Cartão vermelho de Junior Cesar foi o nono do Alvinegro na competição. Jefferson e Vagner Mancini citam instabilidade emocional da equipe
O Botafogo vive sob grande pressão para escapar do rebaixamento e pode precisar de quatro vitórias em seus últimos cinco jogos para manter-se na Série A. Após a derrota por 2 a 0 para o Atlético-PR, no último sábado, o técnico Vagner Mancini e goleiro Jefferson apontaram a falta de controle emocional como determinante para as derrotas. E isso está traduzido em números. O Alvinegro é o time com mais expulsões no Campeonato Brasileiro e um dos que mais levaram amarelos.
A expulsão do lateral-esquerdo Junior Cesar, no último sábado, foi o nono cartão vermelho do Botafogo na competição (assista ao vídeo). Em segundo lugar no ranking estão Figueirense e Bahia, com seis. Quando se trata de cartões amarelos, o Alvinegro ocupa a nona posição, com 77, enquanto o Criciúma, líder, soma 96.
Capitão da equipe, Jefferson destacou o abatimento do Botafogo quando sofre gols. Para ele, o problema precisa ser corrigido urgentemente, pois trata-se de um dos motivos para que a equipe não consiga reagir e alcançar as vitórias necessárias para seguir com esperança de ficar na Série A.
- Temos de suar sangue, doar o coração e ter mais pegada, isso que está faltando. A gente estava com o psicológico muito abaixo. Toma um gol e parece que tomou dois, três. Mas isso é o Botafogo e vamos dar a volta por cima. Temos que nos fechar ainda mais - disse o camisa 1.
Além de Junior Cesar, outros sete jogadores do Botafogo foram expulsos ao longo do Campeonato Brasileiro. Airton recebeu o vermelho duas vezes, Dankler, Lucas e Bolatti também foram punidos. Na derrota para o Bahia, no Maracanã, o Alvinegro teve três atletas expulsos: Emerson Sheik, Ramírez e Julio Cesar. Nem o normalmente sereno Vagner Mancini escapou, sendo mandado para o vestiário na derrota para o Cruzeiro. O treinador ainda será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Ao comentar a expulsão de Junior Cesar, Mancini apontou o caso como um exemplo da falta de estabilidade emocional, entendendo este como um fator importante na má campanha da equipe.
- Em toda expulsão há exagero, um excesso de força. De onde eu estava não deu para ver muita coisa. Depois com calma vou observar o lance. Mas acho que tudo é fruto do emocional. Viver uma situação dessa, com risco de rebaixamento, a obrigação de vencer e estar perdendo acaba contribuindo, tem um peso diferente. Alguns jogadores se enchem de energia e jogam mais, outro sentem e o desempenho cai - observou o técnico.
Por GloboEsporte.comRio de Janeiro/GE
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