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sábado, 2 de janeiro de 2016

Após não chegarem a acordo, Bota reabre negociação com Luis Ricardo


Dívida do São Paulo com lateral, de aproximadamente R$ 350 mil, é maior empecilho





Botafogo reabre as negociações para contar com Luis Ricardo na
 próxima temporada (Foto: Marcelo Baltar/ GloboEsporte.com)
O Botafogo pode ter um "novo" reforço para a lateral direita que é um velho conhecido da torcida. Após não ter havido um acordo com o São Paulo e as negociações terem sido interrompidas, o Alvinegro reabre as conversas para ter Luis Ricardo em 2016. O maior empecilho para que o acerto se concretize é uma dívida que o Tricolor paulista tem com o jogador, no valor de cerca de R$ 350 mil, referente a luvas.


Inicialmente, seria uma negociação em definitivo, com o lateral rescindindo seu vínculo com o Tricolor. Agora, porém, os termos são outros e a tendência é que ele seja reemprestado por mais um ano - até o fim do contrato do jogador com o São Paulo, que é dezembro de 2016. As partes já voltaram a conversar para tentar dar um final feliz à história, uma vez que a vontade do jogador é de permanecer no Rio de Janeiro


Entre o jogador e o Botafogo já estava tudo acertado. O Glorioso ofereceu um contrato de dois anos de duração. Chegou a ser proposto ao Alvinegro aumentar por mais seis meses (chegando a dois anos e meio) o vínculo para compensar a perda financeira de Luis com a dívida, mas não foi aceito na ocasião. Também havia a possibilidade do Botafogo arcar com os valores como forma de negociação.


Diferentemente de 2014, quando entrou em campo em apenas 17 das 69 partidas do São Paulo, em 2015, pelo Glorioso, tornou-se titular absoluto com a saída de Gilberto para a Fiorentina, no começo da Série B. Jogou 39 vezes, sendo 34 como titular, e marcou dois gols, ambos pela Copa do Brasil, na vitória por 3 a 0 sobre o Capivariano e no empate em 2 a 2 com o Figueirense.


Atualmente, para a lateral direita, o Botafogo conta apenas com o jovem Diego, de 19 anos, garoto egresso da base alvinegra.


Por Jessica Mello Rio de Janeiro/GE

Botafogo acerta com meia argentino Gervasio Núñez, que chega segunda


Atleta estava no Sarmiento de Junín (ARG) e se apresenta no começo da semana para realizar exames médicos e assinar o contrato de trabalho




Gervasio Núñez chega ao Rio segunda para fazer
 exames e assinar contrato (Foto: Divulgação)
O Botafogo acertou com mais um meio-campista para a temporada 2016. Trata-se do argentino Gervasio Núñez, que estava no Sarmiento de Junín, time da primeira divisão do país e que acabou o último campeonato em 24º colocado. O atleta chega ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira, dia 4, data da reapresentação do elenco. Ele fará exames médicos e, em estando aprovado, assinará o contrato de trabalho.


- O Gervasio está apalavrado. Faltam os exames e a assinatura - confirmou o presidente Carlos Eduardo Pereira.


Gervasio tem 27 anos e já atuou pelo Rosario Central e Quilmes, da Argentina, Wisla Krakow, da Polônia, e Rangers, do Chile. Nesta temporada, atuou 29 vezes e marcou 8 gols.


O atleta se junta ao conterrâneo Joel Carli, também argentino, o único reforço anunciado oficialmente até o momento pelo Botafogo. Ambos atuaram pelo Quilmes em 2011. Além de Carli e Gervasio, o Alvinegro ainda tem acertos com outros dois gringos: o meia argentino naturalizado boliviano Damián Lizio e o volante equatoriano Pedro Larrea. Esse último, no entanto, está em disputa judicial com seu ex-time, a LDU de Loja, e ainda aguarda a liberação.


Por Jessica Mello Rio de Janeiro/GE

Após Marcelo Moreno, Lizio quer ser novo embaixador da Bolívia no Brasil


Reforço do Botafogo, meia chega ao país neste sábado com desafio de alcançar êxito que Arce, Chumacero, Rudy, Gutiérrez, Saucedo, Escobar e outros não conseguiram





Damián Lizio (dir.) ao lado de Marcelo Moreno
na seleção boliviana (Foto: Divulgação / Twitter)
Pense em um jogador boliviano que fez sucesso no Brasil. Marcelo Moreno, filho de pai brasileiro e mãe boliviana e com títulos por Cruzeiro, Flamengo e Vitória, é quem melhor representou seu país em terras tupiniquins. Agora, será a vez de Damián Lizio tentar assumir o posto deixado pelo atacante, atualmente na China, de embaixador da Bolívia no futebol nacional. Reforço do Botafogo para 2016, o meia de 26 anos, emprestado pelo Bolívar, terá pela frente uma árdua tarefa que outros compatriotas não conseguiram.


Neste século, Juan Carlos Arce, Alejandro Chumacero, Rudy Cardozo, Luis Gutiérrez, Mauricio Saucedo, Pablo Daniel Escobar, José Alfredo Castillo e Jefferson Gottardi foram outros bolivianos que tentaram a sorte no Brasil, mas nenhum fez sucesso. Lizio, que é companheiro de Marcelo Moreno na seleção, chega como nova esperança e candidato à camisa 10 do Botafogo. Em entrevista ao jornal La Razón, da Bolívia, o argentino naturalizado boliviano comemorou o desafio e disse que espera abrir mais portas para jogadores de seu país.


- Me sinto feliz, motivado com essa possibilidade de jogar em um futebol tão competitivo. Graças a Deus terei a chance de ser parte de um clube tão histórico do Brasil, um time que seguramente brigará pelo título. Vou com o sonho de seguir crescendo e fortalecendo minha carreira. (...) Se presentou esta opção e tem que aproveitá-la, não é fácil um jogador da Bolívia ir para o futebol brasileiro, é uma porta importante que se abre e fico orgulhoso que seja eu quem pode saltar para uma liga tão competitiva. Tomara que outros jogadores do Bolívar e do país também tenham essa oportunidade - citou o meia, que já jogou na Argentina, Chile, Espanha, Chipre e Kuwait.


Lizio chega ao Botafogo com opção de compra após o empréstimo - ele tem contrato com o Bolívar até 2019 -, e chega neste sábado ao Rio de Janeiro para fazer exames médicos. No Alvinegro, ele vai encontrar outros dois gringos: o zagueiro argentino Joel Carli e o volante Pedro Larrea, dupla que já se apresentou ao clube, mas por enquanto só o primeiro foi anunciado oficialmente - Larrea está envolvido em uma disputa judicial com seu ex-time, a LDU de Loja. A diretoria segue monitorando o mercado sul-americano, e a imprensa argentina noticiou nos últimos dias uma suposta investida em Nacho Fernández, do Gimnasia La Plata, mas o vice-presidente de futebol botafoguense, Antônio Carlos Azeredo, negou o interesse.


Relembre outros bolivianos que não vingaram no Brasil:


Carlos Jiménez em matéria da Revista Placar no dia
de sua chegada ao Coritiba (Foto:Reprodução/Placar)
Carlos Jiménez (1981): goleiro destaque da seleção nas eliminatórias da Copa do Mundo de 1982, tornou-se o primeiro boliviano a jogar em um grande centro do Brasil. Chegou para cursar pós-graduação em Odontologia e para defender o Coritiba. Porém, foi muito mal, fez apenas nove jogos e quando foi barrado passou a se dedicar aos estudos, o que deixou a torcida coxa-branca na bronca. Pouco depois se aposentou dos gramados.


Carlos Aragonés (1981): o meia chamou a atenção do Palmeiras após marcar dois gols pela Bolívia no Brasil durante as eliminatórias da Copa de 1982. Ficou cerca de três anos no Palestra Itália, mas foi apenas regular, disputando 113 partidas e marcando 10 gols. Depois, acertou com o Coritiba, onde fez apenas seis jogos e foi reserva na campanha do título brasileiro de 1985.


Mauricio Ramos (1994): o meia foi contratado pelo Cruzeiro após disputar a Copa do Mundo de 94, nos Estados Unidos, mas jogou pouco no Brasil. Ele sofreu uma grave lesão no joelho que o afastou dos campos por quase 14 meses, encerrando o seu breve ciclo na Raposa.


Jefferson Gottardi (2001): o atacante também atuou pouco no país. Filho de Antônio Gottardi, brasileiro que jogou no Oriente Petrolero, da Bolívia, ele chegou ao Goiás em 2001, mas não ganhou muitas chances com o técnico Lori Sandri. No mesmo ano foi forçado a se aposentar devido a problemas de saúde que comprometiam sua visão, fala e função motora - morreu decorrente de um ataque cardíaco em 2003.


