Páginas

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Kalou é regularizado e está apto a estrear no Botafogo


Marfinense teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário da CBF e poderá ser utilizado quando Paulo Autuori achar melho


O nome de Salomon Kalou apareceu no Boletim Informativo Diário da CBF na noite desta quinta-feira. Com a regularização, o marfinense agora depende apenas da escolha de Paulo Autuori sobre colocá-lo em campo ou não.




Nome de Kalou já apareceu no BID da CBF — Foto: Reprodução


Agora a questão que fica é quando o atacante de 35 anos entrará em campo com a camisa do Botafogo. O marfinense impressionou pela forma física, mas a comissão técnica ainda não trabalha com uma data específica para a estreia.


A última partida de Kalou foi em 30 de novembro, na derrota do Hertha Berlim para o Borussia Dortmund por 2 a 1. Na ocasião, o marfinense jogou apenas 12 minutos. Esse longo hiato do atacante faz com que Autuori mantenha um pouco de cautela com o jogador e coloque o marfinense aos poucos no time do Botafogo.


Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Versatilidade: Botafogo apresenta mudanças de posição no próprio jogo


Alvinegro mostra facetas com, ao menos, duas formações táticas por partida; versatilidade é qualidade de Paulo Autuori, mas equipe ainda mostra dificuldade no campo ofensivo




Jogadores do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)


Futebol é como xadrez. É praticamente impossível dar xeque-mate com apenas uma estratégia na cabeça. Nas quatro linhas, a máxima é de que o jogo passa pela forma como um time reage às circunstâncias de uma partida. Esta, talvez, seja a maior qualidade do Botafogo de Paulo Autuori, que conquistou a classificação para a quarta fase da Copa do Brasil ao bater o Paraná.

O Alvinegro não repetiu a formação titular nas últimas quatro partidas. Marcelo Benevenuto, zagueiro, já externou que Paulo Autuori monta o onze inicial de acordo com o adversário. O Botafogo apresenta diferentes formações táticas na mesma partida.

Diante do Paraná, por exemplo, Benevenuto se comportou como lateral-direito quando o Botafogo tinha a bola no meio-campo para frente. Se defendendo, o camisa 14 voltava à posição original, formando uma linha de três ao lado de Kanu e Rafael Forster, que já atuou como volante e lateral-esquerdo desde que foi contratado pelo Glorioso.

São exemplos de uma equipe que se comporta reagindo ao adversário durante os 90 minutos. Não necessariamente assumindo uma estratégia de contra-ataques, mas também na marcação e no comportamento com a bola. Renê Weber, auxiliar de Autuori, explicou esta medida ao falar da entrada de Rafael Forster no time titular contra o Paraná.

- O importante é ter uma equipe em que todos estejam preparados para jogar. Acho que nesse período de treinamento que antecedeu o Campeonato Brasileiro, de quatro semanas, conseguimos fazer uma preparação adequada. Agora, no decorrer do campeonato, vamos precisar também fazer algumas mudanças naturais. Por isso que pensamos na equipe como um todo - analisou Weber.

A partida contra o Paraná, por outro lado, colocou à tona uma das dificuldades do Botafogo: como os jogadores se comportam para chegar ao gol. O Alvinegro tem prioridade por acionar Luís Henrique, do lado esquerdo, para chegar em uma zona perigosa do campo adversário. No terço final, contudo, os jogadores ainda batem cabeça e se confundem com as próprias movimentações.

O Botafogo teve superioridade numérica no campo ofensivo em, pelo menos, três ocasiões diante do Tricolor, mas nem ao menos conseguiu finalizar porque os jogadores não se entenderam no momento de dar o passe - geralmente, por erro de movimentação. Entre qualidades e defeitos, o essencial é que o Alvinegro, além da classificação, conseguiu R$ 2 milhões por ter se garantido na quarta fase da Copa do Brasil.



Fonte: LANVE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Análise: mais fraco no contra-ataque, Botafogo precisa de paciência para avançar na Copa do Brasil


Time de Paulo Autuori falhou em ser incisivo assim como nas partidas contra Atlético-MG e Flamengo; ao encarar um time um pouco menos ofensivo precisou criar e não foi bem







Melhores momentos: Paraná 1 x 2 Botafogo pela 3ª fase da Copa do Brasil 2020



A classificação para a quarta fase da Copa do Brasil com a vitória por 2 a 1 em cima do Paraná vem com o momentâneo alívio financeiro de R$ 2 milhões, a felicidade de avançar, mas também com uma preocupação: a criatividade no meio de campo. No jogo de volta da terceira fase, o Botafogo apostou na mesma estratégia que deu certo contra o Atlético-MG e parcialmente contra o Flamengo. Novamente ela funcionou, mas deixa um alerta ligado para a equipe de Paulo Autuori.


Se exibiu um futebol que agradou muitos torcedores pela efetividade nos dois jogos anteriores, na noite da última quarta-feira não aconteceu o mesmo. Como o Paraná não era uma equipe com o mesmo ímpeto ofensivo dos últimos dois adversários, o Botafogo precisou propor um pouco mais o jogo e não conseguiu se valer somente da velocidade de Luis Henrique.


>>> Central do Apito: Sandro Meira Ricci vê pênalti não marcado e gol irregular contra o Botafogo <<<



Bem marcado, Luis Henrique não conseguiu puxar tantos contra-ataques — Foto: Vitor Silva / Botafogo



>>> Mufarrej critica arbitragem e reclama de erros: "Nível muito baixo" <<<


Faltava a experiência, cadência e visão de jogo principalmente Honda e Bruno Nazário. Os dois jogadores mais criativos do clube não têm mostrado um bom futebol nos últimos jogos, em especial o camisa 10. Sem ter a arma do contra-ataque, por muitas vezes o Botafogo precisou propor o jogo, mas a bola passava de pé em pé de maneira burocrática chegando de uma lateral até a outra, isso com pouca movimentação no preenchido meio de campo.


Essa foi a tática que Paulo Autuori elaborou - provavelmente sem a intenção de ter tanto a bola. É perceptível que o treinador joga com base no que o outro time propõe como filosofia de jogo e acerta ao explorar o erro adversário. Mas além de saber jogar no contra-ataque, o Botafogo precisa aprender a atuar propondo o jogo. Antes do início do Campeonato Brasileiro, o time já mostrou isso com os três jogadores do meio de campo, principalmente com os passes para frente de Caio Alexandre e Bruno Nazário. Mas a impressão é de que algo se perdeu no caminho.


>>> Renê Weber elogia comando de Autuori: "Todo mundo sabe o que fazer" <<<



Enquanto esteve em campo, Bruno Nazário não conseguiu dar tanta criatividade para o meio do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



>>> Atuações: Gatito melhor em campo, Bruno Nazário sumido; veja as notas <<<


É possível que Autuori resolva jogar da mesma forma contra o Internacional, no próximo sábado, pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Nilton Santos. Acontece que se o Colorado não for para cima, o Bota vai precisar mostrar mais criatividade. E isso vai se repetir contra times que prefiram jogar sem a posse de bola e pressionando o adversário.


A vitória e a classificação trazem, sim, um alívio para o Botafogo e isso é claro. Mas tanto a torcida, quanto Paulo Autuori e os jogadores precisam estar atentos à falta de criatividade que o time mostra. Até porque uma vez que o adversário consiga marcar bem Luis Henrique, o clube não tem outra válvula de escape.



Honda também esteve um pouco sumido do jogo e não está em boa fase — Foto: Vitor Silva / Botafogo


Deu bom

Gatito Fernández salvou muitas vezes a equipe alvinegra ainda no primeiro tempo. Sufoco poderia ser ainda maior sem as defesas do goleiro paraguaio, que está em grande fase;
Conforme Marcinho volta aos treinamentos, Autuori parece ter em Kevin uma opção mais ofensiva pela lateral direita. Ele fez a segunda partida como titular e foi bem nos cruzamentos;
Bola aérea do Botafogo tem se mostrado uma boa chance de gol. Foi assim que Marcelo abriu o placar e Kanu acertou a trave.


Deu ruim

Contra-ataques do Botafogo não foram tão eficientes quanto antes e como o Paraná não se expunha tanto, acabava por dificultar as chances dos cariocas;
Falta de criatividade por vezes irritou a torcida botafoguense. O time trocava passes sem muito esforço de furar a defesa do Paraná e não criava tanto;
O meio de campo esteve apagado e sem brilho. Caio Alexandre não conseguiu os bons passes que o alçaram ao time titular, Honda não deu a cadência no meio de campo e Bruno Nazário não deixou os companheiros na cara do gol, são pontos a melhorar quando precisar ter mais a bola.



Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro