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sábado, 1 de novembro de 2014

Ele era 5ª opção como volante, mas usou brecha para se firmar no Botafogo



Volante Rodrigo Souto domina a bola durante treinamento do Botafogo Vitor Silva / SSPress
A história de Rodrigo Souto teve uma grande reviravolta. Quinta opção como volante, o jogador passou a ser titular da zaga do Botafogo, ao lado de André Bahia. Isso porque Dankler e Matheus Menezes não convenceram e foram preteridos pelo técnico Vagner Mancini. Mas para se firmar no Alvinegro, Souto teve que esperar sua vez e mostrar serviço na hora certa.

Rodrigo Souto chegou ao Botafogo sob muita desconfiança. Após se destacar no São Paulo, em 2011, o volante não teve muito brilho nos últimos quatro anos. Mesmo assim, ele foi contratado pelo Alvinegro e se viu em uma saia justa: seu irmão, Ney Souto, é gerente geral da base do clube. A situação aumentou ainda mais o receio por parte da torcida.

E a desconfiança se tornou realidade. Rodrigo Souto até iniciou o Campeonato Carioca mostrando serviço, mas aos poucos foi caindo no esquecimento até que quase não era relacionado para as partidas pelo então técnico Eduardo Húngaro – foram seis jogos no estadual e dois pela Libertadores. Com a chegada de Mancini, a história não foi muito diferente.

Ele até teve oportunidades, mas não conseguiu render o esperado em sua função principal e sofria com a forte concorrência de Airton, Gabriel, Bolatti e até do jovem Fabiano. Até que a falta de opção fez Mancini novamente apostar em Rodrigo Souto. E ele correspondeu com grande atuação diante do Corinthians, em Manaus.

O volante foi mantido para o jogo seguinte, mas a humilhante goleada por 5 a 0 para o Santos fez o treinador novamente mudar a escalação e Rodrigo Souto voltou ao banco. Mas por pouco tempo. Para o treinador, o principal problema estava na dupla de zaga e barrou Dankler e Matheus Menezes mesmo sem ter um jogador da função à disposição.

A experiência de Souto foi levada em conta e ele foi escolhido para fazer a função de zagueiro ao lado de André Bahia diante do clássico com o Flamengo. Arriscado? Talvez, mas o fato é que a defesa teve uma segurança até então não apresentada. Rodrigo Souto agradou. E muito. Tanto que seguirá entre os titulares para a partida contra o Cruzeiro, neste domingo, no Mineirão. Mas sem Bahia, com dores musculares. Dankler volta ao time.

"Ele fez uma partida brilhante e cumpriu o que eu havia pedido. É experiente, tem bom toque de bola e não se enervou. Tivemos uma posse de bola interessante muito em função de termos o Souto ali atrás. Contra o Corinthians. Ele nos ajudou muito como volante. Hoje, como zagueiro. O fato de ter mexido essa peça e ter tido êxito faz com que o grupo ganhe moral e confiança se forem feitas outras alterações nos últimos sete jogos", disse o técnico Vagner Mancini após a vitória diante do Flamengo.

E Rodrigo Souto não vê problema nenhum em continuar atuando mais recuado. Segundo ele, o importante é ajudar o Botafogo, seja como for. "Se o treinador quiser me manter na zaga, não tem problema. O jogador quer sempre entrar em campo. Respeito quem é da posição, mas se ele mais uma vez precisar, estou pronto. Já havia atuado algumas vezes como zagueiro e estou preparado. Consegui jogar bem na posição, principalmente por causa da ajuda dos meus companheiros da defesa", finalizou.

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro

Mancini 'passa o cadeado', e Botafogo deve jogar fechado em Minas


Bota deve jogar mais recuado contra o Cruzeiro, neste domingo, explorando os contra-ataques. Tática já deu certo contra dois grandes rivais neste Brasileirão





Vagner Mancini - Treino do Botafogo (Foto: Wagner Meier/LANCE!Press)
Vagner Mancini em treino do Botafogo
(Foto: Wagner Meier/LANCE!Press)
Enfrentar o Cruzeiro, líder do Brasileiro, em pleno Mineirão, não é uma tarefa fácil. Consciente disso, o técnico Vagner Mancini optou por manter uma formação com três volantes, mas com um time capaz de sair nos contra-ataques, pois, atuando em casa, o Cruzeiro vai partir para cima desde o primeiro minuto, neste domingo.

O meio de campo será formado por Gabriel, Andreazzi, Bolatti – todos na cabeça de área – e Carlos Alberto mais à frente. Este último, aliás, pode até fazer o papel de atacante em alguns momentos.

A tática já deu certo nos jogos contra Corinthians e Flamengo, nos quais o Glorioso saiu vencedor ao adotar uma postura mais fechada, sem dar muitos espaços para os adversários, segundo o próprio treinador.

– Os jogos contra Flamengo e Corinthians servem como base. O time mostrou-se concentrado e teve domínio da partida, saiu na frente. Dentro do Mineirão, a equipe vai ter que se desdobrar em campo. Essa superação tem que ser desenvolvida nos treinos. O jogador tem que aceitar a forma de jogar, diferente, esperando o erro do outro time, o que tem nos trazido bons resultados – comentou Mancini.

O atacante Murilo foi outro a falar da postura do Botafogo na partida contra o Cruzeiro. O meia-atacante, que fará a sua estreia como titular pelo Glorioso, admitiu que a equipe deve jogar recuada, à espera de oportunidades para atacar.

– Precisamos pontuar e primeiro vamos com a obrigação de não levar gol. Iremos nos defender e sair no contra-ataque. Queremos pontuar para o time respirar um pouco na tabela – frisou.
O Glorioso é o 17° colocado na tabela do Campeonato Brasileiro, na zona de rebaixamento, com 33 pontos em 31 partidas.


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