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domingo, 27 de abril de 2014

Montenegro analisou a partida do Botafogo contra o Internacional


Além do jogo, ex-presidente falou sobre a estreia de Sheik


Crédito: Reprodução / Internet

O Botafogo empatou diante do Internacional, no Maracanã, por 2 a 2. Um empate heroico, depois de sair atrás o Alvinegro buscou dois gols que resultaram no empate, já que o Inter fez os primeiros gols da partida, com Rafael Moura em duas oportunidades. Em entrevista a Super Rádio Tupi, Carlos Augusto Montenegro, intitulado pelos torcedores do Botafogo como o eterno presidente, analisou este empate e comentou sobre o trabalho de Vagner Mancini, mostrando-se esperançoso com o novo comandante.

''Diante das circunstâncias foi um bom resultado, o Internacional é favorito ao título, grande técnico, grande elenco, tem estrutura, salários em dia. O Botafogo mostrou muita garra e raça ainda mais no segundo tempo. Mostrou a cara do Mancini e tenho esperança que com o tempo e calma ele fará um trabalho igual o que fez com o Atlético-PR no ano passado. Só falta o Moraci Santana (Preparador físico) para deixar esse time voando. O Alvinegro tem elenco, qualidade, bom banco de reservas, um grupo que pode fazer um bom Campeonato Brasileiro. O que faltar ao Botafogo estarei ajudando na medida do possível, espero que o clube pague o salário dos jogadores, arrumar receitas para os próximos meses e que eles fiquem tranquilos quanto ao salário. Destaco que todos os clubes no Brasil tem salários atrasados e só falam do Botafogo, parece que todos estão em dia e só nós estamos irregulares. De todo caso, realmente tem coisas que só acontecem com o Botafogo'' - Disse Montenegro.

Ainda sobre o atual técnico, Montenegro afirmou que encontrou com Mancini no inicio do seu trabalho no Alvinegro e criticou a postura da atual diretoria em não priorizar em um técnico que não fosse iniciante, ainda mais disputando a Libertadores, competição que o clube acabou sendo eliminado.

''Eu tive a oportunidade de conversar com o Mancini e acho que o Botafogo teve dois problemas sérios no inicio do ano, o primeiro foi dar a chance para o Eduardo Hungaro, é um principiante e seria mais fácil ele fazer um teste como este com o Sedoorf jogando ainda no Botafogo, pois teria um técnico fora de campo e um dentro de campo. Todos ficaram surpresos por ele parar de jogar e aceitar o convite do Milan para ser treinador. Outro problema foi poupar jogadores novos como os mais velhos, Dória, Gabriel, Lodeiro, Wallyson e outros mais novos foram poupados e jogaram pouco este ano, estão fora de ritmo, não são os mesmos do ano passado. Totalmente sem ritmo de jogo, Mancini vai ter que dar condição a todos eles, uma coisa é poupar e outra é poupar demais. Bolivar, Julio Cesar e outros é aceitável, agora o Dória é brincadeira, ele consegue jogar duas partidas por dia e as pessoas reclamavam que ele jogava dois jogos por semana'' - disse o ex-presidente.

O principal reforço do Botafogo não ficou de fora da entrevista, Emerson Sheik foi elogiado por Carlos Montenegro que afirmou ter certeza de que Sheik será muito importante para conquistas do Alvinegro na atual temporada.

''Fez o gol e deu passe para o outro, predestinado, no futebol o jogador tem que ter estrela e ele tem. Ele já fez a independência financeira, está a quatro anos no Brasil e foi campeão no Flamengo, Fluminense e Corinthians, só (risos). Tem estrela, corre muito, a torcida adora e olha que está fora de forma. É polêmico, mas depende do ponto de vista, ele nem estava inscrito e poderia fazer o que quisesse, mas tentaram mostrar coisas ruins antes dele chegar aqui, isso é coisa de gente que torce para dar errado. É um belo jogador e com o time encaixado será muito importante para o Botafogo, nos dará muitas alegrias'' - encerrou Carlos Montenegro.

