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domingo, 19 de março de 2023

Análise: Botafogo "faz força" para jogar e não convence contra a Portuguesa-RJ



Equipe comandada por Luís Castro tem dificuldade para chegar ao ataque, fica no zero na semi da Taça Rio e segue em instabilidade



O Botafogo vinha de uma sonora vitória por 7 a 1 contra o Brasiliense, pela Copa do Brasil, para enfrentar a Portuguesa-RJ. Em campo, porém, poucos elementos da goleada ficaram com a equipe, que empatou sem gols no Estádio Luso-Brasileiro no primeiro jogo da semifinal da Taça Rio com uma atuação sem graça neste sábado.





Portuguesa-RJ 0 x 0 Botafogo - melhores momentos - primeiro jogo da semifinal da Taça Rio 2023


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Mais do que o resultado, a atuação é para levantar preocupações. A forma como o time se comporta, principalmente na tentativa de construção de jogadas, ainda é muito aquém. É bem verdade que Luís Castro perdeu os dois pontas titulares da reta final do Brasileirão - Jeffinho e Júnior Santos -, mas o português está prestes a completar um ano no comando do clube. A expectativa era por um processo mais entendido entre o elenco.


A criação de tramas contra a Lusa não foi conjunta. A bola rodava, principalmente, entre Adryelson, Cuesta e Tchê Tchê, em passes na região do círculo central que pouco perigo geravam para o rival. No primeiro tempo, com Danilo Barbosa em campo, a dinâmica do meio-campo foi pouca - a característica melhorou na etapa complementar com a entrada de Lucas Fernandes, jogador de característica mais ofensiva.





Botafogo, Portuguesa, Carioca — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Mesmo assim, não foi nada de encher os olhos. A bola chegava em Lucas que, quando não conseguia acionar a bola pelas laterais, forçava lançamentos longos para frente. As bolas alçadas foram quase todas rebatidas pela defesa da Portuguesa. Resumo: um Botafogo sem criatividade e com dificuldade de colocar a bola no chão, mudar de espaços e jogar. Um time que fazia força para encontrar chances.


As más atuações de Victor Sá e Carlos Alberto, substituídos no intervalo, ajudam a explicar a dificuldade do time em prosseguir no ataque. Mas o questionamento fica porque Eduardo foi acionado poucas vezes em entrelinhas - o camisa 33 criou uma boa oportunidade em uma rara jogada que recebeu passe nas costas da marcação dos volantes da Lusa.


Foram três bolas na trave, é verdade. Todas as jogadas, porém, com um "quê" de individualidade, não com o conjunto se sobressaindo. Após a goleada, era esperado que o Botafogo desse um salto positivo, mas o time volta para a fase de instabilidade.


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Fonte: GE/Por Sergio Santana — Rio de Janeiro