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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Raça, emocional e tática: assuntos de conversa por reação do Botafogo


Atacante Bruno Corrêa admite que grupo pode melhorar dedicação e destaca importância de vitória no clássico de sábado, contra o Fluminense, pelo Brasileirão



Atacante ressaltou a importância do clássico de sábado para 
a reta final do Campeonato Brasileiro (Foto: Vitor Silva / SSpress)
Durante cerca de uma hora, nesta terça-feira, jogadores e integrantes da comissão técnica discutiram os próximos passos do Botafogo para fugir do rebaixamento. Foram apontadas as falhas na derrota por 2 a 0 para o Atético-PR, em Volta Redonda, três pontos que eram considerados fundamentais, por serem mando de campo alvinegro. Além disso, o grupo conversou sobre a estratégia a ser adotada no clássico contra o Fluminense, neste sábado, um jogo considerado de extrema importância não somente pela conquista da vitória, mas também pelo efeito emocional que terá nos quatro jogos seguintes do Campeonato Brasileiro.

Na conversa, o grupo destacou que, mais do que a questão tática, os fatores emocionais ganham importância enorme neste momento. Por isso, o grupo entende que é fundamental não se abater diante da necessidade e aumentar o nível de cobrança de cada um também será algo que pode fazer a diferença.

- O jogo contra o Fluminense é o mais importante. Se vencermos, teremos moral para a sequência do campeonato. Quando o grupo quer e acredita em seu futebol, consegue as vitórias. Provamos isso contra Corinthians e Flamengo. Não é que nos outros tenha faltado vontade, mas pecamos em detalhes que resultaram nas derrotas. O time tem condição de dar mais raça. Os jogadores precisam se ajudar e não cobrar de forma negativa. Todos precisam ajudar o Botafogo a sair dessa situação - analisou o atacante Bruno Corrêa.

Até mesmo o aspecto tático foi conversado na reunião desta terça-feira. Depois de utilizar três volantes contra Flamengo e Cruzeiro, o técnico Vagner Mancini voltou a lançar mão de três atacantes contra o Atlético-PR, tirando um homem de marcação no meio-campo.

- De repente seria bom jogarmos um pouco mais fechadinhos para surpreendermos os adversários no contra-ataque. Mas a decisão é do Mancini e confiamos nele. Independentemente da maneira, temos que buscar o resultado positivo - destacou Bruno Corrêa.

Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro

Reunião entre elenco e comissão técnica do Botafogo dura cerca de duas horas



Treino marcado para às 16h30 começou apenas por volta das 18h; retirada de parte do maquinário do Engenhão também contribuiu para o atraso




Vagner Mancini - Treino do Botafogo em Volta Redonda (Foto:Wagner Meier/LANCE!Press)
Vagner Mancini e jogadores se reuniram antes de
treino (Foto:Wagner Meier/LANCE!Press)
A terça-feira foi de lavagem de roupa suja no Botafogo. Os jogadores e a comissão técnica se reuniram por aproximadamente duas horas na sala de imprensa do Engenhão, atrasando o início do treino, marcado para 16h30.

Outro motivo para a demora do início da atividade foi a retirada de parte das máquinas utilizadas nas obras de reparo do Engenhão. O treino será realizado no campo principal do estádio, novamente.

Assim como no dia anterior, a segurança no local está reforçada, para evitar qualquer tipo de invasão de torcedores ao estádio, assim como ocorreu após a derrota para o Santos por 5 a 0, pela Copa do Brasil.

Luiz Gustavo Moreira LANCENET! 

Sem poder de reação, segredo da vitória para o Bota é abrir o placar


Nos últimos três triunfos, sobre Goiás, Corinthians e Flamengo, Alvinegro saiu na frente. Fora do clássico com o Flu, Junior Cesar pede atenção aos companheiros




Junior Cesar quer atenção da equipe para sair à
frente no placar (Foto: Vitor Silva / SSpress)
Buscar uma reação dentro dos jogos tem sido o mais difícil para o Botafogo nessa reta final do Campeonato Brasileiro. Como Jefferson frisou após a derrota por 2 a 0 para o Atlético-PR, quando o time leva um gol, "parece que tomou dois ou três", abatendo-se a tal ponto de não conseguir reverter o placar. Junior Cesar, expulso no último confronto, não atuará diante do Fluminense, sábado, no Maracanã, mas pediu para que seus companheiros ficassem alertas sobre essa situação. Nas três últimas vitórias do Alvinegro, sobre Goiás (1 a 0), Corinthians (1 a 0) e Flamengo (2 a 1), pelas 24ª, 28ª e 31ª rodadas do Brasileiro, respectivamente, a equipe abriu o placar e segurou o resultado. A última vez que o Bota abriu o placar e mesmo assim perdeu, foi no 3 a 2 para o Bahia, quando Sheik marcou, na 22ª rodada, há dois meses.

- Estamos em uma situação incômoda e temos que procurar fazer as coisas dentro de campo. Tomar um gol em um momento em que estamos na zona de rebaixamento, sabendo que precisamos da vitória para sair de lá, é muito complicado. É muito duro isso, sair atrás no marcador. Temos que sair na frente. Quase todas as vezes que saímos na frente, vencemos. Vamos mentalizar da melhor maneira possível, trabalhar essa semana de uma forma bastante concentrada para que no fim do ano possamos comemorar a permanência do Botafogo na primeira divisão - disse Junior Cesar.

Além da situação complicada na tabela (18ª colocação), o Botafogo teve o azar de perder jogadores - por lesões - que estavam em uma sequência boa, como Wallyson e Rogério. A boa notícia para o clássico é a volta de André Bahia. O zagueiro virou peça importante para o time ao longo da temporada. Junior Cesar comemorou o retorno do companheiro, mas afirmou não acreditar em sorte ou azar. Para ele, a primeira acompanha a competência.

