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domingo, 7 de agosto de 2022

Análise: Botafogo peca coletivamente e falha mais uma vez na bola aérea contra o Ceará


Semana de treinos foi afetada por surto de virose gastrointestinal, que gerou reflexos na partida



O empate do Botafogo com o Ceará por 1 a 1, no Nilton Santos, caiu como uma quebra na evolução que o time vinha apresentando gradualmente nas últimas partidas. Admitida por Luís Castro, a desorganização foi a principal responsável por mais um resultado negativo dentro do Nilton Santos.


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A semana atípica, no entanto, não pode ser eliminada do contexto. Uma virose gastrointestinal afetou cerca de 10 jogadores alvinegros e prejudicou o cronograma de treinamentos, segundo ressaltou o treinador em entrevista coletiva após o empate.


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- Teve jogador que perdeu quatro quilos devido ao problema. Outros não aguentavam nem 20 minutos de treino - desabafou Castro.


   


Luís Castro em Botafogo x Ceará — Foto: Vitor Silva/BFR



Com as baixas, Castro teve de fazer uma mudança no time. Marçal, com lesão leve na coxa direita, não pôde ser substituído por Hugo, que foi hospitalizado durante a semana devido à virose. Assim, Daniel Borges voltou a ser improvisado na lateral-esquerda.


Coletivamente, o time sofreu com a falta de treinamentos durante a semana e não conseguiu funcionar. Aquela evolução, que pôde ser identificada a partir das derrotas contra Atlético-MG e Santos e que culminou na vitória sobre o Athletico-PR, regrediu.


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O Botafogo abusou das jogadas individuais e pecou na conclusão. Com o time desorganizado, os jogadores pareciam querer resolver os ataques a todo custo e apressavam as ações - o que prejudicava a tomada da melhor decisão. Não fossem as arrancadas coordenadas entre Lucas Fernandes e Jeffinho, além da mobilidade de Eduardo, a equipe teria pouco a apresentar no Nilton Santos.








A bola aérea novamente foi problema para o Botafogo. Depois de sair na frente logo cedo, com gol de Cuesta, os cariocas foram envolvidos pelo Ceará no primeiro tempo e, no segundo, pressionados no próprio campo. Assim, os visitantes aproveitavam os espaços para aumentar o volume de jogo.


O Ceará conseguiu o empate muito cedo no segundo tempo e só não aumentou por falta de capricho nas finalizações e também por defesas difíceis de Gatito. O gol saiu de escanteio alçado para a área. A bola passou por Daniel Borges e raspou em Eduardo, o que tirou o goleiro alvinegro do lance e deixou Mendoza livre dentro da pequena área.


A fragilidade do Botafogo pelo alto foi trabalhada durante a semana pelo técnico Marquinho Santos, que explorou um dos pontos mais fracos da equipe de Castro.



"A gente vai brigar realmente pra não cair? Sério?", diz Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/a-gente-vai-brigar-realmente-pra-nao-cair-serio-diz-pedro-dep-a-voz-da-torcida-10827190.ghtml)



- Nós estudamos a equipe do Botafogo e percebemos que havia essa deficiência tática e exploramos isso pra que pudesse também ser um fator que nos levasse à vitória. Propusemos isso aos atletas - explicou o treinador do Ceará.


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Preocupado em fechar frontalmente à área para evitar finalizações de fora da área do Ceará - uma das virtudes dos adversários -, Castro pediu para Luis Henrique e Jeffinho atuarem defensivamente pelo meio. Como o Ceará pressionou muito, nas poucas vezes em que o Botafogo teve a bola para atacar, faltavam opções verticais para arrancar em direção ao gol adversário.


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O Botafogo volta a campo no próximo sábado (13), às 21h, no Nilton Santos. O time enfrenta o Atlético-GO pela 22ª rodada do Brasileirão.