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sábado, 10 de fevereiro de 2018

Postura, ataque ineficaz e bola aérea: por que o Botafogo foi eliminado da Taça GB


Kieza desencanta, mas Alvinegro joga muito mal, é envolvido pelo Flamengo e perde por 3 a 1 no Raulino de Oliveira. Pressão aumenta ainda mais sobre time e Felipe Conceição






Melhores momentos: Flamengo 3 x 1 Botafogo pela semifinais da Taça Guanabara


Depois de cair na Copa do Brasil, o Botafogo está eliminado da Taça Guanabara e vê sua crise em ebulição. Nem mesmo se tivesse a vantagem do empate mudaria alguma coisa. Na tarde deste sábado de Carnaval, o time de Felipe Conceição pouco viu a cor da bola e perdeu por 3 a 1 para o Flamengo no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Kieza desencantou e até conseguiu furar pela primeira vez a defesa do rival em 2018, mas o Alvinegro foi presa fácil e vê a situação de seu técnico ficar insustentável.



Flamengo x Botafogo pela semifinal da Taça Guanabara (Foto: Andre Durão)


POSTURA DEFENSIVA

Felipe Conceição retomou a formação que estava invicta no Carioca, embora não convencesse em suas atuações. Só que o 4-3-3 (ou 4-1-4-1 sem a bola) foi envolvido pelo Flamengo. O Botafogo não deu uma finalização no primeiro tempo e jogou recuado, como se tivesse a vantagem do empate. Muitos jogadores parecem sentir a pressão do momento, e João Paulo e Jefferson chegaram a seu exaltar gritando com os companheiros para acordarem.


ATAQUE INEFICAZ

Valencia, que voltou a ter chances, errou tudo que tentou; Pimpão e Luiz Fernando não conseguiram dar profundidade, e Brenner ficou isolado. Resultado: zero finalizações no primeiro tempo. O time só melhorou com as substituições na etapa final, após as entradas de Renatinho, Ezequiel e Kieza. Com assistência do meia, o camisa 9 marcou seu primeiro gol pelo clube. Mas já era tarde demais.


BOLA AÉREA


Fantasma do time nos últimos anos, o problema foi corrigido por Jair Ventura, mas voltou a assombrar o time de Felipe Conceição. Sem Carli, seu zagueiro mais alto, cada bola levantada na área alvinegra era um "Deus nos acuda". Dourado e Réver chegaram perto, mas foi o baixinho Everton que marcou de cabeça. Dos sete gols sofridos na Taça Guanabara, cinco foram pelo alto.


AGENDA


Fora da Taça Guanabara e da Copa do Brasil, o Botafogo vai ter uma semana e meia para treinar e só volta a jogar agora no dia 22, contra o Nova Iguaçu, pela abertura da Taça Rio. A Ferj ainda vai definir o local da partida.


Fonte: GE/Por Thiago Lima, Volta Redonda


Felipe Conceição não resiste a mais uma queda e deixa o comando do Botafogo


Decisão é comunicada por diretor de futebol Anderson Barros logo após a derrota para o Flamengo nas semifinais da Taça Guanabara. Eliminação para Aparecidense na Copa do Brasil pesou







Foi curta a passagem de Felipe Conceição no comando do Botafogo. Mais precisamente sete jogos. O treinador deixou o comando do Alvinegro após a derrota de 3 a 1 para o Flamengo nas semifinais da Taça Guanabara. O comunicado foi feito logo após o fim do jogo, pelo diretor de futebol alvinegro, Anderson Barros. Conceição sequer deu a tradicional entrevista coletiva pós-partida.


- Felipe Conceição não é mais o treinador da equipe principal. Ao longo da próxima semana, nós estaremos anunciando nosso novo comandante - disse o diretor de futebol.


Em sete jogos, foram duas vitórias, três empates e duas derrotas. Conceição estava com o cargo ameaçado desde a surpreendente eliminação na 1ª fase da Copa do Brasil para a Aparecidense na última terça-feira.


Felipe Conceição deixa a equipe principal, mas não necessariamente está fora do Botafogo. Anderson Barros não descarta que o agora ex-treinador alvinegro assuma outra posição no clube. A decisão será tomada ao longo da semana, assimo como nome do novo técnico.


- O Felipe tem uma história dentro do clube, como atleta, como profissional. Infelizmente as coisas não aconteceram. Eu disse a ele nesse momento que estaríamos conversando para que tomássemos a melhor decisão. Há uma série de variáveis que podem acontecer ao Felipe, assim como seu auxiliar. Mas preferimos decidir com calma durante a semana. A única decisão que nós temos é que ele não é mais o comandante da equipe principal.


O técnico de 38 anos foi anunciado pelo Botafogo em 23 de dezembro do ano passado para substituir Jair Ventura, que trocou o clube pelo Santos. Conceição foi jogador do Alvinegro nos anos 2000, quando era conhecido como Felipe Tigrão. Em 2013, retornou ao clube para treinar as categorias de base.


Ganhou destaque em 2015, quando levou a equipe sub-17 à decisão da Copa do Brasil da categoria. No ano seguinte, foi incorporado à comissão técnica do elenco profissional, como auxiliar técnico.


Fonte: GE/Por Thiago Lima, Volta Redonda/RJ

Depois do vexame de terça, Botafogo junta os cacos e encara o Flamengo pela Taça Guanabara



Flamengo e Botafogo jogam em Volta Redonda pela semifinal da Taça Guanabara. O vencedor encara o Boavista na final (Arte @FoxSports)

O Botafogo ou aquilo que sobrou dele após o vexame histórico da última terça-feira, volta a campo neste sábado para enfrentar o Flamengo em Volta Redonda, em jogo válido pela semifinal da Taça Guanabara (1o. Turno do Campeonato Carioca) num clássico dos mais esvaziados dos últimos tempos.

Com vantagens por ter sido o primeiro colocado do outro grupo, o time da Gávea joga pelo empate. Quem sair vencedor do confronto faz a final contra o Boavista que empatou com o Bangu em 2 a 2 na outra semifinal e será o mandante do jogo conforme sorteio realizado ontem na FERJ.

Felipe Conceição continua à frente do comando técnico da equipe mesmo depois do retumbante fracasso na Copa do Brasil. Ao invés de levar a campo o time que vinha treinando, mesmo que este não estivesse pronto a ponto de sustentar um esquema supostamente ousado proposto por ele mesmo em comparação aos adotados por seus antecessores nas últimas três campanhas, e conseguiu aos trancos e barrancos chegar à semifinal do 1o. Turno, preferiu lançar uma formação com três zagueiros (Carli, Igor Rabello e Marcelo, depois do argentino estar fora da equipe desde o jogo de estreia no campeonato, em 16/01) sem que tenha treinado desse jeito. Ainda mais, sem ter alas eficientes no elenco (Arnaldo e Gilson nem laterais são), o que trouxe um grau de insegurança desnecessária ao time quando bastava um mísero empate para passar de fase na competição. Nem isso conseguiu. Essa era a nossa chances de ouro de chegar às fases mais agudas com tranquilidade. Pelo menos nas quartas de final. 
Tal irresponsabilidade, só vista nos inexperientes sem supervisão, custou caro ao planejamento financeiro do clube com perdas de vultosas quantias... mais »