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terça-feira, 14 de julho de 2020

Garrincha, Nilton Santos, Jairzinho... Torcedor colore fotos antigas de ídolos do Botafogo


Apaixonado pelo Botafogo, paraibano Renato Rhasnny dá cor a registros de ex-atletas alvinegros: "Sempre tive muita curiosidade em ver como eram nossas épocas de glórias em cores"



Apaixonado pelo Botafogo, Renato Rhasnny decidiu colorir fotos antigas de jogadores alvinegros. O torcedor da cidade de Sapé, na Paraíba, tem a paixão pelo clube eternizada na pele e é fã de atletas que marcaram época, como Garrincha, Nilton Santos e Jairzinho.


- Meu amor veio através do meu pai, que é torcedor apaixonado, e passou para a gente. Mas acredito que o mais fanático da família seja eu, tenho tatuagem e tudo - contou Renato.



Torcedor colore fotos antigas de ídolos do Botafogo — Foto: Reprodução


O torcedor de 21 anos usa um aplicativo para fazer a colorização de imagens em preto e branco de ídolos do Botafogo. O passatempo de Renato ganhou visibilidade em grupos de whatsapp e em outras redes sociais.



- Sempre tive muita curiosidade em ver como eram nossas épocas de glórias em cores. Ver como eram Garrincha, Nilton Santos, Carlito Rocha, Zagallo, Didi, Jairzinho, grandes nomes do Botafogo... Colori muitas fotos do Mané, ele é incomparável, para mim é o maior ídolo da história pelo que fez pelo clube e pela Seleção e pelo fim que ele teve, merecia ajuda - explicou.



Renato Rhasnny, torcedor do Botafogo — Foto: Arquivo pessoal



Veja outras imagens coloridas por Renato:



Torcedor colore fotos antigas de ídolos do Botafogo — Foto: Reprodução




Torcedor colore fotos antigas de ídolos do Botafogo — Foto: Reprodução





Torcedor colore fotos antigas de ídolos do Botafogo — Foto: Reprodução




Torcedor colore fotos antigas de ídolos do Botafogo — Foto: Reprodução




Torcedor colore fotos antigas de ídolos do Botafogo — Foto: Reprodução



Torcedor colore fotos antigas de ídolos do Botafogo — Foto: Reprodução



Torcedor colore fotos antigas de ídolos do Botafogo — Foto: Reprodução




Torcedor colore fotos antigas de ídolos do Botafogo — Foto: Reprodução



Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

Ferj entra na Justiça contra Botafogo e Fluminense, chama manifesto de "chilique" e pede danos morais



Federação diz que posicionamento "transcendeu direito à liberdade e manifestação de pensamento"


A Ferj entrou nesta terça-feira na Justiça contra Botafogo e Fluminense após o manifesto da dupla que critica a federação e o Campeonato Carioca. Na ação, a entidade exige retratação e pede R$ 100 mil de danos morais, além de indenização por danos materiais em valores a serem levantados.



Jogadores do Fluminense carregam faixa com a mensagem: "Respeitem nossa história" — Foto: André Durão/GloboEsporte.com


No documento enviado à Justiça, a Ferj alega que Botafogo e Fluminense "expuseram grosseira e mentirosamente uma série de supostas irregularidades imputadas à Autora" e diz que "é muita covardia de ambos mandatários agirem às expensas das instituições que administram para tentar infligir alguma dor na moral alheia, visando amealhar alguma fugaz repercussão social".


A federação rebateu vários pontos questionados pelos dois clubes, como por exemplo o "atraso" forçado na volta aos treinos, alegando que as autoridades já haviam autorizado o retorno. "Daí pergunta-se: há desmando em cumprir a Lei? Qual desrespeito praticado contra os torcedores?"


A Ferj ainda atacou a dupla pelo argumento: "Essa retórica vazia e oportunista somente tem o condão de desvirtuar o foco da questão, qual seja, a inabilidade em gerir a crise em um clube falido. O suposto motivo nobre nada mais do que mascara uma triste realidade de bancarrota absoluta, bancada por sucessivas administrações incompetentes".



Sobre a reclamação de que o posicionamento da dupla sobre a volta aos treinos foi alvo de ataques da Ferj e demais clubes, a entidade rebateu: "A verdade é que dos 16 clubes apenas 2 discordaram do retorno a atividade desportiva, sentindo-se 'atacados' pela autora e por todos os outros 14 clubes, o que chega a ser uma piada de gosto duvidoso. O ataque a que ambas Rés se referem é a derrota acachapante de 14 x 2? Trata-se, pois, de um mero chilique sem qualquer embasamento para tanto".


Por fim, a Ferj argumenta que buscou seus direitos na Justiça porque "a manifestação conjunta dos Réus transcenderam (sic.) o direito à liberdade e manifestação de pensamento, pois serviram apenas para afrontar os direitos da Autora ao nome, imagem, honra, boa-fama, ética, reputação e idoneidade". Por isso, a federação cobra de Botafogo e Fluminense:



Retratação pública, mediante a publicação de nota oficial em todos os meios de comunicação oficiais daquele clube, com os mesmos destaque, publicidade, periodicidade e dimensão das ofensas, no prazo de 05 (cinco) dias corridos, contados a partir do trânsito em julgado da sentença, sob pena de multa única de R$ 1 milhão;

Pagamento de indenização compensatória por danos morais no valor de R$ 100 mil, considerando destaque, publicidade, periodicidade e dimensão das ofensas desferidas, e ainda o caráter pedagógico-punitivo da indenização;

Pagamento de indenização por danos materiais, em razão à violação das marcas de propriedade da Autora, a ser apurado em liquidação de sentença, vez que não possui meios de aferir o quantum que deixou de auferir e/ou lucrar com a violação de suas marcas, na forma do art. 509 do NCPC;

Pagamento de 20% (vinte por cento) de honorários de sucumbência sobre o benefício econômico auferido com a demanda;


Aliados na posição contrária ao retorno do Campeonato Carioca em meio à pandemia do novo coronavírus, Botafogo e Fluminense se manifestaram contra a Ferj no dia 4 de julho, véspera do jogo entre os clubes pela semifinal da Taça Rio. Em nota conjunta, a dupla criticou a Ferj e chamou de "show de horrores" o atual cenário do futebol carioca.



Relembre o manifesto na íntegra:

"Em respeito às tradições seculares e suas conquistas históricas no futebol brasileiro, Botafogo de Futebol e Regatas e o Fluminense Football Club se unem neste manifesto. Primeiramente para reafirmar seu compromisso e sua determinação em cumprir com nosso dever social de pregar a estrita observância das normas recomendadas para a proteção da população. Respeitamos o próximo, no que este termo tem de mais precioso, que é a integridade da saúde e a preservação da vida.


Todos os brasileiros sabem que nossa construção como nação passa pelo futebol, que tem uma responsabilidade social enorme por ser forte fator de influência sobre atitudes e comportamentos da população. O futebol, em sua essência, traz o espírito de solidariedade, a empatia e o respeito ao adversário, sem o qual não há jogo possível. Sem o qual não há ludicidade e, a partir daí, a vida perde um pouco de seu sentido.


Honrados em mantermos nossa posição e nossos princípios é que protestamos contra o que se está vendo do atual cenário do futebol do Rio de Janeiro. Uma cena triste cujo pano de fundo é este momento tão difícil da história nacional, quando vidas estão sendo ceifadas não apenas pela pandemia, mas também a golpes de insensatez e de falta de empatia. O que todos estão assistindo em primeiro plano nesse show de horrores é o espetáculo de desmandos e desrespeito com que os clubes e seus torcedores vêm sendo tratados.


Listamos abaixo os pontos mais tristes desse roteiro desolador:

- Botafogo e Fluminense foram obrigados a sair de seus domínios, em várias ocasiões, para jogar em estádios precários, em condições de risco e de exaustão, enquanto outros clubes, mais alinhados, mandaram todos os seus jogos em seus estádios; Apesar de dizer que os jogos do retorno seriam apenas em três estádios – Maracanã, São Januário e Nilton Santos, a Ferj fez o Botafogo jogar na Ilha do Governador e o Fluminense em Bacaxá, sem poder se concentrar, ou seja, tendo que viajar duas horas de ônibus no dia do jogo;



- Botafogo e Fluminense tiveram que lutar para não serem obrigados a jogar após apenas um ou dois dias de treinamento, colocando em risco a saúde e a integridade física de seus atletas. E tudo isso sob o argumento pueril de que treinamentos estariam liberados, quando o índice de contaminação explodia e vidas estavam sendo perdidas em filas de hospital. Quando serviços muito mais importantes estavam ainda proibidos de funcionar por razões tão óbvias que dispensariam discussões. Muito menos retaliações.


- Em atitude que em tudo contraria o espírito democrático e a liberdade de expressão, o treinador Paulo Autuori foi punido na véspera do primeiro jogo em razão de declarações em entrevista em que brilhou pela sensatez. Em sinal de protesto, Autuori não comandou a equipe na partida, mas suas palavras estavam em campo, para nos representar. A todos os que professam a empatia, o respeito ao próximo;


- O Botafogo foi punido ainda com perda de mando porque contestou a conta absurda e astronômica para a operação do Estádio Nilton Santos, dez vezes mais cara do que a que outros clubes pagaram para jogar no... Maracanã! Uma clara atitude de retaliação por seu posicionamento a favor da vida. Somente de nossos clubes foram cobrados valores exorbitantes por despesas operacionais. A mesma cobrança exorbitante ocorreu com Fluminense, ao jogar no estádio Nilton Santos e em... Bacaxá!


- Quando tudo parecia já grotesco, os clubes se viram punidos com a perda de um contrato essencial para sua subsistência, que é o contrato de direitos de transmissão da Globo. A emissora argumentou em sua notificação que a Ferj falhou em garantir a exclusividade na transmissão de um jogo de um dos cedentes de diretos, o que gerou a ruptura do contrato de TV e que causa prejuízos a Fluminense e Botafogo no montante estimado de 120 milhões de reais, somados o que os dois clubes têm a receber nos próximos quatro anos. Sem entrar aqui em considerações sobre a responsabilidade da emissora por sua participação na condução do episódio, sem deixar de entender a forte influência de discussões paralelas com um dos clubes, o fato é que o conjunto de agremiações se viu arrastado de roldão, embrulhado em uma confusão para a qual não contribuiu. Sequer fomos consultados em Arbitral sobre os riscos desta decisão;



- Estamos chegando ao fim de uma competição em que as verdadeiras lutas se deram fora de campo e de forma totalmente inadequada. Com reuniões às escuras, intensa atividade em práticas de bastidores, indisfarçável ligação simbiótica com outros clubes, descumprimento de contratos, chuva de liminares e um comportamento incompatível com a de uma liderança em momentos de crise. A FERJ se esforçou e conseguiu desvalorizar sobremaneira o produto pelo qual deveria trabalhar visando o sucesso, que é o Campeonato Carioca.


- Não bastasse o constrangimento de sermos obrigados a retomar o Campeonato Carioca, convivendo com registros de mais de 63 mil mortes no Brasil, com média superior a 1.200 por dia, tivemos que relembrar, em vão, esse marco fúnebre em reuniões sucessivas do Conselho Arbitral da FERJ. A insensibilidade evidenciou que os números alarmantes não passam de fria estatística àqueles que parecem não entender a função social do futebol: impactar a vida das pessoas, pautar costumes e atitudes.


- Fluminense e Botafogo foram fortemente atacados pela FERJ e por outros clubes quando tiveram posição de bom senso de preservar seus atletas e funcionários ao seguir as recomendações da quarentena. Definitivamente, retornar competições com o inexplicável açodamento - com o calendário nacional ainda indefinido - não era a melhor mensagem a se transmitir por parte de tão importantes influenciadores.


Botafogo e Fluminense entendem que este é um momento em que a solidariedade deve prevalecer. Por isso, estão unidos e pedem que seus torcedores façam o mesmo. Unidos em torno da exigência de respeito. Do tratamento digno. Da preservação da honradez nas relações. Por isso estão lançando aqui as bases de uma associação entre os dois clubes para a discussão de direitos. Quem quiser participar será bem-vindo. Importante frisar: no futebol ou na vida, ninguém joga sozinho. É tempo de solidariedade".




Fonte: GE/Por Felipe Siqueira e Thiago Lima — Rio de Janeiro

Ambidestro, Matheus Babi vai além dos 1,91m; veja gols e o que ex-técnicos dizem sobre reforço do Botafogo



Grandalhão, atacante de 22 anos marcou de cabeça 1/3 dos gols da carreira, mas também pode servir ao Botafogo de outras formas: "É um menino extremamente técnico e de muita qualidade"



Um dos reforços contratados pelo Botafogo para a sequência da temporada, Matheus Babi foi apresentado de maneira oficial na última sexta-feira e afirmou, entre outras coisas, que iria honrar a camisa "o máximo que puder". É a primeira chance em um clube grande do atacante de 22 anos que atuou profissionalmente apenas por Macaé e America.


+ Botafogo pode adquirir maior parcela de Babi até fim do ano


O que desperta atenção logo de cara é sua altura: Matheus mede 1,91m. Atributo que, como atacante, lhe dá bastante vantagem quando o assunto é bola aérea. Dos 23 gols marcados por ele até aqui na carreira, oito foram de cabeça (1/3, portanto), enquanto a maioria dos outros nasceu de bolas alçadas na área que o atacante de alguma forma completou para as redes.



No Macaé: 11 gols em 45 jogos
No America: 12 gols em 27 jogos


Veja todos os 23 gols da carreira de Matheus Babi:



Veja todos os 23 gols da carreira de Matheus Babi, novo reforço do Botafogox Clique no LinK: https://globoesporte.globo.com/video/veja-todos-os-23-gols-da-carreira-de-matheus-babi-novo-reforco-do-botafogo-8680679.ghtml)


Em sua apresentação, no entanto, Matheus apresentou credenciais que vão além da altura. Como, por exemplo, o fato de ser ambidestro.


- Eu procuro ser bastante dinâmico, finalizo com as duas pernas, tenho um bom cabeceio. Apesar de ser alto, procuro me movimentar bastante. Isso me ajuda a receber o passe, eu facilito para os companheiros - disse ele.


Pelos seus gols, é possível observar essa facilidade em finalizar com as duas pernas. Como, por exemplo, nos confrontos contra o URT pela Série D do Brasileirão de 2018, quando o atacante vestia a camisa do Macaé. No primeiro jogo, ele recebeu dentro da área e fuzilou o goleiro adversário com a canhota. No segundo, ele dominou a bola praticamente no mesmo pedaço da área, mas deu um tapa de direita que morreu no ângulo.


Matheus Babi em treino do Botafogo no Nilton Santos — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Matheus Barcelos da Silva, o Matheus Babi, nasceu em Macaé e começou a carreira justamente nas categorias de base do clube da cidade. Em 2016, aos 18 anos, recebeu sua primeira chance no profissional durante a Série C do Brasileirão por conta das boas atuações no estadual da categoria - ele terminou a competição sub-20 com sete gols marcados. Josué Teixeira foi um dos seus primeiros treinadores na equipe principal.



- É um jogador de muita qualidade técnica e vai crescer muito. É ambidestro, só precisa trabalhar mais um pouco o cabeceio dele. Mas tem boa velocidade, sabe fazer o pivô, o que é importante para alguém grande como ele, para fazer a proteção. Acho que vai encaixar bem como substituto do Pedro Raul - acredita o técnico, que está sem clube desde que saiu do Americano no início do ano.


"E, além de tudo, é uma pessoa exemplar, um bom garoto. Não é de dar problema", completa ele.


Ainda em 2016, foi negociado por empréstimo ao Grêmio, onde passou a ser chamado de Matheus Barcelos. Pela equipe, disputou o Campeonato Gaúcho, a Copa do Brasil e alguns jogos do Campeonato Brasileiro, todos eles na categoria sub-20. Também fez parte do elenco campeão da Copa China América-Latina 2017, disputada em Zhuhai, na China. Ele foi o vice-artilheiro gremista na competição, com três gols.


O Grêmio não exerceu o direito de compra ao fim do contrato de empréstimo, e Matheus voltou ao Macaé em dezembro de 2017. Então com 19 anos, passou a fazer parte de maneira definitiva do elenco principal e, ainda sob o comando de Josué Teixeira, participou de 23 jogos na temporada 2018 e marcou seus três primeiros gols como profissional. "O importante nele é que ele sabe fazer gol", pontua Josué com convicção.


Foi em 2019 que Matheus Babi viveu o melhor momento da carreira até então. Ele disputou a Seletiva do Campeonato Carioca com o Macaé, fez três gols, mas, como a equipe não conseguiu se classificar para a fase principal, foi emprestado ao America para a disputa da segunda divisão. Titular no Mecão, ele marcou 11 gols e terminou como vice-artilheiro da competição - só quem fez mais gols que ele foi seu companheiro de ataque, Pedrinho, com 14.


- O Babi é um menino extremamente técnico. Extremamente - afirma Ney Barreto, que foi seu técnico no America.



Matheus Babi e Ney Barreto em ação pelo America — Foto: Márcio Menezes


"É um jogador que tem bons fundamentos na finalização do cabeceio. E, apesar do tamanho, não é lento. Ele tem boa mobilidade, se movimenta bem, tem habilidade. Repito: ele não é só alto, não joga só na referência. Ele pode cair pelos lados também, essas são as características de jogo dele", acrescenta Ney.


Na opinião de Ney, só o que Matheus Babi precisa aprimorar com certa urgência é a questão da musculatura.


- Ainda precisa melhorar um pouco, o que certamente vai acontecer agora numa equipe com melhor estrutura. Ele faz bem o pivô, principalmente jogando de costas. Mas quando é muito pressionado, acaba tendo um pouquinho de dificuldade. Ele pode ganhar mais massa muscular e força, mas isso é o de menos.


Com o nome publicado no BID da CBF, Matheus Babi aguarda as definições do rumo do futebol brasileiro pra saber quando vai poder estrear com a camisa do Botafogo.




Fonte: GE/Por Tébaro Schmidt — Rio de Janeiro