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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Tenius resume eliminação do Botafogo: "Não tivemos postura para jogar mata-mata"


Técnico interino analisa empate que tirou o clube carioca da Copa do Brasil. Preparador de goleiros afirma que demissão de Lazaroni atrapalhou e não sabe se comanda o time no domingo



Melhores momentos: Cuiabá 0 x 0 Botafogo pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2020


O técnico interino Flávio Tenius resumiu a causa da eliminação do Botafogo na Copa do Brasil: faltaram estratégia e postura para o time encarar uma disputa de mata-mata. Após o 0 a 0 com o Cuiabá, no Mato Grosso, nesta terça-feira, Tenius disse que a má atuação na partida de ida, no Rio de Janeiro, foi decisiva.


- A gente teve dificuldades porque encaramos 10 jogadores no campo de defesa. Tentamos, tivemos oportunidades. A questão não foi esse jogo, foi o primeiro. Não tivemos postura para jogar mata-mata, a importância que seria ganhar um jogo em casa. Tivemos até mais oportunidades do que hoje - disse à Botafogo TV.


- Para o botafoguense em geral, é um resultado que ninguém esperava. É muito doído ser eliminado da Copa do Brasil. Víamos uma oportunidade muito boa de título, mas não conseguimos. Está todo mundo muito triste, mas a vida segue. Já tem jogo no fim de semana - completou.



— Foto: Vitor Silva/Botafogo


No comando do time nas duas últimas partidas, com dois empates, o preparador de goleiros ainda não sabe se continua como técnico interino até o fim de semana. O clube está na busca por um novo treinador e negocia com César Farías, da seleção boliviana. O Bota se acertou com o profissional, mas a negociação com a federação não é simples.


- Não sei se vou continuar a frente da equipe. Pediram para ajudar nessas duas partidas, não sei se o treinador novo já vai chegar - afirmou.


Enquanto segue em um busca de um técnico e tenta administrar a crise interna, o Botafogo também se prepara para a próxima rodada do Brasileirão. No domingo, às 18h15, o time alvinegro enfrenta o Bahia, fora de casa, pela 20ª rodada.


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Troca de técnico atrapalhou?


- Nenhuma troca de treinador é benéfica. Você segue de uma maneira e, depois, precisa buscar outra maneira de jogar. Tentamos, mas não tem tempo de adaptação. Foi muito mais no papo do que no treino. Faltou, principalmente, postura. A gente não entendeu a competição. Falhamos no primeiro jogo e deixamos para reverter na casa do adversário. E a bola não entrou.


Eliminação doída

- A tristeza é geral. Não tenho que falar nada dos jogadores, eles fizeram o máximo. A bola não entrou. Vamos pensar no que aconteceu, descansar, e não dá para lamentar muito porque já temos jogo no fim de semana. Precisamos vencer. Temos que assimilar essa derrota, que foi muito doída. A partir de amanhã vamos ver. Não sei se já vai chegar o treinador. Vamos voltar a campo, vamos trabalhar. Não temos outra escolha.



Fonte: GE/Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Botafogo muda estratégia e aposta em velocidade no ataque para passar pelo Cuiabá


Com pontas rápidos, clube faz escolha diferente do jogo de ida para virar o confronto e se manter vivo na Copa do Brasil. Warley comemora chance: "Botafogo precisa impor seu jogo"



Desde a derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, na última terça-feira, o Botafogo mudou de estratégia para tentar chegar ao gol adversário. Colocou menos meias e mais atacantes rápidos em campo. Foi assim no empate em 2 a 2 com o Ceará, no sábado, e será assim nesta terça, às 19h (de Brasília), quando a equipe reencontra o rival mato-grossense.


No jogo do fim de semana, o primeiro desde a saída do ex-técnico Bruno Lazaroni, o Bota mudou todo o setor ofensivo. Saíram Rhuan e Pedro Raul e Bruno Nazário, que voltou para o meio, e entraram Lecaros, Warley e Matheus Babi. A escalação seria repetida nesta noite, não fosse a lesão do peruano. Sem ele, o escolhido deve ser Kelvin.



Warley em Botafogo x Ceará — Foto: Vitor Silva/Botafogo


A leitura diferente da comissão técnica deu espaço a nomes que estavam praticamente esquecidos. Como Warley, que vai emplacar a segunda partida seguida como titular.


- Se eu disser que fui surpreendido pela escalação desde o início, estaria mentindo. Venho trabalhando forte para jogar e entrei preparado. Não tem essa de ritmo jogo. Claro que influencia, mas jogador de futebol precisa estar preparado sempre para jogar. Acho que fui bem e participei das jogadas de ataque. Fiz uma boa parceria com o Babi na frente. Um ataque rápido. Tem tudo para dar certo - disse.


Até agora, o atacante iniciou apenas dois jogos. No restante, entrou nos minutos finais e pouco apresentou. Tanto que soma menos de 200 minutos na temporada. Agora, a chance apareceu não só para ele, mas também para Lecaros, Kelvin e o recém-chegado Iván Angulo.


As novas opções fazem parte da tentativa alvinegra de sair da crise na temporada. Perto da zona de rebaixamento no Brasileirão, o clube luta, também, pela permanência na Copa do Brasil. Pelo lado esportivo e também financeiro, já que a classificação vale mais de R$ 3 milhões. Além de esfriar os ânimos após os protestos da torcida.


- Eu entendo o torcedor, é apaixonado. Cheguei no Botafogo e aprendi a gostar do clube. Pela história, pelo clube e pela torcida. O que acho que não pode é ter violência. Desde que, se ao protestar, não tenha nenhum tipo de violência, a gente entende. Por isso que nós jogadores, vamos entrar em campo com atenção redobrada e responsabilidade triplicada amanhã - finalizou Warley.



Fonte: GE/Por Redação do ge — Rio de Janeiro