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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Números dos 400 jogos do Botafogo no Nilton Santos



Estádio é a casa do clube alvinegro desde 2007



A vitória sobre o Bragantino foi nada menos que o jogo de número 400 do Botafogo no Nilton Santos, a casa alvinegra desde 2007. Foram 211 vitórias, 94 empates, 95 derrotas, 672 gols marcados, outros 398 sofridos e algumas histórias para contar.


Com a marca expressiva, o ge separou os principais números do clube no estádio. Confira!




Estádio Nilton Santos, do Botafogo — Foto: Divulgação


Estreia com recorde

O Botafogo fez o primeiro jogo no estádio em 30 de junho de 2007. Foi um clássico contra o Fluminense, quando o clube nem sequer havia assumido a gestão do espaço, o que só aconteceu em agosto. Mesmo assim, a estreia foi um bom presságio, já que veio com vitória de virada e recorde de público.



Em 2007, Botafogo vence o Fluminense na inauguração do estádio (https://ge.globo.com/video/em-2007-botafogo-vence-o-fluminense-na-inauguracao-do-estadio-olimpico-joao-havelange-1347141.ghtml)


Até hoje, aquele 2 a 1 no clássico tem a maior presença de torcida da história do Nilton Santos, à época chamado de Estádio João Havelange. 43.810 pessoas estiveram nas arquibancadas. O Bota venceu com dois gols de Dodô, ambos no segundo tempo, depois de Alex Dias abrir o placar para o Flu.


A maior goleada

O placar mais elástico da história do Nilton Santos foi o 7 a 0 do Botafogo sobre o Macaé, em 2008, pelo Campeonato Carioca daquele ano. Wellington Paulista foi o grande artilheiro do dia ao marcar quatro vezes. Lucio Flavio, Fábio e Triguinho fecharam o placar.


As maiores goleadas alvinegras

Botafogo 7x0 Macaé (2008)
Botafogo 6x2 Mesquita (2008)
Botafogo 6x2 Cabofriense (2020)
Botafogo 5x0 Olaria (2012)
Botafogo 5x0 Sampaio Corrêa (2015)



Os gols de Botafogo 7 x 0 Macaé pela 5ª rodada da Taça Rio 2008 (https://ge.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/video/os-gols-de-botafogo-7-x-0-macae-pela-5a-rodada-da-taca-rio-2008-806624.ghtml)


Só que o assunto goleada também é incômodo para os alvinegros, já que foi no estádio onde o Botafogo sofreu 6 a 0 para o Vasco. A partida valia pouco, pela Taça Guanabara, mas ficou marcada pelo placar e pela imagem de um torcedor revoltado, que queimou a camisa do clube.


Loco Abreu, o artilheiro

O camisa 13 marcou nada menos que 41 gols no Nilton Santos. É o grande goleador do estádio com alguma folga e está longe de ser ameaçado por alguém do elenco atual. Quem tem mais gols atualmente é o jovem Matheus Nascimento, que marcou cinco vezes. Tiquinho Soares, o novo camisa 9, acabou de começar a trajetória pelo clube e tem só dois gols.


Os artilheiros

Loco Abreu: 41 gols
Herrera: 36 gols
Lucio Flavio: 23 gols




Loco comemora gol pelo Botafogo — Foto: Divulgação / Botafogo



Jefferson, o recordista

O nome não poderia ser outro: quem tem o recorde de jogos no Niltão é o ídolo que defendeu a camisa alvinegra por 10 temporadas depois que o clube assumiu o estádio. De 2009 a 2018, Jefferson fez 148 partidas na casa do Botafogo.


Só que o ex-camisa 1 está seriamente ameaçado pelo sucessor. Isso porque Gatito já soma 105 partidas no estádio. O paraguaio negocia com a diretoria para renovar o contrato por mais algumas temporadas, o que provavelmente fará o recorde trocar de mãos.



