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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Fomos atropelados por Barcos


O atacante argentino Barcos faz dois gols com estilo e complica a vida do Botafogo




O Botafogo cumpriu, contra o Palmeiras, pela Sul-Americana, mais uma jornada infeliz. O time continua sofrendo com falta de referência no ataque. Um homem a quem os meias procurem para a finalização das jogadas em gol. Isso já virou um problema crônico, até agora sem solução


Precisamos urgentemente de atacantes de ofício. Aqueles que, como o argentino Barcos no jogo de ontem, recebem duas bolas em noventa minutos de jogo e metem dois gols. No caso, com estilo, escorando no peito, se livrando da marcação e arrematando com invejável precisão.


Falta-nos o que até um mês atrás, tínhamos em abundância. Nossos atacantes bateram em retirada um a um por motivos variados. Se foram El Loco, Herreira, Caio, Alex e Jobson, sem esquecer de Maicosuel, um meia-atacante.


A mágoa é grande ao vermos Andrezinho acertar o travessão, Vitor Junior arrematar em cima do goleiro numa chance de ouro, Elkeson improvisado tentando resolver a parada sozinho com sua habitual truculência e por fim, o dublê de centro-avante japonês, Rafael Marques que na chance clara que teve de fazer o gol, resolveu chutar justamente onde estava o goleiro. Um golzinho que fosse àquela altura do jogo, diminuiria o enorme prejuízo.


O time alvinegro parece sofrer de bipolaridade. Fez um bom primeiro tempo e sumiu no segundo, ao levar o gol. Começou o jogo dominando amplamente o adversário, trocando passes com rapidez, mas não converteu em gols a supremacia técnica e tática demonstrada. Veio o segundo e tudo mudou. Levou o gol logo no início e o time entrou em parafuso. 


O Palmeiras, um time limitado, arrumou suas fileiras e passou a dominar as ações de acordo com o resultado que lhe interessava. O que se viu a partir de então foi um time bem postado e diferente daquele do primeiro tempo, demonstrando o dedo do treinador. O experimentado Felipão, que viu a partida da arquibancada em protesto contra um dos bandeirinha que é seu desafeto, sabe e não tem medo de mexer na forma de jogar da equipe. Nem mesmo, trocar jogadores com qualquer tempo de jogo, como fez ao colocar o atacante Obina ainda no primeiro tempo.


E nós, o que temos? Um técnico prepotente, totalmente apático à beira do campo, que impõe ao seu time um esquema tático sem atacantes que só ele adota em todo o hemisfério sul. O mesmo esquema "imexível" que o fez triunfar no país do futebol chamado Japão. Como último ato da tragédia, resolveu trocar seus laterais por peças sobressalentes, uma delas, debutando no time.


Resultado desse cenário de horrores: o Botafogo, que nunca havia perdido uma partida para adversários brasileiros nas cinco participações nessa competição, perdeu por um placar de 2 a 0, o que foi muito ruim para as suas pretensões. Passaremos a semana ouvindo desculpas e discursos otimistas de superação do técnico e jogadores, sem que ninguém se digne a explicar ou cobrar o que realmente está acontecendo com o time.




Felip@odf/BotafogoDePrimeira





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