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domingo, 22 de maio de 2016

Ricardo Gomes acredita que Botafogo merecia vitória: "Pelo volume de jogo"



Chances criadas no empate contra o Sport, na Ilha do Retiro, aumenta otimismo do técnico do Botafogo: "Tivemos um time mais coeso. Estou confiante na campanha"





Montagem de capa do GE
Ricardo Gomes deixou a Ilha do Retiro satisfeito na noite deste domingo. Embora o placar não tenha sido o melhor para o Alvinegro, o técnico gostou da postura no time no empate em 1 a 1. Ricardo usou as chances criadas - e perdidas - para justificar o otimismo na campanha do Botafogo neste Brasileirão.


- Jogando fora de casa, merecíamos essas vitória. Pelo volume de jogo. Gostei mais do que o jogo contra o São Paulo porque perdemos três ou quatro chances. Tivemos um time mais coeso. Gostei do jogo, com todas as dificuldades. Estou muito confiante nessa campanha do Botafogo.


Apesar do otimismo para o futuro, um problema atormenta o Botafogo no presente: o baixo aproveitamento nas finalizações. Diante do Sport, o time até criou, mas novamente pecou na hora de concluir. Foram pelo menos três oportunidades desperdiçadas.


- Essa é nossa vida, Vamos melhorar. Estamos falando isso há dois meses. Tirando os 20 minutos iniciais, o time mostrou um bom padrão, tivemos oportunidades. Uma hora a bola vai entrar. Prefiro pensar que isso é uma fase que vai passar - disse Ricardo Gomes.


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Justo?
Não quero saber se foi justo ou não. Começamos mal, mas depois fomos melhores. Iniciamos muito bem o segundo tempo, tivemos as melhores chances. Mas negócio de justiça não é do futebol. Isso é um jogo, tivemos um início complicado, depois fomos melhores


Problemas com lesões
Por acaso, o substituto (do Carli) é o Emerson santos. Temos um elenco. Lesões são do futebol.


Desgaste com viagens
É o ritmo do futebol. Não é só no Botafogo, não é só no Brasil. Está muito intenso. Consequentemente, o número de lesões é maior. Nós jogamos a Copa do Brasil na quinta e depois fizemos uma viagem. Já falamos 10 mil vezes sobre o calendário. Nós estamos iniciando a competição mais importante, mas com todos os times com problemas físicos. Temos jogos decisivos em março, abril... Fora do Brasil não tem jogos decisivos nos primeiros meses.


Helton Leite
No final do jogo o Sport cresceu, e o Helton se mostrou presente. Já falei que tenho grande confiança nele. Não vi direito o lance do gol do Sport. Mas parece que houve falta nele


Finalizações
Houve um progresso. Temos garotos na frente. Hoje o Aquino entrou no segundo tempo, mas são garotos que estão pagando o preço da juventude. Mas isso é uma fase. Já vi jogadores experientes ficarem dois, três meses sem fazer gols. Ribamar e Luís Henrique vão se ajustar e nos dar alegrias


Maturidade
Fiquei na dúvida no lance, mas todos reclamaram demais. Mas o time encontrou nessas reclamações uma força e se reorganizou


Anderson Aquino
Fez tudo certo. Fez a jogada, limpou, mas a bola não entrou. Mas ele fez o movimento certo, tudo certo. Mas não tem jeito. Tem dia que é noite.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Recife

Botafogo teve tudo para vencer, mas sai da Ilha do Retiro com o empate


Alvinegro sai atrás, mas se recupera, empata, mostra ótimo jogo e perde muitas chances. No fim, fica no 1 a 1 com o Sport. Goleiro Helton Leite falha no início e se destaca no fim 




Sport e Botafogo ficaram no empate na Ilha do Retiro (Foto: Allan Torres/Fotoarena/Lancepress)


Com estratégia inteligente - atuar fechado, duas linhas de marcação fortes e sair no contra-ataque puxado por Lindoso ou Fernandes, o Botafogo fez boa partida - principalmente no segundo tempo, quando perdeu várias chances - e por pouco não saiu da Ilha do Retiro com a vitória. No fim, 1 a 1, com gols no primeiro tempo. Diego Souza abriu para o Sport e Fernandes empatou. Os times fizeram seus primeiros pontos na Série A-2016.

