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sábado, 14 de outubro de 2023

Do eclipse ao Carnaval: as coincidências entre 1995 e 2023 que empolgam o torcedor do Botafogo



Fenômeno não acontecia no Brasil há 28 anos, justamente o período que o Alvinegro não vence um título do Campeonato Brasileiro



O que o eclipse solar anular, que acontecerá neste sábado no Brasil, tem a ver com o Botafogo? Para um torcedor supersticioso - característica marcante para muitos botafoguenses -, tudo: a última vez que o fenômeno aconteceu no país foi em 1995, ano do último título brasileiro do Alvinegro.







Líder Botafogo é o melhor visitante do Brasileirão (https://ge.globo.com/video/lider-botafogo-e-o-melhor-visitante-do-brasileirao-12029029.ghtml)




+ Botafogo: conheça Lúcio Flávio pelos olhos de Dodô, Jefferson, Herrera e Joel Santana


E não para por aí: 1995 e 2023 têm muitas semelhanças, a começar de que são anos gêmeos - têm as mesmas datas nos mesmos dias da semana.


Os fatos se repetem dentro e fora do futebol. Em campo, o Botafogo é líder do Brasileirão com nove pontos de vantagem para o RB Bragantino, 2º colocado.


Abaixo, veja algumas das coincidências entre 1995 e 2023.





Eclipse solar em Tuscaloosa, Alabama, nos EUA — Foto: John David Mercer/USA TODAY Sports/Via Reuters


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botafogo, tiquinho, fluminense — Foto: André Durão


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Botafogo: conheça Lúcio Flávio pelos olhos de Dodô, Jefferson, Herrera e Joel Santana



Ex-companheiros comentam personalidade e bastidores do, agora, treinador interino do time




Lúcio Flávio tem nas mãos a oportunidade de colocar o nome na história do Botafogo em nova função. O ex-meia atuou no clube entre 2006 e 2010, e foi duas vezes campeão carioca. Agora, é o técnico interino do time que é líder do Brasileirão e busca a manutenção do topo para conquistar um título nacional depois de 28 anos.




Em 2010, Lucio Flavio marca um gol de falta contra o Flamengo — Foto: Jorge William / O Globo


O ge conversou com ex-campanheiros do paranaense, que era capitão do time, para saber como era a personalidade dele nos bastidores, e se ele já dava indícios de que se tornaria treinador. Os entrevistados foram o técnico Joel Santana, treinador título estadual em 2010, o goleiro Jefferson e os atacantes Dodô e Herrera.


- Falar sobre o Lúcio Flávio é um orgulho, uma honra, porque sempre foi um jogador correto, disciplinado, cumpridor dos seus deveres, e muito observador no jogo. Tanto que ele era o capitão e fundamental em uma função de armação, onde fazia parte daquele time vitorioso que fomos campeões (2010). Claro que ele sempre teve a postura de ser, e vai ser, um grande treinador - disse Joel Santana.


Como era trabalhar com Lúcio Flávio, e a personalidade dele com o grupo?



Joel Santana:

- Muito tranquilo, um jogador confiante e um líder. Sempre obediente em tudo que fazia. Dentro da equipe, ele era o apaziguador de tudo que a gente fazia. Qualquer discordância ele resolvia, sempre foi um líder.


Jefferson:

- Sempre foi uma pessoa muito serena, profissional e responsável. Era um dos primeiros a chegar no treino e um dos últimos a sair. Era o nosso cobrador de falta, então acabava o treino, ele pegava a barreira e ficava um bom tempo treinando isso. Fazia questão de puxar os goleiros da base pra treinarem com ele. Não à toa foi capitão por muito tempo do Botafogo. Ele é o tipo do jogador que ninguém tem nada do que falar dele, tem um currículo impecável.



Dodô:

- Sempre foi um cara muito tranquilo, reservado, e transitava bem na comissão técnica. Sempre foi um cara acessível, principalmente com os jogadores mais jovens. Tecnicamente foi um jogador muito bom, tem um perfil muito parecido com o meu. Bem observador, além da questão técnica, ele tinha liderança. Sempre procurando ver o que era melhor para o time. Trabalhar com o Lúcio era muito legal porque ele me passava muitas bolas para que eu fizesse gol.


