Páginas

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Escalação do Botafogo: com dores na coxa esquerda, Caio Alexandre não enfrenta o São Paulo


Luiz Otavio deve ganhar oportunidade como titular no jogo da próxima segunda



O Botafogo ganhou um desfalque de última hora para o jogo contra o São Paulo, às 20h da próxima segunda-feira, no Nilton Santos, pela 37ª rodada do Brasileirão. Com desconforto muscular na coxa esquerda, Caio Alexandre não será relacionado, e Lucio Flavio terá dor de cabeça para escalar o meio de campo, que já não tem Zé Welison e Romildo, lesionados.


A tendência é que Luiz Otavio ganhe chance como titular. Bruno Nazário também pode começar jogando. Outra possibilidade é recuar Cesinha e colocar Matheus Babi ou Ênio na ponta esquerda.


Provável Botafogo contra o São Paulo: Diego Loureiro; Kevin, Marcelo Benevenuto, Sousa, Hugo; Kayque, Luiz Otavio, Bruno Nazario (Matheus Babi/Ênio); Matheus Nascimento, Cesinha e Rafael Navarro.



Caio Alexandre está fora da partida contra o São Paulo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Com a suspensão de Kanu, que levou cartão vermelho na última rodada, o time deve voltar a jogar com dois zagueiros. Kalou (dores musculares) e Davi Araújo (faringite bacteriana) já voltaram a treinar com o elenco. O lateral-esquerdo Victor Luis e o atacante Angulo retornam ao Palmeiras e não estarão mais à disposição.



Desfalques: Caio Alexandre (desconforto na coxa esquerda), Diego Cavalieri (dores no tornozelo direito), Gatito (edema ósseo no joelho), Guilherme Santos (lesão na coxa), José Welison (torção no tornozelo), Lucas Barros (cirurgia no joelho), Rafael Forster (lesão no tornozelo esquerdo), Romildo (fratura na mão esquerda) e Kanu (suspenso).



Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Defesa forte, transição rápida e jogo pelos lados: Chamusca chega ao Botafogo após quatro acessos


Veja análise sobre o novo treinador, que havia sido auxiliar do clube alvinegro em 2005



Com quatro acessos no currículo, Marcelo Chamusca foi o escolhido para comandar o Botafogo na temporada. O que esperar do novo treinador? Como ele pode contribuir? Coincidentemente, o comandante fez seus melhores trabalhos no Ceará e no Cuiabá, equipes que ele guiou de volta à primeira divisão do Campeonato Brasileiro em 2017 e 2020, respectivamente.


+ Com Chamusca, Bota acelera investidas no mercado para Série B


O contrato do técnico é válido até o final da temporada 2021, e esta não será a primeira vez de Chamusca no Botafogo. Em 2005, ele atuou como auxiliar técnico do irmão Péricles Chamusca, que ficou apenas dois meses à frente do clube. Dezesseis anos mais tarde, o profissional volta como chefe da comissão técnica e terá nova chance para se destacar no Rio de Janeiro.



Marcelo Chamusca levou o Ceará à Série A em 2017 e foi campeão estadual em 2018 — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas


Conhecimento sobre Série B

O Botafogo viu em Chamusca um nome viável para a realidade atual do clube. Além da experiência na principal competição que disputará na temporada, o técnico se encaixa na realidade financeira, e a contratação impede o Bota de fazer "loucuras" no mercado.


+ Contratações do Botafogo para 2021: veja quem chega, quem fica e quem vai embora do clube


O conhecimento sobre a Série B foi fundamental para a decisão do Botafogo. Com anos de experiência e trabalhos sólidos, Chamusca gosta de ajudar na montagem dos elencos e sabe os perfis necessários para a reformulação buscada pelo clube. Costuma deixar contribuições além do campo e pode ajudar a encontrar jogadores acostumados com a realidade que o time enfrentará em 2021.



DNA vencedor

A experiência de Chamusca é acompanhada pelos bons resultados que o treinador conseguiu nos últimos anos. Os trabalhos sólidos foram recompensados com títulos e acessos.


Em 2017, com a subida do Ceará para a Série A, ele se tornou o primeiro técnico a conquistar acesso entre todas as divisões do futebol brasileiro: subiu da Série D para a C com o Salgueiro em 2013; com o Guarani, passou da C para a B em 2016; e com o Ceará, saiu da B para a A no ano seguinte. Três anos depois, também encaminhou o acesso do Cuiabá para a primeira divisão. O time mato-grossense terminou o ano sob comando de Allan Aal após Chamusca ir para o Fortaleza.


Títulos

Campeonato cearense: 2015 (Fortaleza) e 2018 (Ceará)
Campeonato paraense: 2017 (Paysandu)
Copa Verde: 2019 (Cuiabá)



Marcelo Chamusca foi campeão estadual com o Paysandu em 2017 — Foto: Akira Onuma/O Liberal


Além das taças, Chamusca foi considerado o melhor treinador do Campeonato Cearense nas edições de 2015 e 2018 e, em 2017, foi eleito o treinador do ano do futebol cearense.


No currículo ainda tem passagens por Atlético-GO, Sampaio Corrêa, Guarani, Ponte Preta, Vitória e CRB. Seu último trabalho foi no Fortaleza em 2020, onde não foi bem: Chamusca foi demitido após nove jogos - uma vitória, quatro empates e quatro derrotas.



Defesa forte e transição rápida

O estilo de jogo do treinador é bem característico da Série B. Joga com um centroavante de referência e dois ou três homens logo atrás, no 4-2-3-1 ou 4-3-2-1. Gosta de ter a bola e ser propositivo, até para não sofrer tanto defensivamente. No Cuiabá, em 2019, foi sofrer o primeiro gol apenas na quinta rodada da Série B. Prefere um meio-campo técnico e utiliza bastante o jogo pelas pontas. Seus times costumam ter transições rápidas para o ataque e número alto de finalizações.


Pelo estilo do treinador, é provável que ele peça ao Botafogo um ou mais jogadores de articulação no meio de campo. Foi uma posição carente do elenco na temporada. A principal opção hoje é Bruno Nazário, que não fez grande ano e pode até deixar o clube. Chamusca já participa das decisões sobre o elenco.


Veja abaixo análises sobre trabalhos marcantes de Chamusca:


Olimpio Vasconcelos, repórter do ge em Cuiabá

"Ele chegou durante a Série B em 2019 e fez o time reagir na competição, terminando em 8º lugar. Foi campeão da Copa Verde também. Iniciou muito bem no estadual e na Série B, além de ter levado o time às quartas de final da Copa do Brasil em 2020, eliminando inclusive o Botafogo nas oitavas.


Chamusca fez o Cuiabá ainda mais vencedor. O time era forte defensivamente e veloz nas transições. Quando tinha a bola acelerava e finalizava muito nos jogos. Os jogadores entendiam o que ele pedia e o clima internamente era muito bom".



Marcelo Chamusca encaminhou acesso do Cuiabá à Série A — Foto: AssCom Dourado



Juscelino Filho, repórter do ge em Fortaleza


"Marcelo Chamusca escreveu o nome na história do Ceará ao conquistar o tão sonhado acesso à elite do futebol brasileiro em 2017. O treinador chegou em junho de 2017 e comandou um Vovô sem grandes estrelas na conquista da vaga na Série A de 2018 com uma rodada de antecedência, mesmo antes de entrar em campo contra o Criciúma. Em 2018, ainda foi campeão cearense.


Com perfil estudioso, o técnico sempre foi mais adepto às conversas. Não era tão explosivo em campo e gostava de resolver tudo no diálogo. Seus times costumam ser intensos e velozes (transição ofensiva sempre é muito rápida com os jogadores do meio pra frente), sempre com um articulador no meio-campo e apostando nas descidas dos laterais, com muitos cruzamentos.


Chamusca fez 64 partidas à frente do Vovô, somando 34 vitórias, 17 empates e 13 derrotas, com um aproveitamento de 62%. Neste período, o Ceará marcou 103 gols e sofreu 60.


A passagem mais recente no Fortaleza não foi muito boa. Com a missão de substituir Rogério Ceni na Série A 2020, Marcelo Chamusca pegou um Fortaleza em queda de rendimento e não conseguiu dar sequência ao trabalho do antigo treinador. Chamusca deixou o Fortaleza na 15ª posição, com 31 pontos. Ao todo, foram nove jogos, sendo quatro derrotas, quatro empates e apenas uma vitória. O time acumulou uma sequência negativa de seis jogos na Série A".



Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro