Páginas

sexta-feira, 15 de março de 2019

Zé Ricardo confirma Diego Souza como centroavante no clássico entre Fluminense e Botafogo


Técnico alvinegro não dá pistas sobre escalação de olho no duelo de domingo, às 19h, no Maracanã





A primeira pergunta da coletiva de Zé Ricardo que antecede o clássico do próximo domingo, contra o Fluminense, não poderia ser outra: agora regularizado, Diego Souza vai para o jogo ou não? Nas redes sociais oficiais do Botafogo, o próprio clube já confirmava a participação do reforço, mas Zé tratou de ratificar a informação.


- Está relacionado sem dúvida. Treinou bem essa semana. Vai pro jogo. Temos que quebrar a cabeça mais um pouco nesses dois dias que faltam para definir a melhor forma de usá-lo. Jogador versátil, inteligente para entender funções. Provavelmente começará como centroavante, mas nada impede que jogue saindo da área.



Zé Ricardo concedeu coletiva nesta sexta — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


O treinador, porém, não deu pistas para Fernando Diniz a respeito da escalação.


- A equipe está definida, mas vamos esperar momentos antes do jogo para mostrar. Nesses jogos difíceis, guardar informação facilita também.


Confira outros tópicos:

Erik e Diego juntos no ataque e no 4-4-2 é uma possibilidade?


Sem dúvida é uma possibilidade, com Erik e Kieza. Jogadores inteligentes com poder de mudar a posição. Tudo depende de treinamento. Primeiro já está havendo o entrosamento fora de campo, que está sendo muito bom. Diego ganhou uma família aqui, como o Erik falou.



Encontro com Fernando Diniz e Paulo Henrique Ganso

Vai ser um grande confronto, Fluminense vive um momento muito bom, vai ser uma honra enfrentar o Diniz pela primeira vez, merecidamente está fazendo uma grande campanha. Estamos tentando equilibrar no campeonato também, esperamos fazer um jogo num nível de concentração máximo, o Fluminense vai exigir isso da gente.


Já enfrentei o Ganso em Brasília pelo Flamengo contra o São Paulo. Se não me engano, foi 2 a 2 o jogo. O Ganso é um jogador diferente, inteligente a ponto de abrir espaço, precisamos estar bem concentrados para tirar o espaço dele, mas não com marcação individual, porque isso pode trazer mais danos para a gente a meu ver. Ele chuta bem de fora da área. Atenção total com a equipe do Fluminense.



Volta do lateral-direito Fernando Constanza


Quando eu cheguei ao clube, ele estava aqui e veio a proposta do Lille. Nós entendemos que para ele seria muito boa a experiência internacional. Se não fosse isso, talvez ele já estaria com a gente no ano passado. Sei do potencial dele. Feliz de estar com ele de volta, mais experiente, mais forte, com nível de competitividade muito alto. Vamos trabalhar juntos novamente e ele vai ter possibilidade de jogar.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

Diego Souza é regularizado, e estreia pelo Botafogo deve acontecer no clássico com o Fluminense


Principal contratação do Alvinegro, meia deve iniciar trajetória justamente contra ex-clube





Vitor Silva / SS Press / Botafogo



O centroavante Diego Souza foi regularizado nesta sexta-feira. Seu nome foi publicado no BID da CBF e no Bira da FERJ, e o atleta de 33 anos está liberado para enfrentar o Fluminense, no domingo, às 19h, no Maracanã.



Diego Souza, BID — Foto: Reprodução


Como já vinha treinando regularmente no São Paulo, a tendência é que Diego Souza tenha condições de entrar em campo no próximo fim de semana sem maiores problemas. Além disso, o reforço já trabalha desde domingo com o elenco Alvinegro.


O meia participou de um jogo-treino contra o sub-20 do Botafogo e está 100% fisicamente. O camisa 7 só depende de Zé Ricardo para estar em campo no clássico.


Diego Souza é o principal reforço do Botafogo na temporada e acertou com o clube até o final de 2019, quando terminará, também, o vínculo como São Paulo.



Diego Souza treino botafogo — Foto: Vitor Silva / SS Press / Botafogo


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

Papo reto: Marcinho abre o jogo sobre críticas, sonhos, dúvidas e reforça carinho pelo Botafogo


Lateral-direito de 22 anos, em exclusiva ao GloboEsporte.com, fala que vaias o incomodam, revela trabalho com coach e lembra momento em que foi citado por Tite, técnico da Seleção



Edgard Maciel de Sá


Ele é só um garoto, mas já vivenciou experiências diversas no futebol. Aos 22 anos, é titular e considerado pela diretoria como o principal ativo financeiro do Botafogo. Indo para a sua quarta temporada na equipe profissional, o lateral-direito Marcinho, em papo exclusivo com o GloboEsporte.com, falou sobre gratidão ao time de General Severiano, onde espera evoluir cada vez mais e retribuir tudo o que o clube lhe proporcionou.