Herrera:

- Jogamos juntos em 2010 e ele era uma pessoa muito séria, simples e aplicada. Um verdadeiro capitão, que ficava atento para qualquer coisa que a gente precisasse. Era uma pessoa humilde e trabalhadora.




Joel Santana treinador do Botafogo em 2010 — Foto: André Durão / Globoesporte.com


- Já enxergavam sinais de que ele seria treinador?


Joel Santana:

- Ele sempre foi o capitão da equipe. Não se faz um treinador, a pessoa já nasce treinador, e ele tinha um comportamento de liderança dentro da equipe.


Jefferson:

- Era um cara que a gente já sabia que ele ficaria no futebol, mesmo jogando era um cara que tinha visão de jogo. Um dos poucos que o treinador chamava para conversar sobre alguma estratégia tática. Dava todos os indícios, era inteligente e estudioso. Quem trabalhou com ele sabia que ele tinha esse perfil de treinador ou gerente.




Jefferson defende pênalti pelo Botafogo — Foto: Fernando Soutello / AGIF



Dodô:


- Pelo próprio perfil dele, personalidade, a questão de ser um cara atento às questões táticas e preocupado sobre como o time ia jogar. Sempre com muita conversa e sendo acessível aos técnicos aos técnicos que trabalharam com a gente no Botafogo. Se olhasse mais afundo, dava pra ver o perfil dele para se tornar um técnico, e é o que tem acontecido. Estudou para isso.


Herrera:

- Sempre teve um perfil de líder e de lidar com as questões que o elenco precisava. Na época a gente já via que ele poderia virar treinador e ser um grande técnico. Feliz que ele está agora comandando o time, e está numa posição muito confortável para poder continuar esse caminho e levar o Botafogo ao título.




Herrera em Botafogo x São Paulo, 2012 — Foto: Satiro Sodre/AGIF/Botafogo


- Conversei com ele há um tempo atrás e até perguntei se ele tinha a intenção de ser treinador do Botafogo. Ele disse 'eu tenho, estou estudando bastante, aprendendo com os que passaram por aqui'. Acredito que chegou o tempo dele, que teve humildade de aprender e agora está tendo a oportunidade para ensinar. Torço para que ele consiga levantar essa taça.
— Ex-goleiro e ídolo do Botafogo Jefferson


- Qual a maior virtude dele pra levar o time ao título em 2023?



Joel Santana: Equilíbrio! Acalmar a equipe no momento de dificuldade e ansiedade que é o que o Botafogo precisa nesse momento.


Jefferson:

- Ele é profissional, estudioso e "grupo", que escuta todas as partes e isso é importantíssimo. Claro que a palavra final, hoje, é dele. Só que ele é flexível e está com o aval dos jogadores. A maior vantagem dele é ter o vestiário controlado, o que é o mais difícil. Não é fácil gerenciar, são só 11 que jogam. Ele leva leveza e paz aos jogadores, não quer a glória para ele. O vestiário é do Lúcio Flávio. Foi nítido ver a alegria dos jogadores com ele no jogo contra o Fluminense.



Dodô:

- O Lúcio sai na frente em relação a ter outro técnico que não conhece a história do Botafogo. Que não viveu o que ele viveu como jogador e nesse período que está na comissão. Esse conhecimento faz ele estar à frente de uma possível contratação. Ele conhece os jogadores mais jovens, e tem um olhar especial para eles. O respeito que os jogadores têm pela história dele no Botafogo. O time já tem uma estrutura, e não tem muito o que mudar. Ele é o técnico perfeito para conduzir o clube a esse título tão sonhado.




Dodô Botafogo — Foto: globoesporte.com


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Tem grandes qualidades e virtudes para poder conseguir a meta de ser campeão. Tomara que consiga porque é uma grande pessoa e profissional. Admiro muito o trabalho dele, foi um atleta com grande compromisso ao elenco e um grande capitão.
— Herrera, ex-atacante do Botafogo


O Botafogo volta a campo, com Lúcio Flávio no comando, na próxima quarta-feira contra o América-MG, às 20h, na Arena Independência.


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Fonte: ge/Por Jéssica Maldonado — Rio de Janeiro