- É importantíssima a volta dele. Sentimos sua falta e ficamos muito felizes, é mais um peso a favor nessa equipe, um jogador experiente. A sorte acompanha muita competência. Por isso, é melhor ter a competência. Não tivemos sorte no primeiro gol do Atlético-PR, estava impedido. Mas nossa competência no trabalho tem que continuar. A sorte é bem vinda para acompanhá-la.

O Botafogo enfrenta o Fluminense, sábado, no Maracanã, às 19h30 (de Brasília). A partida é válida pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.


Por Gustavo Rotstein e Sofia Miranda*Rio de Janeiro*Estagiária, sob supervisão de Jessica Mello/GE

Em meio a notícias ruins, André Bahia pode ser a salvação do Botafogo

Zagueiro treinou no gramado na segunda-feira e deve voltar no clássico de sábado, contra o Fluminense, no Maracanã, às 19h30




Internacional x Botafogo - André Bahia (Foto: Ricardo Rímoli/LANCE!Press)
Zagueiro é uma das esperanças de dias melhores
 no Botafogo (Foto: Ricardo Rímoli/LANCE!Press)

Em meio a um fim de temporada com pouca ou quase nenhuma esperança, o possível retorno do zagueiro André Bahia – em fase final de recuperação de lesão muscular na coxa esquerda – no clássico, sábado, dá um alento ao Botafogo. Afinal, ele é um dos jogadores mais experientes do elenco e um dos poucos que se salvam na campanha do time no Campeonato Brasileiro deste ano.

- Ele é importantíssimo para o Botafogo. 

Desde a saída do Dória vem jogando e muito bem. Ficou uns jogos fora e sentimos muito. Ele vai retornar no próximo jogo, dá um peso na nossa equipe e vai ajudar. Ficamos muito felizes porque ele é um cara experiente e muito bom - afirmou o lateral-esquerdo Junior Cesar.

Na segunda-feira, ele treinou a parte física no campo anexo do Engenhão pela primeira vez em duas semanas, além de trabalhar na academia do Engenhão. E na sexta-feira, o coordenador médico do Glorioso, Rodrigo Kaz, demonstrou otimismo em relação à volta de Bahia contra o Flu.

Além disso, sua provável volta será diante de um time que lhe traz boas recordações. No Clássico Vovô do primeiro turno, em Brasília, Bahia teve uma atuação de gala e parou o centroavante Fred. Mas na época, Fred ainda vivia a ressaca da Copa do Mundo. Hoje, vive ótima fase e briga pela artilharia da competição, com 14 gols, apenas um a menos do que Henrique, do Palmeiras.

A ótima performance garantiu a Bahia o status de titular, barrando Dória, que era o dono da posição desde 2012. Desde então, o camisa 13 não deixou mais a equipe – apenas por lesão ou suspensão – e o antigo titular acabou negociado com o Olympique de Marselha (FRA).

Curiosamente, na semana antes do clássico que foi vencido pelo Botafogo por 2 a 0, no Mané Garrincha, em Brasília, André Bahia entrou na mira do Fluminense, que chegou a tentar a contratação dele. O Tricolor esperava uma rescisão contratual de Bahia devido aos salários atrasados, mas depois recuou sob a alegação de que evitaria problemas com o rival.

Num momento tão difícil, Bahia pode ser o salvador do Botafogo.


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Botafogo escolhe São Januário para enfrentar o Figueirense pelo Brasileiro


Clube fica perto de acordo com Vasco para jogo chave em sua luta contra o rebaixamento e espera bom público para fazer um caldeirão no dia 19




Jogadores comemoram gol na vitória por 2 a 1 sobre o Madureira,
 em São Januário, pelo Carioca de 2014 (Foto: Vitor Silva / SS Press)
Impossibilitado de jogar em seu estádio - o Engenhão, que está fechado - e em busca de um local em que possa contar com presença de público suficiente para pressionar o adversário, o Botafogo decidiu mandar em São Januário a partida contra o Figueirense, pela 35ª rodada do Brasileirão. O duelo, marcado para o dia 19 de novembro, é considerado de extrema importância na luta do Alvinegro para fugir do rebaixamento.

Uma ação judicial do técnico Joel Santana contra o Botafogo, de 2003, fez que fosse determinada a penhora da renda destinada ao clube em seus jogos no Maracanã. Por conta disso, a diretoria se viu obrigada a buscar alternativas para mandar suas partidas na reta final do Campeonato Brasileiro. Assim, escolheu Volta Redonda no empate em 1 a 1 com o Sport e na derrota por 2 a 0 para o Atlético-PR. Mas, além do prejuízo financeiro (superior a R$ 50 mil nos dois casos), a pouca presença de público fez o clube repensar a estratégia.

Até mesmo o Maracanã chegou a ser cogitado, pois chegou-se à conclusão de que o momento é de priorizar o apoio da torcida em relação ao aspecto financeiro. Mas a diretoria entendeu que São Januário seria uma alternativa favorável. Além de preços considerados melhores que os do Maracanã, o estádio do Vasco pode servir como uma espécie de caldeirão contra o adversário em caso de bom público.

As duas diretorias já conversaram, e o acordo deve ser oficializado nos próximos dias. O Botafogo chegou a sondar o Vasco para atuar em São Januário contra o Atlético-PR, mas o Cruz-Maltino alegou que precisava preservar seu gramado para as últimas partidas do ano. No entanto, o mais provável é que o Vasco use o Maracanã nas rodadas finais da Série B, o que deixaria livre o estádio para que o Alvinegro jogue por sua permanência na elite.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE