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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Mancini arma o Botafogo com apenas uma novidade para encarar o Furacão


Airton treina entre os titulares no lugar de Bolatti e deve retornar o time após cumprir suspensão. Técnico também dá ênfase nas bolas paradas



Airton retorna ao time alvinegro após cumprir
 suspensão (Foto: Satiro Sodré)
O técnico Vagner Mancini comandou na tarde desta sexta-feira, no campo anexo do Engenhão, um treinamento para armar a equipe para o jogo contra o Atlético-PR, domingo, às 16h, na Arena da Baixada. O volante Airton, que cumpriu suspensão, deve entrar no lugar Bolatti e ser a única modificação em relação ao time que empatou com o Cruzeiro por 1 a 1 na última rodada.

No coletivo, Mancini escalou os titulares com: Jefferson, Lucas, Bolívar, Dória e Junior Cesar; Airton, Gabriel, Edilson e Carlos Alberto; Rogério e Emerson. Durante a atividade, o principal destaque foi Edilson, agora efetivado no meio de campo. Ele deu bons lançamentos e fez um bonito gol.

Na parte final do treinamento, Mancini fez observações. Tirou Rogério, Carlos Alberto e Edilson e colocou Julio Cesar, Ramírez e Daniel. O peruano está regularizado e deve ficar no banco de reservas contra o Furacão.

Antes do coletivo, Vagner Mancini deu ênfase nas bolas paradas, tanto defensivas quanto ofensivas. Ele mostrou irritação por duas vezes quando desconfiou que o trabalho estava sendo filmado e fotografado pela imprensa.

No treino de sábado, a tendência é de que o time faça apenas uma atividade recreativa antes de viajar para Curitiba. O Botafogo é o 16º colocado no Brasileiro com 13 pontos e espera um bom resultado contra o Atlético-PR para não correr o risco de entrar na zona de rebaixamento.

Por Fred HuberRio de Janeiro

Ramírez tem nome publicado no BID e pode reforçar o Botafogo no domingo


Volante peruano, porém, deve iniciar a partida contra o Atlético-PR no banco



Ramírez foi apresentado pelo clube na quinta-feira
(Foto: Vitor Silva / SSpress)
O técnico Vagner Mancini terá Ramírez à disposição no próximo domingo. O nome do volante, que foi apresentado na quinta-feira, já consta no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e ele poderá enfrentar o Atlético-PR, na Arena da Baixada, pela 14ª rodada do Brasileirão. Porém, deve ficar no banco, já que precisa recuperar a forma física.

A última vez que entrou em campo foi no dia 3 de junho, quando defendeu a seleção do Peru nos 90 minutos da derrota por 2 a 0 para a Suíça, em amistoso realizado na cidade de Lucerna.

Pelo Corinthians, Ramírez jogou pela última vez em 16 de fevereiro, quando entrou em campo aos 34 minutos do segundo tempo do empate em 1 a 1 com o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista.

Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

Botafogo consegue na Justiça R$ 2,5 milhões para pagar um mês de atraso


Diretoria tenta reduzir o débito com os jogadores e impedir que alguns deles possam entrar na justiça para pedir a rescisão unilateral do contrato




O Botafogo conseguiu na manhã desta sexta-feira, através de uma ação do Sindicato dos funcionários de clubes do estado do Rio de Janeiro (Sindeclubes), a liberação de R$ 2,5 milhões referentes aos direitos de transmissão de TV. Com esta verba será possível quitar um mês de salário na carteira de trabalho dos funcionários e reduzir o débito com o elenco - desta forma, se o montante for suficiente, restariam dois meses na carteira e seis de direitos de imagem, além do FGTS.

Gottardo conversa com jogadores do Botafogo no treino de quinta-feira (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
O advogado do Sindeclubes, Henrique Fragoso, passou os dois últimos dias na tentativa da liberação da verba. O fato de não ter três meses em atraso é importante para o clube, já que neste caso os jogadores poderiam pedir na justiça a rescisão unilateral.

