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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Dos santinhos quebrados de Dona Liliane aos 100 jogos: Rabello fala de infância, bola e Botafogo


Homenageado pelo clube antes do duelo com o Vasco, General fala do carinho pelo Alvinegro e evita assunto exterior: "Penso em 200, 300 jogos"





Com cara de moleque ainda e futebol de gente grande, Igor Rabello, que completou 100 jogos pelo Botafogo na partida contra o Bahia, foi o escalado para a coletiva alvinegra do Dia das Crianças.


E boa parte da entrevista foi dedicada à mãe, Dona Liliane Rabello da Costa, um das responsáveis pela infância feliz que o atleta de 23 anos viveu em Jacarepaguá. Ela faz aniversário nesta sexta.


- Sempre vivi com a bola na mão desde pequeno. Na minha casa, tinham umas pilastras que eu fazia de golzinho. Do lado, tinha um bancada com todos os santinhos da minha mãe. Eu quebrava todos (risos). Ela ficava brava. Quero desejar parabéns, felicidades e que Deus dê muita saúde para ela ficar muito tempo aqui e aturar nossa família, porque eu, meu pai e minha irmão não somos mole, não - afirmou o defensor.


Se Igor vivia com seu sonho debaixo do braço desde pequeno, hoje o futebol é uma realidade. Na última terça-feira, antes do empate por 1 a 1 com o Vasco, foi homenageado pelo clube pela marca centenária atingida na vitória por 2 a 1 sobre o Bahia, uma semana antes, pela Sul-Americana.


- Orgulho imenso de completar essa marca. Homenagem que o Botafogo fez de 100 jogos me dá orgulho. Fico feliz, pretendo fazer 200 jogos, 300 jogos pelo Botafogo, que é o clube que admiro, respeito e que me botou no mercado brasileiro. Me trouxe para a base e me colocou no futebol. Sou muito grato a este clube.


Confira outros tópicos:


Jogo com o Ceará

A gente tem que entrar concentrado. Sabemos que o time deles vem motivado. Depois que o Lisca chegou, o Ceará deu uma evoluída. Eles jogam no contra-ataque, e temos que estar bem ligados para sair com bom resultado.


Assédio do futebol europeu

Fico tranquilo. Como já disse várias vezes aqui, deixo nas mãos do meu empresário, do meu pai e do clube. O que for melhor para todo mundo será feito.


Apesar de o Botafogo não perder há quatro jogos, ainda não há tranquilidade. O time está preocupado?

Não chega a ser preocupação grande, mas está embolada a tabela. É situação de concentração. Seguir o que o Zé pede para fazer um bom jogo.


Treino fechado faz diferença para o jogador?

Para mim, não. É mais situação de o treinador não querer mostrar a equipe.


E hoje, com mais de 100 jogos, você já calibrou a pontaria ou acertaria nos santinhos da sua mãe?
Acertaria os santinhos para implicar com ela (risos).


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

Caso Gatito: Botafogo descarta infiltração e confia no retorno do goleiro sem o uso de corticoide


Procedimento foi indicado pelo Dr. Ricardo Laranjeira, especialista em mão que examinou o paraguaio. Receio por doping e por mascarar a dor faz clube manter tratamento conservador





Gatito tenta voltar a jogar depois de seis meses de recuperação — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



O Botafogo decidiu manter o tratamento conservador e não fará a infiltração de corticoide para eliminar as dores no punho direito de Gatito Fernández. A sugestão foi dada pelo Dr. Ricardo Laranjeira, especialista em mão que foi procurado pelo goleiro paraguaio fora do clube no mês passado. O departamento médico alvinegro acredita que a substância pode apenas mascarar a dor, além do receio com relação ao doping. A informação foi divulgada pelo jornalista Renan Moura, da "Rádio Globo", e confirmada pelo GloboEsporte.com.


O corticoide é um hormônio esteroide que possui ação anti-inflamatória e é considerado doping por gerar aumento de desempenho nos atletas. Na lista de substâncias e métodos proibidos da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), os glicocorticoides aparecem com classificação "S9" (para efeito de comparação, os anabolizantes são classificados como "S1"). Esta substância é considerada especificada, de menor gravidade, enquanto anabolizantes são chamados de não especificadas e classificados como de maior gravidade.



— Foto: GloboEsporte.com


O Dr. Laranjeira garantiu que o método não caracteriza doping, mas recomendou a comunicação prévia com órgãos anti-doping por precaução. Existe uma comissão de autorização de uso terapêutico, dentro da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que pode liberar o uso de substâncias proibidas pela Wada para tratamentos de atletas. Porém, o presidente desta junta, José Kawazoe Lazzoli, em entrevista ao site oficial da ABCD em novembro do ano passado, explicou que esse tipo de infiltração sequer precisa fazer solicitação:


– Muitas delas, na verdade, são desnecessárias. Por exemplo: o corticoide é proibido na lista da Wada via oral, venosa, intramuscular e retal, que seriam os supositórios. Mas é permitido por outras vias, por exemplo, tópica, quando você passa um creme, ou via intra-articular, quando injeta na articulação do atleta uma solução com corticoide. Então, de vez em quando chegam solicitações para uso intra-articular. Aí eu nem mando para a comissão. Eu respondo informando que esse uso é permitido e que AUT (autorização de uso terapêutico) é desnecessária.


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O Botafogo, por sua vez, confia no retorno do goleiro sem precisar usar corticoide. Em entrevista ao GloboEsporte.com na semana passada, o Dr. Ricardo Bastos, um dos três médicos do Botafogo ao lado do Dr. Christiano Cinelli e do Dr. Salvio Magalhães, disse que não houve erro no tratamento de Gatito e alegou que o paraguaio teria voltado a jogar em agosto se não fosse pela lesão de ligamento, sofrida em um treinamento.


Por ser tratar de partes moles do corpo, em que não é recomendável a imobilização, a última lesão é mais delicada do que a primeira, quando teve uma fratura completa do processo estiloide da ulna e precisou "colar" o osso. Gatito tem feito até seis horas de sessões diárias de fisioterapia e já voltou a treinar com desenvoltura, embora ainda separado do grupo. O departamento médico só irá liberá-lo para jogar quando estiver sem dor, mas está otimista com seu retorno em breve.


Fonte:GE/Por Felippe Costa, Fred Gomes e Thiago Lima — do Rio de Janeiro