Veja também desfalques, arbitragem e outras informações da partida válida pela terceira fase da Copa do Brasil; sportv e Premiere transmitem
Botafogo e Capital-DF medem forças pela ida da terceira fase da Copa do Brasil, às 19h desta quarta-feira, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O sportv e o Premiere transmitem ao vivo, e o ge acompanha a partida em tempo real (clique aqui para acompanhar).
O Botafogo fez sua melhor atuação no ano na vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense, em clássico da sexta rodada do Brasileirão, no último sábado. Em busca do título que falta na Copa do Brasil, o Alvinegro estreia na terceira fase por ter se classificado à Libertadores. Em quatro das últimas cinco participações, o clube caiu nas oitavas de final.
O Capital-DF chega ao jogo desta quarta embalado pela primeira vitória da equipe na história da Série D. No último fim de semana, o time do DF, também estreante na Quarta Divisão nacional, voltou a vencer o Porto Velho, adversário da segunda fase da Copa do Brasil, e conquistou os primeiros pontos na competição.
Onde assistir
Transmissão: sportv e Premiere.
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Estádio Nilton Santos recebe Botafogo x Capital-DF pela Copa do Brasil — Foto: André Durão
Escalações prováveis
Botafogo - Técnico: Renato Paiva
No último treino antes do jogo, o técnico Renato Paiva indicou a manutenção do esquema com dois atacantes, visto na vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense. Mastriani treinou entre os 11 iniciais e deve compor a dupla ofensiva com Igor Jesus. Alguns titulares, como Savarino e Marlon Freitas, devem ser poupados.
Provável escalação do Botafogo: John; Ponte, Jair, Barboza (David Ricardo) e Alex Telles; Gregore, Patrick de Paula; Artur, Matheus Martins (Jeffinho); Mastriani e Igor Jesus (Elias Manoel).
Quem está fora: Bastos (lesão no joelho esquerdo), Marçal (trabalho de evolução da parte física), Nathan Fernandes (treinos após lesão na coxa esquerda) e Santiago Rodríguez (trauma na perna esquerda).
O Capital teve problemas para voltar a Brasília depois da vitória sobre o Porto Velho. O voo que traria o time à cidade foi cancelado, o que atrasou o retorno da delegação à capital federal. Apesar do contratempo, o técnico Roberto Fernandes não deve ter problemas relacionados à escalação tricolor e deve mandar a campo o mesmo time que venceu o Porto Velho no fim de semana.
Provável escalação do Capital-DF: Reynaldo; Vinícius Baracioli, Richardson, Pedro Romano e Mattheus Silva; Felipe Guedes, Rodriguinho, Erick Varão, Matheus Anjos, Rikelmi e Matheusão.
Quem está fora: Luan (goleiro, lesionado), Éder Lima (zagueiro, lesionado) e Wallace Pernambucano (atacante, lesionado).
Alvinegro tem tabu recente nas oitavas de final; estreia na terceira fase será nesta quarta-feira, contra o Capital-DF, no estádio Nilton Santos
Embalado pela vitória recente sobre o Fluminense, o Botafogo vira a chave para iniciar mais uma competição nesta semana: a Copa do Brasil, contra o Capital-DF, na quarta-feira. É o título que falta ao Alvinegro dentre as principais disputas nacionais; em 1999, o clube carioca fez sua melhor campanha, sendo vice em ano de Juventude campeão.
O retrospecto recente conta com um tabu nas oitavas de final - a próxima etapa do mata-mata, seguinte a uma possível classificação sobre o Capital na terceira fase. O jogo de volta do duelo contra o clube do Distrito Federal será no dia 22 de maio, no estádio Mané Garrincha.
Thiago Almada em ação pelo Botafogo contra o Bahia pela Copa do Brasil — Foto: Vítor Silva/Botafogo
Desde então, foram três eliminações consecutivas nas oitavas de final da Copa do Brasil diante do América-MG (2022), Athletico-PR (2023) e Bahia (2024).
Contabilizando as últimas dez edições do torneio nacional, o Botafogo ainda acumula outra eliminação nas oitavas, em 2016. A melhor campanha recente do Alvinegro foi em 2017, quando o clube avançou até a semifinal da Copa do Brasil - e acabou eliminado pelo rival Flamengo, que foi vice para o Cruzeiro.
A melhor campanha do Botafogo na Copa do Brasil aconteceu em 1999. O clube chegou à decisão após eliminar Paysandu, Criciúma, São Paulo, Athletico-PR e Palmeiras. Na final, entretanto, o Juventude levou a melhor ao vencer a ida por 2 a 1 e segurar o empate por 0 a 0 na volta.
