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sábado, 23 de abril de 2022

De Romildo a Del Piage: Botafogo ganha mais uma opção no meio com boas atuações do volante


Camisa 23 ganha mais chances com Luís Castro, tem bom desempenho e mostra que Botafogo ganha opção versátil para o meio-campo





Romildo em ação pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)



Romildo ou Del Piage: chame como quiser. A realidade é que a impressão de momento é que o Botafogo, mesmo diante de um turbilhão de contratações, ganhou uma "opção caseira" para o meio-campo: o camisa 23 somou boas atuações recentes pelo Alvinegro e começa a ganhar espaço na rotação de Luís Castro.


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O treinador, inclusive, elogiou o jogador após a vitória sobre o Ceará, no último domingo, pela 2ª rodada do Brasileirão. Na ocasião, o português colocou Del Piage com a intenção de ganhar mais uma opção de meio-campo e ganhar espaços nas costas dos volantes do Vozão. Isso até mesmo rendeu elogios públicos ao atleta.

– A entrada do Romildo foi porque nós tínhamos que buscar espaços e o Romildo é um jogador fantástico para isso. A partir do momento que o Ceará ia se lançar à procura do empate iria ceder mais espaços. Nós entendemos que ele era o jogador ideal para ocupar esses espaços à frente da nossa linha média. Mas sabe... quando se ganha todas as substituições do treinador são boas, mas se eu tivesse perdido por 3 a 0 seria burro. Em todo mundo é assim (risos) - afirmou, em entrevista coletiva.

Del Piage chegou a atuar até mesmo como primeiro volante com alguns treinadores no Botafogo, mas a coisa mudou com Luís Castro. Agora, o camisa 23 se comporta quase como um meia central, estando na linha mais avançada do setor. Com liberdade de movimentação, ele tem mais campo para dominar e avançar.




A mudança de Romildo, portanto, não vem apenas no nome que o acompanha na camisa, mas também no posicionamento em campo. O camisa 23, pelo o que foi mostrado nesses jogos com Castro, já não foi esse volante preso em uma linha inicial, e sim um atleta com mais liberdade para povoar o meio.


Com a chegada de Lucas Fernandes, a tendência é que Del Piage tenha mais concorrência no setor, mas a situação do camisa 23 no Botafogo, no que diz respeito à parte técnica, é a melhor que ele já viveu desde que subiu ao time profissional.

O Botafogo enfrenta o Atlético-GO às 18h30 deste domingo na Serrinha, em jogo válido pela 3ª rodada do Brasileirão.


Fonte: LANCE/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Lance de ataque do Botafogo com 10 jogadores e 24 passes em 1min20s de posse dá mostras do estilo de Castro



Em apenas dois jogos, time já apresenta dinâmica característica do técnico português



O otimismo da torcida do Botafogo com o momento do time é visível nas arquibancadas - na quarta, por exemplo, quase 30 mil assistiram à vitória por 3 a 0 sobre o Ceilândia em Brasília, no Mané Garrinha - e em qualquer conversa que envolva as perspectivas trazidas pelos investimentos de John Textor. Mas não são "só" os seis gols em dois jogos e as cifras milionárias que vêm alimentando a esperança do torcedor: o estilo de Luís Castro também começa a empolgar quem assiste aos jogos comandados pelo português.


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A mudança entre o time que terminou a disputa do Carioca é visível. Não só pelos reforços que chegaram - 11 ao todo -, mas também pela postura do time em campo. Além da já famosa intensidade cobrada do início ao fim das partidas (e também dos treinos, como relatamos aqui), a formação e a dinâmica de jogo marcam a participação ativa do treinador nessa construção.


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Prova disso é um lance aos cinco minutos do segundo tempo contra o Ceilândia (assista abaixo). A jogada começa em uma cobrança de lateral ainda no campo de defesa alvinegro, quando Saravia entrega a bola para Philipe Sampaio, que aciona o goleiro Diego Loureiro na entrada da pequena área.



Botafogo Way: Botafogo mostra boa troca de passes em construção de ataque (https://ge.globo.com/video/botafogo-way-botafogo-mostra-boa-troca-de-passes-em-construcao-de-ataque-10510654.ghtml)



Nem a marcação apertada dos donos da casa força o goleiro a dar um "tentador" chutão para afastar o perigo. Loureiro toca para o lado, onde, no bico da pequena área, Kanu recebe e lança para Daniel Borges no flanco esquerdo. O que se vê a partir do avanço do lateral são toques rápidos que, nem sempre são em direção ao gol, mas têm o objetivo claro de criar espaços.


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A jogada, que é analisada pela comissão técnica do Botafogo, durou 1min20s entre a cobrança de lateral no campo de defesa e o arremate de Tchê Tchê. Neste período, todos os jogadores em campo - com exceção de Matheus Nascimento, que participa arrastando marcação - tocaram na bola. Foram 24 passes no tempo em que a bola ficou sob posse do time de Luís Castro.


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Àquela altura, o Botafogo ganhava de 1 a 0. Durante o primeiro tempo, a equipe não teve a mesma calma - o que foi reconhecido por Castro na entrevista após o jogo - para alcançar o segundo gol. Com as mudanças no intervalo, essa dinâmica ficou mais natural: Diogo Gonçalves saiu para a entrada de Victor Sá, e Patrick de Paula deu lugar a Lucas Piazon.


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- Nós não podemos, em função daquilo que está a acontecer, de pior ou de bom, abandonar o nosso caminho. Nosso caminho é ser fiéis aos princípios ofensivos, defensivos e transições para a equipe em bolas paradas. Em determinados momentos do jogo, nós estávamos a levar o jogo para o caos por uma solução bem simples. Quando, na primeira parte, ultrapassávamos a primeira barreira de pressão do adversário, nós passávamos de forma desenfreada e com velocidade máxima para a baliza, e terminávamos a jogada em três, quatro segundos. É impossível ter um controle de jogo com atitudes destas perante o jogo, e elas acontecerem. Se o jogo pedir isso, de forma constante é impossível. Quero que a equipe tenha a intensidade que o jogo pede.


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O Botafogo volta a jogar no domingo (24), contra o Atlético-GO, pela terceira rodada do Brasileirão. O jogo está marcado para as 18h30min, no Estádio Antônio Accioly. Para a partida, Castro deve ter um problema para repetir a formação do segundo tempo contra o Ceilândia, que foi a que mais funcionou no jogo.


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Victor Sá é dúvida, pois se recupera de entorse no tornozelo. O último treino que definirá a escalação ocorre no sábado (23) pela manhã, antes da viagem à tarde para Goiânia.





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Fonte: GE/Por Renata de Medeiros — Rio de Janeiro