Por: Sérgio Tavares e Thiago Veras

VÍDEO Com grande estreia de Sheik, Botafogo busca empate com Inter


Com grande estreia de Sheik, Botafogo busca empate com Inter



Mancini cita papo no intervalo como decisivo para empate: "Foi na alma"


Após derrota parcial no primeiro tempo, Botafogo reage e busca empate em 2 a 2 com o Internacional no Maracanã





Qual o verdadeiro Botafogo? No primeiro tempo, um time, embora a maior posse de bola, apático e observador a ponto de assistir o adversário abrir 2 a 0. Vibração, empenho e efetividade marcaram a etapa final, que culminou na igualdade, neste domingo, no Maracanã, pelo Brasileirão. A diferença, de acordo com o treinador Vagner Mancini se deu graças a uma conversa no intervalo. Após definir o ‘Botafogo que queremos, a equipe se transformou. E deixou o campo aplaudido.

- O jogo teve dois tempos distintos. No primeiro, o Inter foi mais eficiente e fez 2 a 0 no momento em que nós éramos melhores em campo. São lances que a gente não aceita e que causam revolta grande no torcedor, nos atletas e em nós que fazemos parte do apoio. Tivemos no intervalo uma conversa franca, direta. A volta para o segundo tempo foi muito diferente. Baseado na alma, na entrega e na disposição, o time chegou ao empate e teve chance de vencer. Esse é o Botafogo que queremos ver em campo, e não aquele que pode estar tecnicamente bem, mas vacila e dá chances ao adversário – disse o comandante, em entrevista coletiva.

Foi o primeiro ponto conquistado pelo Bota na competição - perdeu na estreia para o São paulo, No domingo, em Salvador, desafia o Bahia.


Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Após gol e passe, Sheik divide mérito no Bota: "Não somos pernas de pau"


Atacante agradece a apoio da direção, pede paciência à torcida e sai de estreia com sensação de dever realizado




Talvez nem o próprio Emerson Sheik esperasse uma estreia tão esperançosa no Botafogo. Com gol e assistência, o atacante mostrou em belo cartão de visitas e foi decisivo na busca do empate em 2 a 2 contra o Inter, neste domingo, no Maracanã, pela segunda rodada do Brasileirão. E, ao falar da partida, tratou de dividir o mérito com os companheiros de time e comissão técnica aproveitando a oportunidade para responder as críticas que ouviu logo ao chegar ao Rio de Janeiro.


Sheik marcou de cabeça, aos 18 minutos do segundo tempo. Deu passe a Zeballos, 11 minutos mais tarde. Deixou o campo aplaudido pela torcida.

- Estava há muito tempo sem jogar, sem treinar direito. Vamos dividir os méritos, porque é bacana isso. A preparação física do Botafogo fez um trabalho muito bacana comigo. Mostramos que somos uma equipe competitiva. Não somos uma equipe de pernas de pau, como escutei quando cheguei ao Rio de Janeiro – disse o camisa 7, que, ainda nos tempos de Corinthians, havia balançado a rede pela última vez em 31 de julho de 2013 (2 a 0 sobre o Grêmio), passando 36 jogos de jejum.

Aos 35 anos, o atacante deixou o Timão após desentendimento com o técnico Mano Menezes. Ele fez questão de voltar a agradecer a direção do Bota:

- Estou numa equipe grande, que tem uma história linda. Estou feliz, voltei a ter a alegria de 2009 a 2013, no primeiro semestre. Tem de ter alegria para jogar, esse é o grande barato do futebol. Só tenho a agradecer ao Botafogo por ter me recebido. A diretoria teve vontade e coragem em me trazer. Sou um atleta de 35 anos e com salário alto. Não vou resolver o problema de ninguém, mas vou contribuir. Agradeço ao Mancini pela preparação. Joguei o tempo todo, mas tenho 35 anos, né gente?

Com o resultado, o Botafogo somou o primeiro ponto na competição – havia perdido na estreia para o São Paulo. Sheik pediu paciência ao torcedor.

- Maior objetivo hoje (domingo) era não perder. Torcedor, às vezes, não entende que o time não passa por um momento bacana. Espero que a torcida entenda. Buscamos o empate, com muita força e empenho, e isso vai nos dar muita motivação – destacou o jogador.

A próxima rodada reserva jogo no domingo fora de casa. O rival é o Bahia, em Salvador.