Últimas campanhas do Botafogo na Copa do Brasil
2024: oitavas de final, eliminado pelo Bahia
2023: oitavas de final, eliminado pelo Athletico-PR
Para o duelo desta quarta-feira, contra o Capital, o Botafogo ainda não poderá contar com Santi Rodríguez, Nathan Fernandes e Marçal - este foi anunciado nesta segunda-feira. O processo de recuperação do uruguaio é considerado o mais delicado; ele vem de lesão sofrida contra o Bragantino, há duas semanas. O trio trabalha para ser integrado contra o Internacional, no dia 11 de maio, pelo Brasileirão.
Jogador atuou como meia em 2024, mas vem sendo deslocado com Paiva, que define seu posicionamento como "livre"
Um dos dilemas atuais no Botafogo é o posicionamento de Savarino. O jogador atuou como meia na campanha vitoriosa em 2024, mas tem ocupado diferentes espaços no time de Renato Paiva - entre eles, as pontas direta e esquerda.
Em 2025, são 15 jogos com três gols e três assistências em uma dinâmica que ainda não parece ter definição sobre qual lugar vai atuar. E nem terá, na visão do técnico português.
A preferência de Savarino é clara: jogar como meia. Não só por entender que está adaptado à posição, mas também por achar que contribui mais com o jogo do Botafogo nesta faixa.
— Na tal confusão do Savarino sobre jogar como 10 ou não, ele joga livre. Savarino joga livre e ponto. Savarino é o único que não tem que ocupar essas zonas. Desbloqueia jogo, joga livre. Não posso prendê-lo em sistemas táticos, a não ser para missões defensivas — disse Paiva após a vitória sobre o Fluminense.
O venezuelano deixou a predileção clara no cotidiano, mas Paiva não o enxerga como um jogador de uma função só. Fontes próximas a Savarino o definem como uma pessoa mais reservada, que se expõe uma única vez e respeita o que ouve como resposta.
Ao marcar contra São Paulo e Fluminense, inclusive, Savarino fez gestos exaltando o número 10 nas costas - seja apontando ou tirando a camisa, algo que não era frequente anteriormente.
Marlon Freitas e Savarino comemoram gol do Botafogo sobre o Fluminense — Foto: Vitor Silva/BFR
O próximo compromisso do Botafogo é pela Copa do Brasil, na quarta-feira. O time enfrenta o Capital, no Nilton Santos, às 19h, em jogo pela terceira fase.
Time com dois centroavantes resulta em Igor Jesus mais solto e os melhores 45 minutos da temporada; gols de Vitinho e Savarino estendem sequência de vitórias sobre o rival
As mudanças não foram só nos nomes escalados, mas também na formação. Além de Cuiabano na lateral esquerda, Paiva promoveu a entrada de dois centroavantes - Igor Jesus e Mastriani - e Matheus Martins pelo lado direito. Jair, recuperado de dores no tornozelo direito, voltou a compor a dupla de zaga com Barboza.
Elenco do Botafogo comemora vitória sobre o Fluminense no Brasileirão — Foto: Vitor Silva/BFR
Foi um primeiro tempo de um time só no Nilton Santos. A nova formação deu frescor ao Botafogo, que se reencontrou em jogadas de aproximação, teve a compactação como outro ponto forte e pareceu ter recobrado o fôlego.
A roubada de bola seguida de toques rápidos teve seu ápice no gol de Vitinho. Mastriani apareceu mais atrás para recuperar a posse para o Botafogo. Marlon Freitas achou Savarino, que passou para Gregore abrir com Matheus Martins.
Enquanto Vitinho caía por dentro, Igor Jesus recebeu pela direita e cruzou. Certeiro, rasteiro. E nos pés de um lateral que vinha se cobrando pelo baixo aproveitamento ofensivo com Paiva - seja com gols ou assistências - em um cenário de movimentos mais livres para a área.
Com Mastriani em campo desde o início, Igor Jesus de quebra ganhou espaço para sair da área, ajudar na construção e fazer valer a mobilidade que lhe é tão característica. Em aspectos individuais, outro ponto de destaque foi a atuação de Matheus Martins - autor de duas grandes finalizações - pelo lado direito do campo no primeiro tempo.
Os números auxiliam a contar a história do primeiro tempo do clássico, com oito finalizações alvinegras, quatro delas defendidas por Fábio, contra uma do Fluminense. Os primeiros 45 minutos no estádio Nilton Santos foram, com sobra, os melhores do clube no ano - e surgiram justamente quando o time mais precisava de um novo voto de confiança de alguns torcedores.
