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domingo, 8 de setembro de 2013

Atuações: com golaço, Elias é o destaque; Morais vai bem no Tigre



Atacante do Botafogo é decisivo ao marcar gol nos acréscimos e tem melhor nota, ao lado de Marcelo Mattos, que teve grande performance








MILTON RAPHAEL - GOLEIRO
Boa atuação. Foi seu primeiro jogo como titular neste ano e foi seguro, fazendo uma bela defesa. Não teve culpa no gol.
Nota: 6,5

EDILSON - LATERAL DIREITO
Talvez tenha feito seu melhor jogo com a camisa do Botafogo até agora. Apesar de uma falha que quase custou um gol, esteve bem defensivamente e chegou com muita força no ataque.
Nota: 6,5

BOLÍVAR - ZAGUEIRO
Não se deixou levar pelo clima de pressão no Heriberto Hülse. Teve uma atuação segura e levou a melhor sobre os atacantes do Tigre.
Nota: 6,5

DÓRIA - ZAGUEIRO
Esteve abaixo de suas últimas atuações. Falhou no primeiro gol do Criciúma ao errar o posicionamento na marcação de Lins.
Nota: 5,0

JÚLIO CÉSAR - LATERAL ESQUERDO
Melhorou um pouco no segundo tempo, mas esteve mal no primeiro, dando espaços para o Criciúma em seu setor. O gol adversário saiu pelo seu lado.
Nota: 5,0

ALEX - ATACANTE
Substituiu Júlio César. Entrou para melhorar o padrão ofensivo e cumpriu bem o seu papel, com muita luta e aplicação na frente.
Nota: 6,0

MARCELO MATTOS - VOLANTE
Melhor jogador do Botafogo. Marcou muito, assumiu o trabalho de liderança e ainda apareceu na frente apra criar e arriscar chutes de fora da área, levando muito perigo. Uma de suas melhores atuações recentes.
Nota: 8,0

RENATO - VOLANTE
Não tem o poder de liderança de Seedorf, mas com a bola no pé é um jogador inteligente. Conseguiu armar boas jogadas, arriscando alguns chutes. Precisa ser um pouco mais vibrante e comandar o time.
Nota: 6,5

HYURI - MEIA
Sem espaço no jogo, se movimentou pouco e não se destacou como na última partida, contra o Coritiba.
Nota: 5,5

LIMA - LATERAL-ESQUERDO
Entrou na vaga de Hyuri já perto do fim do jogo.
Sem nota

OCTÁVIO - MEIA
Teve alguma dificuldade no primeiro tempo pelo lado direito. Ganhou muita confiança após o primeiro gol e estava bem, até sentir lesão e ser substituído
Nota: 6,5

GEGÊ - MEIA
Entrou no lugar de Octávio. Mais uma aposta de Oswaldo, entrou com personalidade e confiança, tentou chutes de fora da área e na lateral jogou. Ótimo cartão de visitas.
Nota: 6,0

RAFAEL MARQUES - ATACANTE
Excelente atuação. Atuou como armador e mais uma vez mostrou muita importância para o time. Criou jogadas ofensivas, ajudou no comando da virada da equipe.
Nota: 7,0

ELIAS - ATACANTE
Teve muita luta e garra e foi corado com um golaço, de muita inteligência e faro de gol ao antecipar o cruzamento e emendar um voleio lindíssimo. Decidiu o jogo.
Nota: 8,0




GALATTO - GOLEIRO
Boa atuação, sem culpa nos gols. Virou ídolo do torcedor com apenas poucos jogos conseguir fazer ao menos quatro boas defesas.
Nota: 6,5

SUELITON - LATERAL DIREITO
Melhor no primeiro tempo, fez boas tabelas com Lins. No segundo, teve muita dificuldade e praticamente não saiu da defesa.
Nota: 6,5

EWERTON PÁSCOA - ZAGUEIRO
Não conseguiu fazer a torcida esquecer a ausência de Matheus Ferraz.
Nota: 5,5

LEONARDO - ZAGUEIRO
Um pouco melhor do que Matheus Ferraz. Ganhou disputas em algum momento, mas acabou não conseguindo evitar os gols e a vitória do adversário.
Nota: 6,0

GILSON - LATERAL ESQUERDO
Não teve muitos problemas defensivos, mas foi nulo quando foi ao ataque.
Nota: 5,5

SERGINHO - VOLANTE
Fazia uma boa partida até sentir a lesão e ser substituído.
Nota: 6,0

AMARAL - VOLANTE
Entrou no lugar de Serginho, que saiu lesionado ainda no primeiro tempo. Não conseguiu manter o ritmo da marcação do companheiro.
Nota: 5,0

ELTON - VOLANTE
Fez um bom primeiro tempo, ajudando na marcação e trabalhando também como apoiador quando o time ia para o ataque. No segundo, limitou-se a marcar e cansou na reta final.
Nota: 6,0

MORAIS - MEIA
Foi o melhor jogador do Criciúma. Deu o passe para o primeiro gol e enquanto teve fôlego estava inspirado. Acabou cansando e foi substituído.
Nota: 7,0

ANDRÉ GAVA - MEIA
Substituiu Morais. Entrou e aumentou a velocidade do time. Aproveitou bem a chance que teve na reta final e melhorou o desempenho ofensivo naquele momento.
Nota: 6,5

LINS - ATACANTE
Começou muito bem, marcando um gol. Levou perigo e a melhor contra Julio Cesar, principalmente no primeiro tempo.
Nota: 6,5

BRUNO LOPES - ATACANTE
Se concentrou em ser útil taticamente, mas não conseguiu dar a velocidade que o time precisava nos contra-ataques.
Nota: 6,0

WELDON - ATACANTE
Entrou na vaga de Bruno Lopes e demonstrou estar sem ritmo de jogo.
Nota: 5,5

MARCEL - ATACANTE
Teve a mesma atuação de sempre, com muita luta e briga, principalmente nas jogadas aéreas.
Nota: 6,0

Por GLOBOESPORTE.COMCriciúma (SC)

Após golaço, Elias exalta o grupo: 'Time joga sem Seedorf ou com ele'


Atacante afirma que resultado serve para mostrar que o clube tem um elenco forte. Ele espera marcar mais vezes com a camisa alvinegra




Autor de um golaço no fim da partida no Heriberto Hülse que deu a vitória ao Botafogo sobre o Criciúma, por 2 a 1, Elias preferiu enaltecer as qualidades do time e disse que espera balançar as redes mais vezes com a camisa alvinegra. Com o resultado, o clube de General Severiano terminou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro na vice-liderança, quatro pontos atrás do Cruzeiro.

- Só eu sei o que eu venho trabalhando ao longo da semana, o grupo vem me dando uma moral impressionante, todos muito unidos. Hoje graças a Deus pude fazer esse gol no finalzinho para ajudar a equipe. Tenho que ter ritmo de jogo. Fico triste de não poder ajudar o Botafogo na Copa do Brasil (está impedido pois já tinha defendido o Resende). O Oswaldo vem me dando oportunidade, e aquele gol ali me deixa até emocionado, porque foi no finalzinho - disse Elias.

O atacante comentou também os desfalques do grupo. Ele afirmou querer mais gols e disse que a vitória mostra que o Botafogo não depende somente do seu camisa 10.

- Esse gol mostrou a força do Botafogo. Estávamos sem grande jogadores, como o Seedorf, e isso é para dizer que o Botafogo joga sem Seedorf ou com ele do mesmo jeito. O time do Botafogo é isso aí. Fico muito feliz, a cada jogo o time vem apresentando bonitos gols, espero fazer mais. Esse jogo mostra que o clube está forte - analisou Elias.

O atacante afirmou que os alvinegros foram surpreendidos com o gol do Criciúma, lamentou os muitos desfalques para a partida em Santa Catarina. No entanto, ele destacou as boas atuações dos reservas que estão ganhando oportunidades com suspensões e lesões de titulares.

