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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Raphael Rezende deixa a Globo e assume a área de mercado do Botafogo


Jornalista, que entrou na emissora em 2006, será head scout do clube



O Botafogo tem um novo head scout, responsável pela análise de jogadores no mercado. O comentarista Raphael Rezende deixa a Globo após quase 16 anos para assumir a função no clube. Ele assume o cargo ainda em janeiro.


Raphael entrou na Globo como estagiário do SporTV, em fevereiro de 2006. Contratado um ano depois, estreou na função de comentarista em 2009, num jogo entre Deportivo Quito e Estudiantes, pela Libertadores.



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Raphael Rezende deixa a Globo para assumir cargo no Botafogo — Foto: Reprodução SporTV



Jornalista de formação, ele completou o curso da CBF de Licença B, que permite ser técnico das divisões de base, e realizou estágio no Botafogo no primeiro semestre de 2018. Por estar na Globo há 16 anos, Raphael diz que a decisão foi difícil. Mas, segundo ele, o momento não poderia ser melhor para assumir o desafio de ser o gerente de mercado do Botafogo.


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- Está alinhado com o que era a minha função anterior, por mais que mudem responsabilidade e demanda, ainda mais agora com nova realidade do clube. Eu não via porta de entrada melhor. O momento é propício e tem uma série de questões. A conjuntura eu acho que é muito favorável para fazer essa escolha, mesmo com vários questionamentos que eu fiz nos últimos tempos sobre mudar ou não. São questões que todo mundo coloca, como vida profissional e pessoal. Com relação à função em si, acho que está superalinhada com o que sempre foi minha busca de trabalho mesmo antes de imaginar essa mudança.



Veja primeira parte da entrevista de John Textor ao ge (https://ge.globo.com/video/exclusivo-john-textor-detalha-negocio-com-o-botafogo-e-explica-os-planos-para-o-clube-10205168.ghtml)



De pedra, Raphael vira vidraça e sabe que será cobrado se uma contratação não cair no gosto dos torcedores do Botafogo. Mas isso não preocupa muito o agora ex-comentarista, que considera estar à altura do desafio. Ele diz saber que a pressão é diferente, mas garante que o respeito e a empatia permanecerão.


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A mudança na função é considerável. Em vez de elogiar um jogador no "Troca de Passes" ou em determinada partida, Raphael passa a recomendar aos superiores a contratação desse atleta. A função de head scout está dentro do organograma do futebol, cujo diretor é Eduardo Freeland, mas as obrigações vão além da necessidade da comissão técnica. É essencial saber se o jogador em avaliação cabe nas finanças alvinegras.


- Quando se fala sobre como interpretar a função do head scout dentro do organograma do clube como um todo, acho que passa muito com relação à importância do lado econômico. Aí a gente está falando de uma relação muito forte com a administração, parte da gestão, departamento jurídico... É a interdependência. É óbvio que eu vou estar tratando com profissionais que escapam do departamento de futebol.



Exclusiva, parte 2: John Textor analisa dívidas e fala sobre a possibilidade de reforços (https://ge.globo.com/video/exclusiva-parte-2-john-textor-analisa-dividas-e-fala-sobre-a-possibilidade-de-reforcos-10205291.ghtml)



No último domingo, o empresário americano John Textor assinou a oferta vinculante para comprar 90% da Sociedade Anônima do Futebol do Botafogo. Nesta semana, conselheiros e sócios do clube votarão o acordo. Se houver aprovação nas duas instâncias, o futebol alvinegro se tornará uma empresa.


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- É muito importante estar alinhado ao que quer o clube como gestão. Ainda mais agora, não é porque se imagina que vai ter maior capacidade de investimento que vai ter um controle menor, pelo contrário. É muito importante estar alinhado com o que são os projetos do clube como um todo. É por isso que o head scout está dentro do organograma do futebol, mas com certeza vou estar sempre em contato com o que é o trabalho da parte financeira do clube.




