”


Técnico se espanta com exclusão de seis atletas no pagamento dos salários atrasados e conta que algo pode acontecer, mas manda o recado: "Não iremos jogar a toalha"



Vagner Mancini se espanta com situação vivida
 no Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Vagner Mancini está impressionado com a situação encontrada no Botafogo. Nesta terça-feira, alguns cheques com o pagamento referente a um mês de salários atrasados seriam pagos ao elenco, mas a notícia que seis jogadores não receberiam o montante, causou espanto.

- Hoje eu vi uma situação que nunca vi em 30 anos de futebol. Uma parte do elenco recebeu e a outra não. A cada dia que passa fica mais difícil, o clima ficou muito pesado após a notícia dos salários. A gente teme perder jogadores, tenho a palavra deles, mas com essa diferença eu não sei até quando irá o limite de cada um - disse à ESPN.

Os escolhidos, por terem os salários mais altos na carteira, foram Lucas, Marcelo Mattos, Bolívar, André Bahia, Tanque Ferreyra e Bolatti. O clima, que já era ruim por causa da crise financeira e pela entrada na zona de rebaixamento, está ainda pior. A sensação de revolta aumenta a cada problema.


A explicação para a verba de R$ 2,5 milhões conseguida na sexta-feira por meio de uma ação do Sindeclubes ainda não ter entrado na conta dos jogadores é a "burocracia da confecção e distribuição de quase 500 cheques" (entre funcionários e atletas), que teriam ido para General Severiano. A promessa é de que tudo será solucionado até esta quarta. Menos para Lucas, Marcelo Mattos, Bolívar, André Bahia, Tanque Ferreyra e Bolatti.


Pouco depois de os jogadores saberem que nem todos receberiam, o Botafogo anunciou que o treino previsto para a parte da manhã desta quarta-feira foi cancelado. Inicialmente, o grupo trabalharia em dois períodos. No entanto, apenas a atividade da parte da tarde foi mantida.

- Nós teríamos dois períodos de treinamento amanhã (quarta-feira), mas tivemos que tirar um deles porque o grupo está muito fragilizado. Com esta situação, está para acontecer alguma coisa, eu não sei ainda o que é. Mas nós não iremos jogar a toalha.

Por GloboEsporte.comRio de Janeiro/GE

Seis atletas do Bota tomam ciência de que não receberão salário; clima piora


Após problemas com "burocracia", restante do elenco deve receber até esta quarta um mês de salário na carteira, verba conseguida pelo sindicato na última sexta-feira



Havia a expectativa de que os jogadores do Botafogo recebessem nesta terça-feira, no treinamento, cheques com o pagamento referente a um mês de salário na carteira de trabalho, a partir da verba de R$ 2,5 milhões conseguida por meio de uma ação do Sindeclubes. A expectativa, no entanto, foi frustrada. Pior. A diretoria informou que seis atletas vão ficar sem o dinheiro sob a justificativa de que o montante não é suficiente para pagar todos os funcionários e elenco.

Lucas, Marcelo Mattos, Bolívar, André Bahia, Tanque Ferreyra e Bolatti foram os sacrificados e não vão receber junto com o grupo

Os escolhidos, por terem os salários mais altos na carteira, foram Lucas, Marcelo Mattos, Bolívar, André Bahia, Tanque Ferreyra e Bolatti. O clima, que já era ruim por causa da crise financeira e pela entrada na zona de rebaixamento, está ainda pior. A sensação de revolta aumenta a cada problema.

Fato parecido já havia acontecido na semana passada, quando investidores e torcedores ilustres pagaram um mês de salário apenas a Dória e Gabriel para que ambos não completassem atraso de três meses na carteira. O restante do elenco cobrou explicações do gerente de futebol Gottardo em uma reunião no gramado. 
 
Ferreyra durante a atividade desta terça: argentino é um dos que não vão receber (Foto: Marcelo cortes / Agência estado)
A explicação para a verba de R$ 2,5 milhões conseguida na sexta-feira ainda não ter entrado na conta dos jogadores é a "burocracia da confecção e distribuição de quase 500 cheques" (entre funcionários e atletas), que teriam ido para General Severiano. A promessa é de que tudo será solucionado até esta quarta. Menos para Lucas, Marcelo Mattos, Bolívar, André Bahia, Tanque Ferreyra e Bolatti.

Pouco depois de os jogadores saberem que nem todos receberiam, o Botafogo anunciou que o treino previsto para a parte da manhã desta quarta-feira foi cancelado. Inicialmente, o grupo trabalharia em dois períodos. No entanto, apenas a atividade da parte da tarde está mantida.