- O time está focado no mesmo objetivo e isso representa o Botafogo. Fomos surpreendidos no primeiro tempo, mas dominamos o jogo. O Botafogo é um time que vem batalhando, temos muitas contusões, mas isso é o Botafogo. São muitos desfalques, mas o time mostra que, com ou sem desfalques, quem entra ou sai mostra a cara do Botafogo. Estou muito feliz pelos jogadores que foram bem.

Por GLOBOESPORTE.COMCriciúma, SC

Golaço de voleio de Elias dá vitória ao Botafogo sobre Criciúma no fim


Tigre sai na frente, mas equipe alvinegra, mesmo desfalcada, vira para 2 a 1, mantém distância curta para Cruzeiro e reassume vice-liderança



Desfalcado de vários jogadores importantes, entre eles Seedorf, Lodeiro e o goleiro Jefferson, o Botafogo tinha virado o primeiro tempo derrotado por 1 a 0 por um Tigre que, em casa, dera o bote e abrira o placar logo com três minutos de jogo. De início fora um baque para um time com vários garotos, entre eles Hyuri, sensação contra o Coritiba, e Octávio, lançado por um ousado Oswaldo de Oliveira. Pois bem. Pouco depois, o time retomou a partida e voltou para o segundo tempo reservando emoções e uma grande surpresa. Empurrado pelos jovens, chegou ao empate com ele, justamente Octávio. E nos acréscimos, aos 46, Elias marcou um golaço de voleio que deu a vitória por 2 a 1 e devolveu a vice-liderança no fim do primeiro turno do Brasileirão.

Sim, o Botafogo de sangue novo agora tem 36 pontos ganhos, quatro a menos que o líder, o Cruzeiro, que derrotou o Flamengo por 1 a 0, no Mineirão. Melhor que isso. Manteve a confiança na aposta do treinador de lançar mais garotos - Gegê também entrou bem na partida e se tornou nova opção. Em contrapartida, o Tigre, com 23, caiu para o 11º lugar, com 23 pontos, e continuou próximo dos clubes que logo abaixo brigam para fugir do Z-4, a zona de rebaixamento.

É bom lembrar também que jogadores experientes, como Marcelo Mattos, Renato e Rafael Marques, foram fundamentais para a reação alvinegra. O lateral-direito Edílson também se tornou peça importante - foi dele o centro para o golaço de Elias. Na 20ª rodada, primeira do returno, o Criciúma irá a Salvador encarar o Bahia na próxima quarta-feira à noite, na Fonte Nova. O Botafogo receberá no mesmo dia o Corinthians, no Maracanã.

Time vibra com empate, do garoto Octávio: era o começo da virada (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)

Tigre surpreende

O Criciúma é daqueles times que sabem - e gostam - de usar bem o mando de campo como fator de pressão. A torcida é animada e empurra o time, que procura entrar sempre ligado. Foi exatamente assim, com o grito dos torcedores, que o Tigre precisou de míseros três minutos para dar o seu recado para o Botafogo. Méritos para Morais. O camisa 10 cumpriu com louvor a missão de garçom e deu o passe na medida. Méritos para Lins, que se antecipou a Dória para bater cruzado, sem defesa para Milton Raphael: 1 a 0.

Não há time que não sinta um gol logo de cara. Ainda mais o Botafogo deste domingo, sem sete titulares, entre eles Seedorf, e cheio de garotos. O técnico Oswaldo de Oliveira até ousou ao escalar o jovem Octávio no meio-campo, deixando a equipe mais ofensiva. Mas o time acabou prejudicado com o gol que tomou no começo. Logo após a vantagem no placar, o Criciúma se fechou direitinho, com muita competência, dando poucos espaços. Aí, nem Hyuri, sensação na partida contra o Coritiba, conseguia criar.

O jeito era bater de fora da área. Foi o que Renato fez, aos 24. Galatto espalmou, e Elias emendou de cabeça, para nova defesa do goleiro do Tigre. E o lance acordou um pouco a partida, àquela altura sonolenta. No contra-ataque, Lins, pela direita, centrou na medida para Bruno Lopes, que se enrolou e não conseguiu bater. Poderia ter feito ali o segundo gol.

Estava clara, ali, a estratégia dos donos da casa. Jogar pelo lado direito de ataque, esquerdo do Botafogo. Julio Cesar perdia o duelo com Lins, e Dória não estava nos melhores dias para fazer a cobertura. O Botafogo tentava dar o troco, mas Octávio e Hyuri esbarravam na boa marcação do Tigre, que nem sentiu a saída do volante Serginho, contundido, para a entrada de Amaral, com corte moicano à lá Fábio Ferreira (ex-zagueiro alvinegro). Na partida, voava Morais, camisa 10 da equipe catarinense, responsável por mais dois lances: um chute perigoso de fora da área e um belo lançamento desperdiçado pelo ataque na direita. Melhor para o Botafogo.

Destaque do Tigre, Morais tem dura disputa com Bolívar (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)

Reação alvinegra

O Botafogo sabia que no segundo tempo precisaria mudar. Cometeu o mesmo pecado inicial ao entrar menos ligado que o Criciúma. O enredo quase se repetiu quando, com cinco minutos, Morais se aproveitou de bobeada de Edílson, ao atrasar bola no fogo para Bolívar, e só não marcou porque o próprio Edílson se recuperou e salvou. Parecia o estímulo do qual a equipe precisava. Huyri, a sensação contra o Coritiba, acordou e fez jogada individual. Ao chegar na entrada da área, bateu com perigo, por cima da meta. Pouco depois, aos 8, Rafael Marques, pela direita, lançou o outro menino Octávio, que bateu de primeira, pela esquerda. A bola parou no fundo das redes: 1 a 1.

A partida esquentou. Os dois times se lançaram ao ataque. Com a marcação mais adiantada, o Botafogo se agigantou com três lances perigosos, que obrigaram Galatto a três boas defesas: o primeiro de Edílson, em tiro violento após grande arrancada pela direita, mesma arma de Renato e Marcelo Mattos, pelo meio. O goleiro do Criciúma já era, naquele momento, o destaque da partida e responsável pelo empate.

Com Weldon no lugar de Bruno Lopes, o Criciúma tentou melhorar o poder ofensivo. O Tigre voltou a se lançar ao ataque, e Gilson só não marcou após bom passe de Morais porque adiantou demais a bola. Depois, novamente o camisa 10 participou bem, ao tocar para Lins bater de fora da área, obrigando Milton Raphael a boa defesa.

Os técnicos voltaram a mexer. Oswaldo de Oliveira trocou Julio Cesar por Alex, recuando Gegê para a lateral. Depois, se arrependeu e trocou o cansado Hyuri por Lima, devolvendo Gegê para o setor ofensivo. Fez certo. Já Sílvio Criciúma sacou Morais, o melhor do time, para pôr André Gava. O camisa 10 dava sinais de cansaço. Mas o técnico do Tigre errou. Bom para o Botafogo. Aos 46, após mais um centro na medida de Edílson, um dos destaques da partida, o voleio de Elias no ângulo deu a vitória que o time precisava. Calou a animada torcida no Majestoso, como é conhecido o Heriberto Hülse. E deixou mais empolgados os alvinegros para o returno. A briga pela ponta continua firme.

Por GLOBOESPORTE.COM Criciúma, SC

'Vitinho saiu na hora completamente errada', diz presidente do Botafogo


Em entrevista ao 'Esporte Espetacular', Mauricio Assumpção critica os
interesses de quem negociou. Agente afirma que decisão foi do jogador





Revelação do Campeonato Carioca, Vitinho caminhava a passos largos para ganhar este título também no Brasileirão. Mas não deu tempo. As grandes atuações numa ascensão meteórico dentro da competição fizeram o atacante de 19 anos, com apenas um de profissional, trocar o Botafogo pelo CSKA, clube da Rússia que pagou os R$ 32,5 milhões estipulados na multa rescisória (de 10 milhões de euros), numa transferência que pegou muita gente de surpresa e causou revolta na torcida do clube carioca – ele estreou no novo time neste domingo, fazendo um dos gols da vitória por 3 a 0 no amistoso contra o Znamya Truda.

