Quem fez mais gols? Quem dá mais assistências? ge destaca estatísticas e analisa início do português no Alvinegro
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Flamengo não conseguiu furar a defesa do Botafogo. Veja a análise tática (
Renato Paiva completou 15 jogos no comando do Botafogo no empate sem gols contra o Flamengo, domingo, no Maracanã. São praticamente três meses de trabalho no clube carioca com a dura missão de substituir Artur Jorge.
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O português soma sete vitórias, três empates e cinco derrotas nesta sequência. São 21 gols marcados e 10 sofridos. O ge fez um resumão dos 15 jogos de Renato Paiva em 15 pontos.
Igor Jesus de volta ao protagonismo
O camisa 99 reencontrou o caminho do gol e é o artilheiro do time na Era Paiva. São 14 jogos e cinco gols. Ele ultrapassou Patrick de Paula e se tornou o jogador com maior número de gols no Alvinegro.
Gols do Botafogo com Paiva: Igor Jesus (5), Artur (3), Rwan Cruz, Alex Telles, Cuiabano Vitinho e Savarino (2) e Patrick de Paula, Matheus Martins e Mateo Ponte (1).
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Artur e Igor Jesus no Botafogo — Foto: Wagner Meier/Getty Images
O garçom
Artur é o jogador com mais assistências na Era Renato Paiva: são quatro passes para gols. O camisa 7, aos poucos, vai encontrando espaço e buscando o protagonismo na equipe.
Assistências do Botafogo com Paiva: Artur (4), Marlon Freitas (3), Cuiabano e Savarino (2), Igor Jesus, Allan, Jeffinho e Alex Telles (1).
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Atuações contra os principais adversários ao título brasileiro
Apesar do início instável, o Alvinegro fez frente e disputou de igual para igual com três postulantes ao título do Brasileirão - Palmeiras, Internacional e Flamengo. Nos nove pontos disputados, conquistou cinco. Mais do que isso conseguiu imprimir, aos poucos, uma nova identidade.
Resultados: Palmeiras 0 x 0 Botafogo; Botafogo 4 x 0 Internacional; e Flamengo 0 x 0 Botafogo.
Cuiabano de ponta
As baixas por lesão no Botafogo fizeram o treinador adaptar funções de jogadores. Um deles foi Cuiabano, que intercalava a lateral esquerda com Alex Telles, mas recebeu oportunidade no ataque, como ponta. Ele correspondeu e tem sido a solução para o time - são quatro jogos na função e dois gols.
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Cuiabano comemora gol em Botafogo 4 x 0 Internacional, no Brasileirão 2025 — Foto: Vitor Silva/BFR
Jogador mais utilizado
Sete atletas dividem o posto de mais aparições sob o comando de Renato Paiva: John, Vitinho, Alex Telles, Gregore, Marlon Freitas, Artur e Igor Jesus. Cada um do grupo entrou em campo em 14 das 15 oportunidades disponíveis com o português.
Jair e Cuiabano, com 13 cada, são os que mais aproximam do grupo principal.
Reconhecimento à torcida
O relacionamento com a torcida do Botafogo era incerto no início de Paiva no Botafogo, e a maior pressão sobre o trabalho do técnico veio justamente das arquibancadas. Fato é que, mesmo quando passou por um momento de instabilidade e resultados aquém dos esperado, o treinador português sempre optou por destacar as festas alvinegras.
— Num clássico com as condições de segurança que os clássicos têm, tiveram coragem de vir atrás da nossa equipe e se fizeram ouvir durante os 90 minutos assim como a torcida do Flamengo. Em muitos momentos ouvimos a nossa torcida, e jogar para esses torcedores é fantástico — disse Paiva após Flamengo 0 x 0 Botafogo.
Patrick de Paula: começou bem, mas perdeu espaço
O camisa 6 foi um dos homens de confiança de Paiva no início do trabalho no Botafogo. Passou a figurar no time com frequência - saindo do banco ou começando como titular -, e com um posicionamento mais próximo à área adversária.
Com o passar do tempo, entretanto, oscilou dentro das quatro linhas e perdeu espaço novamente. A insistência do português por escalar Patrick de Paula mais avançado chegou a ser vista como exagero por membros da diretoria.
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Patrick de Paula comemora gol do Botafogo contra o Carabobo, pela Libertadores — Foto: Reuters
Laterais como protagonistas
Utilizar os lados do campo é quase uma premissa básica do jogo de posição, estilo tático usado por Renato Paiva. A teoria tem se confirmado em campo: dos 21 gols marcados pelo Botafogo sob o comando do português, sete vieram de laterais - literalmente um terço.
Problemas com lesões
Paiva ainda não teve todo o elenco à disposição ao mesmo tempo. A lista de desfalques, na verdade, parece só aumentar semana após semana. O português tem problemas em todos os setores: ele está sem Bastos e Barboza, dupla de zagueiros titular, Savarino, principal referência técnica do elenco, Matheus Martins e Mastriani, que vinham sendo titulares.
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Antes disso, Paiva também ficou sem Santiago Rodríguez, reforço mais caro da temporada, e Nathan Fernandes, visto como peça com potencial de crescimento, por semanas.
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Savarino, do Botafogo — Foto: Manuel Cortina/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Mudança de esquema
O Botafogo foi praticamente moldado para atuar no 4-2-3-1 desde que teve a SAF adquirida por John Textor em 2022. Este esquema tático foi, de fato, utilizado em boa parte do período - e até foi o esquema utilizado inicialmente por Paiva.
As necessidades do elenco falaram mais alto e o português mudou a rota. Sem um meia disponível diante dos problemas físicos de Savarino e Santi Rodríguez, o esquema do Alvinegro há semanas é um 4-4-2. A nova tática tem potencializado Igor Jesus.
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O retorno de Allan
As ausências abriram espaço para novos jogadores buscarem protagonismo. Este contexto encaixa para Allan, que foi contratado no ano passado com expectativa junto com Almada e Igor Jesus, mas não teve espaço com Artur Jorge.
Contra o Flamengo, no último fim de semana, o camisa 25 completou 90 minutos em um jogo pela primeira vez desde que chegou ao clube.
— Para isso existe o treinador, para encontrar a solução. O que encontramos foi um cara jovem, que foi treinado pelo próximo treinador do Brasil (Ancelotti), tem uma carreira extraordinária, pisa o campo como ninguém, pode não durar noventa minutos, mas fez um jogo extraordinário — disse Paiva.
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Allan voltou a ser titular no Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo
Ascensão de jovens na zaga
Com as ausências dos titulares Bastos e Barboza na zaga, Paiva viu dois jovens defensores crescerem sob sua responsabilidade: Jair e David Ricardo. Com média de 21 anos de idade, os dois têm chamado atenção pela segurança na defesa alvinegra. São cinco jogos sequenciais da dupla até aqui.
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— Trabalharam os dois, desde o início que eu cheguei na pré-temporada, oferecendo-me garantias de que estavam cada vez mais prontos para dar o passo e jogar. Mas sabendo que quando errarem, porque eles de vez em quando erram pela sua juventude, nós temos que dar esse desconto porque são meninos. Agora, se isso acontecer, eu não vou esquecer tudo o que eles têm feito para trás, em especial o Jair, porque jogou mais que o David — disse Paiva após a vitória sobre o Internacional.
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Jair e Pedro disputam em Flamengo 0 x 0 Botafogo, pelo Brasileirão 2025 — Foto: Vitor Silva/BFR
Poucos gols fora de casa
Se a defesa vai bem, o ataque por vezes deixa a desejar - principalmente longe do Estádio Nilton Santos. O time só balançou as redes em um jogo como visitante: na vitória por 2 a 1 sobre o Carabobo, na Venezuela, pela Libertadores. Com exceção disso, foram sete jogos passando em branco.
Começo instável
Apesar de o trabalho dar sinais de começar a criar uma identidade neste momento, os primeiros jogos de Renato Paiva foram foram marcados por críticas da torcida. O português chegou a ser chamado de "burro" por um grupo de botafoguenses no Estádio Nilton Santos.
Mesmo com a pressão externa, a diretoria do Botafogo nunca deixou o discurso de fora atrapalhar o pensamento sobre Renato Paiva. A posição da SAF sempre foi - e continua sendo - de confiança.
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Renato Paiva em Botafogo x Estudiantes — Foto: André Durão
Invencibilidade em casa
Até o momento, o Botafogo disputou sete jogos no estádio Nilton Santos sob o comando de Renato Paiva. O primeiro foi a vitória por 2 a 0 sobre o Juventude, no início de abril. De lá para cá, houve outras cinco vitórias e um único empate - este por 2 a 2, contra o São Paulo, pelo Brasileirão. A invencibilidade no campo alvinegro prevalece.
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Fonte: Por Bárbara Mendonça, Jéssica Maldonado e Sergio Santana — Rio de Janeiro