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sábado, 30 de março de 2013

Botafogo reforça a base, aposta em menor custo e tenta criar 'novo Lucas


Vitinho começou no Audax, mas apareceu para o futebol no Botafogo

Caio, Gabriel, Vitinho. Todos foram revelados para o futebol profissional pelo Botafogo, mas engana-se quem pensa que o trio foi formado desde cedo pelo time de General Severiano. Eles são apenas exemplos de uma estratégia que o alvinegro vem utilizando desde 2009. Mapear as categorias de base e contratar apostando em jogadores mais baratos pelo fato de ainda não terem se firmado, ou estarem em fim de contrato, mas que possam despontar no time principal. Tática parecida a que o São Paulo utilizou para tirar o meia Lucas do rival Corinthians.

No último mês, nada menos que sete atletas foram contratados para as categorias de base do Botafogo. São eles o goleiro Gabriel Gueiros (ex-Fluminense), os meias Mateus e Pablo (ex-Grêmio), Guga (ex-Gama) Juninho (ex-Paraná) e Rafael Monteiro (ex-Artsul). A 'estrela', porém, é o armador Daniel, camisa 10 do Cruzeiro na última Copa São Paulo de Juniores. Para o gerente de futebol e ex-coordenador das categorias de base do Botafogo, Sidnei Loureiro, a estratégia vem apresentando resultados e possui um risco financeiro menor.

"Tivemos sucesso com o Caio, Alex, Gabriel, Vitinho. O risco financeiro é menor, quanto mais barata a contratação, mais baixo o risco. Mas independente disso, é uma estratégia técnica, de mapear o mercado e analisar o potencial que aquele atleta tem. Muitos desses jovens chegaram sem custos, como o Daniel, e podem trazer um retorno esportivo muito grande. A evolução do Vitinho é um exemplo disso", declarou Loureiro.

Nem todas as apostas, porém, dão o retorno esperado. O meia Jefferson, que foi campeão da Copa São Paulo de Juniores ao lado de Lucas pelo São Paulo, em 2010, ainda não deslanchou no Botafogo. Desde 2011 no clube, ele disputou apenas oito jogos e ainda não apresentou o futebol de 'camisa 10' esperado pelos olheiros do clube. Outros, como o volante Gabriel, já tiveram valorização e conseguiram espaço na equipe. O alvinegro inclusive comprou mais 30% dos direitos do atleta, que começou no Paulínia-SP.

"Eu vejo essa movimentação maior de contratações na base como fruto da implementação da Lei Pelé. O jogador assina o primeiro contrato profissional com 16 anos e só pode acertar por no máximo três anos. Ele chega aos 19 e seu acordo já está vencendo. Ele pode sair, tem autonomia para buscar uma equipe que apresente um projeto interessante. Agora o jogador é livre para decidir seu futuro", analisou o gerente de futebol do Botafogo.

Recentemente, o Botafogo foi sede do encontro da Abex (Associação Brasileira dos Executivos de Futebol), onde 13 clubes se queixaram de um suposto aliciamento do São Paulo a promessas de outros times. No início do mês, a equipe de General Severiano chegou até a final da Taça Guanabara de Juniores, mas acabou derrotada por 1 a 0 para o Fluminense.

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'Renan Rodrigues
Do UOL, no Rio de Janeiro

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