O início do segundo tempo teve um Fluminense mais organizado e que levou certo perigo, como em chute de Bernal de fora da área. Em resposta - e para manter funcionando o mapa da mina pelo lado direito do ataque do Botafogo-, Paiva sacou Matheus Martins para a entrada de Artur.
O camisa 7 acabou acumulando mais um jogo em que tentou, tentou e ainda não conseguiu marcar o seu primeiro gol. Mesmo assim, foi importante na manutenção de um jogo que funcionava em prol do Botafogo nas costas de Renê. E também trouxe vigor físico, algo que visivelmente influenciou a queda de rendimento do time com o placar ainda magro.
Alvo de incansáveis debates sobre seu posicionamento em campo, Savarino coroou uma noite ágil e de flutuação pela intermediária - livre, como citaram Paiva e o próprio venezuelano - com um gol nos acréscimos, aproveitando erro de Paulo Baya.
— Na tal confusão do Savarino sobre jogar como 10 ou não, ele joga livre. Savarino joga livre e ponto, é o único que não tem que ocupar essas zonas. Desbloqueia jogo, joga livre. Não posso prender o Savarino em sistemas táticos, a não ser para missões defensivas. Quando Savarino joga de ponta, mas por dentro. E isso foi uma crítica que se faz a minha forma de trabalhar. Primeira oportunidade do jogo contra o Estudiantes, que Artur cabeceou, sabe quem cruzou? Savarino. Sabe onde ele estava? Na esquerda, aberto. Não pode prender o Savarino. Tem que deixar andar, e a equipe depois faz o resto. É um 10, criativo, desbloqueador de jogo. Às vezes está por fora, não quer dizer que está como ponta. Importante é que jogue — resumiu o técnico do Botafogo.
Não apenas pela chance de estender a sequência de vitórias sobre o Fluminense e provocar o rival, seja nas ruas ou nas redes. Mas também pela reafirmação de um time que ainda tem potencial de se ajustar e seguir tranquilo.
Com a vitória, o Botafogo salta nove posições e sobe provisoriamente à sexta colocação do Campeonato Brasileiro, com oito pontos. O Alvinegro volta a campo na quarta-feira para enfrentar o Capital-DF, pelo primeiro jogo da terceira fase da Copa do Brasil.
Veja também desfalques, arbitragem e outras informações da partida válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro; sportv e Premiere transmitem ao vivo
Botafogo e Fluminense medem forças pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro às 21h deste sábado, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O sportv e o Premiere transmitem ao vivo, e o ge acompanha a partida em tempo real (clique aqui para acompanhar).
O Botafogo vem de quatro jogos sem vencer - três pelo Brasileiro, um pela Libertadores. Mesmo em meio à má fase, o técnico Renato Paiva segue com respaldo nos bastidores do Alvinegro e vê a pressão se limitar à torcida. Caso vença no Nilton Santos, o Alvinegro chegará à oitava vitória consecutiva sobre o rival Fluminense.
O Fluminense está invicto desde que Renato Gaúcho assumiu o time no início de abril. São quatro vitórias e dois empates com o treinador. Com 10 pontos, o Flu iniciou a rodada na terceira colocação no Brasileirão e tenta encerrar um jejum de oito jogos sem vitórias no clássico para se manter nas primeiras posições.
Tempo Real: o ge acompanha todos os lances da partida (clique aqui).
Vista aérea do Estádio Nilton Santos, do Botafogo — Foto: Buda Mendes/Getty Images
Escalações prováveis
Botafogo - Técnico: Renato Paiva
O Botafogo terá o retorno do zagueiro Jair, que se ausentou do jogo contra o Estudiantes devido a dores no tornozelo direito. Recuperado, o jovem é esperado ao lado de Barboza, compondo a dupla que tem sido titular desde o desfalque de Bastos, em fevereiro.
Provável escalação do Botafogo: John; Vitinho (Mateo Ponte), Jair, Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Gregore e Marlon Freitas; Artur, Savarino e Matheus Martins (Patrick de Paula); Igor Jesus.
Quem está fora: Bastos (lesão no joelho esquerdo), Marçal (trabalho de evolução da parte física) e Santiago Rodríguez (trauma na perna esquerda).
Após poupar o time contra o Unión Española, quarta-feira, em jogo da Sul-Americana, Renato Gaúcho deve mandar força máxima para o clássico. A tendência é que a base da equipe titular seja a mesma que entrou em campo contra o Vitória pela quinta rodada do Brasileirão.