Nos dez primeiros minutos, o time carioca conseguiu iniciar três contra-ataques, com Neilton de referência pela esquerda. Mas não deu em nada pois a bola chegava na ponta, mas não seguia para a área.

Com mais espaço em campo, o Sport se lançou ao ataque. Como o miolo estava bem engarrafado, o time pernambucano buscou jogadas pelos flancos. A estratégia era usar Mark González pela esquerda e fazer Diego Souza cair pela direita para jogadas individuais, abrindo espaços para Lenis encostar em Vinícius Araújo.

Embora tenha mostrado um jogo ofensivo muito superior à nulidade apresentada contra o Flamengo, o Sport pecava na finalização. Seus jogadores demoravam para definir o chute e isso era bom para o Botafogo, que mesmo com o goleiro Helton Leite vacilante nas saídas de bola, parecia controlar o rival.


Diego Souza fez o do Sport
(Foto: Allan Torres/Fotoarena/Lancepress)
Porém, uma saída em falso do goleiro resultou em gol do Sport. O cruzamento da direita de Samuel Xavier encontrou Mark González que jogou para a pequena área. O atacante Vinicius Araújo ficou na dele enquanto Helton atabalhoadamente tentou rechaçar e se chocou com o atacante, a sobra ficou para Diego Souza bater de virada e marcar. Apesar de toda a reclamação dos jogadores do Botafogo, não ocorreu falta no goleiro.

O Botafogo se descontrolou e por muito pouco não levou o segundo. Uma confusão na área acabou com Luis Ricardo salvando quase em cima da linha. A tendência era o Sport deitar e rolar. Só que o Botafogo, assim que se recompôs, voltou ao seu jogo de toques rápidos. 

E quando acertou seu primeiro bom ataque, empatou. E graças a uma jogada inteligente. Ribamar saiu da área para receber a bola e chamar a marcação. Rapidamente, o atacante cruzou para a segunda trave, para a infiltração do lateral Victor Luís, que bateu de primeira, tirando o goleiro Magrão da jogada e deixando Fernandes chutar para o gol vazio.


Fernandes empatou (Foto: Aldo Carneiro/Lancepress!)
Daí em diante e até o fim do primeiro tempo, a mesma toada. Jogo equilibrado, o Botafogo jogando quase sempre pela esquerda e o Sport ciscando sem eficácia na intermediária alvinegra. A grande chance foi um chute de Luís Ricardo na trave direita do goleiro Magrão que quase resultou na virada do Botafogo.

O Botafogo voltou melhor no segundo tempo, assustando muito nos contra-ataques, pelos flancos e criando chances claras contra um time muito desorganizado e vaiado pela sua torcida. Fernandes, aos dez, ficou na cara de Magrão e chutou em cima do goleiro.

Aos 14, Neilton livre cabeceou por cima , aos 23 minutos, Anderson Aquino, que acabara de entrar, invadiu pela esquerda e Magrão voltou a aparecer muito bem fazendo o abafa. Um pouco depois, aos 35, o mesmo Anderson Aquino teve chance de ouro e chutou no travessão.

O Sport foi assustar somente nos minutos finais em três lances do atacante Túlio de Melo - que entrou no lugar do inoperante Vinícius Araújo. Nas três vezes o goleiro Helton Leite brilhou. Espalmou para escanteio em duas delas e fez defesa em dois tempos na outra, assegurando o primeiro ponto dos Alvinegros.


FICHA TÉCNICA
SPORT 1 X 1 BOTAFOGO

Local: Ilha do Retiro, em Recife (PE).
Data e hora: 22/5/2016, às 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Vinícius Furlan (SP)
Auxiliares: Márcia Caetano e Alex Ribeiro (ambos de SP)
Cartões amarelos: Gabriel Xavier, Durval e Samuel Xavier (SPT), Luís Ricardo, Bruno Silva (BOT)
Público/renda: 6.117 pagantes/ R$ 131.410,00

GOLS: Diego Souza, 18'/1ºT (1-0), Fernandes, 28'2ºT (1-1)

SPORT: Magrão; Samuel Xavier, Oswaldo Henríquez, Durval e Renê; Serginho, Gabriel Xavier, Mark González (Luís Antônio, 24'/2ºT) e Diego Souza; Lenis (Everton Felipe) e Vinícius Araújo (Túlio de Melo, 10'/2ºT) . Técnico: Oswaldo de Oliveira

BOTAFOGO: Helton Leite; Luís Ricardo, Emerson Silva, Joel Carli (Emerson, 16' 2ºT) e Victor Luís; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Fernandes e Leandrinho; Neilton (L. Henrique, 33'/2ºT) e Ribamar (Anderson Aquino, 20'/2ºT). Técnico:Ricardo Gomes


Fonte: Lancenet/Carlos Alberto Vieira/Rio de Janeiro (RJ)

Candidato a novo líder, Emerson Silva busca titularidade: "Vendi meu peixe"



Um dos mais experientes do elenco do Bota, zagueiro de 33 anos assume liderança do grupo no lugar de Jefferson, aprova sequência no time e elogia a disputa na zaga




A lesão de Jefferson e a ausência do capitão por três meses deixou o Botafogo sem o seu principal líder justamente no início do Campeonato Brasileiro, principal competição do clube na temporada. Mas no que depender de Emerson Silva, ele está preparado para substituir o ídolo alvinegro quanto à liderança junto a um elenco repleto de jovens. Um dos mais experientes do plantel ao lado do próprio goleiro e do uruguaio Salgueiro, todos com 33 anos, o zagueiro larga na frente do gringo pelo idioma e por já ter disputado várias edições do torneio nacional por outras equipes. Ele alega que pode contribuir tanto dentro quanto fora de campo.


- Acredito que seja importante nesse momento em que o Jefferson saiu procurar um líder positivo, não somente dentro de campo, mas também fora, nos treinamentos. Cobrando e sendo cobrado. Acho que vai dar certo, até mesmo porque os jogadores aqui gostam de trabalhar. Então, esse pouco de experiência que eu tenho vou agregar muito ao grupo, e com toda certeza será uma coisa positiva - analisou o defensor.


Emerson Silva bateu 20 minutos de papo na sala de imprensa do Botafogo em General Severiano (Foto: Thiago Lima)


Dos 10 jogos com a camisa alvinegra, os mais recentes engataram uma sequência com a lesão do Emerson, de 21 anos e titular do Botafogo ao lado de Carli. Com seu xará recuperado e de volta, Emerson Silva retornou para o banco de reservas. Mas consciente de que mostrou serviço e esquentou a disputa por uma vaga na defesa alvinegra.

Vinha como o quarto zagueiro, uma quarta opção, e as oportunidades que tive, ainda mais na final do Carioca, passou aquilo de vender o peixe, né? Vendi o meu peixe bem"
Emerson Silva, zagueiro do Botafogo


- Acho que (a oportunidade) apareceu no momento certo. Vinha como o quarto zagueiro, uma quarta opção, e as oportunidades que tive, ainda mais na final do Carioca, passou aquilo de vender o peixe, né? Acredito que vendi o meu peixe bem (risos).


Em cerca de 20 minutos de entrevista na sala de imprensa em General Severiano, o zagueiro falou de sua relação com o jovem Emerson, sobre aposentadoria, o duro golpe na estreia do Campeonato Brasileiro, seu futuro no Botafogo, campeonatos estaduais, seu lado goleador, lesões, seleção brasileira. Confira o bate-papo com o zagueiro alvinegro:


GloboEsporte.com: você é o mais experiente do elenco ao lado do Jefferson e do Salgueiro. Sem o Jefferson agora, e como o Salgueiro ainda tem dificuldades com o idioma, acha que pode assumir o papel de líder do elenco?


Emerson Silva: É um time bastante jovem, lógico que tem uns ali que passam dos 30. Jefferson, eu e mais alguns. A gente tem que passar para essa meninada aí um pouco mais de experiência, e a gente acaba aprendendo com eles também. Acredito que seja importante nesse momento em que o Jefferson saiu procurar um líder positivo, não somente dentro de campo, mas também fora, nos treinamentos. Cobrando e sendo cobrado. Acho que vai dar certo, até mesmo porque os jogadores aqui gostam de trabalhar. Então, esse pouco de experiência que eu tenho vou agregar muito ao grupo, e com toda certeza será uma coisa positiva.

Aceitaria a braçadeira de capitão?

Não almejo isso. Eu tenho que ser importante dentro do grupo, ser uma liderança positiva nos vestiários, treinamentos e também dentro de campo. Sei que é uma responsabilidade grande ser capitão de um grande clube como o Botafogo, fui capitão por onde passei. Mas a minha importância hoje é cobrança nos treinos, para quando chegar no jogo apto para conseguir as vitórias.


O Emerson, seu xará, está voltando agora de lesão. Como é a relação entre vocês? Costuma conversar muito com ele por ser muito jovem?

Nossa relação é muito bacana. Lógico que a gente pensa muito no grupo, acredito que a gente fez um excelente Carioca, lógico que queríamos ter vencido, porque o grupo é muito bom, o respeito com o companheiro, torcer para o que está entrando no seu lugar... O segredo do Botafogo tem sido esse, quem vem entrando está dando conta do recado.


Vendo ele você se lembra do seu início de carreira? Acha que vocês eram parecidos?

Hoje tenho 33 anos, já estive na pele dele. Procuro treinar bastante com ele, passar algumas coisas, aprendo também, essa troca de experiência é válida. Da mesma forma que eu era jovem e gostava de aproveitar as oportunidades, sabendo que dentro de campo a responsabilidade dos que tem 18, 20 e 30 é a mesma. Lógico que não podemos passar a responsabilidade para os mais jovens, mas eles têm que saber que a cobrança é a mesma.


Na reserva ou como titular, Emerson Silva espera ser um líder como Jefferson (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Você chegou à Seleção em 2011, convocado para o Superclássico das Américas. Acha que o Emerson também tem potencial para chegar lá?

Todo jogador precisa almejar isso. Alguns passam da idade e às vezes dá uma esfriada no sonho, mas é como eu falei. Não sei se vai ter Superclássico esse ano ou ano que vem, é uma grande oportunidade de mesmo aqueles que passam um pouco da idade sonhar com a Seleção. Você almejando isso vai se dedicar ao máximo dentro do seu clube.


Então você ainda tem esse sonho?

Se tem oportunidade, se é uma convocação só de brasileiros, Superclássico... Tanto é que em 2012 acho que foi o Durval e o Edu Dracena (nota da redação: a dupla foi Durval e Réver). Foi uma zaga experiente. Tem que ter esse sonho e procurar se dedicar porque é possível.


Você fez vários jogos em sequência, acredita que aproveitou a sua chance?

Acho que (a oportunidade) apareceu no momento certo. Vinha como o quarto zagueiro, uma quarta opção, e as oportunidades que tive, ainda mais na final do Carioca, passou aquilo de vender o peixe, né? Acredito que vendi o meu peixe bem (risos).


Com Carli e o Emerson de volta, aceitaria jogar em qualquer lado para ter mais chances?

Sempre gostei de jogar na minha, que é do lado esquerdo, até mesmo pela facilidade de eu ser canhoto, desde moleque venho jogando pela esquerda... O Botafogo hoje está bem servido. Tanto é que tem muitos times que não tem zagueiro canhoto e jogam com dois destros. Não tem a mesma facilidade. Tem o Emerson que faz muito bem e é direito. Os quatro zagueiros que estão hoje no clube se dão super bem. Cada um treina o máximo possível e fica a critério do professor. Tem que haver respeito entre a gente. E quem o professor optar, temos que respeitar e torcer para o Botafogo sair vencedor.

A bruxa tem andado solta no Botafogo, mas por enquanto você está escapando. Sempre foi um jogador de se machucar pouco?

As únicas lesões que tive foram de osso, fratura. Muscular nunca tive, graças a Deus. Mas acontece dentro de um clube. A gente vê uma excelente preparação física, às vezes tem um pouco de lesão a mais, mas a equipe está sendo bem preparada, tem um descanso necessário, treinamentos necessários, se acontece é porque é para acontecer.




Falando agora do seu lado artilheiro, você fez o primeiro gol pelo Botafogo e quer mais. Você conta quantos gols tem na carreira?

Conto. Eu tinha uma assessoria que tinha isso, mas tem mais de 80. São muitos gols. Por onde passei tenho sido (artilheiro). Sou até hoje o maior zagueiro artilheiro do Avaí com 27 gols, no Coritiba tenho 19, fico somente atrás do Pereira. Sempre tive essa facilidade de fazer gols, e aqui no Botafogo eu estava meio que receoso, até sair o primeiro... Saiu contra o Juazeirense (veja no vídeo acima), agora fica mais tranquilo para chegar na bola, cabecear e procurar fazer mais gols.


Dá para a gente dizer que essa é sua primeira experiência no futebol carioca, né? Porque em 2006 você passou muito rápido pelo Flamengo. O que ouve naquela época?

Eu era muito jovem, caí dentro do Flamengo acredito que por cair, sem peso nenhum. Acredito também por ser contrapeso, alguma coisa assim. Mas é aquilo, passei por aqui, joguei duas partidas somente (um amistoso e um pelo Brasileiro), serviu de aprendizado, hoje estou em um clube grande novamente e estou muito feliz aqui.


Você que já jogou o Campeonato Mineiro, o Paranaense e o Catarinense de estaduais, o que achou do Carioca?

O Carioca é um campeonato muito bom, lógico que ele fica charmoso nas finais, pega clássicos, como todo estadual. Gostei de jogar o Carioca, sim. Quem está fora do estado vê um campeonato charmoso, com torcida, time grande... Gostei, lógico que queria ter sido campeão já, mas acredito que se ano que vem estiver aqui a gente vai procurar ser campeão.

Futebol tem provado o contrário. "Ah, o cara passa dos 30 e já é velho". Não, aquele que se cuida vai longe. Você vê cara com 35 correndo igual moleque de 20. Então é cuidado. Não tenho isso de falar que vou jogar até tal ano. Enquanto eu conseguir jogar em alto nível..."
Emerson Silva, zagueiro do Botafogo


Muitos falam que o Carioca ilude os times para o Brasileiro. Qual sua visão sobre isso?


O parâmetro do Brasileiro, que você pode comparar, são os clássicos. Clássico é decidido em detalhe, Brasileiro é decidido praticamente em detalhe. Se você erra uma, duas, pode perder o jogo. Acho que a gente pode tirar as duas partidas contra o Vasco. Nós ficamos praticamente com a bola, só que tem que ter o poder de definição, matar o jogo. Brasileiro é dessa forma. Depois desse jogo contra o São Paulo a gente viu o que é o Campeonato Brasileiro, vamos concentrar mais, procurar definir...


Você tem contrato até o final do ano, pensa em renovar?

A gente sabe que no futebol as coisas mudam muito rápido. Posso falar que estou muito feliz aqui no Botafogo, grupo muito bom, me abraçou, acolheu, a comissão técnica muito séria. A gente sempre gosta de trabalhar em um clube grande ainda mais com a organização que está. Mas vamos ver mais para frente.


Você tem uma idade limite para se aposentar?

Futebol tem provado o contrário. "Ah, o cara passa dos 30 e já é velho". Não, aquele que se cuida vai longe. Você vê cara com 35 correndo igual moleque de 20. Então é cuidado. Não tenho isso de falar que vou jogar até tal ano. Enquanto eu conseguir jogar em alto nível, quero jogar.

A lição da estreia no Brasileiro foi assimilada?

A lição tem que aprender. A gente perdeu um jogo em casa (contra reservas), não desmerecendo o São Paulo, que é uma grande equipe, que tem jogadores preparados para jogar a Série A. Não pode é aceitar. Perdemos três pontos que no Brasileiro podem fazer uma diferença muito grande.



Fonte: GE/Por Thiago Lima/Rio de Janeiro