Em entrevista exclusiva ao "Esporte Espetacular", o presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, falou pela primeira vez sobre a saída da joia alvinegra. Não critica a decisão de Vitinho, mas sim de quem se preocupa mais com dinheiro do que com a carreira do jogador.

Mauricio Assunção acredita que
 Vitinho saiu do
Brasil na hora errada
(Foto: Gustavo Miranda / O Globo)
– Os grandes clubes do mundo que hoje são compradores são de magnatas russos ou de pessoas do mundo árabe. Obviamente, quando esse pessoal vem com apetite fica difícil competir. Claro que o interesse é obviamente colocar dinheiro no bolso. São poucos os que têm a visão de olhar a carreira do jogador a médio e longo prazo, porque eles não sabem se o menino vai vingar, uma vez que são talentos muito novos. Portanto, são mal orientados, saem na primeira grande oferta que tiverem, mas depois acabam se arrependendo.
Na minha opinião, saiu na hora completamente errada. O que ele vai se tornar no futuro, tenho alguns receios sobre isso, é esperar para ver."
Maurício Assumpção,
presidente do Botafogo

Apesar de todo o bom futebol que Vitinho apresentou no Botafogo nos últimos três meses, deixando o Alvinegro com 41 partidas, 11 gols e um título estadual, Assumpção diz que não há garantias de que ele vá se tornar, de fato, um grande craque. Mas lamenta a saída.

– O que posso dizer é que lamento muito que ele tenha saído. Na minha opinião, saiu na hora completamente errada. O que ele vai se tornar no futuro, tenho alguns receios sobre isso, é esperar para ver.

Diretor executivo da Traffic – empresa responsável por agenciar Vitinho –, Fernando Gonçalves diz que a decisão final foi do jogador, mas que realmente as condições financeiras e a estrutura chamaram a atenção dele.

– Chegou a hora que ele, com o pai e a esposa, falou "não tem como resistir a isso. É a minha independência". Foi aí que a decisão foi tomada. Foi interessante para nós, uma experiência muito rica, porque a nossa missão era prestar o melhor serviço pra ele, mostrar o mapa das possibilidades. Ele foi amadurecendo a decisão sabendo de todos os riscos que corria, todas as perdas que teria deixando o Brasil, todos os riscos que vai correr lá. Apesar de novo, é um menino muito consciente, tem uma noção clara de todo o processo.

Coordenador técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira tem como base a sua longa experiência internacional para entender como inevitável essas transferências cada vez mais cedo para o exterior. E destaca que a prática é ruim para o futebol brasileiro.

– É uma realidade dura, crua, difícil, mas que não tem como ser contornada. Se o clube negar qualquer tipo de aproximação, eles vão em cima do pai do jogador. Levam o pai, a família para morar na Espanha, Alemanha, Inglaterra para todos trabalhares. Lá eles dão oportunidade pra que o jogador possa jogar futebol. É complicado.

Altas mutas não impedem transferências

Na última janela partiram Neymar (Santos), Bernard (Atlético-MG), Fernando (Grêmio), Wellington Nem (Fluminense) e Vitinho (Botafogo). Para tentar segurar os jogadores no Brasil, os clubes colocam multas rescisórias astronômicas nos contratos de suas revelações quando ainda são adolescentes, mas prática não impede a transferências. Segundo Marcos Motta, advogado especializado em direito esportivo, a Fifa pode reduzir o valor.

– Às vezes vemos os clubes anunciando multas de R$ 150 milhões, até R$ 250 milhões, mas elas são muito mais para agradar ao torcedor. Ou para colocar o clube e o jogador numa manchete de jornal, pois não possuem nenhuma efetividade. Tem sempre que levar em consideração o salário do atleta antes de estipular uma multa que passe a ser absolutamente inaplicável. Vale no papel, mas não na prática, pois em caso de transferência internacional a Fifa tem o poder de diminuir essa multa e autorizar a venda do atleta – explicou o advogado.

