Páginas

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

A pedido de Ceni, Cruzeiro negocia com atacante Ezequiel, do Botafogo e que está emprestado ao Sport


Jogador de 21 anos faz boa temporada no Rubro-Negro e foi apontado como um dos melhores jogadores do Campeonato Pernambucano



Marlon Costa/Pernambuco Press



O atacante Ezequiel, atualmente emprestado ao Sport pelo Botafogo, pode reforçar o Cruzeiro para a disputa do Campeonato Brasileiro. O clube mineiro negocia o Alvinegro, detentor dos direitos econômicos do atleta. O Rubro-Negro pernambucano também participa das conversas.


A pedido de Rogério Ceni, o Cruzeiro tenta fechar empréstimo do atleta de 21 anos até dezembro. A negociação está avançada. Se for concretizada, há a possibilidade de prorrogação da cessão até o fim do Campeonato Mineiro.


Emprestado pelo Botafogo ao Sport no início da temporada, Ezequiel foi apontado como um dos melhores jogadores do Campeonato Pernambucano. Tem 30 jogos pelo Leão e quatro gols marcados.


Rogério Ceni já tinha pedido o nome de Ezequiel quando ainda treinava o Fortaleza. Com o empréstimo agora para um gigante da Série A, o Botafogo tem a chance de valorizá-lo para tentar uma venda vantajosa no fim do ano. Se não acontecer, há a oportunidade de reaproveitá-lo no time em 2020 após ganhar rodagem em dois grandes centros do futebol brasileiro.


O Cruzeiro busca atacantes velozes desde a chegada de Ceni. Outro nome tentado foi o de Guilherme, também no Sport atualmente e que ganhou espaço no cenário nacional com a camisa do Botafogo. A negociação, porém, está travada.



Sport nega contato do Botafogo para falar do interesse cruzeirense

O Sport garante que não foi procurado pelo Botafogo para falar do interesse do Cruzeiro. De acordo com Nelo Campos, diretor de futebol, houve uma conversa há duas semanas com os cariocas, mas apenas para saber dos planos do Sport com Ezequiel, já que o jogador estava no banco de reservas.


- Não chegou nada do Cruzeiro. Botafogo nos procurou há um tempo para saber se ainda tínhamos interesse em ficar com ele e dissemos que sim.


Ezequiel ficou no banco e sequer entrou nas vitórias contra Botafogo-SP e Vila Nova e no empate contra a Ponte. Na última rodada, diante do Atlético-GO, jogou os 90 minutos no empate em 1 a 1.



Fonte: GE/Por Fred Gomes e Lucas Liausu — Rio de Janeiro e Recife


Em 20 jogos, Barroca vê aproveitamento de 70% no Botafogo despencar para 26,6%


Time venceu sete das dez primeiras partidas; nas seguintes, perdeu seis e não fez gols em sete


Vitor Silva/Botafogo


Eduardo Barroca chegou ao seu 20º jogo à frente do Botafogo contra a Chapecoense. Se o aproveitamento foi muito positivo na primeira metade, o mesmo não se repetiu nas últimas dez partidas.


Na primeira parte do trabalho, Barroca e seus comandados conseguiram resultados expressivos. Sete vitórias e três derrotas, com aproveitamento de 70%. O ataque não foi brilhante, mas teve média superior a um gol por jogo (13 em 10), e a defesa foi vazada apenas sete vezes.


Jogos sem sofrer gols com Barroca: oito, cinco deles nos 10 primeiros.

Nos 10 jogos posteriores, o aproveitamento despenca para 26,6%. Apenas duas vitórias, dois empates e seis derrotas, três delas no Nilton Santos, onde o time ainda não tinha sido derrotado sob seu comando. O ataque marcou menos do que a metade, apenas seis vezes. E a defesa, antes com média inferior a um gol por partida, caiu: 11 gols sofridos.


Jogos sem marcar gols com Barroca: 10, sete deles nos 10 últimos.

Pode-se ligar a queda do setor defensivo ao fato de que Barroca conseguiu usar a mesma dupla de zaga em apenas cinco oportunidades na segunda metade de seu trabalho: Carli e Gabriel desfalcaram o time em três jogos cada.


Duplas de zaga nos últimos 10 jogos

Grêmio Carli e Gabriel
Cruzeiro Carli e Gabriel
Santos Carli e Gabriel
Atlético-MG Carli e Marcelo
Flamengo Carli e Gabriel
Atlético-MG Marcelo e Cícero
Avaí Marcelo e Gabriel
Athletico-PR Carli e Marcelo
Corinthians Marcelo e Gabriel
Chapecoense Carli e Gabriel


Barroca também conviveu com diversos problemas no período em que o aproveitamento caiu drasticamente. Asfixiado financeiramente, o Botafogo por pouco não completou três meses de salários atrasados, o que dá direito aos jogadores buscarem a rescisão contratual unilateralmente.


Erik, principal jogador do time desde o segundo semestre do ano passado, caiu muito de produção e foi negociado pelo Palmeiras às vésperas do clássico com o Flamengo.


Se era um dos poucos que fugia à característica de time lento do Botafogo, a outra opção de estilo semelhante nem entrou em campo. Biro Biro, contratado em julho, teve uma síncope durante treinamento em seu 16º dia de trabalho e precisou se afastar das atividades.


Gols com Eduardo Barroca

Diego Souza 4
Alex Santana 4
Cícero 4
Erik 2
Luiz Fernando 2
Bochecha 1
João Paulo 1
Benevenuto 1



Em coletiva após o empate com a Chapecoense, Barroca citou as baixas, afirmou que todos estão cientes das sérias dificuldades do Botafogo e resumiu que só dispõe de soluções caseiras por ora.


- Desde que cheguei, perdemos Kieza, Ferrareis, Erik, Biro Biro e agora o Jonathan. Diante desse cenário, é preciso ser realista. A gente tenta buscar as soluções da maneira que estamos tentando, que é tentar em casa. Diante do cenário do clube, é difícil buscar fora do Botafogo.


- Não cabe fazer reclamação. Tanto direção quanto jogadores encaram a situação de frente.



Barroca tem desafios a superar nos próximos jogos — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Sem opções factíveis no mercado para mudar a cara do time, Barroca terá de dar prosseguimento ao que vem fazendo: trabalhar finalizações à exaustão durante os treinamentos. Além disso, dar atenção especial à criação de jogadas.


O Botafogo segue como time que menos finaliza no Brasileiro, com 137 (9,13 por jogo), e tem o terceiro pior ataque da competição (ao lado do Cruzeiro), com apenas 14 gols.


A defesa caiu, mas segue com média aceitável de gols sofridos (0,93 - 15 em 16 jogos). Atacar mais, criar e chegar à meta adversária com maior frequência é a urgência do momento.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Fred Gomes — Rio de Janeiro

Carli fala em "raiva" por tropeço, mas vê Botafogo empenhado em recuperar pontos em Porto Alegre


Zagueiro afirma que equipe precisa caprichar mais para voltar a finalizar com maior frequência e, consequentemente, conseguir os gols



Fred Gomes


Capitão alvinegro, Carli resumiu em entrevista coletiva o sentimento do Botafogo após o empate por 0 a 0 com a Chapecoense em casa, na segunda-feira: "muita raiva". Lamentou que o time seria alçado à sétima colocação em caso de vitória, mas prometeu empenho para recuperar os pontos perdidos em Porto Alegre, no sábado, às 21h, contra o Internacional.


- Lógico que a gente ficou com muita raiva, porque deixamos passar uma oportunidade. Se a gente ganha a Chapecoense, estaria muito bem posicionado. Temos que recuperar os pontos que perdemos em casa em Porto Alegre e estamos confiantes nisso.



Confira outros tópicos:


Desequilíbrio do time entre os 10 primeiros jogos e os 10 seguintes de Barroca em aproveitamento (clique aqui e leia)


- O que você fala a gente já tem conhecimento, porque aqui se conversa muito sobre estatísticas. Os números são claros, mas também acho que evoluímos muito no nosso trabalho, claro que falta caprichar em alguns detalhes para não ter estatísticas que mostram que nosso presente não é tão bom quanto no início. Hoje o futebol se define muito nos detalhes. E no jogo com o Chapecoense aconteceu isso. Por detalhes, não conseguimos vencer o jogo. Assim perdemos pontos por certas estatísticas.


Sobre o Botafogo ser o time que menos finaliza na Série A

- Acho que foi bem marcante no início do trabalho a nossa ideia de posse de bola. No princípio foi até demais. Tínhamos muita posse e poucas finalizações. Depois passamos a caprichar mais. Estamos tentando ter mais equilíbrio. Há momentos que é preciso ter a posse para controlar e precisamos caprichar mais na parte ofensiva para chegar com perigo.


Fato de o Botafogo ser o time que mais utiliza a base no Brasileiro

- O momento que o time começa a se reforçar, a gente perdeu dois jogadores. Claro que conhecemos as dificuldades pelas quais passa o Botafogo. Os jogadores da base têm muitas oportunidades por necessidade também. Eles estão se adaptando, e nós, que temos mais experiência, temos que ajudá-los.



Conversam sobre a entrada de investidores no futebol a partir de 2020?


- Lógico que se eu falar que não conversamos é mentira. Tenho quatro anos aqui e leio tudo que sai na imprensa. Estamos um pouco longe do que pode acontecer. Nosso presente é tentar fazer o melhor em campo para deixar o Botafogo no melhor possível.


Ciclos de Barroca. É possível chegar aos 15 pontos que ele estipulou para o segundo ciclo (do pós-parada da Copa ao final do turno)?

- Dá para chegar, nossos objetivos por prazos são para motivar o grupo.


Necessidade de a bola chegar mais limpa ao ataque

- Acho que para chegar bem no ataque tem que começar a caprichar desde o início, com zagueiros, laterais e volantes. Para chegar a um bom ataque, precisamos desenvolver bem. Estamos trabalhando para que a bola chegue melhor aos atacantes.


Mudanças constantes na zaga por cartões e lesões têm prejudicado o time?


- Acho que as mudanças não atrapalham. quando a sequência é grande, acontece. Quando sofre gol, todo mundo é culpado. Quando não converte, todos são culpados.


Fonte: GE/Por Bernardo Serrado e Fred Gomes — Rio de Janeiro