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terça-feira, 30 de maio de 2023

Escalação do Botafogo: volta de Tiquinho é a novidade contra o Athletico



Centroavante cumpriu suspensão no jogo do último domingo contra o América-MG pelo Campeonato Brasileiro



O Botafogo terá o retorno do atacante Tiquinho Soares para o jogo decisivo contra o Athletico-PR pelas oitavas de final da Copa do Brasil nesta quarta-feira, às 21h30, no estádio Nilton Santos. Depois de perder por 3 a 2 na ida, o Glorioso precisa vencer por dois gols de diferença para avançar sem necessidade de disputa de pênaltis.






Confira os 12 gols de Tiquinho Soares, pelo do Botafogo, no Campeonato Brasileiro (https://ge.globo.com/video/confira-os-12-gols-de-tiquinho-soares-pelo-do-botafogo-no-campeonato-brasileiro-11658008.ghtml)


A grande novidade em relação ao jogo contra o América-MG, no último domingo, em que venceu por 2 a 0, será o retorno do centroavante. O camisa 9 cumpriu suspensão e volta à equipe depois de uma semana - a última vez que atuou foi na vitória diante o César Vallejo, na última quinta-feira (25), pela Sul-Americana



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A tendência é que Luís Castro aposte em um meio-campo com Marlon Freitas e Tchê Tchê ao lado de Eduardo, que foi improvisado na função de 9 na última partida, tirando Lucas Fernandes do time inicial para a volta do camisa 33 ao meio.



Provável time: Lucas Perri, Di Plácido, Adryelson, Cuesta e Marçal; Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo; Júnior Santos, Tiquinho Soares e Luís Henrique (Victor Sá).






Tiquinho Soares comemora gol em Athletico-PR x Botafogo, na Copa do Brasil — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Liderando o Brasileirão, o Botafogo vive grande momento na temporada com 12 vitórias nos últimos 15 jogos e a primeira colocação também no grupo A da Copa Sul-Americana. Se avançar para as quartas de final, será a primeira vez desde 2017 que passa das oitavas.



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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Bom momento, premiação milionária e força da torcida viram motivação extra para Botafogo na Copa do Brasil


Glorioso precisa vencer do Furacão no Nilton Santos para se classificar para próxima fase da competição





Botafogo aposta no bom momento para se classificar na Copa do Brasil (Vítor Silva/BFR)



Mesmo atravessando um bom momento, os jogadores alvinegros terão pela frente um duelo decisivo que pode ser determinante para sequência da temporada. O Botafogo entra em campo nesta quarta-feira, às 21h30, diante do Athletico-PR, no Nilton Santos, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil.


O clube nunca conquistou um título da competição e não vem realizando boas campanhas nas últimas edições. Mesmo em desvantagem no confronto, não faltam motivos para os comandados de Luís Castro se motivarem e acreditarem na classificação.


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A Copa do Brasil é um sonho antigo da torcida alvinegra. No momento, mais de 23 mil ingressos já foram vendidos e dois setores estão esgotados . O Glorioso precisa vencer do Furacão por dois gols de diferença para se classificar, tendo em vista que foi derrotado na Arena na Baixada por 3 a 2.


O Botafogo vem atravessando um momento único na temporada. O time é o líder do Brasileirão com cinco pontos de vantagem para o segundo colocado, venceu 13 dos últimos 15 jogos que disputou e ainda não perdeu no Nilton Santos desde que foi reaberto.


A premiação da Copa do Brasil também é um combustível extra para equipe. Uma classificação para as quartas de final renderá R$ 4,3 milhões para os cofres alvinegros. O jogo vem sendo tratado pela torcida alvinegra como uma "guerra" nas redes sociais.


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Alvinegro é o líder do Campeonato Brasileiro com sete vitórias em oito jogos



Aí vai uma pergunta que pode ser difícil: o Botafogo é uma equipe que propõe jogo? Ou um time marcado por jogadas em velocidade, um caráter mais reativo? Luís Castro falou sobre o estilo de jogo do líder do Campeonato Brasileiro após a vitória por 2 a 0 sobre o América-MG, no último domingo.



Qual estilo de jogo do Botafogo? Luís Castro explica em coletiva após vitória no Brasileirão (https://ge.globo.com/video/qual-estilo-de-jogo-do-botafogo-luis-castro-explica-em-coletiva-apos-vitoria-no-brasileirao-11654656.ghtml)


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- Se nós quisermos rotular, o Botafogo é equipe que se lança estrategicamente dentro do jogo, que tem que perceber quais são os pontos fortes do adversário, que não se importa a pormenor o que devemos fechar ou aproveitar e que caminhos devemos explorar no momento defensivo e ofensivo. É fácil, não é tão complexo - afirmou o português.