Emerson comemora gol de Zeballos, o empate do Bota contra Inter (Foto: Alexandre Loureiro/Agência Estado)

Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro

Sheik comanda reação na estreia pelo Bota e evita vitória do Inter: 2 a 2


Atacante faz um gol e dá passe para outro, de Zeballos, depois de Rafael Moura, com dois gols, colocar o Colorado na frente




A estreia de Emerson Sheik foi determinante para que o Inter não vencesse sua segunda partida e o Botafogo não perdesse mais uma nesta largada de Campeonato Brasileiro. O atacante fez um gol e deu o passe para o outro, marcado por Zeballos, e comandou a reação alvinegra quando o Colorado parecia ter a vitória certa - largara na frente, ainda no primeiro tempo, com dois gols de Rafael Moura. O 2 a 2 neste domingo, no Maracanã, foi consequência de alguns acertos e de muitos erros das duas equipes.

Com o resultado, o Inter vai a quatro pontos, na quarta colocação do Campeonato Brasileiro. O Botafogo, com um, é o 17º - mas as posições podem mudar com o complemento da rodada. Os gaúchos voltam a campo domingo, às 16h, contra o Sport. Nos mesmos dia e horário, os cariocas visitam o Bahia.

Emerson Sheik é o protagonista do jogo: estreia, gol e assistência (Foto: Ide Gomes/Agência Estado)

O empate, na frieza dos números, poderia até ser considerado bom pelos colorados. Mas não quando se tem a vitória nas mãos. Muito mais objetivo, o Inter encurtou o caminho para os gols e mostrou ao adversário como ser um time organizado. He-Man fez dois gols típicos de centroavante - um em belo passe de Aránguiz, outro em assistência de Valdívia.

Mas tudo ruiu no segundo tempo para os colorados - por culpa do sistema defensivo vermelho, mas também por mérito de Emerson Sheik. O atacante fez o primeiro gol do Botafogo, de cabeça, vencendo Dida, e depois cruzou para o paraguaio Zeballos empatar. Foi o jogador mais combativo do time alvinegro.

As duas equipes tiveram chances de buscar a vitória nos minutos finais. A partida ficou aberta e até violenta - Lucas, do Botafogo, foi expulso por segurar Otávio, do Inter, pelo pescoço. Mas os atletas, muito pelo cansaço, erraram demais nas investidas ao ataque e mantiveram o empate por 2 a 2.

Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro

VÍDEO Adaptado ao Brasil, Zeballos já canta o amor pelo Botafogo


Adaptado ao Brasil, Zeballos já canta o amor pelo Botafogo

Pablo Zeballos (Foto: Satiro Sodre/SSPress)

Fora do Timão, Sheik desabafa sobre Mano: "Não trabalho mais com ele"


Emprestado ao Botafogo, atacante fala da saída do Corinthians, da relação com Mano, do pânico na invasão do CT e outras polêmicas. Veja no Esporte Espetacular






Ele é o único jogador no país que conquistou três títulos brasileiros em anos consecutivos e por times diferentes. Em 2009. pelo Flamengo; em 2010, com o Fluminense; e em 2011, com o Corinthians, time no qual Emerson Sheik se destacou e fez história após conquistar a inédita Taça Libertadores. Emprestado ao Botafogo, o atacante fala da sua saída do Corinthians, da invasão ao CT do clube que assustou os jogadores, e da relação com o treinador Mano Menezes.

- A direção foi perfeita, profissional, amiga e nos momentos em que mais precisei eles estavam presentes. Mas acho que tem que ter honestidade de chegar, falar com a pessoa, ser claro. Seria chegar e ter uma conversa franca: não quero, passou e me emprestar para um clube. Sou adulto, estou nessa há muito tempo. Faltou isso para ele. É um cara que eu não quero trabalhar nunca mais - disse.

Considerado polêmico em sua entrevistas, atacante diz que não se acha diferente dos outros, mas que não se esconde. A entrevista completa você assiste neste domingo, no Esporte Espetacular, que começa às 9h30.

- Eu não me escondo. Quem me conhece sabe, se tiver que falar eu falo, doa a quem doer.

Sheik e Ivan Moré durante entrevista para o Esporte Espetacular (Foto: Guilherme Laars)


Por Globoesporte.com Rio de Janeiro