Vitinho treina no CSKA (Foto: Reprodução / Site oficial do Cska)
O caso de Vitinho foi emblemático. O CSKA Moscou depositou na conta do Botafogo os R$ 32,5 milhões referentes ao valor da multa, levando a promessa embora. O Alvinegro ainda tentou aumentar o salário do atacante e subir o valor da multa com um novo contrato, mas como a oferta salarial foi alta, não houve negociação com o próprio jogador.

O clube não teve escolha. De acordo com a Lei Pelé, o valor da multa para transferências nacionais tem um limite de até duas mil vezes o salário médio do jogador à época da rescisão. Para transferências internacionais, não há um teto. Os exemplos mais marcantes atualmente são do meia Robert, do Fluminense, com uma multa de R$ 190 milhões, e do atacante Gabigol, do Santos, de R$ 130 milhões. Ambos têm apenas 17 anos.

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro (RJ)

Rejeitado por rivais, Hyuri promete até ajuda à defesa para ficar no Bota


Atacante, que não passou em peneiras feitas no Fluminense e no Vasco, diz estar pronto para cobranças maiores no clube de General Severiano





O contrato de Hyuri com o Botafogo vai até 31 de maio de 2014. Jogador do Audax, o atacante sabe que precisará impressionar ainda mais o clube alvinegro para ser adquirido de forma definitiva pela diretoria. Calejado por já ter sido rejeitado em algumas peneiras no Rio de Janeiro, o jogador, de 21 anos, promete até se esforçar na marcação para ver a porta de General Severiano se abrir completamente.

Quando adolescente, Hyuri procurou o Fluminense e o Vasco, mas não passou nos testes dos clubes para as respectivas divisões de base. Foi recusado também no Madureira e só conseguiu vaga mesmo ao ser aprovado no Audax.

- Meu inicio foi simples, sempre joguei bola desde pequeno. Tentei o Vasco primeiro, mas não passei no teste. No Fluminense eu também fiquei pelo caminho. No Madureira mais uma vez não fui aprovado. Aí fui parar no juvenil do Audax. Tive ainda uma pequena passagem pelo Internacional, em Porto Alegre, em 2011, mas logo voltei para o Audax - contou Hyuri.

Hyuri concede entrevista: jovem brilhou em sua estreia pelo Botafogo (Foto: Cauê Rademaker)
O atacante estreou pelo Botafogo na última rodada do Brasileiro, marcando dois gols na vitória por 3 a 1 diante do Coritiba. Neste domingo, será titular novamente, desta vez diante do Criciúma, em Santa Catarina. Sabe que entrará em campo mais pressionado, já que o nível da cobrança aumentou após o jogo de quinta-feira.

No entanto, perto de completar 22 anos, o jogador afirma que não teme a pressão e que está pronto para corresponder ao técnico Oswaldo de Oliveira. Para ficar em definitivo no Botafogo, afirmou que tem a receita para alcançar o objetivo.

- É muito fácil. É só trabalhar mais forte. Vão me cobrar mais e eu sei que se eu render abaixo disso, as cobranças serão maiores. Minha cabeça só pensa em trabalhar mais forte, ajudar. Vai ter jogo que não vai sair gol, mas vou ajudar lá atrás na marcação. É fundamental isso, pois a defesa começa a ser feita com uma boa marcação dos atacantes. Não me incomodo de voltar para roubar uma bola.

O Botafogo volta a entrar em campo neste domingo, às 18h30m, contra o Criciúma, no estádio Heriberto Hulse. A partida será válida pela última rodada do primeiro turno do Brasileiro. Com 33 pontos, o Alvinegro iniciou a jornada na terceira colocação, quatro pontos atrás do líder Cruzeiro.

Por Cauê Rademaker Rio de Janeiro