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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Renda do clássico no DF ajuda o Bota a pagar os salários de seis "excluídos"


Alvinegro fica com cerca de 25% de arrecadação milionária (cerca de R$ 600 mil), mas consegue quitar parcelamento e amenizar dívida com jogadores


Em tempos de grave crise financeira, a imponente renda bruta de R$ 2.252.700 do clássico contra o Fluminense foi sinal de alívio para o Botafogo. Mas ao decidir vender seu mando de campo para o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, o Alvinegro ficou com cerca de 25% deste valor. Mesmo assim, ele pode ser considerado expressivo. O clube conseguiu pagar o que restava de um mês de salário da carteira de trabalho aos seis jogadores que não haviam sido contemplados com a verba liberada pela Justiça na semana passada.

Mané Garrincha recebeu 27 mil pagantes para o clássico Botafogo x Fluminense (Foto: Gustavo Rotstein)

O contrato estabelecido com a empresa administradora do Mané Garrincha dava ao Botafogo R$ 400 mil se o público pagante fosse de até 15 mil pessoas. Como foram cerca de 29.185 pagantes, o Alvinegro ganhou um valor adicional de quase R$ 200 mil, totalizando cerca de R$ 600 mil. Com os R$ 400 mil iniciais, o clube pagou mais uma parcela da Timemania, condição para que seja reincorporado ao Ato Trabalhista – decisão que será julgada pelo TRT nesta semana. O valor adicional serviu para que Bolívar, Lucas, André Bahia, Marcelo Mattos, Ferreyra e Bolatti pudessem receber o restante do salário de um mês de suas carteiras de trabalho.

Mesmo que o Botafogo tenha arrecadado o equivalente a 25% da renda bruta do clássico, seu ganho foi importante, principalmente se comparado aos demais jogos no qual foi mandante. Somente em duas das cinco partidas o clube teve lucro (o jogo contra o Cruzeiro foi o de maior faturamento líquido, R$ 143.685,49). Nas outras três, o Alvinegro sofreu prejuízo de cerca de R$ 60 mil em cada. Por isso, a diretoria mostrou-se satisfeita com o acordo firmado para ter Brasília como palco do duelo contra o Fluminense.

- Espero que este dinheiro seja bem encaminhado para sanar algumas dívidas - disse o técnico Vagner Mancini após o jogo contra o Fluminense.

Por Gustavo Rotstein*Brasília/GE

Mesmo sem saber se poderá jogar, Sheik viaja para Florianópolis


Atacante foi punido pelo STJD e suspenso por três partidas neste Campeonato Brasileiro. Botafogo recorreu da decisão e tem esperança de poder contar com ele




Atlético-PR x Botafogo - Emerson Sheik (Foto: Felipe Gabriel/ LANCE!Press)
Emerson Sheik em ação pelo Botafogo
(Foto: Felipe Gabriel/ LANCE!Press)
O atacante Emerson Sheik viaja nesta terça-feira para Florianópolis, em Santa Catarina, onde vai se encontrar o elenco alvinegro. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, ele não enfrentou o Fluminense.

O camisa 7, porém, não sabe se poderá jogar contra o Figueirense. Isso porque ele foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por uma entrada ríspida no volante Henrique, do Cruzeiro, e pegou três jogos de suspensão. Os advogados do Glorioso recorreram da decisão. A expectativa é que a resposta do recurso alvinegro seja anunciada antes da partida desta quarta-feira, contra o Figueirense, no Orlando Scarpelli.

Com quatro gols marcados neste Campeonato Brasileiro, Emerson é um dos artilheiros do Botafogo na competição, ao lado de Daniel e Zeballos. Contudo, Sheik vive um jejum de gols e não balança as redes desde o empate com o Vitória, em 1 a 1, no dia 25 de maio.

No fim de semana longe dos gramados, Emerson postou na internet uma foto de um momento de lazer ao lado de algumas crianças, mas deixou claro, numa mensagem – #coracaoaicomvoces –, que acompanharia o Clássico Vovô pela TV.

O atacante foi emprestado pelo Corinthians ao Botafogo até o fim deste ano. Os salários do jogador estão sendo pagos pelo clube paulista.


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Ferreyra aposta na garra para seguir titular: "O que não sei, não faço"


Atacante tenta compensar falta de técnica com característica exaltada por Mancini



Ferreyra se esforça no combate ao compatriota
Conca (Foto: Agência Photocamera)
Tanque Ferreyra parecia fadado ao ostracismo no elenco do Botafogo comandado por Vagner Mancini no Campeonato Brasileiro. Após mais de dois meses, o centroavante voltou a ter uma oportunidade como titular do Botafogo. E se deixou a desejar na técnica, recebeu elogios do treinador pela garra demonstrada na vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense, no último domingo, em Brasília.

Autor do passe para o segundo gol alvinegro, marcado por Zeballos, Ferreyra garante ter consciência de suas limitações. Chamado de “guerreiro e lutador” por Mancini durante a última semana, o argentino conta, então, com essas características para manter-se entre os titulares, sem inventar.

- Sei das características que tenho e o que posso fazer dentro de campo. Eu faço as coisas que sei fazer, o que não sei, não faço. Acho que quando a situação está como atualmente, é preciso lutar e ir em busca de todas as bolas. O mais importante foi que vencemos o clássico, e isso vai nos dar confiança para continuar subindo na tabela - disse.

O técnico Vagner Mancini deixou claro que a atuação pôs Ferreyra com boas chances de ser mantido contra o Figueirense, nesta quarta-feira, em Florianópolis. O Botafogo vai poder contar novamente com Emerson Sheik, que cumpriu suspensão contra o Fluminense.

- Ele é um exemplo de que o atleta não pode desanimar e tem que mostrar dentro de campo o que é capaz. Teve um papel fundamental, porque além de dividir as bolas no alto e ajudar a defesa, deu o passe para o segundo gol. Com humildade mostrou que pode ser útil. Com ele o time reteve mais a bola no ataque e pressionou a saída do Fluminense. Agora é mais uma opção para o nosso ataque - observou.

Durante dois meses, Ferreyra enfrentou algumas lesões e viveu a dificuldade por não estar entre as primeiras escolhas do treinador. No entanto, o Tanque garante que nunca pensou em deixar o Botafogo e diz que a falta de oportunidades o motivou a buscá-las.

- Mesmo não jogando, sabia que precisava estar bem fisicamente e treinava muito dia a dia para melhorar, pois precisava estar pronto quando o treinador precisasse. Espero ter outras oportunidades. Tomara que o treinador tenha gostado do meu trabalho no clássico e que deseje continuar a contar comigo - afirmou o centroavante.

Por Gustavo Rotstein*Brasília*GE

Trio ofensivo volta ao time titular do Botafogo em grande estilo


Pablo Zeballos, El Tanque Ferreyra e Daniel brilharam na vitória sobre o Fluminense, por 2 a 0, neste domingo, em Brasília, pelo Campeonato Brasileiro

Tanque e Zeballos comemoram o gol do paraguaio com Ramírez e Gabriel (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
Daniel, Zeballos e Ferreyra. É quase consenso que esses três jogadores foram os protagonistas da vitória do Botafogo sobre o Fluminense, na noite deste domingo, em Basília, no Estádio Mané Garrincha, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Enquanto o paraguaio marcou um gol e deu uma assistência, o jovem fez o outro gol, e o argentino assistiu Zeballos.

Mas além de terem se destacado, outro fato chama atenção com relação aos três atletas. Todos vinham sendo reservas e por muitas vezes nem sequer vinham entrando durante as partidas.

Ferreyra, aliás, é quem viva a pior fase dos três. Com Vagner Mancini no comando, o argentino tinha sido titular apenas duas vezes.

Já quanto a Zeballos, artilheiro do time na temporada, com seis gols, e Daniel, a situação é diferente. Ambos tiveram diversas chances com o treinador, mas em razão dos maus resultados da equipe, acabaram perdendo espaço. Será que o clássico dará nova vida aos jogadores?

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