O jogo do Botafogo é, sim, complexo. É impossível bater o martelo se o time é "reativo" ou "propostivo" porque a equipe tem diferentes características de se comportar em campo, sempre indo de acordo com o adversário que está do outro lado. Contra alguns rivais, bota a bola no chão e roda a bola até achar uma brecha na defesa. Diante de outros, abre mão de ter o controle da posse para agredir nas transições em velocidade.


"Definir um jogo de posse ou um jogo de ataque rápido são dois mundos que existem dentro do próprio e que nós felizmente conseguimos coabitar muito bem dentro deles."


É uma posse de bola objetiva. A meta do Alvinegro é o gol e o time não perde tempo para tentar chegar à meta adversária. Seja como for - por toque no chão ou poucos passes em um contra-ataque fulminante -, o Botafogo quer resolver a própria vida com pressa.


- Na sociedade habituamos a rotular. Aquilo é bonito, aquilo é feio, aquilo é bom, aquilo é mau... Quando não acontece isto, fica um pouco difuso, acontece uma confusão. Nós temos uma forma de estar em campo. Quando temos espaço para ir ao gol, vamos. Quando estão mais fechados, circulamos de fora para dentro para o corredor central. Não tem espaço? Tocamos para o lado. Chegamos lá, não entrou? Roda e continua. Tocamos até conseguirmos entrar - analisou Castro.




Junior Santos gol Botafogo América-MG Campeonato Brasileiro — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF



Como ataca

Algumas características, claro, são presentes independentemente de como o time esteja se comportando em relação ao rival. A equipe de Luís Castro "alarga" o campo e tem presença nos flancos, seja com um lateral ou ponta. Um fica preso na lateral do campo, enquanto o outro ataca em diagonal, aumentando as opções pelo meio.


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Marçal espetado de um lado e Júnior Santos do outro: Botafogo alarga o campo — Foto: Premiere



Dos oito jogos do Campeonato Brasileiro, o Botafogo só teve mais posse de bola contra Corinthians, Goiás e América-MG - duas vitórias e uma derrota neste recorte. Nos jogos que teve menos a bola que os adversários, cinco triunfos em cinco partidas. É um time que não necessariamente precisa ter a bola para agredir o rival.


- Em alguns jogos há equipes que dão mais espaços e temos que fazer ataques rápidos e outras que não dão menos espaços e temos que fazer circulação de bola. Nós não precisamos ter muito a bola para chegar à baliza, o que nós queremos é, quando termos a bola, chegar à finalização e provocar o máximo de agressão ao adversário.


No ataque, é impossível falar de Botafogo sem pensar em Tiquinho Soares. Não apenas pelo gols, mas o artilheiro do Brasileirão é importante para a criação de jogadas. O camisa 9 geralmente se posiciona no lado esquerdo do ataque, e, com o pivô, abre espaço para um dos pontas entrar no corredor e bagunça o desenho defensivo adversário.




Mapa de calor de Tiquinho Soares no Brasileirão — Foto: SofaScore



É um atacante que sabe interpretar espaços e joga fora da área, justamente complementando o que Luís Castro quer: quando tiver a bola, um atleta para contribuir na criação; sem a posse, um jogador para ser ativo no pivô e gerar vantagens na bola aérea.



Veja as movimentações do Tiquinho Soares nos gols da vitória do Botafogo sobre o Bahia (https://ge.globo.com/video/veja-as-movimentacoes-do-tiquinho-soares-nos-gols-da-vitoria-do-botafogo-sobre-o-bahia-11565259.ghtml)



Como defende

O Alvinegro quer resolver as jogadas de forma objetiva mas, ao mesmo tempo, não quer que o adversário tenha a bola. A pressão na saída de bola e o comportamento da linha defensiva em linha alta são os marcos do Botafogo sem ter a posse.


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Botafogo pressiona saída de bola do adversário com três adversários em cima dos defensores — Foto: TV Globo


O time de Luís Castro é o que tem a maior média de interceptações no Brasileirão - 11.9 por partida - e a terceira equipe que menos concede chutes ao adversários por duelo (11). O time não foi vazado em quatro dos oito jogos.


- Quando perdemos a bola, o primeiro comportamento é reagir para tentar recuperar. Não conseguimos, montamos o nosso bloco, não temos pânico e ficamos tranquilos - Luís Castro.


O Botafogo é um time compacto pelo o que se propõe a fazer: diminuir o raio de ação dos adversários no meio-campo e buscar o desarme. O time já sofreu - e muito - com a linha alta, mas a defesa está mostrando uma evolução jogo após jogo.


É difícil decifrar o Botafogo, um time "camaleão". Se tiver que colocar a bola, irá fazê-lo. Se for para ser um jogo de transição, as pontas estão capacitadas com Júnior Santos. E assim a equipe comandada por Luís Castro segue.


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Fonte: GE/Por Sergio Santana — Rio de Janeiro