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terça-feira, 9 de abril de 2013

Seedorf é apenas advertido pelo TJD/RJ após expulsão polêmica


Camisa 10 do Botafogo teve votação unânime em julgamento e segue livre para ajudar time na Taça Rio



Seedorf esteve presente ao TJD/RJ
O julgamento de Seedorf movimentou o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ) na noite desta terça-feira, dia 9 de abril. Presente à sessão, presidida pela Segunda Comissão Disciplinar, o camisa 10 do Botafogo foi apenas advertido por conta de sua primeira expulsão no futebol brasileiro, diante do Madureira, pelo Campeonato Carioca.

Com o resultado, o holândes segue liberado para ajudar o Botafogo na reta final da Taça Rio. Nesta quarta-feira, dia 10, o Glorioso enfrenta o Friburguense, em jogo adiado da terceira rodada, às16h, em Moça Bonita.

Depoimento de Seedorf e defesa do clube

Logo após a apresentação da prova de vídeo, mostrada pelo advogado Aníbal Rouxinol, Seedorf prestou depoimento diante dos auditores, explicando sobre sua expulsão. "Ele (árbitro) não quis dialogar comigo. Nunca fui mandado sair por outro lado de campo. Para mim foi normal. Essa é a minha cultura e eu estava tentando explicar o motivo de sair pelo outro lado. Em nenhum momento eu quis desrespeitá-lo”, defendeu-se.

Seedorf também criticou a postura do lateral Gabriel, que aplaudiu a atitude do árbitro logo após a expulsão do botafoguense. “A reação dele com o segundo cartão foi decorrente da atitude do jogador do Madureira. Eu só vi que fui expulso depois, na televisão, pois na hora eu estava de costas para ele. Foi uma falta de comunicação entre eles (arbitragem)", disse.

Além do vídeo e das palavras de Seedorf, a defesa também levou o jogador André Bahia como testemunha para o caso, mas abriu mão de ouvi-lo.

Em sua sustentação, o advogado exaltou a carreira de Seedorf, que tem mais de 800 jogos no currículo e apenas uma expulsão, além dessa – a primeira no futebol brasileiro. Sobre o fato em si, Aníbal Rouxinol afirmou que o holandês não ofendeu ninguém e que o árbitro cometeu várias infrações, defendendo a imprestabilidade da súmula.

“Ele tentou primeiro ponderar com o árbitro, como é da cultura dele, que vem do futebol da Europa. A cultura dele sempre foi agir dessa maneira. Não há tempo para que o Seedorf proferisse mais do que três palavras ao árbitro. Com relação a esse aspecto, vimos na prova de vídeo que não daria tempo para ele proferir essas palavras”, defendeu Aníbal, que pediu a absolvição do atleta diante dos auditores da Segunda Comissão Disciplinar.

Testemunhas da Procuradoria

O árbitro Philip Bennett e o lateral Gabriel, do Madureira, foram chamados pela Procuradoria do TJD/RJ para prestarem depoimentos como testemunhas do caso.

O primeiro a falar foi Philip, que estava acompanhado do advogado Osvaldo Sestário. “Eu solicitei que o jogador saísse pelo lado mais próximo. Pela demora, ele foi advertido com o primeiro cartão amarelo por retardar o reinício do jogo. Após isso, ele recebeu o segundo amarelo por questão disciplinar. Ele disse: ‘Tá de palhaçada’, e recebeu a segunda advertência, seguido do vermelho. Eu determinei que ele se retirasse pelo lado oposto do banco de suplentes", explicou o árbitro.

O árbitro afirmou ainda que não se sentiu ofendido com as palavras de Seedorf, apenas desrespeitado. “O segundo amarelo foi dado pelas palavras, mas não me senti ofendido e sim desrespeitado na qualidade de árbitro", declarou.
O lateral Gabriel, do Madureira, foi a segunda testemunha da procuradoria a depor. “Quando cheguei próximo, o lance já havia acontecido e não escutei as possíveis palavras ditas por Seedorf ao árbitro”.

Votações e resultado do julgamento

Após os depoimentos, a procuradora Caroline Accioly desclassificou a denúncia de Seedorf de “ofensa”, conforme o artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), para apenas “desrespeito”, de acordo com o 258, que prevê de um a seis jogos de gancho.

Após ouvir as testemunhas e defesa, a relatora do caso e presidente da Segunda Comissão Disciplinar, Renata Mansur, votou pela advertência do jogador, sendo acompanhada por todos os demais auditores, tornando o resultado unânime.

