Alvinegro acionou Fifa por alegar ter direito a R$ 2,4 milhões de transferência de volante uruguaio que deixou o clube em 2011
Arévalo em ação pelo Botafogo em 2011: clube diz ter direito a R$ 2,4 milhões de transferência do volante do Tijuana para o Palermo (Foto: Dhavid Normando / Futura Press) |
O caso do jogador uruguaio chama a atenção pela demora na decisão final das entidades internacionais. Em 2012, Arévalo foi cedido pelo Botafogo ao Tijuana, do México. No acordo, ficou estabelecido que o Alvinegro teria direito a 25% de uma futura transação envolvendo o jogador. Um ano depois, Arévalo foi vendido pelos mexicanos ao Palermo, da Itália, por € 3 milhões (cerca de R$ 9,5 milhões, no câmbio atual), o que renderia ao Botafogo € 750 mil (quase R$ 2,4 milhões). Depois de buscar a quantia diretamente com o Tijuana, sem sucesso, o Alvinegro acionou a Fifa, que deve anunciar a decisão no primeiro semestre de 2015. Mas como possivelmente o clube perdedor recorrerá à Corte Arbitral do Esporte, o caso terá seu fim em 2016.
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Em relação a Fellype Gabriel, o Botafogo ainda tem a receber US$ 323 mil (cerca de R$ 826 mil, também no câmbio atual), referentes à segunda parcela a ser paga pelo Al Sharjah, dos Emirados Árabes, que comprou os direitos do jogador em 2013. Por enquanto, o âmbito das conversas ainda é entre os clubes, e o Botafogo aguarda uma resposta até o fim de novembro. Caso não seja resolvido, o clube vai acionar a Fifa para receber a quantia. Na semana passada, o advogado Eduardo Carlezzo, contratado pelo Alvinegro, esteve em Dubai em busca de um acordo com o Al Sharjah.
Enquanto é cobrado da Fifa para cumprir o “mecanismo de solidariedade” - que dá ao Vitória o direito de receber do Guangzhou pela transferência de Elkeson -, o Botafogo também tem a receber do Vasco por conta do mesmo princípio. Como clube formador de Fellipe Bastos, o clube tem direito a € 18,5 mil (R$ 59 mil) pela venda do volante ao Vasco pelo Benfica, de Portugal, em 2012. O Botafogo está perto de um acordo com os vascaínos para receber a quantia.
Também responsável por defender o Botafogo no caso Elkeson, Eduardo Carlezzo explica que a intimação da Fifa tratou-se de uma “infeliz coincidência”, segundo suas palavras, em meio ao complicado momento do clube, dentro e fora de campo.
- A decisão da Fifa em relação ao Elkeson é de agosto de 2013. Então, nós conseguimos ganhar um tempo enorme para trabalhar o caso e buscar alternativas até que não fosse mais possível adiar o pagamento. Então não se pode dizer que a Fifa teve critérios diferentes em relação ao caso do Arévalo, por exemplo - explicou Carlezzo.
Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE
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