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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Análise: Botafogo oscila, mas faz dever de casa e vence com méritos na Libertadores



Artur garante vitória e é o nome do jogo contra o Estudiantes; duelo no Nilton Santos teve pressão e soberania do Alvinegro, mas também queda de desempenho após pênalti sofrido



Perder estava fora de cogitação. Nesta quarta-feira, no estádio Nilton Santos, o Botafogo entrou em campo sabendo que daria adeus à Libertadores com um possível tropeço diante do Estudiantes. A torcida "chegou junto", fez bonita festa e foi presentada com uma vitória merecida por 3 a 2, que mantém vivo o sonho da classificação - mesmo com oscilações do time ao longo dos 90 minutos. Artur, por sua vez, foi a estrela da noite em sua melhor exibição pelo Alvinegro até aqui.



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Botafogo 3 x 2 Estudiantes | Melhores momentos | 5ª Rodada | CONMEBOL Libertadores 2025


A única mudança em relação ao time que enfrentou o Internacional foi Rwan Cruz na vaga de Jeffinho - Paiva, inclusive, justificou que a ausência do 9 contra os gaúchos foi para mantê-lo "fresco" frente a uma linha de cinco do Estudiantes. O Botafogo foi a campo com John; Vitinho, Jair, David Ricardo e Alex Telles; Gregore e Marlon Freitas; Artur, Cuiabano, Igor Jesus e Rwan Cruz.


O que se viu no primeiro tempo foi um Botafogo que pressionou aos montes, foi soberano no volume e soube se movimentar para furar a defesa dos argentinos - que tinham a clara ideia de aproveitar eventuais falhas para sair em contra-ataques, mas não levaram real perigo a John.


O Alvinegro tentou alguns cruzamentos, talvez um pouco em demasia, mas viu bela inversão de Jair para Artur terminar com cruzamento do camisa 7. Rwan Cruz chegou finalizando e marcou o primeiro gol da noite.


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Rwan Cruz autor do gol do primeiro gol do Botafogo contra o Estudiantes — Foto: Vítor Silva/Botafogo



O ritmo intenso se manteve no início da segunda etapa. Primeiro, Cuiabano ameaçou Mansilla com um chute. Depois, Igor Jesus cabeceou uma, duas vezes, e depois de tanto tentar ao longo da partida, deixou o seu após cobrança de escanteio de Alex Telles.


O 2 a 0 era mais que condizente com a postura alvinegra em campo. O problema veio a partir do pênalti marcado para o Estudiantes, logo após a bola resvalar no braço de Gregore na área. John até acertou o canto, mas Palacios converteu aos 17 minutos.


Não se pode cravar o maior culpado para a queda de rendimento subsequente - o abalo do pênalti ou o iminente cansaço físico. Fato é que o Estudiantes cresceu na partida, tomou para si uma posse de bola que antes esteve sob domínio alvinegro e passou a ameaçar John com muito mais frequência.


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Igor Jesus autor do segundo com do Botafogo contra o Estudiantes — Foto: Vítor Silva/Botafogo



Paiva não se movimentou imediatamente para conter o avanço argentino e segurou as substituições do Botafogo. A primeira foi a troca de Rwan Cruz por Nathan Fernandes, aos 28. Quatro minutos depois, em cruzamento na área, Jair cortou mal e acabou dando nos pés de Palacios, que empatou.


O lance não apaga em nada a excelente partida do jovem zagueiro. Na verdade, não só partida, mas a excelente fase. Tanto Jair quanto David Ricardo merecem uma menção honrosa pelas exibições nas ausências de Bastos e Barboza, e com clara evolução a cada jogo. É seguro dizer que as expectativas não têm sido apenas cumpridas, mas superadas pelos jovens de apenas 20 e 22 anos.


Depois do gol de Palacios, a entrada de mais um atacante no Estudiantes - Cetré na vaga do zagueiro Boselli - era o indício de que o time argentino queria ir mais para cima, ainda que isso implicasse em certas lacunas defensivas. O Botafogo reagiu, trocou Alex Telles por Jeffinho e Vitinho por Mateo Ponte, e conseguiu recobrar parte do fôlego no campo de ataque.


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Arthur marcou um gol e deu uma assistência na vitória do Botafogo contra o Estudiantes na Libertadores — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Eis que, aos 39, veio a coroação do melhor jogador em campo. Em meio a tantas comparações inevitáveis com seu antecessor Luiz Henrique, Artur ainda precisava de uma noite para chamar de sua no Botafogo, mesmo vindo de um gol e uma assistência contra o Internacional.


O camisa 7 recebeu um lindo lançamento de Marlon Freitas, driblou no meio das pernas, bateu no gol. O silêncio que precede uma finalização de perigo logo transformou-se em catarse: a torcida no estádio Nilton Santos veio abaixo, sem pretensão nenhuma de esconder o alívio por ter novamente a vantagem.


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Botafogo comemora contra o Estudiantes — Foto: André Durão



Artur foi um protagonista tão grande que acabou influenciando, indiretamente, um lance curioso no fim. Pouco após ver o camisa 7 balançar as redes, o técnico Renato Paiva se virou para o banco de reservas do Botafogo com o dedo do meio em riste. Como o próprio técnico explicou em entrevista, foi uma brincadeira com um de seus auxiliares. Minutos antes, Paiva bateu o pé e ignorou o conselho que ouviu de tirar Artur de campo. E se?


A trajetória do Botafogo na Libertadores tem sido de altos e baixos, mas o clube chegará à sexta rodada dependendo apenas de si para avançar às oitavas de final. O Alvinegro encara a Universidad de Chile, também no estádio Nilton Santos, no dia 27 de maio - uma vitória simples é suficiente para carimbar o avanço ao mata-mata e manter vivo o sonho do bi.


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Fonte: Por Bárbara Mendonça — Rio de Janeiro