Entenda o caso:

Seedorf foi expulso na vitória do Botafogo por 2 a 1 sobre o Madureira, no dia 24 de março, pela segunda rodada da Taça Rio. O camisa 10 alvinegro recebeu dois cartões amarelos seguidos após não obedecer a ordem do árbitro Philip Bennett, que pediu para ele sair do campo por um lado, e ele foi por outro. Na súmula da partida, o árbitro relatou que o botafoguense não o obedeceu e ainda disse: "Saio por onde eu quiser”.

O holandês acabou denunciado em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). No primeiro, 258, sob acusação de “assumir qualquer conduta contrária à ética desportiva”, poderia pegar até seis jogos de gancho. Considerando que houve “ofensa” em relação ao árbitro, a procuradoria do TJD/RJ também enquadrou o botafoguense no artigo 243-F § 1º, que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil, além de pena mínima de quatro jogos de suspensão, podendo chegar a seis.

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Daniela Lameira e Daniele Carvalho

Fellype Gabriel encara maratona com conselhos de Seedorf e joelho zerado


Depois de superar problemas físicos de 2012, jogador ganha resistência e já é o único no Botafogo a ter participado dos 14 jogos na temporada



Fellype Gabriel também procura ouvir os
jogadores 
mais jovens (Foto: Thales Soares)

No ano passado, Fellype Gabriel sofreu com lesões, principalmente no joelho direito, que teimava em inchar depois dos jogos. Com isso, sua participação nos treinamentos ficou comprometida em muitas ocasiões. No entanto, em 2013, ele se transformou no único jogador do Botafogo a ter participado dos 14 jogos depois da ausência de Jefferson na vitória por 3 a 0 sobre o Olaria, domingo, em Volta Redonda.

Fellype Gabriel ainda tem conseguido ficar mais tempo em campo. Nos últimos seis jogos, por exemplo, foi substituído apenas nos 20 minutos finais do clássico com o Vasco. Além do bom preparo, os conselhos de Seedorf ajudaram a melhorar o rendimento físico e evitar a queda de ritmo.

- Fico feliz em poder ajudar e conseguir fazer todos os jogos até o momento. Boa parte do tempo no ano passado, tive um problema no joelho que me tirava dos treinamentos e com isso perdia fisicamente. Também consegui um posicionamento e leitura melhor de jogo, o que me deixa mais inteiro. O Seedorf tem conversado comigo sobre isso para me guardar e não ir em determinadas bolas, pois às vezes o jogador corre demais e não aguenta. Procurei ouvi-lo e fazer isso no campo - comentou o meia.

A atitude de Seedorf é algo comum nos jogos e treinamentos do Botafogo. Fellype Gabriel é um dos jogadores mais próximos ao holandês, mas não se limita a ouvir o companheiro, de 37 anos e com larga experiência em grandes clubes europeus. Ele também procura os mais jovens para trocar ideias.
Não é porque sou mais velho que o Dória que não vou aprender. Essa troca é boa para uma evolução"
Fellype Gabriel

- Seedorf sempre conversa comigo. Sou próximo a ele e gosto de escutá-lo. Mas também escuto outros jogadores mais novos. Não é porque sou mais velho que o Dória que não vou aprender. Essa troca é boa para uma evolução - disse Fellype Gabriel.

Apesar de estar conseguindo terminar mais jogos este ano, sendo substituído em apenas seis dos 14 disputados, Fellype Gabriel ainda vem sofrendo com pancadas. O jogador disse ter várias marcas no corpo, mas que tem conseguido lidar bem com a situação.

- Tenho levado algumas pancadas fortes, mas venho me recuperando bem. Os treinamentos estão sendo importantes para isso e assim vou conseguindo resistir em campo - afirmou Fellype Gabriel, que completará 15 jogos no ano contra o Friburguense, quarta-feira, em jogo adiado da terceira rodada da Taça Rio.

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Raiva por cartão leva uruguaio Lodeiro a virar artilheiro no Botafogo


Jogador revela irritação com falta marcada contra o Olaria na jogada em que acaba pressionando o zagueiro para levar vantagem e abrir o placar



Artilheiro do Botafogo na temporada, com cinco gols, ao lado de Seedorf, Lodeiro igualou o companheiro na vitória por 3 a 0 sobre o Olaria, domingo. O uruguaio aproveitou a falha de um zagueiro para dominar a bola e com calma se livrar do goleiro para abrir o placar (veja o vídeo).

Nesta terça-feira, Lodeiro revelou que a irritação causado pelo cartão amarelo na jogada anterior ao gol o levou a ganhar aquela jogada. Na ocasião, impediu um contra-ataque do Olaria e foi punido pelo árbitro Rodrigo de Miranda.