O último jogo de Jefferson (https://g1.globo.com/df/distrito-federal/bom-dia-df/video/brasileirao-jefferson-se-emociona-em-despedida-7190158.ghtml)


Quem mais jogou no estádio

Jefferson: 148 jogos
Alessandro: 107 jogos
Gatito: 105 jogos


Em busca do 1º título

Um marcador que o Botafogo quer estrear nos próprios domínios é o número de taças levantadas. A torcida ainda não teve o privilégio de conquistar um título no Nilton Santos. Tanto os Estaduais conquistados desde 2007 quanto as duas edições da Série B foram comemoradas em outros estádios.


O clube pretende mudar essa realidade a partir da próxima temporada, quando a SAF planeja ainda mais investimentos para reforçar o elenco e brigar por títulos.


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Lesão de Eduardo vira dor de cabeça para Botafogo nesta reta final de Brasileirão



Meia vinha sendo um dos pilares do time de Luís Castro e não atuará mais nesta temporada





Eduardo lesionou na última quarta (Vitor Silva / Botafogo)



Apesar da vitória do Botafogo em cima do RB Bragantino por 2 a 1, muitos alvinegros ficaram entristecidos na última quarta-feira. Eduardo, que vinha sendo um dos destaques do time no Campeonato Brasileiro, sofreu uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda e não atuará mais nesta temporada.


Por conta deste desfalque, Luís Castro precisará encontrar outras opções para qualificar o meio-campo alvinegro neste fim de ano. Vale lembrar que muitos torcedores ainda almejam um acesso para Libertadores no término da competição.


+ Tchê Tchê celebra vitória do Botafogo e relembra retrospecto negativo como mandante


Gabriel Pires marcou gol na última quarta, vem desempenhando boas atuações e pode ser uma opção para vaga do Eduardo. Importante ressaltar que Patrick de Paula retornou após quase três meses longe dos gramados e também pode ser utilizado para suprir esta ausência.

Além dos meias, é possível que Luís Castro opte por usar jogadores mais avançados como Víctor Sá e Lucas Piazon. Atualmente, o Botafogo conta com um elenco recheado de opções que possibilita variar seu esquema tático em virtude de uma eventuais modificações.

Eduardo chegou ao clube em julho deste ano e vem sendo um dos pilares da equipe alvinegra. Pelo Glorioso, o meia obteve cinco vitórias, quatro empates e três derrotas em 12 jogos disputados. Resta saber como os alvinegros lidarão com este desfalque nesta reta final de ano.


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Fonte: LANCE!Rio de Janeiro (RJ)

Análise: Botafogo vence na metonímia do que é o ano alvinegro



Escalação inesperada e substituição questionada deram resultado, bem como gols de atletas contestados em algum momento da temporada



Metonímia é aquela figura de linguagem que aprendemos nas aulas de português e serve para quando queremos tomar parte de algo para representar o todo. E a vitória do Botafogo por 2 a 1 em cima do Bragantino na noite da última quarta-feira pode ser exatamente isso: um jogo que é exemplo para uma temporada inteira.


Desde o início de 2022 já se falava da importância da torcida alvinegra ter calma e paciência para confiar no processo e que não seria num passe de mágica que tudo se resolveria. No podcast "GE Botafogo", falou-se sobre ser repetitivo quando se trata da necessidade do torcedor aguardar por momentos melhores. Parte da torcida conseguiu compreender isso, mas claro que há aqueles que precisam do resultado a todo custo, haja o que houver.


Acontece que na última quarta a paciência se mostrou vencedora. A escalação inicial pegou muita gente de surpresa. Torcedores se dividiram entre gostar da ousadia de quatro atacantes e questionar apenas dois homens de marcação no meio de campo. Luís Castro sabia da importância que eles teriam para a equipe - e que provavelmente ficariam sobrecarregados - mas resolveu arriscar mesmo com apenas um treino entre o jogo com o Fluminense e o duelo com o Bragantino.