Juan Carlos Arce fez 34 jogos pelo Corinthians
e marcou cinco gols (Foto: GloboEsporte.com)
Juan Carlos Arce (2007): atacante da seleção boliviana sub-20, o atacante foi contratado como aposta pela Portuguesa para o Campeonato Paulista de 2006, mas acabou dispensado por não conseguir o visto de trabalho. Só conseguiu jogar no ano seguinte, quando foi para o Corinthians. Mas não brilhou. Foram só 34 partidas e cinco gols, sendo dispensado após o rebaixamento do Timão no Campeonato Brasileiro. Ainda chegou a defender o Sport no país em 2009.


José Castillo (2008): outro boliviano que surgiu no Brasil nessa época foi Castillo, pelo Atlético-MG. O atacante foi contratado como reforço de peso, mas só se firmou como titular na reta final do Brasileirão. Pelo Galo, disputou 21 partidas e balançou a rede três vezes. Apesar de sua vontade de seguir no clube, foi dispensado ao final da temporada.


Pablo Escobar (2008): meia-atacante paraguaio naturalizado boliviano, o jogador despertou mais a atenção no Brasil por ter o mesmo nome de um conhecido narcotraficante da Colômbia. Em se tratando de futebol, não teve a mesma fama do homônimo, mas foi quem mais rodou no país, especialmente no interior de São Paulo: passou por Ipatinga, Santo André, Mirassol, Ponte Preta e Botafogo de Ribeirão Preto entre 2008 e 2011.


Maurício Saucedo (2012): o meia é mais um exemplo de contratação de clubes brasileiros após vestir a camisa da seleção de seu país. O clube que fez a aposta foi o Bragantino, mas não se deu bem. O jogador sofreu uma lesão na coxa direita, ficou a maior parte do tempo no departamento médico e disputou somente quatro jogos.


Chumacero chegou com pompas, mas não foi
bem (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Luis Gutiérrez (2012): zagueiro de origem e lateral-esquerdo improvisado, o jogador chegou ao Bahia com o status de ter parado Messi no confronto entre bolivianos e argentinos pelas eliminatórias da Copa de 2010. No entanto, seu futebol não agradou ao treinador Paulo Roberto Falcão, e ele foi dispensado após apenas três partidas.


Alejandro Chumacero (2013): o volante foi contratado pelo Sport com status de ídolo após ser convocado pela seleção principal com só 22 anos. Só que na Ilha do Retiro ele não se firmou, defendeu a equipe em somente cinco jogos e acabou dispensado após seis meses no clube.


Rudy Cardozo (2015): o meia Rudy Cardozo foi o caso mais recente de um boliviano no futebol brasileiro, mas foi mais um que não se fez. Contratado pela Portuguesa para a disputa do Paulistão, teve pouco espaço com o técnico Aílton Silva e entrou em campo só sete vezes, sem nenhum gol marcado.



Por Thiago Lima Rio de Janeiro/GE

Com operação financeira, Bota quita salários de novembro e 1ª parte do 13º


Clube estava em débito com jogadores e funcionários em virtude de receitas que seguem bloqueadas no TRT-RJ. Valores foram quitados com ajuda de um apoiador





Botafogo quita vencimentos de novembro, que estavam atrasados, e
primeira parcela do 13º salário (Foto: Luciano Belford/SSPress)
No fim de 2015, o Botafogo sofreu com um antigo problema, o atraso de pagamentos a jogadores e funcionários. No fim de dezembro, o clube ainda não havia conseguido pagar os vencimentos de novembro e o 13º salário em virtude do bloqueio das receitas alvinegras pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. Os valores seguem bloqueados, mas o Botafogo conseguiu quitar suas dívidas nos últimos dias.


Foi por meio de uma "operação financeira" e com a "ajuda de um grande botafoguense" que o clube arrecadou o dinheiro para pagar o que estava devido. Falta ainda, porém, a segunda parcela do 13º salário, que deverá ser paga até o 5º dia útil de janeiro.


- A Justiça continua em recesso. Mas acabamos de pagar o mês de novembro e a primeira parcela do 13º. Conseguimos por meio de uma operação financeira, com a ajuda de um grande botafoguense - explicou o presidente Carlos Eduardo Pereira.


O Botafogo espera conseguir colocar em ordem todas as suas pendências financeiras nas duas primeiras semanas de janeiro. Para isso, conta com a liberação da cota de televisão, que está bloqueada no TRT-RJ.

Por Jessica Mello Rio de Janeiro/GE