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segunda-feira, 4 de março de 2024

Lei do Ex: Marlon Freitas, do Botafogo, tem 100% de aproveitamento na carreira contra o Fluminense



Cria de Xerém, meio-campista marcou mais gols na carreira justamente contra o Tricolor; neste domingo, ele balançou a rede duas vezes no clássico



"Lei do Ex" é um dos termos mais famosos do futebol. Afinal de contas, o Brasil, com um mercado da bola agitado, tem jogadores mudando de clubes a torto e a direito. O caso de Marlon Freitas com o Fluminense, contudo, se encaixa bem na expressão. O volante do Botafogo foi, inclusive, um dos destaques da vitória do Alvinegro por 4 a 2 sobre o rival neste domingo com dois gols.


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Cria de Xerém, o meio-campista nunca perdeu um jogo contra o Tricolor - são nove jogos e nove vitórias, contando as passagens por Atlético-GO e Botafogo. Além disso, o time das Laranjeiras é o que ele mais marcou na carreira - são quatro bolas na rede.


O Goiás, rival que se acostumou a enfrentar durante a passagem no Atlético-GO, é a segunda vítima preferida de Marlon, com três gols na carreira.



Marlon Freitas contra o Fluminense:

03/03/24 - Fluminense 2 x 4 Botafogo (Marcou 2 gols)
08/10/23 - Fluminense 0 x 2 Botafogo
20/05/23 - Botafogo 1 x 0 Fluminense
29/01/23 - Fluminense 0 x 1 Botafogo
05/10/22 - Atlético-GO 3 x 2 Fluminense (Marcou 1 gol)
23/06/21 - Fluminense 0 x 2 Atlético-GO
23/06/21 - Atlético-GO 1 x 0 Fluminense
16/12/20 - Atlético-GO 2 x 1 Fluminense
24/09/20 - Atlético-GO 3 x 1 Fluminense (Marcou 1 gol)


Marlon surgiu no Fluminense em 2014/15. O meio-campista foi emprestado ao Fort Lauderdale Strikers, dos Estados Unidos, e ao STK Samorin, da Eslováquia, antes de receber as primeiras chances no time principal em 2017.


O volante, contudo, pouco jogou no Tricolor. Foram 27 jogos somando 2017 e 2018, quando foi emprestado para o Criciúma. No ano seguinte, foi cedido ao Botafogo-SP, onde jogou bem e parou no Atlético-GO. Em uma passagem de três anos que virou capitão do Dragão, se destacou e foi contratado pelo Alvinegro.


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Volta por cima?

O ano começou de forma complicada para Marlon Freitas. O camisa 17, marcado por uma "piscadinha" na derrota por 4 a 3 sobre o Palmeiras no ano passado, foi um dos jogadores mais criticados pelos torcedores desde a estreia do Botafogo.


Marlon chegou a receber sondagens de outros clubes durante a janela, mas o Alvinegro buscou valorizá-lo e não aceitou qualquer quantia por um jogador considerado importante internamente. Assim, começou-se um processo de tentativa de recuperação do atleta desde o comando de Tiago Nunes, demitido na última semana.


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O jogo teve um outro gosto especial porque Marlon perdeu o sogro na última terça-feira. Por causa do episódio, ele ficou fora da vitória sobre o Aurora, na segunda fase da Conmebol Libertadores no Estádio Nilton Santos.


- O Marlon tem uma situação peculiar, familiar. É um jogador que é fundamental dentro do processo. Acho que a gente por causa dessa ansiedade competitiva esquece do lado humano. Isso tem que aflorar um pouco mais. E vale para o próximo jogo, contra o Red Bull, que a torcida mantenha essa energia positiva para a partida - contou Fábio Matias


Após o primeiro gol, o meio-campista chorou e apontou para os céus durante a comemoração.






Marlon Freitas em Fluminense x Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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A vitória do Botafogo sobre o Fluminense por 4 a 2 no Maracanã, gols de Marlon Freitas (2), Raí e Emerson Urso, vai muito além do que o primeiro triunfo em clássico na temporada. Se em termos de resultado tem pouco impacto, em termos anímicos e táticos, ela é muito importante.