Provável escalação do Fluminense: Fábio; Samuel Xavier, Ignácio, Freytes, Renê; Martinelli, Hércules (Nonato), Ganso; Canobbio, Arias, Cano.
Quem está fora: Otávio (tendão de Aquiles), Riquelme (joelho), Isaue (joelho), Gabriel Fuentes (coxa esquerda), Renato Augusto (transição) e Guga (coxa esquerda).
Temporada com "início em abril", reforços pouco utilizados, demora na contratação de Renato Paiva... ge lista motivos que contribuem para momento conturbado do Alvinegro
Quatro jogos sem vencer, número de John Textor vazado e clima de insatisfação na torcida do Botafogo. Afinal, o que explica a má fase do Alvinegro, atual campeão do Campeonato Brasileiro e da Conmebol Libertadores?
O técnico Renato Paiva conta com o respaldo do dono da SAF e de outros membros da diretoria. Tanto que, recentemente, o empresário disse que os jogadores "não estão executando". Mas é só isso? O ge lista abaixo as decisões que ajudaram a fazer o time perder a força após as conquistas de 2024, apenas quatro meses depois.
Ano só começa em abril?
As expectativas eram altas para 2025, visto que o Botafogo havia conquistado o tricampeonato do Brasileiro e um título inédito da Libertadores. Mesmo sem Artur Jorge, a base do time titular se manteve: Luiz Henrique e Almada foram as únicas saídas dos 11 ideais.
Entretanto, as primeiras exibições do time principal começaram a criar um incômodo na torcida devido ao nível técnico e tático. No início de fevereiro, o Botafogo foi vice para o rival Flamengo na Supercopa Rei, ainda sob o comando de Carlos Leiria.
John Textor, dono do Botafogo, em entrevista ao "Abre Aspas", do ge — Foto: André Durão
A ideia era tratar os primeiros torneios do ano como uma "pré-temporada", considerando que o grupo principal só se reapresentou no fim de janeiro, ao voltar de férias depois da disputa do Intercontinental.
Na prática, a ausência de uma direção definida não só causou insatisfação no elenco, que se sentiu desvalorizado, como deixou o Botafogo em desvantagem em relação aos adversários diretos pelos principais títulos - que já acumulavam ao menos dois meses completos de trabalho.
Não à toa houve críticas públicas ao planejamento do futebol após o primeiro jogo da Recopa Sul-Americana. Savarino e Barboza se queixaram da demora para contratar o substituto efetivo de Artur Jorge, e as declarações incomodaram Textor.
Fato é que a saída de Artur Jorge foi oficializada em 3 de janeiro. A partir daí, começou um longo processo em busca do novo comandante técnico - que só teve fim no dia 27 de fevereiro, 55 dias depois.
A busca superou o período de transição entre Tiago Nunes e Artur Jorge, em 2024. O Alvinegro chegou a encaminhar um acordo com Vasco Matos, do Santa Clara (Portugal), mas uma discussão sobre licenças de trabalho nos bastidores marcou o fim das negociações.
Renato Paiva, do Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo
Nesse período, o time perdeu características como transições rápidas e trocas de passes e viu o estilo de jogo que marcou a temporada 2024 se esvair. Com tantos comandantes diferentes, o time não absorveu conceitos táticos que serviriam de base para qualquer que fosse o treinador contratado.
De quebra, escolhas pela utilização de titulares em jogos de menor importância também geraram consequências. O maior exemplo é Bastos: o zagueiro atuou por três minutos em Nova Iguaçu x Botafogo, sofreu um trauma no joelho esquerdo e está longe dos gramados desde 6 de fevereiro. O angolano só tem retorno previsto para a Copa do Mundo de Clubes, em junho.
Rwan Cruz, do Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo
Paiva até pôde encontrar jogadores no Botafogo que eram desejos antigos, como Gregore e Santi Rodríguez, mas o técnico português não participou das escolhas dos primeiros reforços para 2025, já que foi contratado no penúltimo dia da janela. A primeira análise do treinador foi que o clube "soube repor" as saídas.
— Eu não coloco jogadores porque custam 50 milhões. David Ricardo jogou e não custa 50 milhões. O scouting do Botafogo é à prova de bala. Basta ver atrás ou só vemos o que se erra? Não podemos ver só o que se erra, mas o que se acerta também. O mesmo que trouxe o Rwan foi o que trouxe o Luiz Henrique, o Almada e o Júnior Santos e outros. É infalível? Não — disse Renato Paiva após a derrota para o Atlético-MG.
Adeus a Luiz Henrique e Almada
Os dois citados acima foram as únicas baixas do time titular que conquistou o Brasileirão e a Libertadores, mas nem por isso suas ausências são menos sentidas. Craques do time que entrou para a história do Botafogo, Luiz Henrique e Almada seguiram para o Zenit (Rússia) e o Lyon (França), respectivamente.
A janela de transferências do meio do ano é vista por membros da diretoria do Botafogo como uma chance de guinada e aceleração na temporada. O mesmo cenário aconteceu em 2024, com as contratações mais significativas vindas do exterior.
O Botafogo continua estacionado na terceira colocação do grupo A da Conmebol Libertadores, com três pontos, e igualou o número de tropeços de 2024 na Argentina. São 13 derrotas até aqui. O Alvinegro volta a campo no sábado, contra o Fluminense, às 21h (horário de Brasília), pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
Treinador explica terceira derrota por 1 a 0 e aponta "erros básicos" em gols sofridos; revés diante do Estudiantes mantém o Alvinegro em terceiro no grupo da Libertadores
— O time já não existe, já é outro. Para além disso, tivemos aos dois minutos uma oportunidade flagrante. O Artur cabeceia sozinho na área, a bola vai por cima. Na segunda parte, Artur tem uma segunda bola no segundo poste e não faz. Na terceira, a bola do Savarino bate no travessão, no chão e sai. De fato, a questão passa um pouco por isso. Em alguns jogos criamos mais, em outros menos. Hoje era um jogo em um campo muito difícil, um adversário que já tinha perdido em casa e jogava praticamente uma final. Jogamos o jogo de forma estratégica, até começou bem para nós, tivemos oportunidades a nosso favor e a bola não entrou. A partir daí, obviamente, o Estudiantes jogando em casa foi tendo mais bola. Nós, em um bloco médio que muitas vezes foi para baixo. Não lembro de John ter feito grandes defesas no primeiro tempo. Alguns escanteios, mas nada de perigoso. Depois, em um lance infeliz, sofremos o gol — disse Paiva, acrescentando:
— Quem acompanha nossos jogos percebe a fase que estamos atravessando. Quando criamos, não fazemos. E depois, em erros básicos, acabamos perdendo jogos. Esse é o terceiro jogo que perdemos por 1 a 0 com gols que são erros claros, e obviamente têm que se corrigir. No funcionamento coletivo da equipe, hoje, não gostei dos momentos defensivos, afundamos demais o bloco quando não era essa a intenção, não conseguimos sair para a pressão, que era o que queríamos. Nas oportunidades de transição, não conseguimos sair com efetividade. Na bola mais flagrante, bateu no travessão, no chão e não entrou. Sou treinador, sou responsável, mas de fato é uma fase muito estranha o que está acontecendo. Nossas oportunidades que são claras não entram, e as dos adversários que às vezes nem claras são acabam entrando e nos penalizando bastante.
— Essa equipe (campeã da Libertadores) já não existe, mudaram muitos jogadores. Então isso é passado, estão sempre fazendo comparações quando os jogadores já não estão, nem sequer o treinador. As coisas mudam, e nas mudanças sempre há momentos de adequação. E estamos nesse momento. Juntar os jogadores novos que chegaram e tentar fazer que o time jogue dentro das características deles. Inclusive, saíram não só titulares, mas também suplentes.
— Hoje não gostei a parte do meu bloco, que evitava que Estudiantes jogasse para determinadas zonas que estavam definidas. Meu bloco não conseguiu levar a bola para lá e então fazer a pressão. Por isso afundamos demais para meu gosto. O bloco começa no meio de campo e depois, com a circulação do Estudiantes, foi afundando, afundando, e não era isso que queríamos e gerou a nós corrermos atrás da bola. E muitos cruzamentos de parte do Estudiantes. No primeiro tempo eles não tiveram nenhuma oportunidade clara de gol, a não ser escanteios e cruzamentos. Tudo que fizemos deu resultado, mas depois as coisas vão de detalhes. Hoje, aos dois minutos, poderíamos começar ganhando este jogo em uma oportunidade claríssima, e não fizemos. Isso está acontecendo em outras partidas também. Então, para mim isso dos detalhes é entrosar um novo grupo de jogadores aos que já estavam, a um novo treinador que não mudou tanto assim as ideias, mas que mudou algumas coisas.
— Não sei se posso chamar de eficácia, o gol que sofremos foi uma infelicidade do meu jogador que tem sido extraordinário em outros jogos e decisivo em muitos, inclusive no time do ano passado. Isso afeta a eles, é seguir adiante, o grupo o respalda, e eu também porque é um grande goleiro e um grande profissional. No segundo tempo reagimos, não criamos tanto, mas conseguimos algumas chances. No início da etapa final, outra vez no segundo pau, era só colocar a bola para dentro, e não entrou. Depois a mais clara de todas, em uma transição que vai no travessão e na linha. São detalhes. A equipe não jogou muito bem, não é fácil jogar aqui, o time do Estudiantes é muito bom, muito bem treinador, seu campo é pesado, é difícil. Mas mesmo assim tentamos controlar, muitas vezes da forma que não queríamos, mais baixo, mas a verdade é que, inclusive quando arriscamos, houve um chute ou dois no nosso gol, mas nunca nos desequilibramos. Como te digo, estamos nos detalhes, e os detalhes estão para os outros e não estão para nós.
Diferença entre futebol do Brasil e do México:
— As diferenças são grandes. No México você joga um futebol mais aberto, há uma busca pelo gol do adversário, é a ideia principal. Muitas vezes as partidas não estão tão intensas e não é tão tático como no Brasil. Apesar da qualidade dos jogadores que há no México, mas é um campeonato um pouco mais aberto. E tem essa curiosidade que jogam em playoffs, e não uma temporada seguida. Tem a classificatória e depois os playoffs, e ali muda muito. Muitas vezes o sétimo e o oitavo da primeira fase saem campeões, foi o que aconteceu com o América (do México). Então é um campeonato muito diferente.
— Sempre respondo o mesmo no México, em Portugal, no Equador e aqui: a justiça é quando a bola entra no gol adversário mais vezes que no outro. Depois, o processo é para o treinador passar a seus jogadores, as análises, o rendimento da equipe, como jogamos, como perdemos, como ganhamos... Esse é o processo. Mas no final se ganha quando esta linda (bola) entra no gol, e hoje entrou uma vez no nosso e não entrou no deles. Depois pode fazer uma leitura da posse de bola maior para o Estudiantes, mas possivelmente oportunidades claras de gol, por mais incrível que seja, foram maiores de nossa parte. Mas para mim a justiça é sempre do resultado.
Clima no vestiário
— As derrotas nunca caem bem e estamos em uma sequência dura de derrotas. Obviamente trabalhar em cima de vitórias é diferente de trabalhar em cima de derrotas, mas é um vestiário de campeões, de gente acostumada (a ganhar).
O que precisa melhorar?
— O mais importante, ainda que não seja para os torcedores, mas para a gente que está no processo é que estamos nos detalhes. "Ah, falta muito para corrigir, os adversários te machucam, geram 10 oportunidades de gol"... Isso não está acontecendo. É verdade que em alguns jogos nós devemos criar mais. Há jogos em que ganhamos e não criamos tanto como na partida contra o São Paulo, em que empatamos e produzimos muito.
— Os jogos da Libertadores estão equilibrados, se tem três chances e não faz, pode ser que o adversário aproveite as suas e termine ganhando. É o que aocnteceu hoje. Então é corrigir os detalhes. Os meninos sabem que a preocupação está nos resultados porque é o mais importante, mas se olhar o processo há detalhes que estão faltando, não é um processo de correção muito grande. Então é continuar trabalhando porque estas sequências de uma hora para outra mudam, e nos resta continuar trabalhando, acreditando e mirar o próximo jogo.
Veja também desfalques, arbitragem e outras informações da partida válida pela terceira rodada da Libertadores. Globo transmite ao vivo, e ge acompanha em tempo real
Atual campeão, o Botafogo enfrenta o Estudiantes pela terceira rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores às 21h30 desta quarta-feira, no Estádio Jorge Luis Hirschi, em La Plata. O jogo terá transmissão da Globo e você pode acompanhar lances em tempo real pelo ge (clique aqui).
Tempo real: o ge acompanha todos os lances da partida a partir de 20h30 (clique aqui)
Um dos clubes argentinos de maior investimento no país na última janela, o Estudiantes vive momento instável na temporada. A equipe comandada por Eduardo Domínguez não vence uma partida desde o dia 1º e ocupa apenas a 10ª posição no Campeonato Argentino. Na Libertadores, o time de La Plata tem três pontos após duas rodadas.
O Botafogo vive situação parecida: o clube carioca passa por um período de resultados ruins sob o comando de Renato Paiva. Apesar de o modelo de jogo ser defendido por John Textor, o Alvinegro não vence desde o dia 8, ocupa o 15º lugar no Brasileirão e também tem três pontos após os dois compromissos pela Libertadores. A líder do Grupo A é a Universidad de Chile, com 100% de aproveitamento.
Estádio Jorge Luis Hirschi (UNO), do Estudiantes — Foto: Jéssica Maldonado/ge
Escalações prováveis
Estudiantes - Técnico: Eduardo Domínguez
O time de La Plata contará com Santiago Ascacíbar, um dos destaques da equipe na temporada, que era dúvida após uma pancada no joelho sofrida na partida contra o Boca Juniors no último sábado.
Time provável: Mansilla; Meza, Boselli, Núñez, Arzamendia; Ascacibar, Gabriel Neves, Medina (Sosa); Palacios, Carrillo, Cetré (Farías).
Pendurado: ninguém;
Quem está fora: Ezequiel Piovi (lesão no tornozelo esquerdo) e Alexis Castro (lesão na coxa direita).
Botafogo - Técnico: Renato Paiva
O Alvinegro ganhou um problema de última hora: Jair, com dores no tornozelo direito, está fora da partida. Desta forma, Renato Paiva não dispõe de nenhum zagueiro destro de origem para o jogo, já que Bastos, titular da posição, também está lesionado. A tendência é que Danilo Barbosa, volante, seja recuado para ocupar o sistema defensivo.
Time provável: John; Vitinho, Danilo Barbosa, Barboza, Alex Telles (Cuiabano); Gregore, Marlon Freitas; Artur, Savarino, Matheus Martins (Patrick de Paula); Igor Jesus.
Pendurado: ninguém
Quem está fora: Bastos (lesão no joelho esquerdo), Nathan Fernandes (transição após lesão na coxa esquerda), Marçal (trabalho de evolução da parte física), Santiago Rodríguez (trauma na perna esquerda) e Jair Cunha (dores no tornozelo direito).
Arbitragem
Árbitro: Gustavo Tejera (Uruguai)
Assistentes: Carlos Javier Barreiro Jara (Uruguai) e Mathias Muniz Castro (Uruguai)
4º árbitro: Anahi Fernández Hernández (Uruguai)
VAR: Antonio García (Uruguai)
Assistente do VAR: Santiago Fernandez Gandini (Uruguai)
Renato Paiva tem que desvendar um quebra-cabeça para montar a defesa do Botafogo no jogo contra o Estudiantes, às 21h30 desta quarta-feira, no Estádio UNO, pela 3ª rodada da Conmebol Libertadores. O técnico não contará com os zagueiros Jair Cunha e Bastos, lesionados.
Uma das alternativas testadas pelo português foi trazer Danilo Barbosa, volante de origem, para compor o sistema defensivo. O camisa 5 entrou como zagueiro no jogo contra o Atlético-MG, no último domingo, após a expulsão de David Ricardo.
Os dois defensores lesionados são destros. O único zagueiro que tem o pé direito como dominante disponível é o jovem Serafim, que pouco atuou na temporada e sequer viajou para La Plata. Tanto Barboza quanto David Ricardo são canhotos e atuam preferencialmente pelo lado esquerdo da defesa.
Danilo Barbosa, do Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo
Provável Botafogo: John; Vitinho, Danilo Barbosa, Barboza, Alex Telles (Cuiabano); Gregore, Marlon Freitas; Artur, Savarino, Matheus Martins (Patrick de Paula); Igor Jesus.
O clube carioca tem três pontos conquistados após duas partidas disputadas no Grupo A da Libertadores, estando empatado com o próprio Estudiantes.
O Botafogo terá a baixa do zagueiro Jair para o duelo desta quarta-feira contra o Estudiantes, na Argentina. O defensor sentiu um problema no tornozelo direito durante o jogo contra o Atlético-MG, no último domingo, e ficará no Rio de Janeiro para tratar das dores.
O jogador vinha substituindo Bastos, titular da posição, que também está no departamento médico. Outro possível problema era Barboza, zagueiro que atua pelo lado esquerdo. O argentino ficou fora do jogo contra o time mineiro por desconforto muscular, mas realizou exames, que não detectaram lesão. A tendência é que ele vá viajar, mas ainda aguarda o treino desta sexta.
Outra baixa que vai se repetir no Alvinegro é a do meia Santiago Rodríguez, reforço mais caro contratado na janela do início do ano. O jogador vinha de adaptação ao futebol brasileiro, chegou a atuar em algumas partidas com Renato Paiva, mas sentiu um trauma na perna esquerda no jogo contra o Bragantino.
Exames detectaram lesão, que o tirarão de alguns jogos - tempo de parada estimado e local exato da lesão não foram divulgados.
