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sexta-feira, 18 de julho de 2014

De volta, Jefferson se vê melhor após experiência na Copa: "Cresci muito"


Apesar de não ter entrado em campo no Mundial, capitão do Bota acredita que mudou sua visão sobre o futebol e defende forma emotiva do Brasil de atuar



Jefferson revelou amadurecimento após a disputa da
Copa do Mundo (Foto: Vitor Silva / SS Press)
Neste sábado, contra o Coritiba, em Volta Redonda, Jefferson, enfim, estará de volta ao gol do Botafogo, para alegria dos torcedores alvinegros. O capitão fez parte da seleção brasileira que ficou em quarto lugar na Copa do Mundo e, apesar de não ter entrado em campo, acredita que a experiência foi transformadora.

O goleiro conviveu com muita pressão, viu alguns companheiros terem dificuldade de controlar o lado psicológica, mas defendeu a forma emotiva com que os atletas defendiam a Seleção. Hoje, ele considera ter uma visão diferente do futebol.

- Quando perde, encontramos muitos questionamentos. Mas cresci muito como profissional, vejo o futebol de outra maneira. Não conseguimos repetir a Copa das Confederações, essa é a verdade. Eram muitos jogadores novos, na primeira Copa. Outros eram experientes, mas sentiram a parte psicológica. Mas demos ao máximo, jogamos com sentimento, emoção. É difícil encontrar isso em um clube, muitas vezes os jogadores ficam robotizados.

Cresci muito como profissional, vejo o futebol de outra maneira. Não conseguimos repetir a Copa das Confederações, essa é a verdade. Eram muitos jogadores novos, na primeira Copa. Outros eram experientes, mas sentiram a parte psicológica.
Jefferson

Durante a Copa, houve o questionamento se Jefferson teria ido de segundo para terceiro goleiro na preferência de Felipão, principalmente depois que Victor foi para o aquecimento durante o jogo contra a Colômbia no momento em que Julio Cesar sentia dores. O arqueiro do Botafogo, no entanto, disse que havia um revezamento.

- A gente sempre revezava nos treinos e nos jogos. O Felipão deixou claro que a confiança era nos três. Contra a Colômbia, a vez era dele (Victor).

De volta ao Glorioso, Jefferson disse não ver a hora de entrar em campo novamente. Apesar de ter clubes interessados nele, como o Benfica e o São Paulo, ele garantiu que não há nada encaminhado para sua saída.

- Eu estou ansioso, feliz de voltar a defender a camisa do Botafogo. Mesmo na Seleção, mantive contato, além de ter encontrado com muitos botafoguenses pedindo foto na Granja. Não me desliguei totalmente. Agora é voltar a cabeça 100% para o Botafogo. Estou no melhor momento da minha carreira, sondagens são normais, mas não tenho propostas oficiais. Se tiver algo, está nas mãos do meu empresário.

Jefferson acompanhou pela televisão a derrota por 1 a 0 contra o Sport, no Recife. Apesar do resultado ruim, o capitão viu evolução, mas alertou para a necessidade de voltar a vencer rápido.

- Vi uma evolução grande, mas agora sofremos com a falta de ritmo. Não temos gordura para queimar. Então, temos que antecipar ao máximo isso. Precisamos pontuar. Fisicamente vi melhoras, e isso nos deixa mais otimistas.

O Botafogo é o 14º colocado do Brasileiro com nove pontos. Nesta sábado, às 21h, a equipe enfrenta o Coritiba em Volta Redonda.

Por Fred HuberRio de Janeiro/GE

Loco Abreu decide ficar no Rosario Central: "Vou cumprir minha palavra"


Atacante agradece interesse do Botafogo, mas explica que já havia se comprometido a permanecer em clube argentino até o fim de 2014


Loco Abreu levanta taça pelo Botafogo: projeto de
retorno adiado (Foto: Urbano Erbiste / Ag. O Globo)
O Botafogo tinha a ilusão de repatriar Loco Abreu e, assim, dar um presente a uma torcida que anda desmotivada com o desempenho da equipe. Mas nesta sexta-feira, antes mesmo que o clube pudesse enviar uma proposta formal, o uruguaio disse não. Comprometido com a diretoria do Rosario Central, da Argentina, a permanecer até o fim do ano, ele optou por manter sua palavra e, assim, adiar o sonho de retornar a General Severiano.

Nesta sexta-feira, Loco Abreu entrou em contato com a diretoria do Botafogo para comunicar a decisão de permanecer no Rosario Central e explicar o motivo da escolha. Até então ele vinha treinando no clube argentino sem contrato e nem mesmo um seguro que pudesse protegê-lo de incidentes, já que seus direitos pertencem ao Nacional de Montevidéu.