"Passei por momentos de muita felicidade, de muita tristeza, momentos de dúvida, mas, no fim de tudo, a soma é positiva. Estou buscando muito mais coisas e, se Deus quiser, elas estão por vir", Marcinho iniciou a entrevista falando sobre sonhos.


Marcinho é o jogador do Botafogo que recebeu mais propostas para deixar o time ao fim da última temporada. Firmado como titular da lateral direita desde o ano passado, o jogador, porém, não é unanimidade entre os torcedores, e as vaias que tem recebido nos últimos jogos são motivo de chateação para o ainda garoto, que até 2016 jogava na base alvinegra.


- Difícil eu me colocar nessa posição de julgar o que eles pensam, o que têm a dizer sobre mim, mas o que tenho a dizer é que dou o meu máximo, estou sempre me esforçando, trabalho muito, todos os meus companheiros sabem disso. Eles podem pensar isso de mim, que eu trabalho demais e que nunca estarei em campo de brincadeira.


Na última quinta-feira, no Nilton Santos, Marcinho abriu o jogo e falou sobre o carinho que tem pelo Alvinegro, sonhos, preocupações, torcida e muito mais. Confira a entrevista completa com o lateral-direito do Botafogo:


GloboEsporte.com: Você cita dificuldades nesses anos no Botafogo. Quais?

Marcinho: Eu passei por um momento de lesão, fiquei quase um ano parado em um momento que eu estava começando a jogar. Infelizmente, um companheiro teve uma lesão e peguei essa brecha. Comecei a jogar, vislumbrei coisas e aconteceu minha lesão. Fiquei um ano parado e me perguntava se voltaria a jogar do mesmo jeito, se o corpo seria o mesmo, então foi um momento difícil. É engraçado, mas hoje acho que estou melhor do que antes da lesão. Muito melhor.


No último jogo, contra o Madureira, você errou no gol contra, mas conseguiu dar uma resposta logo depois...
- Eu sempre digo que a gente tem que ter confiança no nosso trabalho. Foi o que aconteceu ali. Fui até o final e, quase no finzinho, pude dar a assistência para o gol. É preciso se manter calmo, o mais tranquilo possível, porque no desespero as atitudes não são as mesmas, são mais descontroladas, emotivas.




Marcinho deu a assistência para o gol de Kieza, que garantiu a vitória sobre o Madureira — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Zé Ricardo conversou com você no intervalo?

- Zé me deu força, falou para eu ficar tranquilo, esquecer tudo, pois estava fazendo boa partida. Era continuar jogando que eu seria premiado. Acabou saindo dos meus pés o gol da vitória.


Qual a importância do Zé Ricardo para você?


- O Zé representa meu amadurecimento como profissional. Tive o Alberto Valentim, que foi o cara que me lançou e me fez dar resultados. Mas o Zé foi muito importante, porque conseguiu me estabilizar como profissional. Muitas vezes, o jovem jogador chega, aparece e depois se ofusca. Com o Zé consegui essa sequência, manter o nível de atuação, evoluir defensivamente, ele teve uma importância incrível na minha afirmação.


O que você acha que ainda precisa melhorar?

- É complicado, mas eu continuo evoluindo em tudo. Finalização, cruzamentos, parte defensiva. Estou sempre com os caras da análise de desempenho procurando trabalhar tudo isso, fazendo pesquisas sobre outros laterais que atuam lá fora em grandes times. Assim que vou procurando corrigir meus erros e melhorar.



Qual o seu sonho?

"Eu tenho alguns. Queria jogar fora do país, em um grande clube, pode ser qualquer um desses que estão sempre nos holofotes: Real Madrid, Barcelona, Juventus... E tenho o sonho de ser campeão do mundo com a Seleção. O sonho de todo garoto".


O que você faz todos os dias para alcançar esses sonhos?

- É difícil, né? Pensar e fazer as mesmas coisas todos os dias. Mas é isso, tem dia que chega mais motivado, em outro mais desmotivado. Mas é sempre tentar fazer tudo com constância e amor por esse esporte. Isso é o mais importante, amar o que você faz. E aí as coisas vão acontecendo naturalmente.


Falando sobre essa motivação, como foi ter seu nome citado pelo Tite em uma entrevista após convocação da Seleção?

"Um dos dias mais incríveis da minha vida. Fiquei totalmente surpreso. Estava fazendo a recuperação de um jogo, assistindo com aquele fio de esperança que sempre existe. E acontece aquilo. Comecei a chamar minha mãe, meu pai, meu avó... Fiquei com medo dele infartar".