Antes de viajar para a Argentina, o Botafogo faz o último treino no Rio na manhã desta sexta-feira. O Alvinegro é o terceiro colocado no Grupo A e faz duelo direto contra o Estudiantes nesta quarta-feira, no Estádio Jorge Luis Hirschi.
Time faz o treino definitivo neste sábado antes de viajar para Belo Horizonte; clube carioca vem de empate com o São Paulo
O Botafogo tem como próximo compromisso o duelo contra o Atlético-MG, neste domingo, às 16h (horário de Brasília). A partida no Mineirão é válida pela quinta rodada do Brasileirão. O Alvinegro vem de dois tropeços e busca reencontrar o caminho das vitórias.
Para isso, Renato Paiva deve repetir o time que entrou em campo no empate por 2 a 2 contra o São Paulo, na última quarta-feira. Apesar do resultado, o treinador gostou do que viu em campo, e a tendência é pela manutenção dos 11 iniciais.
A única dúvida é quem será o lateral-esquerdo. Alex Telles vinha como titular da posição, mas Cuiabano começou a última partida e contribuiu para a criação ofensiva. Vale lembrar que o treinador tem feito controle de carga no elenco e também pode poupar algum nome - depois do duelo com os mineiros, o time enfrenta o Estudiantes na Libertadores.
Fora do jogo contra o São Paulo por um trauma sofrido na perna esquerda contra o Bragantino, Santiago Rodríguez seguirá como desfalque no Botafogo para o jogo contra o Galo.
O clube fará um último treino na manhã deste sábado antes de seguir para Belo Horizonte, onde vai enfrentar o Atlético-MG no domingo. A partida no Mineirão, às 16h de domingo, é válida pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
O Botafogo, até aqui, investiu quase R$ 500 milhões no seu elenco em 2025. Com o passar dos jogos, porém, alguns dos reforços ainda têm poucos minutos com o técnico Renato Paiva. Ao todo, cinco contratações ainda não entraram em campo no Brasileirão. O quinteto soma cerca de R$ 118,7 milhões em investimentos, parcelados pela SAF ao longo dos próximos anos.
O goleiro Léo Linck, o zagueiro David Ricardo e os atacantes Elias Manoel, Rwan Cruz e Nathan Fernandes ainda não atuaram no time de Paiva no Brasileirão, em quatro rodadas da competição. O último devido a problemas físicos, uma vez que vem convivendo com lesões. Os demais, quando relacionados, foram preteridos por outras peças disponíveis no elenco alvinegro.
Rwan Cruz (atacante) - 8 milhões de euros - R$ 48,3 milhões;
Elias Manoel (atacante) - 1 milhão de dólares - R$ 5,7 milhões.
Desde a chegada de Renato Paiva, no dia 28 de fevereiro, o Botafogo disputou seis partidas: quatro pelo Campeonato Brasileiro e duas pela Libertadores. Desde então, Léo Linck e David Ricardo não entraram em campo pelo Alvinegro.
Rwan Cruz em Vasco x Botafogo — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Rwan Cruz, por sua vez, atuou apenas um minuto com comandante português. O camisa nove participou dos últimos instantes da vitória por 2 a 0 sobre o Carabobo, na segunda rodada da fase de grupos Libertadores, no último dia 8 de abril.
Elias Manoel é quem soma mais minutos com Paiva. O atacante atuou por 29 minutos na derrota por 1 a 0 para a Universidad de Chile, na estreia do Botafogo na Libertadores, no último dia 2 de abril.
Elias durante o jogo entre Universidad de Chile e Botafogo, pela Libertadores, no Estadio Nacional de Chile. — Foto: Vitor Silva/ Botafogo
Nathan Fernandes foi anunciado pelo Botafogo no dia 14 de fevereiro. Desde então, só entrou em campo por alguns minutos no amistoso contra o Novorizontino, no dia 22 de março.
O atacante sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda no Sul-Americano sub-20 e já chegou ao Alvinegro se recuperando do problema físico. O ponta foi liberado para atuar, mas voltou a sentir dores após a participação no amistoso. Ele está em fase de transição para retornar aos gramados.
Além dos 11 contratados na primeira janela internacional, o Botafogo ainda tentou contratar um zagueiro e um meia na janela doméstica, sem sucesso. Desta forma, o treinador Renato Paiva tem um elenco com 32 jogadores à disposição - fora possíveis adições de atletas da base.
O Botafogo não vence há dois jogos no Brasileirão. O time volta a campo neste domingo, às 16h, para enfrentar o Atlético-MG, pela quinta rodada. O duelo no Mineirão marca o primeiro reencontro entre as equipes depois da final da Conmebol Libertadores 2024, onde a equipe carioca saiu campeã.