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A aposta deu resultado. Em um dos melhores primeiros tempos do Botafogo nesta temporada, o time dominou facilmente. Quem assiste aos melhores momentos percebe que só um chute adversário, longe do gol por sinal, aparece na etapa inicial. O Bota foi elétrico, enérgico e vibrante principalmente nos primeiros 30 minutos. Teve defesaça do goleiro, bola salva pelo zagueiro quando Cleiton estava batido e chute na trave antes de sair o primeiro gol.


E ele saiu com Gabriel Pires. Questionado pelo torcedor por não estar em grande fase, ele fez a alegria dos cerca de 12 mil torcedores e também da família presente no Nilton Santos. Família, aliás, é como Luís Castro e os jogadores sempre se referem ao grupo. Dentro de campo, o time não parava. Ao todo foram 10 finalizações contra duas. O Botafogo merecia ir para o intervalo com mais do que o 1 a 0.


Do outro lado, Maurício Barbieri enxergou o que o time precisava e lançou Hyoran para aproveitar os espaços existentes pelo meio. Por jogar com quatro atacantes, sendo Tiquinho e Júnior Santos por dentro e Jeffinho e Victor Sá abertos, o Botafogo criava um buraco na região central que era justamente o risco de sobrecarregar Tchê Tchê e Gabriel Pires que Luís Castro estava ciente. Com essa mudança na volta do intervalo, o Bragantino melhorou e o Botafogo teve dificuldades.


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“As coisas já estão melhorando”, diz Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/as-coisas-ja-estao-melhorando-diz-pedro-dep-a-voz-da-torcida-11064092.ghtml)



+ Eduardo tem lesão confirmada e não joga mais pelo Botafogo em 2022


O gol paulista saiu após troca de passes e um lançamento que havia se repetido cinco minutos antes. A bola chega da defesa até a intermediária pela direita, há o passe nas costas de Adryelson e o Bragantino chega para finalizar. Na primeira vez, faltou muito pouco para Popó abrir o placar. Na segunda, Luan Cândido aproveitou o desvio do zagueiro alvinegro - que faz excelente campeonato mas não esteve no mesmo nível das outras apresentações - e mandou para o gol sem chance para Gatito.


Poucos minutos depois do empate, Luís Castro resolveu mexer no time. Percebendo que o meio de campo estava desequilibrado, o português chamou Patrick de Paula. Aí vem o segundo ponto da necessidade de paciência da torcida. O camisa 8 teve altos e baixos na temporada e nos primeiros toques na bola foi possível perceber ligeiras vaias, mas nada que o abalasse.


Ele entrou bem, mostrou os passes verticais que os torcedores se acostumaram a ver quando ele teve sua melhor fase no Palmeiras. Foi num deles que encontrou Júnior Santos ao levar o jogo da esquerda para a direita. O atacante cruzou rasteiro, a bola desviou e sobrou para Tchê Tchê dentro da área botar o time novamente na frente.


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Gabriel Pires, Tchê Tchê e Marçal comemoram gol do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


E aqui é importante falar sobre o volante Tchê Tchê também. Vestindo a histórica camisa 6, ele começou muito questionado, passou pelo banco de reservas, mas depois que assumiu a titularidade, na 17ª rodada, só não jogou contra o Fluminense porque estava suspenso. Mais um exemplo da paciência necessária para esse Botafogo progredir em 2022.


Dali em diante o time conseguiu manter o jogo de forma tranquila e garantiu a vitória em casa, a primeira depois de dois jogos e a quinta em todo o campeonato. O resultado coloca o Botafogo de vez na briga por uma vaga na Libertadores, já que dorme em oitavo e tem a vaga na Sul-Americana praticamente garantida.



No fim das contas, a vitória serviu para mostrar que um jogo, muitas vezes, pode resumir toda uma temporada. A paciência para se conseguir os resultados esperados no início do ano - como manutenção na primeira divisão e vaga numa competição internacional - e também a calma para que os jogadores comecem a render o que podem tem sido a chave desse Botafogo na reta final do Campeonato Brasileiro. Os três pontos contra o Bragantino mostraram um time que entende o que é pedido dele e que evolui. A partida que pode ser tomada pelo todo.


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Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro