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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Falhas da zaga e de Jefferson obrigam Bota a arriscar tudo por empate no fim


Igor Rabello e Carli erram no primeiro gol rival, enquanto goleiro bota para dentro no outro; estreante Luiz Fernando cresce junto com o time na etapa final






Melhores momentos: Botafogo 2 x 2 Portuguesa-RJ pela 1ª rodada da Taça Guanabara


Trinta e cinco minutos do primeiro tempo: no placar, Portuguesa 2 a 0. Os pouco mais de quatro mil presentes ao Nilton Santos já esboçavam vaias, pedidos por jogadores e elegiam culpados.

Mas, com crescimento coletivo na etapa final, o Botafogo lutou e conseguiu empate. Resultado ruim, entrega recompensada. Pelo menos na visão de Felipe Conceição.


Meio-campo desentrosado


Com o estreante Luiz Fernando aberto pela direita, e Rodrigo Pimpão, pela esquerda, o meio-campo alvinegro, agora sem Bruno Silva, demonstrou falta de entrosamento. Valencia, com decisões rápidas e pedindo a bola a todo tempo, era a exceção.

Para completar, erros bobos minaram qualquer tentativa de Felipe Conceição, em sua estreia, de construir um Botafogo organizado. O importante era virar ou pelo menos empatar.



Luiz Fernando em sua estreia pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Gols bobos

Aos 9 minutos, Sassá, que não é aquele, abriu o placar para os visitantes após erro dos dois zagueiros. Carli permitiu a antecipação de Alexandro, Rabello ficou vendido, e Luan escorou para Sassá guardar.

Vinte e seis minutos depois, Sassá, com muito espaço, resolveu arriscar. Jefferson não foi com as mãos firmes na bola e botou para dentro.



Gol da Portuguesa-RJ! Sassá arrisca o chute, Jefferson falha e deixa a bola entrar, 35 1º


Segundo Tempo: João Paulo cresce, e Luiz Fernando melhora

Tímido no primeiro tempo, Luiz Fernando trocou de lado com Pimpão. Logo em sua primeira jogada, deu passe de letra para Valencia, e, na sequência da trama, o chileno apareceu na área para quase marcar o primeiro.

João Paulo, outra figurada apagada nos primeiros 45 minutos, cresceu muito e foi o fio condutor de um Botafogo que buscava incessantemente o ataque.

O primeiro gol veio num pênalti infantil de Romarinho, que cortou com o braço cruzamento de Valencia que ele mesmo cortara erradamente. Brenner não vacilou.

O Botafogo se lançou, e a Portuguesa se encolheu, mas o chuveirinho, ora em cruzamentos de Gilson ora em levantamento de Pimpão era infrutífero.


Jovens incendiam o jogo


Com as entradas de Marcos Vinicius e do ensaboado Ezequiel, o volume aumentou. Ezequiel substituiu Pimpão, que não foi bem. Já Marcos entrou no lugar de Valencia, que cansou.

Marcos Vinicius manteve o nível do chileno e acabou premiado com o gol no fim. Ezequiel, por sua vez, mostrou que sua juventude pode ser muito útil ao Alvinegro.



Marcos Vinícius comemora o empate do Botafogo (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Vaias moderadas

Como Felipe Conceição disse na entrevista coletiva, o resultado não foi satisfatório, mas a entrega e a busca incessante pelo gol mostram que não faltará luta ao Botafogo 2018.

A própria torcida gritou "queremos jogador", falou em "time sem vergonha", mas sempre timidamente. Deram a impressão de que terão paciência com o time.


Fonte: GE/Por Fred Gomes, Rio de Janeiro