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segunda-feira, 21 de março de 2016

Salgueiro sem pressa por adaptação ao Botafogo: 'Meta é o grupo'


Meia-atacante uruguaio já é titular do Glorioso, mas ainda não fez gol


Salgueiro vem se adaptando aos poucos ao time do Botafogo (Foto: Wagner Meier/LANCE!press)


Salgueiro chegou ao Botafogo como a grande contratação do ano. Convenceu o técnico Ricardo Gomes e se tornou titular da equipe, mas ainda parece lhe faltar um pouco mais de entrosamento e adaptação ao Glorioso. Mas o uruguaio não tem pressa para tal.

- A nossa meta é o grupo, não o individual. Assim continuaremos trabalhando para vencer - garante.

O meia-atacante uruguaio foi contratado junto ao Olimpia e está sólido, apesar de ter perdido um pênalti contra o Boavista, no fim da primeira fase do Campeonato Carioca. Ao contrário de outros estrangeiros que tentam retomar espaço, casos de Nuñez e Lizio.

O argentino Carli é um caso à parte. Reserva de Renan Fonseca, em princípio, aproveitou lesão do Barba Negra e não saiu mais do time, mesmo quando o antes titular retornou.


Fonte: LANCE!
Rio de Janeiro (RJ)

Defesa sólida x timidez ofensiva: Botafogo ainda busca equilíbrio


Alvinegro tem o pior ataque entre os quatro grandes no Campeonato Carioca. Ricardo Gomes admite satisfação com o time atualmente, mas fala em reforços




Ricardo Gomes diz que ainda espera por reforços
 (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
A invencibilidade do Botafogo no Campeonato Carioca não esconde que o time ainda precisa evoluir. Ricardo Gomes admite isso em todas as suas entrevistas. Embora reconheça o atual bom momento do time, o técnico faz questão de ressaltar que ainda há um longo caminho para ser percorrido. Após acertar o sistema defensivo e transformá-lo no menos vazado do estadual, a missão do técnico agora é encontrar a mesma efetividade na outra ponta do campo: no ataque.


O setor ofensivo do Botafogo apresenta o pior índice entre os grandes no Campeonato Carioca. O Alvinegro marcou 14 gols em 10 jogos. Número que apenas o faz empatar com Boavista e superar o Bangu (com 12). O Volta Redonda tem 16 gols marcados. A média do Botafogo é de 1,4 gols por jogo. Os maiores goleadores do time no estadual tem só dois gols cada: Ribamar, Gervásio Núñez e Gegê. Todos muito distantes da ponta da artilharia, que hoje é de Tiago Amaral, do Volta Redonda, com nove gols.


É bem verdade que o setor sofreu muitas modificações nestes dez primeiros jogos da temporada. Luís Henrique, após iniciar a temporada como titular, hoje é opção para Ribamar. Neilton ainda não conseguiu se firmar após a lesão que o tirou quase um mês dos gramados. Salgueiro, que chegou recentemente, ainda não balançou as redes. Porém, este último conta com a paciência de Ricardo Gomes, que afirma que o jogador ainda está entendendo sua tarefa dupla no Alvinegro.


- Ele ainda está conhecendo o ritmo do jogo brasileiro. Ele está com dupla função. Tentando encostar no Ribamar e armando também. Quando ele entender, vai ser mais fácil. Ele tem qualidade, mas está sofrendo com isso - disse o técnico.


Vitórias magras são a tônica

Nem mesmo a grande quantidade de jogos com times de menor expressão tem engordado os números ofensivos do Botafogo. Somente em dois jogos o Alvinegro venceu por mais de um gol de diferença. Um deles contra grande, no clássico contra o Fluminense: 2 a 0. O mesmo placar foi alcançado na estreia contra o Bangu.


Em 60% dos jogos no Carioca, o Botafogo marcou apenas um gol. Só em quatro oportunidades balançou a rede mais de uma vez. Ademais, este ano, a equipe ainda não sabe o que fazer três ou mais gols dentro de uma só partida.


Defesa sólida agrada
Com as atuações sólidas de Joel Carli e Emerson Santos em conjunto com a boa proteção do trio de volantes, o Botafogo tem números consistentes no setor defensivo. O time ainda não sofreu dois ou mais gols neste Carioca. Em seis dos dez não foi vazado nenhuma vez. Sofreu apenas quatro gols, o mesmo número do Flamengo.


Satisfeito, Ricardo Gomes acredita que o time tem evoluído a cada partida. Contra o Madureira, o técnico classificou a vitória como "um degrau a mais". Tudo isso com o cuidado de conter a euforia de um time que ainda não perdeu. Ao falar sobre o time ideal, Ricardo diz que ainda espera reforços para o Campeonato Brasileiro.


- Ideal no dia de hoje. Ainda tem muita coisa para acontecer. Subimos um degrau. Pensar lá na frente? Não. Ideal só para a partida de hoje. Para o Campeonato Carioca, estamos com uma boa campanha. Nada demais. Espero terminar assim. E reforços para o Campeonato Brasileiro - avaliou.


Por Chandy Teixeira/Rio de Janeiro/GE