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segunda-feira, 23 de março de 2020

Botafogo defende adequação do calendário brasileiro ao europeu


Membro do Comitê gestor de futebol do Glorioso, Carlos Augusto Montenegro defendeu a que o próximo Campeonato Brasileiro seja disputado entre agosto de 2020 a maio de 2021



Montenegro é favorável à mudança no calendário brasileiro (Foto: Vitor Silva/Botafogo)


A paralisação do futebol em razão da pandemia do novo coronavírus reacendeu o debate entre dirigentes sobre a necessidade de adequação do calendário do futebol brasileiro ao europeu. O Botafogo é um dos clubes favoráveis à mudança. Em entrevista ao jornal O Globo, no último domingo, o integrante do Comitê Gestor do futebol do Alvinegro Carlos Augusto Montenegro defendeu que o próximo Campeonato Brasileiro já seja disputado no novo formato, com jogos de agosto a maio.

– É uma oportunidade para o Brasil entrar no primeiro mundo. Sair da contramão. Seria um ato de grandeza da CBF. Isso deve ser proposto para o bem do futebol. Vamos buscar novos recursos começando com um novo calendário.

A questão ainda está longe de um consenso entre os que discutem os rumos do esporte. O principal argumento dos que se posicionam contra a mudança é evitar que partidas aconteçam no ápice do verão. Montenegro, no entanto, rebateu a questão.

– Nós já fazemos pré-temporada em janeiro. Não tem essa desculpa do calor. E hoje, em junho, julho, tem jogo no Nordeste com 30, 32 graus – disse o dirigente alvinegro.

O ex-presidente do Glorioso defendeu que o próximo Campeonato Brasileiro já seja disputado no novo formato, com início em 15 de agosto e término em 30 de maio. O primeiro semestre de 2021 seria, assim, dedicado à conclusão de competições pendentes durante a pausa gerada pela pandemia.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adota posição mais conservadora e defende que uma alteração desta magnitude deve ser feita com convicção, não apenas pelas circunstâncias de momento. Outra dificuldade no horizonte é a necessidade de diálogo com a Conmebol responsável pelas datas das Copa Libertadores e Sul-Americana.


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Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Pedro Raul aprimora parte física e se recupera de desgaste dos últimos jogos do Botafogo


O centroavante ficou fora do jogo contra o Bangu, no dia 15 de março, apenas por precaução, já que teria um jogo importante da Copa do Brasil pela frente



Pedro Raul, um dos destaques do Botafogo em 2020, apresentou problemas musculares nesse início de temporada, mas não preocupa o departamento médico do clube. O centroavante ficou fora do jogo contra o Bangu, no dia 15 de março, apenas por precaução.


A comissão técnica optou por poupar Pedro Raul visando a partida contra o Paraná, pela Copa do Brasil, que acabou adiada por conta da pandemia do novo coronavírus.



Pedro Raul é o vice-artilheiro do Botafogo na temporada, com três gols — Foto: MAGA JR/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO


Dos sete jogos que tem na temporada, Pedro Raul jogou os 90 minutos em seis deles. Contra o Náutico, pela Copa do Brasil, jogou apenas o segundo tempo também devido a desgaste muscular.


O atacante não tem lesão e tem seguido normalmente a planilha de treinos do departamento de preparação física em casa e tem o acompanhamento também do setor de fisiologia. Segundo o médico Christiano Cinelli, o desgaste nas coxas é fruto do excesso de jogos disputados por Pedro Raul, que tem 585 minutos jogados na temporada.


"Ele estava bem fatigado. Início de temporada é complicado".


Assim que os treinos retornarem, a preocupação será apenas quanto à parte física do jogador, já que clinicamente ele está rico. Em suas redes sociais, Pedro Raul tem postado vídeos com os treinos em casa e também comentou a situação complicada que o mundo atravessa devido ao Covid-19.




Pedro Raul, atacante do Botafogo, aprimora parte física em casa e fala sobre coronavírus


As situações de Carli e Marcelo Benevenuto são parecidas. Com lesões consideradas leves, os zagueiros, já sem dores, têm acompanhamento dos profissionais do Botafogo e seguem a programação de treinos para manter a forma física em dia. Marcinho, que passou por cirurgia em janeiro, é considerado o único jogador no departamento médico.


Os departamentos médico e de preparação física esperam uma perda em relação ao preparo dos jogadores após esse período de quarentena, que deve ir além dos 15 dias previstos no início da última semana. Cada atleta responde de uma forma, mas é certo que será preciso um trabalho específico no retorno às atividades. A preocupação é maior com a integridade física do que com a performance em si. Fala-se, inclusive, na necessidade de uma "nova pré-temporada".


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro