Há otimismo por parte do Botafogo para fechar a contratação de Thiago Almada, meia argentino que negocia com o clube desde a última semana. O dono da SAF alvinegra, John Textor, terá uma reunião com representantes do Atlanta United, clube do atleta, nesta quinta-feira com esperança de sacramentar o negócio.
Textor está na França e vai se reunir com os diretores da equipe norte-americana de forma virtual. A proposta por Almada foi formalizada na última segunda-feira. Desde então, os clubes conversam em busca de um entendimento. Ainda não há acordo entre as partes.
Thiago Almada, do Atlanta United — Foto: Rich von Biberstein/Icon Sportswire via Getty Images
Além do norte-americano, Michael Gerlinger, diretor da Eagle Football, é outro que ajuda nas negociações. O alemão, que passou 18 anos no Bayern de Munique, também participa das conversas com o Atlanta United.
O argentino estreou pelo Vélez Sarsfield em 2018 e foi negociado ao Atlanta United em 2022. Ele foi campeão mundial com a Argentina em 2022, no Catar. Almada tem quatro gols e duas assistências em 14 jogos na atual temporada da MLS.
A vitória do Botafogo por 2 a 1, de virada, sobre o Bragantino no Estádio Nilton Santos pode ser classificada como mais transpiração do que inspiração. Em uma noite que o time não produziu em alto nível, Tiquinho Soares e Eduardo apareceram para resolver e garantir importantes três pontos.
Antes de analisar propriamente o que aconteceu em campo, é preciso colocar as coisas em contexto. Artur Jorge tinha uma lista de desfalques com nove nomes, entre eles o atacante Júnior Santos, artilheiro do time na temporada com 18 gols.
Nesse cenário, o português optou por escalar a dupla como titular pela primeira vez desde que assumiu o comando da equipe. Não que antes não o tenha feito por opção. Em muitos momentos não teve ou o meia, ou o centroavante ou os dois à disposição por conta de lesões.
Ele manteve a estrutura que vinha utilizando nas últimas partidas, com três volantes de origem, mas Tchê Tchê fazendo a função de meia pela esquerda, com Luiz Henrique do outro lado. Eduardo e Soares formavam a dupla à frente das duas linhas de quatro.
A adversidade cresceu logo no começo do primeiro tempo, quando aos seis minutos Lucas Evangelista aproveitou um lindo passe em profundidade de Helinho para tocar na saída de John e abrir o placar para o Bragantino.
Eduardo e Tiquinho Soares em Botafogo x RB Bragantino — Foto: André Durão/ge
Além deste gol, o começo do primeiro tempo foi aberto para as duas partes. Aos poucos, o Botafogo começou a ter mais o controle do jogo, apesar de produzir poucas ameaças ao gol defendido por Lucão.
Os donos de casa tinham a bola, até por boa parte do tempo no campo de ataque, mas pecavam na execução do passe final principalmente. Luiz Henrique era a peça mais aguda, atacando o tempo inteiro a última linha de defesa do adversário, tentando dribles e cruzamentos.
Claramente, a equipe sentiu falta da eficiência e velocidade de Júnior Santos, que desgasta a defesa adversária explorando a profundidade e abre espaços para os companheiros trabalharem à frente da área.
Sem isso, a solução foi encontrada na conexão e entendimento de Tiquinho e Eduardo. Os dois, que estão jogando juntos no Glorioso desde 2022, têm muito entrosamento e sabem construir bem em parceria.
Foi exatamente isso que trouxe a virada e a vitória. Por duas vezes o centroavante fez o trabalho de pivô ajeitando a bola para o meia finalizar de fora da área. A primeira de perna direita, a boa, e a segunda de perna esquerda. Dois golaços que colocaram à equipe na frente nas poucas finalizações perigosas que deu na direção do gol.
- A gente se conhece bem, dois anos junto. Tenta se entrosar ao máximo, conversar também fora de campo - afirmou Tiquinho na saída de campo ao repórter Juliano Lima.
- Os dois não gostam de falar, né?! (risos) A gente foge um pouco. Tem essa sintonia mesmo. Eu gosto de jogar com ele. Um jogador que faz bem a parede, é inteligente. Tem nem o que falar dele, como jogador e como pessoa também - completou Eduardo.
A vantagem no placar na reta final não trouxe conforto ao Botafogo. Pelo contrário. O time que pouco foi ameaçado durante quase toda a partida sentiu o peso da sequência de jogos e começou a dar espaços na defesa.
Foi aí que o goleiro John apareceu para ajudar a segurar a vantagem. Ele, que tinha se enrolado em duas saídas de bola e quase dado gols ao adversário, fez defesas espetaculares para fechar a noite e garantir os três pontos.
Em meio a uma sequência pesada de partidas, o time do Botafogo vai se mantendo competitivo e no bolo dos que brigam pelo título Brasileiro. É uma maratona, não 100 metros rasos. Há ainda muitos quilômetros pela frente, o time sente o desgaste, mas mantém o ritmo.