— Foto: Divulgação


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Botafogo planeja usar R$ 50 milhões de Textor para pagar salários, dia a dia e investir no futebol


Ideia da diretoria é quitar folha de dezembro e metade do 13º salário que estão pendentes; além disso, planeja pagar contas em débito e dívidas que poderiam gerar penhoras




O Botafogo já tem planos para o empréstimo-ponte de R$ 50 milhões que John Textor deve fazer ao clube. Como o americano ainda não tem controle sobre as decisões internas, é a diretoria que vai escolher onde colocar cada centavo. A ideia é quitar a folha de dezembro e metade do 13º salário, que estão em aberto, algumas contas para manter o dia a dia do clube, dívidas de curto prazo para evitar penhoras e investir no futebol.


"Investir no futebol" não quer dizer que todo o dinheiro que sobrar será para contratar jogadores. Além da compra de atletas, a tendência é que o valor sirva para pagamento de salários e afins. Se na Série B a folha do Botafogo girou em torno de R$ 2 milhões, o valor precisará de um aumento para a disputa da primeira divisão.


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John Textor visitou instalações do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



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Apesar de ser bastante dinheiro, não é uma conta simples. Os R$ 50 milhões precisam durar pelo menos dois meses, já que esse é o tempo esperado que dure a diligência entre Textor e Botafogo para análise de documentos. Com tudo aprovado e assinado, o clube recebe R$ 100 milhões do americano e passa 90% do futebol para o empresário. O aporte inicial é necessário para que o investidor assuma o Botafogo com a casa um pouco mais em ordem.


Vale lembrar que os R$ 50 milhões são um empréstimo-ponte. Isso significa que, se depois do período de diligência, em que vários documentos serão analisados, Textor ou Botafogo desistirem do negócio, o clube precisará pagar esse valor de volta ao americano. Isso não é algo esperado pelas partes, mas o processo de diligência existe justamente para garantir a possibilidade de voltar atrás caso um lado não concorde com as informações encontradas.


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John Textor reage a vídeos da torcida do Botafogo: "é incrível!" (https://ge.globo.com/video/john-textor-reage-a-videos-da-torcida-do-botafogo-e-incrivel-10201963.ghtml)



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Dando tudo certo e assinando o contrato definitivo, os R$ 50 milhões já estariam dentro dos R$ 400 mi que Textor investirá. Após a assinatura final, os R$ 100 mi à vista já serão gastos na administração do americano. Também é importante ressaltar a necessidade de o clube ter em caixa sempre 20% da receita para pagar o Regime Centralizado de Execuções (RCE).


Os R$ 50 milhões são para dar oxigênio ao clube e evitar que ele fique sufocado com as dívidas e precisando urgentemente de receitas enquanto não recebe a cota de televisão referente à disputa de Série A. Em entrevista à Botafogo TV, Textor mostrou entender a necessidade de investimento no time para que a equipe faça um Campeonato Brasileiro de qualidade. O americano também mostrou estar por dentro da importância para que esse investimento seja antes de abril, por causa da janela de transferência. O primeiro período para inscrição de jogadores se encerra no dia 12 de abril.


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John Textor assinou contrato vinculante com o Botafogo para comprar 90% das ações da SAF do clube — Foto: Vitor Silva/Botafogo



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- O contrato requer uma reação imediata em termos de capital, a gerência e o grupo esportivo precisam tomar uma decisão imediata de quem, do time do ano passado, está pronto para subir de nível... Todo mundo tem chance. Vamos trazer novos jogadores e testar o nível deles comparado a esse time e vamos testar o nível desse time comparado a esses novos jogadores. Estamos aqui para vencer. E espero que isso venha imediatamente. Entendo as expectativas dos torcedores. Vamos trabalhar todos os dias para trazer o Glorioso de volta a seu lugar na história - disse o americano.


Mas antes de o Botafogo ter R$ 50 milhões do empréstimo-ponte de John Textor para gastar, precisa de duas aprovações. A primeira delas é na reunião do Conselho Deliberativo, marcada para a noite de quinta-feira. A segunda é na sexta-feira, na Assembleia Geral de sócios, que dura todo o dia. Sendo aprovado nessas duas votações, o dinheiro estará à disposição do clube.



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Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro