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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Vice de futebol explica saída de Vitinho: 'Proposta astronômica'


Chico Fonseca argumenta que Botafogo ofereceu aumento de salário 'dentro da realidade' para elevar multa e diz que jogador 'estava irredutível'



Vitinho teve outras propostas para deixar o
Botafogo (Foto: Guito Moreto / O Globo)
O assédio a Vitinho não é novidade. No começo deste ano, sondagens já começaram a surgir pelo talento do menino. Não houve sequer conversa, já que elas alcançavam apenas cinco milhões de euros. De lá para cá, o jogador evoluiu até se transformar efetivamente em titular no começo de julho, com a saída de Fellype Gabriel. Bastou uma sequência para dar adeus e acertar com o CSKA Moscou, que apareceu no Rio de Janeiro disposto a pagar os 10 milhões de euros (R$ 31,6 milhões) da multa rescisória.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o vice-presidente de futebol do Botafogo, Chico Fonseca, explicou a negociação e disse que o clube fez o possível para manter Vitinho. No entanto, os valores da proposta do CSKA Moscou seduziram o jogador.

- O Botafogo fez tudo que poderia ter feito. O que oferecemos ao Vitinho, na atual situação do clube, nem poderíamos ter oferecido. Conversamos insistentemente esse fim de semana inteiro e ele se manteve irredutível pela proposta astrônomica do CSKA. Não tínhamos como cobrir a proposta. Vai ganhar uma fortuna lá - explicou Chico, sem revelar os valores.

Segundo o dirigente, nos últimos três meses, o clube vinha tentando negociar uma mudança no contrato do jogador para elevar o valor da multa. O clube fez o máximo de jogo duro para evitar a negociação.
Não podemos aceitar o que o jogador pede, mas essa tentativa já acontecia. O Botafogo tem sua realidade e a gente não conseguia, pois ele não cedia, sabia que poderia ter a proposta. Não se engane com a situação do Dória. O Vitinho não era titular no Carioca. Ele explodiu de três meses para cá. O Oswaldo também não tinha tanta segurança nele"
Chico Fonseca

- Não podemos aceitar o que o jogador pede, mas essa tentativa já acontecia. O Botafogo tem sua realidade e a gente não conseguia, pois ele não cedia, sabia que poderia ter a proposta. Não se engane com a situação do Dória. O Vitinho não era titular no Carioca. Ele explodiu de três meses para cá. O Oswaldo também não tinha tanta segurança nele - disse Chico.

Sobre o relacionamento com a Traffic, o dirigente não chegou a usar as palavras do ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, que falou até em "quase sequestro". No entanto, disse que influenciaram o jogador a ponto de deixar a concentração. Havia mais clubes interessados em Vitinho, como o Galatasaray e o Porto, mas o escolhido acabou sendo o CSKA.

- A proposta era alta e vantajosa. Ninguém fez força para ele ficar, só o Botafogo. Ele resolveu que deveria ir embora, mas não foi sequestrado. A Traffic abraçou ele, o influenciou, essa é a função dela. Mas ele deixou a concentração por livre e espontânea vontade - afirmou Chico.

A reta final da janela de transferências ainda é uma preocupação para o Botafogo. O clube tem até o dia 31 para segurar outros jogadores assediados por clubes da Europa.

- Se chegar um clube com outro jogador como fizeram com o Vitinho, o que vou fazer? Isso é mercado - disse Chico.

Por Thales Soares Rio de Janeiro

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