'A gente não pode admitir que mais nada aconteça', disse o treinador alvinegro
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Mancini pediu paz após uma semana conturbada no Botafogo - Guito Moreto / O Globo |
- Espero que esse último episódio tenha sido realmente o último. A gente não pode admitir que mais nada aconteça. Tive um papo com atletas e integrantes do departamento de futebol do Botafogo para que o dia a dia fique melhor. A gente está remendando em alguns momentos, de repente tem que entrar em campo, tem rendimento, é cobrado. Não é desculpa, mas não está fácil desempenhar o trabalho com o dia a dia que estamos tendo. Peço a todos que nos ajudem, é a hora de o botafoguense enxergar que estamos precisando de ajuda - pediu Mancini, que defendeu o encontro com a torcida.
A semana passada foi a mais conturbada do Botafogo no ano. Enquanto o time era eliminado da Copa do Brasil com uma goleada de 5 a 0 para o Santos, Bolívar, Edilson, Emerson Sheik e Júlio César davam uma coletiva criticando o presidente Maurício Assumpção, que os demitiu do clube.
Após a goleada, a relação entre o goleiro Jéfferson, um ídolo do clube, e o diretor de futebol, Gottardo, estremecia após o jogador não ter entrado em campo no Pacaembu. Os dois trocaram acusações. Jéfferson disse que tinha sido liberado para não entrar em campo depois de 26 horas de viagem de Cingapura, onde defendeu a seleção brasileira, até o Rio. Gottardo rebateu dizendo que a decisão do goleiro fora unilateral. Jéfferson contra-atacou afirmando que tinha sido liberado e acusou Gottardo de ter sido covarde e desleal.
Por fim, no treino de sábado, torcedores do Botafogo invadiram o treino no Engenhãopara fazer cobranças e o ambiente ficou quente após um desentendimento com um deles e Carlos Alberto.
Mancini disse que o episódio da invasão mexe com o time e gera estresse. Mas disse que isso não é necessariamente ruim.
- Mexe de um lado, gera um pouco de estresse, o que também é bom. Não podemos viver essa situação numa zona de conforto, desde que saiba assimilar e possa ter energia. A entrada dos torcedores gerou até energia. A gente não espera todo dia e não pode aceitar. O torcedor quer que o tormento acabe, nós somos profissionais. Não é do dia para a noite que o Botafogo vai sair dessa situação. Chegamos a último lugar e estamos em 17º. A equipe evoluiu em termos de pontos - garantiu.
O técnico acredita que o time saiu de campo contra o Sport fortalecido.
- O ponto somado, a reação da equipe no jogo, nos fortalece para quarta-feira. Vivemos muitas coisas entre o jogo do Santos e hoje. Tivemos de desligar a chave emocional, isso tem um preço. Vi nossa equipe dar o controle do jogo ao Sport em alguns momentos. O que ouvi no fim do jogo é que a caminhada para sair da parte de baixo está no início, mas está ocorrendo - encerrou.
POR O GLOBO
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