Na quinta-feira, o Botafogo conseguiu, através de investidores e torcedores ilustres, dinheiro para pagar Dória e Gabriel, jogadores jovens e com muitos clubes interessados. A atitude gerou uma grande revolta no restante do elenco, que pediu uma reunião com o gerente de futebol Gottardo e não escondeu a insatisfação.

Neste cenário o Botafogo se prepara para o duelo com o Atlético-PR, domingo, às 16h, na Arena da Baixada. O Alvinegro é o 16º colocado do Brasileiro com 13 pontos.

Por Fred HuberRio de Janeiro

Montenegro nega intervenção no Botafogo e critica fim da gestão de Maurício Assumpção



Em entrevista ao GLOBO, ex-presidente diz que último ano da atual diretoria foi uma 'tragédia'
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Maurício Assumpção fala ao telefone na sede de General Severiano - Gustavo Miranda / Agência O Globo

RIO - Na reta final de seu mandato à frente do Botafogo, Maurício Assumpção não compareceu na noite de quinta-feira à reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do clube, o que deixou ainda mais evidente seu isolamento político. Sem o presidente, que alegou compromissos inadiáveis e irritou os conselheiros, a sessão ganhou ares de campanha para presidente, já que em novembro haverá eleição para o cargo. Todos os cinco pré-candidatos fazem oposição a Assumpção. Foi decidida na reunião a criação de uma comissão para gerir a crise financeira. Uma nova reunião foi convocada para o dia 19 para decidir os limites de atuação do grupo.

Mandatário do Botafogo em 1995, quando o clube ganhou seu último título nacional, o presidente Carlos Augusto Montenegro foi um dos que discursou durante a reunião. Depois, ele falou com exclusividade ao GLOBO sobre o momento político e financeiro. Principal articulador da campanha que elegeu Maurício Assumpção no fim de 2008, Montenegro negou que a comissão formada fará uma intervenção no clube e criticou os últimos meses da atual gestão.

Como foi recebida a ausência do Maurício Assumpção à sessão?

- Isso me surpreendeu, porque até o momento, pelo menos, ele vinha demonstrando muita coragem.

Hoje ele está isolado no clube. Qual foi o principal erro do presidente?

- Os primeiros cinco anos dele foram bons, mas o primeiro semestre deste ano foi uma tragédia. Ele se fechou, colocou o pessoal dele e errou tudo.

Foi criada uma comissão para gerir a crise. Vai haver intervenção?

- Não é uma intervenção. É para que as pessoas (os candidatos) possam ver a situação para saber se realmente querem ser presidente.

São muitos os pré-candidatos por enquanto, mas todos têm um discurso de oposição ao presidente atual. Há chance de ser formada uma chapa única?

- Existe uma situação até curiosa hoje. Em 2009, quando o Maurício entrou, a situação (financeira) do clube não era boa, mas era bem melhor do que essa. Agora que a situação é muito pior tem um bando de gente querendo ser presidente.

Alguma chance de o senhor ser candidato?

- Não, não... Eu não posso...

O Durcésio Mello é seu candidato à presidência?

- Não, não... O Durcésio não é meu candidato. Ele é uma das pessoas que vão olhar (através da comissão para geria a crise) qual é a situação do Botafogo para decidir se quer ser presidente.

POR EDUARDO ZOBARAN

Bota prepara ação contra Prefeitura por causa do prejuízo com Engenhão


Clube tenta se preparar para a reabertura do estádio, em princípio em novembro. Toda enferrujada, tubulação vira motivo de preocupação



Obras na cobertura do Engenhão (Foto: Editoria de Arte)
Fechado há 17 meses, o Engenhão tem previsão de reabertura para novembro deste ano, e, de acordo com a estimativa do Botafogo, deixou de gerar uma receita de cerca de R$ 45 milhões para os combalidos cofres do Alvinegro, que vive uma grave crise financeira. Para tentar minimizar o prejuízo, nos próximos dias o clube entrará com uma ação contra a Prefeitura do Rio de Janeiro, dona do estádio.

De acordo com Sergio Landau, diretor executivo do Bota e administrador do Engenhão, o clube contratou uma empresa para calcular o valor do prejuízo. O último jogo no estádio aconteceu no dia 23 de março de 2013, no empate por 0 a 0 entre Flamengo e Boavista. Os relatórios apontaram que a cobertura gerava risco em caso de ventos fortes. Depois de muito jogo de empurra, as obras começaram sob a responsabilidade do consórcio, que reúne as construtoras OAS e Odebrecht, e têm como objetivo a reforma da cobertura e o reforço dos arcos.

- Primeiros discutimos responsabilidades, o que demorou. No início, se imaginou que a ação poderia ser contra o Consórcio, depois concluímos que o contrato era com a Prefeitura e ela seria a responsável. Neste meio tempo, contratamos uma empresa (Ernst & Young) de auditoria, que indicou as perdas do Botafogo desde o dia do fechamento até a previsão de reabertura. O escritório de advocacia já está preparando a ação contra a Prefeitura. O valor não podemos dizer - afirmou Landau.


A expectativa é de que o Engenhão retorne em novembro, essa é a informação que recebemos do Consórcio. Em função disso, foi criado um grupo de trabalho interno para estudar este retorno em alto nível".
Sergio Landau


Apesar de trabalhar com a previsão de reabertura para novembro, Sergio Landau não está totalmente confiante. Ele disse que é difícil, por exemplo, negociar com empresas para exploração comercial quando não se tem esta certeza de data. O dirigente afirmou também que há muito trabalho a fazer na manutenção do estádio. As tubulações, por exemplo, já estão enferrujadas.

- A expectativa é de que o Engenhão retorne em novembro, essa é a informação que recebemos do Consórcio. Em função disso, foi criado um grupo de trabalho interno para estudar este retorno em alto nível. O trabalho se divide em comercial, operação... mas é difícil discutir, negociar com patrocinadores sem a firmeza de que vai abrir em novembro. Não tenho essa firmeza. O que podemos fazer, estamos fazendo. Há problemas, por exemplo, nas tubulações de água, que estão todas precocemente enferrujadas. O próprio Consórcio, que está cuidando da cobertura, já tem consertado outras coisas que são identificadas. A tubulação nos preocupa e já avisamos a RioUrbe.

Mesmo depois da reabertura, o Engenhão terá que passar por obras, mas, de acordo com Sergio Landau, é possível que não existe a necessidade de nova interdição. Para se adequar aos jogos Olímpicos de 2016, o estádio receberá mais 15 mil lugares. O local será utilizado para o atletismo.

Por Fred HuberRio de Janeiro

Em reunião com críticas a Assumpção, Conselho do Botafogo cria 'gabinete de crise'


Conselheiros se reuniram para discutir crise que assola o clube. Encontro criou comissão que vai acompanhar situação e dar início ao processo de transição presidencial a partir do dia 19



Segurança na reunião do Conselho Deliberativo
 do Botafogo (Foto: Paulo Victor Reis)
O Conselho Delibrativo do Botafogo teve uma importante reunião na noite desta quinta-feira para discurtir a crise financeira que assola o clube. Ausente, o presidente Mauricio Assumpção foi alvo de muitas críticas de boa parte dos presentes. O mandatário enviou uma carta para justificar o fato de não poder comparecer, mas a ausência foi tratada como uma violação do Estatudo do clube pelo 1º vice-presidente do Conselho, Álvaro Moreira, que presidiu a sessão no lugar de José Luiz Rolim, de licença médica.

