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sexta-feira, 30 de junho de 2023

Botafogo anuncia a saída de Luís Castro



Treinador deixa o clube para comandar o Al-Nassr, da Arábia Saudita



O Botafogo anunciou a saída do treinador Luís Castro. O português de 61 anos aceitou a proposta do Al-Nassr, da Arábia Saudita, time de Cristiano Ronaldo. O técnico assinará contrato de dois anos, com salário anual de US$ 6 milhões (R$ 29,1 milhões), além de mansão avaliada em R$ 13 milhões.


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Confira a trajetória de Luís Castro no Botafogo (https://ge.globo.com/video/confira-a-trajetoria-de-luis-castro-no-botafogo-11732102.ghtml)


Em nota, o Alvinegro diz ter sido comunicado da decisão do português nesta sexta-feira e acrescenta que outros cinco integrantes da comissão técnica também deixam o clube. O nome favorito para assumir o comando técnico da equipe é o do compatriota Bruno Lage, de 47 anos.


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Veja o que diz a nota:

- Luis Castro não é mais o técnico do Botafogo. O Botafogo foi comunicado nesta sexta-feira (30) pelo técnico Luís Castro sobre a sua decisão de aceitar proposta de um clube do exterior, o que encerra a atuação no comando técnico da equipe. Também deixam o Clube os auxiliares Vitor Severino e João Brandão; o preparador físico Roberto de Oliveira; o preparador de goleiros Daniel Correia; e o analista de desempenho Nuno Baptista. O Clube agradece aos profissionais pelo serviços prestados e deseja sucesso nos futuros desafios.




Roger Flores: “Eu vejo o Luís Castro olhando para frente da carreira dele” (https://ge.globo.com/sportv/programas/selecao-sportv/video/roger-flores-eu-vejo-o-luis-castro-olhando-para-frente-da-carreira-dele-11744486.ghtml)



O anúncio do Botafogo encerra duas semanas tensas no clube, desde que surgiu a informação da proposta do Al-Nassr. Quando perguntado sobre o assunto, Castro se esquivou. Na quinta-feira, o ge e outros veículos publicaram que o português havia aceitado a proposta saudita. À noite, ele foi xingado pelos torcedores no empate com o Magallanes por 1 a 1, no Nilton Santos.


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Na entrevista coletiva depois da partida, Castro preferiu manter o discurso de que não havia definido seu futuro.


- Na terça-feira tive uma reunião com John Textor, falamos sobre o momento do clube, sobre a vitória contra o Palmeiras, sobre a janela e sobre o interesse do Nassr que poderia haver em mim. Foi comunicado que não havia nenhuma proposta oficial à altura e seguimos então uma conversa após uma reunião entre meu agente e meu advogado após que houvesse uma proposta oficial, que chegou ontem (quarta). Essa reunião será amanhã (sexta) e eu só vou tomar uma posição após essa reunião.




"Que Castro siga a vida dele e o Botafogo também", diz Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/que-castro-siga-a-vida-dele-e-o-botafogo-tambem-diz-pedro-dep-a-voz-da-torcida-11742948.ghtml)



Nesta sexta, o português se despediu dos jogadores antes do treino, que foi comandado por Lúcio Flávio. Castro deixa o Glorioso com 81 partidas disputadas, sendo 44 vitórias, 15 empates e 22 derrotas. Nos jogos sob o comando do treinador, foram 116 gols marcados e 71 sofridos em pouco mais de um ano e três meses de trabalho.


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Seleção sportv debate saída de Luís Castro (https://ge.globo.com/sportv/programas/selecao-sportv/video/selecao-sportv-debate-saida-de-luis-castro-11744468.ghtml)


Sob o comando do português, o Alvinegro terminou o Campeonato Brasileiro na 11ª posição a três pontos de uma vaga para a Pré-Libertadores, e parou nas oitavas da Copa do Brasil para o América-MG, em 2022.


Na atual temporada, não se classificou para as semifinais do Carioca, novamente caiu nas oitavas da Copa do Brasil, mas lidera o Brasileirão com sete pontos de frente para o segundo colocado, o Grêmio, após 12 rodadas e está nos playoffs da Copa Sul-Americana, em que enfrenta o Patronato, da Argentina.


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Luís Castro, Botafogo — Foto: André Durão/ge


Luís Castro foi uma aposta pessoal de John Textor, assim que assumiu o controle do futebol do clube, em abril de 2022, para tocar o projeto do Botafogo Way, construindo um jeito de o time jogar desde a base.



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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Análise: o futebol ficou em segundo plano no empate do Botafogo na Sul-Americana



Partida da última rodada do torneio continental foi um mero detalhe em um momento conturbado da relação entre Luís Castro e o clube



O empate do Botafogo com o Magallanes em 1 a 1 pela última rodada da Copa Sul-Americana, gol de Marlon Freitas, que jogou o time para a disputa dos playoffs da competição continental, foi um jogo marcado muito mais pelo que aconteceu fora das quatro linhas do que dentro delas.












Melhores momentos: Botafogo 1 x 1 Magallanes (CONMEBOL Sudamericana)



O que deveria ser uma partida decisiva por uma vaga nas oitavas de final foi tomada, quase que exclusivamente, pela iminente saída de Luís Castro do comando do clube depois de aceitar uma proposta para comandar o Al-Nassr, da Arábia Saudita.


O clima de um time que lidera o Campeonato Brasileiro com sete pontos de vantagem sobre o segundo colocado e vinha na primeira posição do Grupo A da Sul-Americana, de leveza e confiança, foi tomado pela frustração e revolta dos torcedores com a escolha de Castro.


Antes mesmo do jogo, nas redes sociais as reações eram de críticas ao português, indicando que ele nem deveria ficar na beira do gramado contra os chilenos. Alguns torcedores, inclusive, fizeram um protesto imprimindo notas de dinheiro com o rosto do comandante do time.


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Luís Castro em Botafogo x Magallanes — Foto: André Durão/ge


Todo essa tensão era sentida praticamente no ar do estádio Nilton Santos antes de a bola rolar, mas ao mesmo tempo se misturava com a celebração da carreira de um ídolo: o zagueiro Joel Carli, que fez a última partida como profissional na última quinta.


Antes e durante a partida, a torcida se concentrou em fazer o papel de apoiar a equipe e exaltar o argentino da camisa 3. A cada oportunidade, os torcedores gritavam o nome do zagueiro, mesmo antes de ele entrar em campo aos 42 minutos do segundo tempo.


Mas, conforme a tensão de um empate inesperado contra um time tecnicamente muito inferior foi aumentando, as atenções começaram a se voltar para o comandante dando adeus na melhor fase do clube em mais de uma década.


A perda do treinador machuca pelo momento e pela forma que foi, isso ficou claro em cada semblante de torcedor na arquibancada do Nilton Santos e refletiu dentro do gramado em um time que pareceu inseguro, especialmente depois da justa expulsão de Marlon Freitas.


Após o apito final, o que era pra ser uma festa para Carli virou um momento de descarrego. A torcida descontou a sensação de abandono sobre Luís Castro, xingando o treinador antes de se voltar para celebrar o ídolo.





Carli é homenageado após Botafogo x Magallanes — Foto: André Durão / ge



Se o Botafogo é uma família, como sempre disse Luís Castro ao longo das coletivas que deu à frente do clube, o jogo contra o Magallanes mostrou que há formas de se tratar um fim de relacionamento, com o amor recebido por Carli ou a raiva dada ao português no fim.


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Fonte: GE/Por Giba Perez — Rio de Janeiro

Luís Castro diz que terá reunião sobre futuro nesta sexta: "O Botafogo é muito maior que as pessoas"

 

Treinador não dá pistas se vai aceitar proposta do Al-Nassr, da Arábia Saudita, após partida contra o Magallanes



Luís Castro não se pronunciou sobre o seu futuro em entrevista coletiva após a partida entre Botafogo x Magallanes, na noite desta quinta-feira, pela Copa Sul-Americana, no Estádio Nilton Santos.


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Com negociação praticamente certa para defender o Al-Nassr, da Arábia Saudita, o português evitou falar sobre o futuro após o duelo e focou apenas em questões dentro de campo.


- Na sexta-feira passada tive uma reunião passada com John Textor, falamos sobre o momento do clube, sobre a vitória contra o Palmeiras, sobre a janela e sobre o interesse do Nassr que poderia haver em mim. Foi comunicado que não havia nenhuma proposta oficial à altura e seguimos então uma conversa após uma reunião entre meu agente e meu advogado após que houvesse uma proposta oficial. Essa reunião será amanhã e eu só vou tomar uma posição após essa reunião e só aí direi algo. Não é de bom aceitar qualquer que seja aceitar algo sem falar com as partes. A conversa foi de bom tom com o dono do clube.





