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sábado, 28 de julho de 2018

Com retorno de Brenner e sem Kieza, Botafogo viaja para jogo contra o Internacional: veja os relacionados


Recuperado de dores na coxa, centroavante, um dos artilheiros do time em 2018, volta e pode ser titular. Benevenuto, que machucou o tornozelo em treino, e João Pedro, com virose, ficam no Rio





Brenner posta mensagem: "Estamos de volta" (em inglês) (Foto: Divulgação)


O Botafogo encerrou na manhã deste sábado a preparação para enfrentar o Internacional no domingo, às 16h (de Brasília), no Beira-Rio, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na bagagem para Porto Alegre, duas novidades: o retorno de Brenner e a ausência de Kieza, ambos artilheiros do time na temporada com oito gols. O primeiro centroavante se recuperou de um problema na coxa direita, enquanto o segundo foi poupado por conta de desgate.


Brenner havia se machucado no fim da intertemporada e ainda não jogou depois da Copa do Mundo. Ele retorna com chances de ser titular, formando dupla com Aguirre, que volta após cumprir suspensão, ou disputando a camisa 9 com o uruguaio. Outra opção para o técnico Marcos Paquetá é Luiz Fernando, que também estava suspenso na vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense.


Por outro lado, o técnico continua tendo problemas para escalar a equipe. Desta vez, Pimpão e Lindoso estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo. E Marcelo Benevenuto e João Pedro ficaram no Rio de Janeiro. O zagueiro machucou o tornozelo direito no treino da última sexta-feira e foi preservado, enquanto o meia ainda se recupera de uma virose. Eles se juntam a Jefferson, Gatito, Marcos Vinícius e João Paulo como baixas.


A tendência é que Jean entre no lugar de Lindoso no meio de campo, enquanto Renatinho, Luiz Fernando e Aguirre disputam a vaga de Pimpão na extrema direita. A tendência é que Gilson seja mantido improvisado como ponta-esquerda. A provável escalação do Botafogo tem: Saulo, Marcinho, Carli, Igor Rabello e Moisés; Jean, Matheus Fernandes, Renatinho (Luiz Fernando), Leo Valencia e Gilson; Brenner (Aguirre).


Confira os relacionados:

Goleiros: Saulo e Diego
Zagueiros: Carli, Igor Rabello e Yago
Laterais: Luis Ricardo, Marcinho, Moisés e Gilson
Volantes: Marcelo, Bochecha, Matheus Fernandes e Jean
Meias: Leo Valencia, Renatinho e Leandrinho
Atacantes: Brenner, Aguirre, Ezequiel e Luiz Fernando


Fonte: GE/Por Thiago Lima, do Rio de Janeiro

Empréstimo, aluguéis, mecanismo de solidariedade... Entenda como Botafogo planeja driblar crise financeira



Enquanto espera a venda de algum jogador na janela, clube arma força-tarefa para levantar dinheiro e conseguir respirar. Expectativa da diretoria é de acertar todas as pendências até a semana que vem



editoria de arte


É fato, público e notório: o Botafogo precisa vender jogadores para cumprir o orçamento e fechar 2018 no azul. Mas as contas não esperam e batem à porta de General Severiano. E diante dos problemas do clube – salário atrasado, verba de patrocínio presa e sem a Certidão Negativa de Débito (CND) –, a diretoria armou uma força-tarefa para driblar a crise financeira. A expectativa é de resolver todas as pendências nos próximos sete dias.


O primeiro passo dado foi na reunião do Conselho Deliberativo invadida por torcedores na última quarta-feira. Apesar da confusão, foi aprovada a antecipação de parte das receitas de 2019, que será usada como garantias bancárias para um empréstimo de R$ 8 milhões junto ao Banco Daycoval. Do montante, R$ 3 milhões serão para quitar três parcelas – duas em atraso e uma por vencer – do Profut, programa de refinanciamento das dívidas dos clubes com a União.



Botafogo já tem acordo com a Caixa e espera CND para receber por patrocínio (Foto: Arquivo Pessoal)


A prioridade vai ser efetuar o pagamento até terça-feira, antes de virar o mês e correr o risco de ser excluído do Profut pelo acúmulo de três mensalidades atrasadas. Feito isso, o Botafogo poderá retirar a única CND que ainda falta renovar, com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. E, finalmente, assinar o contrato com a Caixa Econômica Federal para receber a primeira bolada do total de R$ 10 milhões pelo patrocínio master da camisa durante um ano.


O segundo passo será acertar a dívida com os jogadores. Há uma promessa com o elenco de quitar o mês de junho até o final da semana que vem. Como a folha salarial do plantel alvinegro gira em torno dos R$ 3,5 milhões, o dinheiro restante do empréstimo, somado ao primeiro pagamento da Caixa, já garantirá também o mês de julho, que ainda vai vencer no dia 10 de agosto.


Aluguéis e mecanismo de solidariedade

Outras fontes de recursos, em menor escala, mas não menos importantes, também ajudam o fluxo de caixa em General Severiano. Na última reunião do Conselho Deliberativo, foi aprovada, junta com a antecipação de receitas, a renovação de aluguéis e a assinatura com novos locatários em alguns dos patrimônios do clube, que geram mais de R$ 100 mil por mês. São eles:


Sede campestre de Jacarepaguá (doada por Dona Therezinha), onde funciona uma escola;
Imóvel em frente à sede (antiga churrascaria Estrela do Sul), receberá outro restaurante;



27º andar do Santos Dumont está alugado para empresa (Foto: Divulgação / edificiosantosdumont.com.br)


Edifício Santos Dumont (27º andar), onde funciona uma empresa de tecnologia da informação;
Estádio Nilton Santos, sala cedida para agência de marketing esportivo.


E pelo mecanismo de solidariedade da Fifa, o Botafogo também consegue obter lucros com jogadores que começaram no clube, saíram e estão em transferências internacionais. Só nos últimos 30 dias, três negociações movimentaram ex-alvinegros: Vitinho, do CSKA, da Rússia, para o Flamengo; Dória, do Olympique de Marselha, da França, para o Santos Laguna, do México; e Ribamar, do Atlético-PR para o Pyramids, do Egito.


Somando as três vendas e o tempo em que cada um passou por General Severiano, desde categorias de base, o Botafogo vai ter direito a pouco menos de R$ 2 milhões ao todo. É um dinheiro certo, mas que demora a pingar na conta. A solicitação sempre é feita via Fifa, que comprova os documentos e notifica os compradores a repassarem até 5% dos valores para os clubes formadores do jogador – período dos 12 aos 23 anos.



A caminho do rival Flamengo, Vitinho jogou no Botafogo entre 2011 e 2013 (Foto: Vitor Silva/SSPress)


Porém, por mais que o dinheiro comece a entrar nos cofrer alvinegros, a torcida não deve pensar em reforços. A situação financeira ainda é delicada para o segundo semestre, e a prioridade é organizar a casa. Internamente, há tanto dirigentes otimistas quanto pessimistas. Mesmo com a atual força-tarefa atingindo o objetivo, só a venda de atletas será capaz de tirar a corda do pescoço do clube. Seja no meio ou final do ano.


Fonte: GE/Por Thiago Lima, do Rio de Janeiro