- Depois que cometi a falta, fiquei com raiva e fui sozinho pressionar. Ele tropeçou e facilitou minha vida. Se estivesse tranquilo, não iria pressionar sozinho a saída de bola. Toda minha vida fui assim - comentou Lodeiro.

Essa dedicação em campo já conquistou os torcedores. Contra o Olaria, ele teve seu nome gritado em Volta Redonda até mesmo depois de um carrinho na lateral do campo. Lodeiro está cada vez mais adaptado ao Botafogo para poder desempenhar seu melhor futebol.



- Acho que estou me sentindo cada dia melhor aqui e continuo aqprendendo com os meus companheiros. Isso é importante para mim. Estou aprendendo a não me desgastar tanto no campo - disse o uruguaio.

Lodeiro estará em campo nesta quarta-feira, quando o Botafogo enfrenta o Friburguense, em Moça Bonita, em jogo adiado da terceira rodada da Taça Rio. Se vencer, o time garante a classificação para a semifinal da competição.

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Botafogo ensaia jogadas e deve ter Edilson escalado na lateral direita


Jogador, ex-Grêmio, deve substituir Lucas contra o Friburguense, quarta-feira, em Moça Bonita, para poupar o companheiro



Bota treina bolas paradas
(Foto: Thales Soares)
Como faz nas vésperas de jogos, o técnico Oswaldo de Oliveira comandou mais um treinamento de jogadas de bola parada no campo anexo do Engenhão. Na atividade, mostrou que deve fazer mudanças no time do Botafogo para o jogo desta quarta-feira, contra o Friburguense, em Moça Bonita, em jogo adiado da terceira rodada da Taça Rio.

Além da expectativa pela liberação de Seedorf, que será julgado nesta terça-feira pela expulsão no jogo contra o Madureira, Oswaldo deve escalar o lateral-direito Edilson no lugar de Lucas, que será poupado. Ele se revezou com Seedorf, Lodeiro e Julio Cesar nas cobranças de faltas, escanteios e cruzamentos.

Edilson foi contratado este ano para ser reserva de Lucas, que treinou com o restante do grupo, enquano os prováveis titulares ensaiavam jogadas. Ele pertence ao Grêmio e foi contratado por empréstimo. Na posição, Oswaldo ainda tem Gilberto, revelado nas categorias de base, à disposição.

Outro que treinou com os titulares foi o atacante Bruno Mendes. Caso Seedorf seja suspenso nesta terça-feira, ele deve iniciar mais uma vez o jogo, como aconteceu contra Vasco e Olaria.

Se vencer, o Botafogo garante a classificação para a semifinal da Taça Rio. Depois, apenas disputará o primeiro lugar do Grupo A.

Por Thales SoaresRio de Janeiro

Dirigente do Bota revela esperança de voltar ao Engenhão em julho



Vice de futebol formulou comentário após conversa com técnicos que construíram o estádio



Engenhão (Foto: Alexandre Loureiro/LANCE!Press)
Engenhão segue fechado por tempo
indeterminado (Foto: Alexandre Loureiro)
Ainda não há uma data oficial definida para a reabertura do Engenhão, porém o clube já trabalha com a ideia de voltar para a casa em julho, revelou nesta segunda-feira o vice-presidente de futebol alvinegro, Chico Fonseca. Baseado em conversas preliminares com técnicos, o dirigente afirmou que conta com o estádio para boa parte da disputa do Brasileirão.

- Nós, do Botafogo, confiamos muito que vamos jogar o Brasileiro no estádio. O problema se resume a cobertura, apenas isso, entre os setores Leste e Oeste. A estrutura metálica destes setores está ruim. Em conversa com os técnicos da empresa que construíram o estádio, falaram que a solução pode não ser demorada. Acreditamos, com muita esperança, de que vamos jogar o Brasileiro no estádio. Nas primeiras rodadas, talvez não, mas acho que até julho poderemos jogar lá. Não tivemos a resposta oficial da prefeitura, nem do consórcio que construiu o estádio, mas essa é a esperança que nós temos - disse Chico Fonseca, em entrevista à Fox Sports.

O dirigente também admitiu que as dificuldades financeiras do clube aumentaram com a interdição do Engenhão e que, por conta do fechamento do estádio, as promessas vindas da base podem ter percentuais maiores vendidos para investidores.

- O Botafogo tem um planejamento, que estamos refazendo pelo que aconteceu no estádio. Tínhamos que vender um certo percentual de alguns jogadores para compor o ano, mas estamos revendo. Porém nossa intenção não é se desfazer de nenhuma prata da casa em 2013. Por enquanto, isso não passa pela nossa cabeça - comentou Chico Fonseca.


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