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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Atletas pressionam diretoria e Botafogo agenda reunião para manter Bolívar





Torcedores do Botafogo realizam protesto na sede de General Severiano após eliminação na Libertadores Rodrigo Paradella/UOL

A situação de Bolívar no Botafogo sofreu uma reviravolta na noite desta segunda-feira. Após ser comunicado que teria seu contratado rescindido, o zagueiro foi defendido pelos companheiros, que pressionaram o departamento de futebol e cobrando a manutenção do jogador em General Severiano. O clube recuou e agendou uma reunião para a manhã desta terça, quando definirá a situação do atleta.

Antes do treinamento desta segunda, no Engenhão, líderes do elenco como Jefferson e Marcelo Mattos se reuniram com a cúpula do futebol e exigiram que Bolívar não tivesse seu contrato rescindido. O problema é que o desejo de liberar o zagueiro era do alto escalão do clube, que foi informado da situação.

Assim, o Botafogo não manteve a postura de que dispensaria Bolívar e marcou uma nova reunião nesta terça. É grande a possibilidade de o zagueiro permanecer no elenco, mudando completamente a situação desta manhã, quando ele foi até comunicado de que teria seu contrato rescindido.

A diretoria teve a constatação do quanto Bolívar é querido no grupo e percebeu que rescindir seu contrato poderia trazer mais problemas do que benefícios. Portanto, o clube recuou para evitar piorar o quadro, que é bem ruim após a eliminação da Copa Libertadores.

O Botafogo deu início a uma verdadeira reformulação em seu futebol. O primeiro a sair foi Eduardo Hungaro, que deixou de ser o treinador e voltou a ocupar cargo de auxiliar. Em seguida foi a vez de Henrique ser emprestado até o fim do ano ao Bahia. Por fim, cinco profissionais da comissão técnica foram desligados nesta manhã, já que o novo comandante trará pessoas de sua confiança para p cargo.

Após a atividade, o gerente técnico Sidney Loureiro negou que Bolívar estivesse de saída do Botafogo, mesmo sabendo que o jogador havia sido avisado sobre a rescisão pela manhã. Explica-se. O dirigente já havia recebido os atletas e sido pressionado. Dizer que nada havia ocorrido foi uma maneira de sair por cima e evitar dizer que a cobrança dos líderes que mudou o panorama.

"Não sei de onde saiu essa informação [rescisão de Bolívar]. Ele foi a General Severiano pela manha para pedir permissão para não vir ao treino nesta segunda pois tinha um problema particular para resolver. Nesta terça ele treinará normalmente", encerrou o cartola.

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro

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