- Expliquei que independentemente de o Botafogo mandar a proposta, minha decisão é de não sair daqui. Já tinha dado a palavra ao presidente e ao técnico do Rosario Central que ficaria até dezembro. Não ficaria bem comigo mesmo se não cumprisse. Obviamente que o desejo, a vontade e a esperança de voltar para o Botafogo são grandes. Mas quem me conhece sabe que não tem proposta ou dinheiro se dou minha palavra. Para mim isso é o mais importante - disse Loco Abreu ao GloboEsporte.com.

A proposta a ser enviada pelo Botafogo contemplava o pagamento parcelado dos cerca de R$ 2 milhões devidos ao atacante, relativos à sua passagem pelo clube de 2010 a 2012, além de um valor na carteira de trabalho considerado baixo. A ideia da diretoria alvinegra era formalizar um contrato até o fim do Campeonato Carioca de 2015.

Em ação pelo Rosario Central: Loco Abreu fica no
 clube argentino até dezembro (Foto: Getty Images)
- Não tem nada a ver com proposta ou dinheiro. Tem a ver com a moral e com a situação de que me comprometi com o clube. Isso para mim é o mais importante. Tenho muita vontade de voltar para o Botafogo, mas infelizmente o tempo em que isso aconteceu vem de encontro a essa situação. Por respeito ao Rosario Central, vou cumprir minha palavra e continuar aqui. É o sentimento que eu tenho.

Mesmo assim, Loco Abreu garante manter viva a esperança de fechar seu ciclo no Botafogo, interrompido em 2012, antes de encerrar a carreira como jogador.

- Tomara Deus e o destino e que eu possa realizar esse sonho, mas por enquanto vou continuar desfrutando do futebol aqui no Rosario Central, onde consolidei um ano legal e onde o torcedor demonstra um carinho grande. Fico feliz por ser querido nesses dois clubes, mas a palavra tem que ser importante, porque no futebol existe muita trairagem. Quando você respeita sua palavra você se respeita e ganha o respeito dos demais - ressaltou o camisa 13, que agradeceu o presidente e a torcida pelo carinho e a mobilização por seu retorno.

Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro

Carlos Alberto sente dores musculares e desfalca Botafogo contra Coritiba

 Carlos Alberto tenta drible durante jogo-treino entre Botafogo e São Gonçalo Satiro Sodre/SSPress

O meia Carlos Alberto está fora do duelo entre Botafogo e Coritiba, marcado para este sábado (19), no Raulino de Oliveira, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogador alvinegro sentiu dores musculares e sequer viajará com a delegação do clube para Volta Redonda.

Carlos Alberto seria opção para o meio-campo, uma vez que Jorge Wagner também está fora do duelo por causa de dores no joelho. O meia recém-chegado ao Botafogo entrou no decorrer da partida contra o Sport, mas teve atuação discreta na derrota por 1 a 0

O Botafogo não terá também o atacante Emerson Sheik e o lateral direito Edilson, punidos com gancho pela confusão na partida contra o Grêmio, antes da pausa da competição para a Copa do Mundo.

A notícia positiva no Alvinegro é o retorno de Jefferson à equipe de forma efetiva. O goleiro estava com a seleção brasileira na Copa do Mundo e retornou ao clube durante a semana, mas só neste sábado fará sua reestreia pelo Botafogo. Enquanto isso, o volante Airton teve seu novo contrato regularizado e também estará à disposição do técnico Vagner Mancini.

Do UOL, no Rio de Janeiro

Nem Ferj salva! Botafogo tem empréstimo negado por temor de penhoras



O Botafogo se movimenta nos bastidores para tentar amenizar a asfixia causada pela grave crise financeira que atravessa. O clube entrou em contato com a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) para viabilizar um adiantamento dos direitos de transmissões do Campeonato Carioca. Inicialmente, o acordo ocorreria, mas o fato de o Alvinegro estar sofrendo com penhoras impediu o acerto.

O Botafogo pediu R$ 4 milhões com o objetivo de pagar parte dos salários atrasados – o clube deve dois meses na carteira de trabalho e cinco de direitos de imagem. A verba seria utilizada para pagar os jogadores com dívidas maiores no momento.

A recusa representou um baque para o Botafogo que já contava com o dinheiro para amenizar a crise. Com a negativa, o Alvinegro voltou ao estágio inicial e tanta de todas as formas antecipar a votação do Proforte, previsto para agosto.