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Ainda que tenha terminado a Taça Guanabara na quinta colocação, fora da zona de classificação para as semifinais, o Alvinegro deu uma resposta ao torcedor mais desconfiado mesmo atuando com os reservas.


Fábio Matias, auxiliar técnico contratado em janeiro e que exerce o cargo de treinador de forma interina desde a saída de Tiago Nunes, optou por um time jovem com peças da base e jogadores que vinham tendo pouca minutagem.


Mas quem esperava um Botafogo mais passivo, esperando o rival para tentar contra-atacar, se surpreendeu. A equipe começou subindo a pressão e dificultando a saída de bola do tricolor, que também poupou os principais jogadores e tinha menos entrosamento nesses toques curtos.


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O trio de volantes no meio formado pro Gregore, Marlon Freitas e Kauê foi o grande protagonista da tarde. Os três dominaram setor central, e impediram qualquer construção do Flu. Quando recuperavam a bola, muitas vezes já no ataque, usavam a velocidade de Hernandez, Raí e Janderson na frente.


Se o volume de chances do Glorioso não foi tão grande na primeira etapa, a efetividade foi de quase 100%. Marlon Freitas abriu o placar aos dois minutos após cruzamento de Raí. Ainda antes da metade da primeira etapa, o próprio Raí ampliou pegando rebote de um corte de Antônio Carlos na entrada da área.



Pedro Dep comemora vitória do Botafogo: "Que 'partidaça'!" | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/pedro-dep-comemora-vitoria-do-botafogo-que-partidaca-a-voz-da-torcida-12405489.ghtml)



Se a pressão alta e a marcação no meio funcionavam, o time reserva do Botafogo, naturalmente, tinha dificuldade em coordenar a linha de impedimento. Jogando com os zagueiros mais avançados, os alvinegros proporcionaram muitas chances ao Fluminense nas bolas longas.


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Em uma delas, Lelê se aproveitou de falha de Lucas Halter e Gatito Fernandez e tocou para dentro do gol para diminuir a diferença. A partir daquele momento, o Alvinegro optou por mudar o posicionamento da linha para minimizar os riscos.


- A ideia era alternar pressão. Começamos lá em cima para tentar aproveitar o erro do adversário. O Fluminense teve chances e o jogo começou a ficar mais equilibrado. A gente teve um momento que sofreu, o que é normal, e tínhamos estratégia para esse sofrimento. De recuperar a bola e acelerar - explicou Fábio Matias após a partida.


O Fluminense controlava a posse, mas pouco ameaçava o gol defendido por Gatito Fernandez. Até que Damian Suárez cometeu pênalti infantil sobre John Kennedy, minutos depois do árbitro não marcar lance semelhante de Marcelo em Emerson Urso.


O empate consolidado por JK não durou muito, justamente por conta da pressão alta, que foi solução no primeiro tempo. Kauê conseguiu roubar a bola de André perto da área, invadiu, sofreu o pênalti e ainda forçou o cartão vermelho.


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Marlon Freitas cobrou para recolocar o time à frente. Em superioridade numérica, o Botafogo se fechou e esperou para aproveitar as brechas que apareceram. Foi assim que Emerson Urso completou o cruzamento de cabeça e deu números finais à partida.


A três dias de começar a decidir uma vaga na fase de grupos da Libertadores contra o Bragantino, a vitória no clássico dá confiança para os jogadores e também para a comissão técnica de Fábio Matias.





Marlon Freitas comemora gol do Botafogo contra o Fluminense — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF



Dá também novas alternativas para o resto da temporada, como o jovem Raí, que só tinha jogado 14 minutos no ano, como o volante Kauê, acumulando boas partidas no Cariocão, e também Emerson Urso, autor de um gol.


Quarta-feira, às 21h30, no Estádio Nilton Santos o Botafogo recebe o Bragantino no jogo de ida da terceira fase da Conmebol Libertadores. O Estadual é parte do passado. É hora de decidir o futuro.


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Fonte: Por Giba Perez — Rio de Janeiro