Luís Castro em Botafogo x Magallanes — Foto: André Durão/ge


Luís Castro não deu garantias que vai continuar que vai continuar, mas saiu em defesa do elenco e do clube, afirmando que a instituição melhorou muito desde que ele chegou, em março do ano passado.


- Quando fui contactado pelo Botafogo através do John Textor, foi um mês antes de sair do Duhail e, mesmo já acordado com o Duhail, ficou acordado que eu sairia depois da final da Copa. Minha vinda para cá foi para reorganizar o clube, para formarmos um elenco competitivo, lutar por algo maior do que estávamos fazendo, era um clube que estava vindo da Série B, com vários problemas, não tínhamos campo de treino, um estádio com gramado problemático e colocamos mãos à obra. Conseguimos um lugar para treinarmos, fomos até o Lonier e hoje conseguimos vestiários para todos os lugares, abandonamos compartimentos de dois, três blocos, hoje temos refeitórios. Os campos também tivemos que colocar mãos à obra e felizmente hoje temos um estádio renovado, com melhores condições, temos um elenco que continua na Sul-Americana, que está em primeiro lugar no Brasileirão e me deixa muito feliz. Todos foram muito importantes, não foi só eu importante.


- O conceito família não depende só de uma pessoa. O pai pode sair para trabalhar. Quando se ama, amam todos. Não é preciso estar junto para se gostar. Se eu tomar a decisão após a decisão de amanhã e partir, sei que a família estará instalada. Sei que há um elenco aqui pronto para todas as batalhas que há na frente. O que mais interessa é o perfil das pessoas que se contratam. Isso já existia há dois, três meses atrás... Não sou só agora importante porque estamos em primeiro, nós já éramos importantes, mesmo quando alguns elementos dessa família eram agredidos em campo. Fique ou parte, o Botafogo é muito maior que as pessoas. O Botafogo jamais será maltratado como maltratam muitas pessoas. Merece o respeito de todos. O Botafogo hoje é um clube respeitado.


A decisão oficial para com o clube carioca será feita nesta sexta-feira. Apesar de já ter comunicado ao estafe de que aceitará a oferta árabe, Luís Castro ainda não falou com pessoas e jogadores do Botafogo sobre a saída.


Sem uma definição quanto a quem comandará a equipe, o Alvinegro volta aos gramados às 16h deste domingo para enfrentar o Vasco, no Estádio Nilton Santos, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.


Mais declarações de Luís Castro

Demora para aceitar a proposta


- Em um filme, o principal ator ainda não subiu ao palco. Quando que me pronunciei? Já comuniquei ao dono do clube que havia interesse, o que posso dizer sem uma reunião oficial? Não posso saber o que vai acontecer amanhã. Tenho uma opção de sair para dois anos. A proposta oficial chegou ontem, hoje foi dia de jogo. O que iria fazer com jogo hoje? Não sei como se consegue falar dias e dias dessa situação. Chegou uma proposta oficial, amanhã o agente senta com o clube e tomamos uma decisão, tem timing? Não comando o timing. Não posso dizer se vou sair ou não se tem uma proposta oficial.


Ter saído sozinho das arquibancadas do Nilton Santos

- Não queria sair xingando acompanhado pelos meus jogadores. Queria sair sozinho. Meus jogadores não estão acompanhados dos meus processos. Há vários tipos de líder, mas para mim só há um: aquele que valoriza, por isso é que fiquei sozinho. Não quero que eles pensem que é algo para eles quando é para mim. Os meus jogadores nunca devem ser xingados por ninguém. Peço à torcida para nunca xingarem.


Futebol brasileiro


- O Brasil é, foi e será um dos palcos mais importantes do mundo do futebol, o mais importante. Estamos falando de um país pentacampeão e exportadores de jogadores para todo o mundo. É a paixão de quem joga e de quem vê. Cabe à CBF cuidar de quem joga e de quem vê. É um dos campeonatos mais difíceis do mundo e naturalmente os olhos estão voltados para cá.



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Por Redação do ge — Rio de Janeiro