A reunião terminou com a criação de uma comissão, uma espécie de gabinete de crise, para ajudar na atual gestão. Este 'movimento' será formado pelos prováveis candidatos a presidente - Antonio Carlos Mantuano, Carlos Eduardo Pereira, Durcesio Mello, Marcelo Guimarães e Vinicius Assumpção - e um representante de cada um deles.

- O Conselho chegou a uma conclusão única, tendo em vista a situação que o Botafogo hoje enfrenta. Criou-se um movimento único, uma comissão para ajudar no mandato de Mauricio Assumpção até novembro (fim da atual gestão) - disse Álvaro Moreira, que presidiu a reunião extraordinária.

Os limites desta comissão serão definidos na assembleia que será realizada no próximo dia 19. Acredita-se, porém, que o grupo de presidenciáveis vai acompanhar o fim de mandato de Assumpção para ajudar na transição e também na crise financeira. No entanto, dificilmente haverá interferência deste grupo nas decisões a serem tomadas pelo executivo do Botafogo.

O Glorioso completou nesta quinta três meses de atrasos de salários na carteira de trabalho dos jogadores, com exceção de Dória e Gabriel. Os atletas também não recebem direitos de imagem há seis meses, além do FGTS.

Fora do Ato Trabalhista e com dificuldades para pagar as dívidas com Receita Federal, o Alvinegro sofre com 100% das receitas penhoradas.

CANDIDATOS EXPLICAM COMISSÃO E CRITICAM MAURICIO

Os prováveis candidatos a presidente do Botafogo deixaram a reunião satifeitos com a criação da comissão. Os presidenciáveis criticaram a ausência do atual mandatário. Carlos Eduardo Pereira, do Mais Botafogo, chegou a dizer que Mauricio já 'largou' o clube.

- É lamentável a ausência do Mauricio. Se esperava que ele prestasse esclarecimentos. Mais uma vez ele optou por se omitir e desrespeitar o Conselho Deliberativo do Botafogo. Foi um grande desrespeito. Isso sinalizou que ele largou o Botafogo. O Conselho não pode ser tratado desta forma - comentou o opositor de Assumpção.

Na opinião de Vinicius Assumpção, do Movimento Carlito Rocha, a criação da comissão foi fundamental.

- Demos um grande passo para sair da crise. Estamos tentando juntar todos os botafoguenses nessa comissão de transição - comentou o presidenciável, que descartou uma interferência do grupo no atual mandato.

O ex-diretor de marketing do clube e candidato a presidente Marcelo Guimarães explicou um pouco mais da comissão.

- O Conselho Deliberativo definiu que estes pré-candidatos terão papel de protagonistas na comissão. Vamos acompanhar a transição (presidencial) - explicou.

Antonio Carlos Mantuano falou sobre a grave situação financeira do Botafogo. O ex-dirigente e provável candidato se mostrou preocupado com os gastos que o clube terá neste ano somente para colocar os salários em dia.

- Não temos receitas. Vamos gerar instrumentos para gerar receitas e as despesas serão de R$ 65 milhões. É uma situação extremamente complicada - analisou.

A declaração de Montenegro foi embasada no que disse o diretor financeiro Marcelo Murad. De acordo com o dirigente, o Botafogo precisa de R$ 65 milhões para fechar o ano.

Já o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro classificou a administração de Assumpção neste ano como um desastre. O ex-mandatário disse também que Mauricio quis colocar pessoas mais amigas (na gestão).

Vice-presidente geral do Botafogo, Paulo Mendes disse não ter condições de assumir o clube neste momento.

Muitos conselheiros sugeriram que Mauricio peça para sair ou tire licença do cargo.

Duas viaturas da Polícia Militar estiveram em frente ao casarão de General Severiano durante todo a reunião. Havia também seguranças espalhados na frente da sede histórica. Cerca de quinze integrantes de torcidas organizadas do Botafogo acompanharam parte da reunião do lado de fora. Não houve registro de confusões.

Paulo Victor Reis -  LANCENET!