- Foi muito legal, um momento de reconhecimento. Não se concretizou com uma convocação, mas foi um grande momento para mim.




Marcinho conversou com o GloboEsporte.com na tarde desta quinta-feira — Foto: Edgard Maciel de Sá/GloboEsporte.com


Você é o principal ativo financeiro do clube hoje, considerado um jogador com potencial de venda. Como você se sente quando é vaiado pelos torcedores?
- Claro que fico chateado, ninguém gosta de ser vaiado, mas estamos lidando com paixão, emoção e, muitas das vezes, essas coisas não tem como medir, controlar. Sai da razão e vai para a emoção. Eu tento não ficar, mas fico chateado.


Como isso te afeta em campo?


- Atrapalha demais. A gente fica com pensamentos ruins, só que eu sou bem assessorado. Tenho a confiança do meu clube, da diretoria, dos meus companheiros, da comissão técnica. Faço um trabalho de coaching com o Lulinha Tavares, estou sempre com ele no telefone. Faço um trabalho de concentração para esquecer tudo. Até elogios podem atrapalhar. Temos que estar bem focados, não nos importar com o que falam, estar sempre no caminho certo.


Quando começou o trabalho com o coach e por qual motivo?


- Ele é um grande amigo da minha família e começamos em 2014. Eu estava até afastado na base, tive um problema com o treinador da época e depois disso ele veio conversar comigo. Falou que eu tinha que voltar, que não podia ficar em casa sem fazer nada. Ele disse que eu não podia desistir do meu sonho. ''Volta lá, pede desculpa e começa do zero'', disse. Eu nem era lateral ainda. Foi uma virada na minha vida a partir do momento que comecei a trabalhar com ele. Tem dado bastante frutos.


Você foi o jogador do elenco mais procurado por outros clubes no fim de 2018. Chegou a negociar a saída, porque ficou?

- É uma situação complicada. O Botafogo precisa de dinheiro e esses times que vieram não fizeram propostas financeiras, mas sim com trocas. Acabou que não aconteceu. Estou muito feliz aqui no Botafogo.Se for para sair um dia, que seja um bom negócio para todos.


Como vê o retorno e a concorrência com o Fernando na lateral direita?

- É importante ter uma sombra. Um cara para estar ali e ajudar também. Se o Zé Ricardo achar que ele merece jogar, vai jogar. É um garoto que sempre esteve comigo na base, tem muito potencial. As características são um pouco diferentes. Ele cabeceia muito bem, tem uma força defensiva importante. É um jogador que vai somar muito no elenco.


Você está iniciando o seu quarto ano no profissional. O que mais te marcou e mais te chateou até aqui?

- Positivamente não tem jeito, foi o título carioca do ano passado. Foi um título inédito no Maracanã pra mim, não éramos favoritos. Foi o melhor momento. E o que mais me chateou foi o nosso último Campeonato Brasileiro. Não foi a competição que queríamos, que nosso time merecia. Até teve uma arrancada no final, mas no geral incomodou muito a gente. Fora a eliminação na Sul-Americana. Achávamos que tínhamos chance de título na competição.


Você foi campeão brasileiro sub-20 em 2016. Como foi sua passagem pela base do Botafogo?

- O trabalho é incrível. Desde que o Manuel Renha assumiu, um cara excepcional, de palavra, muito homem. Faz um grande trabalho, superando sei lá quantas dificuldades. Não tenho nem palavras, foi um lugar que me acolheu depois que fui mandado embora de outro clube. Devo muito a esse clube, vai estar sempre no meu coração.




Marcinho é considerado pela diretoria como o principal ativo financeiro do Botafogo — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



Como é o Marcinho fora de campo? Senso de humor, brincalhão...


- Todos falam que sou meio maluco... Mas é o meu jeito de brincar. Chego gritando no vestiário, perturbo todo mundo, crio apelidos do nada. Eu chamo o Bochecha de ''Mochecha'', Ferrareis eu chamo de ''Ferro''. Vou inventando da minha cabeça. Acaba que o pessoal gosta, sou simpático, estou sempre sorrindo e trabalhando com alegria. Sou o mais natural possível.


Como foi o primeiro contato com o Diego Souza?
- Diego Showza (risos). É um cara diferenciado. Ano passado estava na Seleção e fez um grande campeonato pelo São Paulo. Já foi craque do Brasileirão, tem uma história incrível no futebol, não tem o que falar mais dele. Agora é colocar ele em campo que vai mostrar para todo mundo.


Fonte: GE/Por Ana Helena Goebel, Edgard Maciel de Sá e Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro