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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Zagueiro Joel Carli reitera desejo em permanecer no futebol brasileiro


Ex-capitão do Botafogo relembra rápida adaptação ao país e desejo em voltar a jogar



Carli em ação pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)


Em processo de desligamento do Botafogo, Joel Carli já se concentra na sequência de sua carreira. E, no que depender do ex-capitão alvinegro, o futebol brasileiro segue como a sua principal prioridade. O defensor, autor do título do campeonato estadual de 2018, reiterou o desejo e admitiu a importância da família na escolha.

- A minha vontade no momento é de permanecer no futebol brasileiro. É claro que vou analisar todas as propostas ao lado dos meus empresários, sejam elas de dentro ou fora do país. Mas minha família está muito adaptada ao Brasil. Meus filhos e minha esposa gostam muito daqui e esse é um aspecto que tento levar em consideração - disse.

Carli relembrou o tempo em que chegou ao Rio de Janeiro após defender o Quilmes, da Argentina. De lá para cá, quase cinco anos se passaram e muita coisa mudou. Porém, a admiração pelo futebol brasileiro continua intacta.

- Amadureci muito nesse período. Sempre atuei na Argentina e guardava o sonho de jogar no futebol brasileiro. Consegui realizar esse desejo, construí uma carreira sólida em um clube extremamente vitorioso, ajudei em uma conquista de título importante e essa vontade de jogar aqui no Brasil só aumenta. Enfrentei atacantes difíceis nesses quase cinco anos e cresci muito nesse sentido. Conforme o tempo passa você acaba conhecendo melhor as características do jogador brasileiro, o padrão tático das equipes e as condições dos gramados. Isso tudo ajuda na hora da partida - completou.



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Fonte: LANCE!Rio de Janeiro (RJ)

Nomeado VP de futebol, Agostini é é a voz do comitê do Botafogo no contato com atletas e comissão


Dirigente se aproximou da diretoria alvinegra no fim de 2019 e, junto a Paulo Autuori, ajuda a exercer o papel que antes cabia a Valdir Espinosa, falecido em fevereiro passado




Enquanto a diretoria do Botafogo define a estratégia para o retorno aos treinos e tenta minimizar o impacto da crise, um dirigente tem tido a missão especial de acompanhar o elenco de perto durante a pandemia. Integrante do comitê executivo de futebol desde dezembro de 2019, Marco Agostini foi nomeado vice-presidente de futebol após a pré-temporada.


Se a atuação do dirigente foi vista como importante no fim da última temporada, seu papel se tornou fundamental nos últimos meses. Agostini é a voz do comitê no contato direto com atletas, comissão técnica e funcionários e tem tentado tranquilizar o grupo em tempos de isolamento social e crise financeira.


Cabe ao VP, por exemplo, conversar com o elenco sobre os atrasos salariais. Na última semana, o Botafogo pagou março aos jogadores, mas segue devendo abril (férias) e maio, além de direitos de imagem.


O falecimento de Valdir Espinosa no final de fevereiro exigiu uma atuação mais forte de Agostini nos bastidores. O clube não contratou outro profissional para o cargo de gerente técnico e, junto a Paulo Autuori, o VP ajuda a ocupar o papel que antes cabia ao treinador campeão carioca em 1989.


+ Marco Agostini inicia primeiro cargo no Botafogo em 2020



Marco Agostini, vice-presidente de futebol do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Agostini foca na reorganização administrativa do departamento de futebol, sendo responsável pela interação com setores como comercial, marketing, comunicação, jurídico e sócio-torcedor. Para facilitar o entendimento entre as áreas, o dirigente tem reuniões frequentes com os gestores e aproveita o período de pandemia para aperfeiçoar o funcionamento do clube.


- Tenho buscado implementar processos e otimizar o fluxo de trabalho de forma integrada e orgânica com todos os setores do clube. A atuação em interação com as áreas de apoio é fundamental para o resultado em campo, e entendo que aperfeiçoar esse processo é importante - disse o VP.


Na relação com a imprensa, Marco Agostini ainda é tímido e prefere ficar fora dos holofotes. Escolhido no início do ano para ser o contato dos jornalistas, o VP acabou se esquivando desse papel mais público. Assim como nas negociações: ele participa, opina, mas deixa a decisão para outros membros, como Carlos Augusto Montenegro, Ricardo Rotenberg e Manoel Renha.


Durante a quarentena, o dirigente, que é formado em Gestão de Esportes com foco no clube-empresa, participa ativamente das reuniões online entre atletas e comissão técnica e esteve no Estádio Nilton Santos nesta terça-feira, acompanhando a realização de testes da Covid-19 em funcionários, jogadores e familiares próximos.



- É uma forma de trabalhar alinhada com o conceito sistêmico e holístico que o nosso comandante Autuori sempre fala. Essa interação é necessária para que todos possam somar forças e convergir em prol do melhor para o Botafogo neste importante momento de transição do clube.


A proximidade com o técnico Paulo Autuori e o auxiliar Rene Weber, inclusive, rendeu elogios do comandante alvinegro em entrevista coletiva virtual durante a quarentena.


- O Agostini está fazendo um trabalho muito bom, incansável. Tem nos apoiado muito e tentado tudo de todas a maneiras. Sou testemunha da seriedade - disse Autuori.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro