Páginas

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Botafogo e Carli encaminham acordo para renovação de contrato por mais dois anos


Após muita negociação, diretoria e representantes do zagueiro argentino se aproximam de acordo. Assinatura e anúncio oficial da permanência do Xerife deve acontecer até semana que vem







Às vésperas do clássico com o Vasco, justamente o rival contra quem foi herói no título do Campeonato Carioca, Carli está perto de um final feliz com o Botafogo. Nos últimos dias, a diretoria alvinegra e os representantes do zagueiro argentino, de 31 anos, voltaram a se reunir e se aproximaram de um acordo para a renovação de contrato por mais duas temporadas. A assinatura e o anúncio oficial da permanência do Xerife deve acontecer até semana que vem.


A negociação começou há alguns meses, mas havia divergência financeira e temporal. Carli gostaria de um contrato por três anos, o Botafogo ofereceu dois. Porém, o principal entrave era a valorização abaixo do esperado: a oferta da diretoria foi com aumento salarial de 8%, como revelado pelo "Fogão Net" e confirmado pelo GloboEsporte.com. Mas no fim, pesou a vontade do zagueiro, que tem a família adaptada ao Rio e pensa em encerrar a carreira em General Severiano.




Família de Carli está adaptada ao Rio e não pensa em deixar a cidade (Foto: Thiago Lima)


A renovação será antes de julho, quando Carli ficaria livre para assinar pré-contrato no mercado. Porém, o Xerife se identificou com o clube, onde caminha para ser ídolo, e nunca pensou em sair. Tanto que, quando procurado pelo Peñarol, do Uruguai, mesmo na reserva no início do ano, sequer quis ouvir a oferta. Assim como aconteceu com os mexicanos Leon e Pachuca em 2017. No Brasil, teve o nome especulado por Atlético-MG e Grêmio.


Carli foi o menos badalado dos gringos que chegaram em 2016, mas foi o único a se firmar naquele ano. Tornou-se praticamente uma unanimidade, sendo o capitão do time na campanha até as quartas de final da Libertadores do ano passado. Com 93 jogos pelo Botafogo, ele tem sua passagem pelo clube marcada pela liderança dentro do grupo.



Gol do Botafogo! Carli pega sobra na área, chuta e marca, aos 49 do 2º tempo


Além disso, seu nome ficou definitivamente na história do Alvinegro pelo gol feito aos 49 minutos do segundo tempo na final do Campeonato Carioca deste ano, contra o Vasco (veja no vídeo acima). A vitória levou a decisão para os pênaltis, onde o Botafogo sagrou-se campeão. E o zagueiro levantou sua primeira taça como profissional.


Antes mesmo do gol, o sucesso de Carli no Brasil já havia chegado à Argentina, e duas vezes ele foi entrevistado pelo "Olé", principal jornal esportivo do país, onde especularam uma possível convocação, maior sonho da carreira do zagueiro. Com a torcida, que deu a ele o apelido de Xerife, o prestígio também é forte e não foi abalado nem com a reserva.


Fonte: GE/Por Fred Gomes e Thiago Lima, do Rio de Janeiro

Às vésperas do quinto duelo com o Vasco, Valentim fala em necessidade de vitória


Sem vitórias nos últimos três jogos, treinador liga alerta no Alvinegro: "Precisamos somar pontos, nos distanciar da zona e, automaticamente, nos aproximarmos dos times que estão na frente"




Contra o Vasco o Botafogo viveu sua maior glória em 2018: o título carioca, com direito a gol aos 49 minutos da etapa final e emoção nos pênaltis. Mas o momento não é positivo em General Severiano. O time não vence há três rodadas no Campeonato Brasileiro e chega para o quinto duelo com o Vasco pressionado pela necessidade de triunfar.


O clássico está marcado para este sábado, às 19h, em São Januário. O Botafogo atualmente ocupa a 14ª colocação, com nove pontos. Em coletiva concedida nesta sexta-feira, Alberto Valentim foi direto: nenhum resultado diferente da vitória interessa ao Alvinegro.



Valentim voltou a falar de erros de arbitragem, mas pediu para o Botafogo ser ofensivo com a bola nos pés contra o Vasco (Foto: Fred Gomes)


- Vitória fora, algo que ainda não aconteceu com a gente. É um rival que a gente respeita muito, mas é muito importante vencer por duas coisas. Precisamos somar e nos distanciar da zona lá de baixo e, automaticamente, nos aproximarmos dos times que estão lá na frente. Jogo decisivo para ambas as equipes. É a primeira vez que vamos jogar em São Januário, precisamos de boa atuação, como foi nesse jogo com o São Paulo. E evitar erros bobos para sair com os três pontos - pregou.


Alberto ainda abordou o fato de Botafogo e Vasco já se conhecerem bastante. Disse que, embora as escalações variem nos confrontos, ambos os treinadores já entendem bem seus respectivos adversários.


- Quinta vez que vamos jogar contra. Muitas coisas o Zé já sabe da forma que a gente joga, apesar de não serem os mesmos 11 que vão iniciar. Também há muitas coisas que dá para pegarmos. A forma de jogar e o padrão do Vasco, entre outra coisas.


Confira outros tópicos:

Botafogo terá a iniciativa do jogo contra o Vasco?


- Vamos definir bem hoje as alturas da nossa marcação. Bola nos pés dos jogadores do Botafogo vamos procurar ganhar. Vamos definir para fazer bem a fase defensiva. Com certeza os detalhes vão definir a partida em mais um jogo.


"Clima diferente"
- A gente queria estar melhor classificado. O último jogo deixa um clima diferente no vestiário. A equipe queria jogar, e houve um erro grave. Já tinha havido contra o Vitória, e eu não vi uma linha na imprensa. Ninguém falou do lance do Kieza. Já podem estar achando o Alberto antipático de falar, mas nenhum de vocês perguntou sobre o lance do Kieza.


Postura ideal para o clássico
- Precisamos ser um time muito organizado, como fomos no último jogo, e errar o menos possível na fase defensiva na tomada de decisões e na marcação. Lá na frente, temos que aproveitar as oportunidades.


A gente tem que ter muito equilíbrio. Não quero que o time tenha saldo enorme de gols, mas tem que ser um time que dificulte ao máximo os gols dos adversários. Temos que minimizar os erros defensivos. Tem que ser bem equilibrado.


Erros individuais e arbitragem contra o São Paulo

- Erros individuais acontecem. Erramos no terceiro gol, mas no primeiro gol que aconteceu o pênalti, só para lembrar mais uma vez, o erro do árbitro foi maior do que o erro técnico. Conseguimos jogar a bola para escanteio, recuperamos a bola, só que o árbitro interpretou como pênalti.


- Não pode ter erro de árbitro mais importante do que o atleta. Tínhamos três profissionais para decidir se for ou não. Eu massacro esses caras nos treinos, peço desculpas por fechar os treinos, eu cobro muito deles. Nesse jogo teve um erro individual muito pesado.


Vontade de ver Moisés e outros atletas na ponta dos cascos

- Fizemos partidas boas depois da final. Perdemos jogadores que ainda estamos recuperando, caso do Moisés, que precisa recuperar a parte física, pois automaticamente entregará tecnicamente. Tem o Luiz Fernando, o Aguirre.


- Temos que estar muito prontos e não podemos nos desorganizar em campo. Contra o São Paulo estávamos organizados, diferentemente do que aconteceu nos dois jogos anteriores.


Fonte: GE/ Por Fred Gomes, Rio de Janeiro