O presidente Maurício Assumpção, inclusive, agendou uma reunião com a presidente Dilma Rousseff para mostrar a importância do projeto e a necessidade que tudo seja implementado o quanto antes.

A crise financeira vivida pelo Botafogo já interfere no dia a dia do clube. Em situação delicada no Campeonato Brasileiro, o Alvinegro queria reforços, mas abriu mão deles por causa dos atrasos salariais. Essa questão, inclusive, foi utilizada pelos atletas para recusarem viajar a João Pessoa para um amistoso contra o Botafogo-PB.

Para evitar uma debandada de jogadores, o Botafogo tem utilizado a ajuda do Sindeclubes, que entra com uma ação para receber verba da Globosat para pagar um mês de salário na carteira, o que já ocorreu nos dois últimos meses. A tendência é que essa tática volte a ser usada em futuro recente.

Do UOL, no Rio de Janeiro

De peito aberto e desarmado, Loco Abreu prepara volta ao Botafogo


Arrependido de episódio de sua saída, em 2012, atacante diz em conversas com diretoria que retorna sem vaidade e disposto a contribuir dentro e fora de campo



Abreu comemora gol de cavadinha na final do Carioca de
2010: ídolo quer ser mais um no Botafogo (Foto: O Globo)
“Acho que não vou encerrar minha carreira sem voltar e fazer um final feliz.” A frase dita por Loco Abreu em fevereiro está perto de ser concretizada. Restam alguns detalhes para que o atacante acerte seu retorno ao Botafogo. O desejo de ver essa frase virar realidade é tão grande que o jogador de 37 anos mostrou-se disposto a fazer concessões. Isso inclui o aspecto econômico, mas também o reconhecimento de que, em 2014, seu papel dentro de campo será diferente daquele desenvolvido em sua primeira passagem, de 2010 a 2012.

No time montado por Estevam Soares e Joel Santana – que conquistou o Campeonato Carioca de 2010 e terminou em sexto lugar no Brasileiro daquele ano – Loco Abreu era a referência. Em seu retorno, ele será mais um. Consciente de que na condição de veterano terá limitações principalmente no aspecto físico, o camisa 13 mostra-se disposto a atuar de acordo com as necessidades a serem observadas por Vagner Mancini ao longo da temporada.

Loco Abreu também reconheceu que tomou uma atitude precipitada em sua saída do Botafogo, em 2012. Após divergências com o técnico Oswaldo de Oliveira, o uruguaio enxergou que uma transferência seria o ideal. Ele acabou por ser emprestado ao Figueirense – numa rápida passagem –, seguido de uma negociação em definitivo com o Nacional de Montevidéu, onde também não teve espaço, até chegar ao Rosario Central, da Argentina. Nas recentes conversas que teve com integrantes da diretoria, o atacante deixou claro que vai voltar com o peito aberto e o coração desarmado para tratar de questões internas. Para ele, o prazer de estar novamente naquela que considera uma casa é o suficiente para prezar o melhor ambiente possível e contribuir para manter a harmonia do plantel.

Loco Abreu em ação pelo Rosario Central: terceiro
clube pós-Botafogo (Foto: Reprodução / Facebook)
Na cidade de Rosário, Argentina, Loco Abreu treina e aguarda a chegada da proposta do Botafogo. As partes vão costurar um contrato que vai contemplar o pagamento parcelado da dívida acumulada com o jogador, somada ao salário. No entanto, mesmo assim a tendência é que ele volte a General Severiano com ganhos menores do que os de seu atual clube. Aliás, a transferência pode ser simplificada pelo fato de o uruguaio ainda não ter assinado a renovação de seu empréstimo ao Rosario Central. Seus direitos econômicos pertencem ao Nacional.

Na torcida, a ansiedade pela volta é grande, e Loco Abreu aguarda com atenção o desfecho das negociações. Na diretoria do Botafogo, a presença do centroavante é vista como um ganho que pode ir além do técnico. A intenção é criar uma mobilização nos alvinegros que contagie um elenco que mostra claros indícios de falta de motivação por causa do atraso de salários. Além disso, do ponto de vista do marketing o retorno é encarado como uma grande jogada. Entre os atletas também existe expectativa.

- É um jogador de personalidade forte e que vem para nos ajudar. Convivi com o Loco no Botafogo por um bom tempo, ele até dizia que eu era seu filho. Gosto dele, e a torcida também. Um ídolo é sempre bem-vindo - afirmou o zagueiro Dória.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE