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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Mancini avalia 1º tempo do Botafogo como "o pior": "Muita coisa errada"


Equipe perde para o Ceará por 2 a 1 no Maracanã pelas oitavas da Copa do Brasil






A atuação do Botafogo diante do Ceará não agradou ao técnico Vagner Mancini. A equipe que foi derrotada por 2 a 1 na noite desta quarta-feira, no Maracanã, poderia até ter perdido de mais, na avaliação do treinador. O que se viu em campo, para ele, foi uma sucessão de erros.

- O Ceará teve a oportunidade de matar o jogo hoje. Saímos daqui sabendo que poderia ter sido pior porque a superioridade do Ceará foi maior do que o placar. O Botafogo entrou bem até os 10 minutos. Depois, o Ceará tomou conta do jogo. Mostramos muita coisa errada, um primeiro tempo muito ruim. Acho que foi o pior tempo desde que cheguei aqui. Ceará esteve bem, se aproveitou e fez 2 a 0. No segundo tempo, melhoramos. Mas ainda muito distante do que vimos nas últimas partidas - avaliou.

Vagner Mancini disse acreditar na classificação e pediu reação imediata do Botafogo (Foto: Vitor Silva / SS Press)

Mancini ainda criticou a arbitragem da partida. Afirmou que os erros apresentados acabaram por deixar o "jogo tenso".

- Sem tirar o mérito do Ceará, e sem deixar de reconhecer de que Botafogo foi mal... Mas a arbitragem esteve mal. O árbitro e os auxiliares erraram muito e deixaram o jogo tenso - disse.

Confira outros trechos da entrevista de Mancini:

REAÇÃO E JOGO DE VOLTA
- Mesmo sem ter feito bom jogo, o Botafogo botou alma e deu uma equilibrada. No segundo tempo melhorou, mas ainda está distante daquilo que sabemos que o time pode ser. Alguns jogadores iniciaram a partida desconcentrados, e isso nos custou caro. Depois dos 10 minutos iniciais, todos os setores do Ceará levaram vantagem. Não tem o que esconder: o Botafogo não fez um bom jogo. O Ceará teve oportunidade de matar o duelo, mas o segundo jogo vai ser diferente. Temos totais condições de reverter esse placar.

SUBSTITUIÇÃO DE ZEBALLOS
- Ninguém gosta de sair e o técnico também não gosta de substituir ninguém no primeiro tempo, mas naquele momento o time precisava de um choque para mudar. É chato para todo mundo, mas tem que ser feito e eu estou ali para tomar decisões e acho que foi acertado. Naquele momento eu poderia ter tirado qualquer outro jogador, porque a superioridade do Ceará era muito grande. O Zeballos é um jogador de movimentos lentos e de dificuldade de recomposição, mas tem qualidade. Por ser estrangeiro ele pode não estar acostumado à cobrança. Ele vai ter que melhorar no jogo, na entrega e no comprometimento, e isso é muito cobrado aqui no Brasil.

CEARÁ SURPREENDEU?
- O Ceará não foi uma surpresa, porque assisti aos dois jogos contra o Internacional, e eles fizeram a mesma coisa. Sabíamos que enfrentaríamos um time bem montado taticamente, compacto e que faz bola correr. A dificuldade tinha que ser encarada de forma diferente. A equipe que leva um gol aos 15 minutos de partida naturalmente vai deixar espaços. A qualidade da equipe pode ser um pouco menor do que os da Série A, mas hoje não existe mais bobo no futebol. Se uma equipe for arrumada, vai dar trabalho sempre.

Temos que sair daqui chateados e esperando o Santos chegar, porque temos que descontar em alguém. Não podemos sair daqui derrotados e achando que não vai ter consequência. Tem que ter consequência e tem que ser já"
Vagner Mancini, técnico do Botafogo

OSCILAÇÃO DO BOTAFOGO
- Não é só com o Botafogo, mas temos que olhar para o nosso time. O Botafogo faz bons jogos e às vezes contra outros deixa o adversário tomar conta. Fazia muito tempo que nenhuma equipe era superior ao Botafogo. O Ceará foi. Às vezes é por falta de concentração, em outras é porque seu jogo não encaixa com o do adversário, às vezes o adversário sai em vantagem e consegue se arrumar. Se revermos a partida de hoje e alguns lances, veremos também que deu tudo certo para o Ceará. Também não há muito tempo para trabalhar a equipe. Chegar, montar o time dentro de uma Série A com a cobrança por resultados e uma série de dificuldades ao longo desse processo muda a sua parte emocional. Mais cedo ou mais tarde isso tem que sair. Pode sair no treino, mas quando sai no jogo é esse horror, como foi o primeiro tempo hoje.

INFLUÊNCIA DA DERROTA PARA O BRASILEIRO
- Tem que influenciar. Temos que sair daqui chateados e esperando o Santos chegar, porque temos que descontar em alguém. Não podemos sair daqui derrotados e achando que não vai ter consequência. Tem que ter consequência e tem que ser já. No meu trabalho o resultado não abate. Quando você entra em campo pode ganhar, perder ou empatar. Para o que estávamos vivendo, o que aconteceu hoje atrapalha, porque era a chance de decolar com uma sequência de bons resultados. É saber assimilar, porque faz parte. O Botafogo não tem super-time, e isso pode acontecer ao longo da caminhada.

ATUAÇÃO DE JEFFERSON
- É um atleta que vem se destacando. Um ícone para o Botafogo, que vai ser lembrado na história do clube porque é dedicado e sempre entra com tudo. No jogo de hoje ele fez grandes defesas antes mesmo de sofrer o primeiro gol. Eu brinco dizendo que o Jefferson é nosso anjo da guarda, porque ele muitas vezes aparece para ajudar quando o setor tem falhas.

JOBSON
- Não tenho o que falar sobre esse assunto, pois é algo que é anterior à minha chegada. O que me passaram é que ele não tem chance de voltar. Essa questão não chegou ao departamento técnico. Quero encerrar esse assunto aqui.
Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro

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