Por Fred Huber e Gustavo RotsteinRio de Janeiro/GE

Reservas do Bota perdem para o Nova Iguaçu em jogo-treino: 2 a 1


Titulares fazem apenas trabalho de recuperação física na academia. Equipe inicia preparação para o clássico com o Fluminense



Gottardo conversa com jogadores do Botafogo (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)

Os jogadores do Botafogo se reapresentaram na tarde desta terça-feira, no Engenhão, após a derrota por 2 a 0 para o Atlético-PR, domingo, na Arena da Baixada. Os titulares ficaram apenas na sala de musculação, enquanto os reservas disputaram um jogo-treino contra o Nova Iguaçu, que se prepara para a disputa da Copa Rio, e perderam por 2 a 1. O gol alvinegro saiu em uma bela cobrança de falta de Zeballos.

O técnico Vagner Mancini escalou o time com Andrey, Dankler, Matheus Menezes, André Bahia e Julio Cesar; Rodrigo Souto, Bolatti, Zeballos e Daniel; Wallyson e Tanque Ferreyra. O treinador tentou orientar bastante os jogadores em campo. Com Daniel, pediu que ficasse mais avançado, como um ponta esquerda.

- Vai lá para frente, como um atacante!

Desta equipe devem sair os substitutos de Dória e Emerson, que levaram o terceiro cartão amarelo e vão cumprir suspensão contra o Fluminense, domingo, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O meia Carlos Alberto, que não encarou o Furacão por causa de um problema no tornozelo direito, ficou em tratamento e ainda é dúvida para o clássico.

O Botafogo é o 17º colocado do Campeonato Brasileiro com 13 pontos.

Por Fred Huber Rio de Janeiro/GE

MP chama Bota para reunião e parecer pode ser decisivo para voltar ao Ato


Ministério Público do Trabalho vai se reunir com Botafogo e Sindeclubes na quinta-feira para ter informações sobre a real situação do clube


Henrique Fragoso, advogado do Sindeclubes, explica
 busca para voltar ao Ato (Foto: Rodrigo Ciantar)
Henrique Fragoso, advogado do Sindeclubes, explica busca para voltar ao Ato (Foto: Rodrigo Ciantar)

O Botafogo tem uma nova data das mais importantes para voltar ao Ato Trabalhista. A diretoria e o Sindicato de Empregados de Clubes do Rio (Sindeclubes) foram convocados pelo Ministério Público do Trabalho para uma reunião, que será realizada nesta quinta-feira. A intenção do encontro é colher informações sobre a real situação do clube e, posteriormente, dar um parecer, positivo ou negativo, que será primordial no julgamento do Tribunal Regional do Trabalho, no próximo dia 21.

O Ministério Público do Trabalho começou a acompanhar de perto o caso do Botafogo na semana passada, quando foi chamado pela juíza responsável pelo processo em que o clube, através de ação do sindicato, pedia o desbloqueio de uma verba para pagar salários. A intenção do chamado foi para que o MP desse algum parecer antes da liberação de qualquer montante.

Na última quinta-feira, o Ministério Público deu esse parecer - favorável - e a cota de R$ 2,5 milhões, referente a direitos de transmissão, foi, enfim, desbloqueada. Agora, o MP resolveu convocar essa reunião para conhecer ainda mais a fundo a situação do clube, que tenta um retorno ao Ato.

O advogado do Sindeclubes, Henrique Fragoso, diz que seria primordial ter um novo parecer favorável do Ministério Público do Trabalho, agora para esse julgamento do TRT do dia 21.

- Recebemos a convocação na última sexta-feira. Eles viram a existência do processo para pagar salários, que a situação estava complicada e que tem esse julgamento. A procuradoria, então, convocou o Botafogo e o sindicato para dar um parecer. Se será positivo, não sabemos. O apoio deles pode ser um passo gigantesco para voltar ao Ato. Dia 21 é a vida do Botafogo - disse Henrique Fragoso.

Foi por intermédio do sindicato que o Botafogo conseguiu pagar salários nos últimos meses, com uma ação para desbloquear a cota mensal de direitos de transmissão. Mas o processo era para liberar apenas quatro cotas, sendo a última delas no mês que vem. Ou seja, se o clube não voltar ao Ato, terá de enfrentar uma nova jornada na Justiça para conseguir liberar mais verbas.

Nesta segunda-feira, o Sindeclubes depositou um mês de salário atrasado. Agora, o time está com dois meses de atraso na carteira e seis de direitos de imagem. A verba estava liberada desde sexta, mas o dinheiro caiu na conta do sindicato após o expediente bancário, impedindo a transferência aos alvinegros naquele dia.


Rodrigo Ciantar -  LANCENET!