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domingo, 27 de janeiro de 2013

Efeito Seedorf: do aumento de sócios a receitas do Botafogo


Imagem do ídolo holandês ajuda clube em várias áreas, mas ainda falta o título


Seedorf no treino desta sexta-feira no Engenhão.
Holandês pode fazer sua estreia no Carioca
 domingo, contra o Fluminense
Alexandre Cassiano / Agência O Globo
RIO - Em julho do ano passado, Seedorf estreava com a camisa do Botafogo para ser a estrela principal da companhia. Neste domingo seis meses depois, ele faz seu primeiro jogo no Carioca, o clássico com o Fluminense, como ídolo consumado. O camisa 10 traz com ele os efeitos gerados por um jogador cuja importância extrapola os limites do campo de futebol.

A imagem de campeão em diversos clubes pela Europa teve peso importante na renovação dos contratos de patrocínios — alguns ainda estão em andamento. Os dois principais patrocinadores aumentaram o valor dos contratos em cerca de 20%. Com a Vitton 44 e a Havoline, o clube vai arrecadar este ano aproximadamente R$ 26 milhões.

— O impacto da presença dele vai além do acordo vantajoso para o Botafogo. O mais importante foi a rapidez com que fechamos a negociação, que normalmente é difícil — explicou o diretor executivo da Cia Botafogo, Sérgio Landau, que não confirmou os valores dos contratos renovados.

Um ídolo em campo também é sinônimo de mais torcedores. Em meio ano, o clube viu o número de associados do programa sócio-torcedor quase triplicar tendo o holandês como garoto-propaganda. Atualmente, são cerca de dez mil.

No Engenhão, no entanto, a presença da torcida, em média, ainda está longe do esperado. O Botafogo só esteve perto de lotar o estádio (a capacidade é de 45 mil pessoas, contando as gratuidades) na estreia de Seedorf contra o Grêmio, com pouco mais de 34 mil espectadores, sendo 29 mil pagantes.

Porém, os números garantem que, com o craque em campo, há um acréscimo de público. No Brasileiro, ele jogou 15 partidas em casa, incluindo os clássicos, e, em média, foram 9.826 torcedores. Em toda a competição, a média alvinegra como mandante foi de 8.522 pessoas. Nos jogos em que ele não atuou, o número cai para 7.985. Diferença que chega a quase 20%.

— Ainda temos uma margem para aumentar o público com a presença dele, com os melhores resultados do time. Mas sabemos que só isso não é o suficiente. Há outros fatores envolvidos na queda do público dos jogos — disse Landau.

Dentro das quatro linhas, o torcedor espera que seu futebol faça a diferença já no Carioca. Nas 24 vezes em que esteve em campo ano passado, ele marcou oito gols, tem sido referência para todo os jogadores e leva sua experiência para diversos departamentos, como o médico e a fisioterapia.

Mas a classificação para a Libertadores ficou longe. Para conquistar de vez os alvinegros e um lugar na história do clube, levantar um troféu este ano será fundamental.

TATIANA FURTADO/oglobo.globo.com

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